EN
e despertou no meio da noite. Um uivo, longo e carregado de um sofrimento que eu não sabia nomear. N
spalhando por minhas veias como veneno. A lareira ainda crepitava, lançando sombras trêmulas contra as
o se a própria noite estivesse engolindo su
surrava para eu ignorar aquele chamado, mas a curiosidade sempre foi um veneno que corr
A neve reluzia sob a luz pálida da lua, um cenário de beleza fri
a prese
otas. O som do meu próprio coração parecia ensurdece
m vulto escuro contrastando contra a brancur
ção ficou pre
bsorver a luz ao invés de refleti-la, como uma sombra viva. O peito largo subia e desci
so. O som gutural e ameaçador fez meus instintos gritare
erceber isso. Seu corpo se contraía de dor, e a neve ao red
pinha. Algo ou alguém o havia
nunca o vi e seguir minha vida. Mas meus olhos se prende
arl
te, como brasas acesas em meio à escuridã
agem. Havia algo ali. Algo que me fez sentir como
m arrastado e rouco, mas
ei ao seu lado, minha respiração pesada e os dedos
. Uma cravada em seu ombro, a outra entre suas costelas.
baixa, quase inaudível. Eu não sabia se ele podia
ado. Seus olhos cintilavam em alerta, um animal encurralado pon
oz era um sussurro, tentando quebrar a b
as também não se moveu. Apenas obse
ssos. Rápidos. Determi
. Eles estavam vindo
ão podia deixá-lo ali.
entando convencê-lo. - Se me deixar ajudá
nstinto lhe dizendo para fugir, mas seu corpo fe
ntou se erguer, suas patas vacilando. Eu o apoiei como p
. Ou melhor, tropeçamos, cambaleamos, mas seguimos em frente. Meu corpo queimava com
obo, apoiando seu corpo cont
spiração pesada e quente contra o frio cortante da noite. O som dos passos se aproximava,
gasta mal pareciam oferecer segurança, mas era tudo o que tínhamos. A dor cravava garras afiadas em
i a chave no trinco no instante em que um estalo do lado de fora me fez prende
as com minha vontade. O silêncio que se seguiu foi sufocante. Depois, p
e virei para encarar a cri
vavam, ainda inseguros. O calor da lareira crepitando parecia um convite ao descanso, mas su
, sem esperar que ele entendesse as
e a exaustão vencia sua desconfiança. Aos poucos, suas pál
ferimentos abertos em seu pelo negro, o sangue escorrendo em filetes es
ágeis trabalhando com a familiaridade de anos lid
pele quente, identificando as flechas alojadas em seu corpo. Am
da flecha do ombro, sentindo a
vai d
e rasgando sob a pressão da retirada me fez prender o ar, mas continuei. Um último
ordou. Continuei, removendo a segunda flecha com a mesma precisão e, com mãos firmes, limpei cada ferida. O cheir
Minha vida como costureira me ensinara mais do que bordados e bainhas. Havia algo de tranquili
ava fundo, sua forma colossal relaxada diante do fogo. Meu olhar deslizou pelo seu
... mais hu
satos. Eu estava exausta, e o medo do que ac
m uma atmosfera morna e reconfortante. O lobo negro respirava de forma pausada, ma
enção. A ferida do ombro já não sangrava tanto, e sua respiração pa
de sangue, cuidando para não fazer barulho.
do e atento, brilhando sob a luz vacilante do fogo. Nã
erando. - murmurei,
minha presença. Depois, fechou os olhos novam
rtado, ainda que por breves segundos, indic
sendo observada, mesmo que seu olhar já não estivesse sobre mim. Foi então
ngente, preso a uma corrente de prata. O rubi e o ônix incrustados nele cintilavam com umrada entrelaçada com um s
i em
e símbolo. Era do
do. O que um lobo como aquele fazia com algo tão pre
de guerra. Ou, p
da. Sua respiração serena contrastava com a ond
a... Alguém viria atrás d