vagando longe das discussões acadêmicas que ecoavam ao redor. O movimento dos estudantes, o calor abafado, nada disso importava naquele momento. Seus olhos estavam f
ro um da turma de Ciência da Computação, com uma mente afiada, projetando códigos complexos que deixavam até os professores impressionados. Mas não era apenas sua inteligência que chamava a atenção. Gustavo era bonito, com traços
um rabo de cavalo apressado. Ela não era o tipo de garota que chamava atenção. Não como as outras, aquelas que desfilavam pela universidade com suas roupas perfeitamente
de Gustavo era meticulosamente organizado, sem exageros, postagens discretas sobre trabalho, programação e algumas fotos de lugares que ele gostava de frequen
os dias em que ele ia à biblioteca, aonde ele corria de manhã e até qual café ele frequentava nas tardes de terça
ge, o coração acelerado. Seu desejo de se aproximar crescia a cada dia, mas o medo a segurava. E se ele a achasse estranha? E
sobre ele. Isso a confortava, de certa forma. Havia uma beleza no controle silencioso que ela exercia, mesmo
nçando levemente com a brisa. Um dia, ela estaria ao lado dele. Um dia, ele percebe
plano começando a se formar claramente em sua mente. Era apenas questão de tempo. Afi
céu, deixando o ar pesado e quente. O lugar estava lotado de estudantes, alguns concentrados em seus laptops, outros conversando em grupos. S
ssou uma mão trêmula pelo cabelo preso em um rabo de cavalo, ajustou o boné que escondia parte de seu rosto e forçou seus pés a avançar. Ela sabia exatamen
E se tudo desse errado? E se ele percebesse? Não havia tempo para pensar. Sem outra opção, M
osto em um misto de vergonha e pânico. "Merda, merda, merda!", pensou. Mas antes que ela pudesse se abaixar
ada - Marina gaguejou, mal conseg
ptop dela e alguns livros do chão. Seus dedos tocaram os adesivos no laptop de Marina por
bidos, afinal, era algo que ela usava para expressar discretamente seu gosto por animes. Ela tentou responder, m
ou, desviando o olhar para qualquer
o. Ele parecia genuinamente interessado. - Que legal, eu também gosto. Não tenho muito t
, tão à vontade, e ela não conseguia sequer manter contato visual. Seu plano era
agora - Marina respondeu, tropeçando nas palavra
hamou sua atenção. Ele o segurou por um momento e sorriu. - "Ciências Sociais e Habi
zer era gaguejar. Como ela poderia explicar que aquele livro era uma tentativa desesperada de aprend
o de ler... essas coisas... - balbu
er. Ela havia planejado tudo com tanto cuidado, mas agora se via incapaz de manter a compostura. Gustavo,
gia, como a gente, muitas vezes falta essa parte mais humana da coisa. A programação é incrível, mas o conta
ximidade dele, o calor sufocante do dia. Tudo
r no final. Ela pegou seus livros e o laptop apressadamente, quase der
arina desaparecer entre os estudantes. Ele não sabia o que
encontro por tanto tempo, e na hora H, tudo desmoronou. A vergonha queimava em seu peito enquanto suas pernas a levavam
ção ainda disparado. E era exatament
ava para a tela do computador, revendo as redes sociais de Gustavo mais uma vez. O encontro daquele dia não havia sido como ela imaginava, mas a
a vez, agora com um sorriso cansado. "E um dia,
sboços de seus trabalhos de design jogados pelo chão, e uma suave névoa cinzenta de fumaça preenchia o ar enquanto ela se afundava em pensamentos. As
se aquele ritual fosse a única coisa que ainda estava sob seu controle. Ela se perguntava, entre tragos profundos, o que Gustavo pen
ilhão de emoções e pensamentos, sempre à beira de explodir. Era linda, sabia disso. Seu corpo atraía olhares por onde passava, mas ela preferia esconder tudo, com roupas largas e o bon
as de programação e design, criando mundos que ela podia controlar, onde nada er
le, tão breve, mas ainda assim tão marcante. Ele a havia ajudado a levantar, seus dedos roçando os dela. Lembrou do cheiro de Gustavo quando ele se aproximou, aquela fragrância suave e masculina
eu corpo? Como seria sentir aqueles braços fortes a puxando para perto? Seu corpo respondia àquelas imagens que a maconha ajudava a intensificar, e ela sentiu suas mãos deslizando lenta
e parecia tão clara e irresistível quanto as fantasias que ocupavam sua mente. "Eu vou roubar alg
esse guardar, algo que a faria sentir como se tivesse uma parte dele só para si. O plano começou a se formar na mente dela, e quanto ma
evantou. O cheiro da erva ainda pairava no ar, mas sua mente, apesar da fumaça, estava clara. Ela sab
de seu quarto, com um sorriso enigmático
r vir a envolvia. Gustavo não fazia ideia, mas ele já estava preso em sua
bafada, mas no interior de Marina, um
ela manhã. Ela acordou atrasada, com o coração acelerado e a cabeça cheia de pensamentos sobre seu pla
abelos desarrumados. Os óculos de grau repousavam no rosto, dando-lhe o ar de estudiosa que usava como es
s na academia, de segunda a sexta, e nos finais de semana, saía com a namorada. Trabalhava em um supermercado perto da faculdade para manter as contas em dia e, nas horas vagas, vend
encontrou perto do refeitório do campus, e, como sempre, ele estava de bom h
indo enquanto guardava o celular
omentário e foi
erguntou, tentando parecer casual, embora o
ziu a testa
sim. P
o, preparando-se par
ja desocupado durante a aula. Ninguém po
hando que e
r quê? Que i
s olhos fixos nos dele, e
dar, te dou
a ser um cara relaxado, mas 200 reais não eram algo para se ignorar. Ele sor
isse ele, com um tom brincal
simples: enquanto a aula de educação física acontecia, ela invadiria o vestiário masculino e pegaria uma peça de
ervava de longe, nervosa, mas determinada. Quando o vestiário ficou vazio, Rafael deu o sinal. El
pirou fund
já estavam focados no que importava: o canto onde Gustavo costumava guardar suas coisas. Lá estava a mochila dele, jogada no banco de
s por um breve momento, imaginando-o vestindo aquela peça, o corpo suado, os músculos tensos. A excitação voltou a crescer
entrada, com um sorri
missão c
eias. Sem olhar para trás, ela saiu em direção ao seu quarto, o cor
misturado com o calor do tecido, Marina soube que não havia mais volta. Cada passo a levava
tava apena
s desejos mais reprimidos. A camisa de Gustavo estava firmemente pressionada contra seu rosto, o cheiro dele invadindo suas narinas como uma droga que a deixava cada vez mais entorpeci
enso, mais necessário. Gustavo se tornara o centro de seu universo, e cada vez que sentia o tecido da camisa contra o rosto, o prazer aumentava. A imagem del
e seu corpo. Ela parou, ofegante, com as pernas trêmulas, o suor escorrendo por sua pele. Exausta, sentou-se na
rrou para si mesma, sentindo o gosto das palavras em sua língua como uma promessa.
e sobre ele era perfeito em sua mente, cada traço, cada gesto. Marina nunca tinha desejado alguém assim, nunca havia permiti
te estava em paz. Ela sabia o que precisava fazer. Seu plano estava apenas começando, e não importav
a fase. Marina sabia que tudo mudaria a pa
o rosto. O sono a envolveu, e o sonho de tê-lo ao seu