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Desejo Súbito

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Capítulo 1 Destino: Sorte ou azar (Parte 1)

Palavras: 3785    |    Lançado em: 06/04/2024

FA

o descendo à terra me atormentava, um peso esmagador no meu peito. A polícia suspeitava que aquele misterioso acidente tinha motivações criminosas, iniciando uma investigação para verificar a fundação dessa teoria. Eu acreditava firmemente que os investigadores estavam certos. Certamente, aquele acidente poderia ter sido criminoso, dado o fato de meu pai ser um excelente motorista, incapaz de perder facilmente o controle do carro. Talvez sua posição poderosa como chefe do departamento de investigação da p

Precisava ser forte, não só por mim, mas pela minha mãe, que precisaria de mim quando acordasse. As lembranças do último feriado de Corpus Christi pareciam agora uma cruel ironia. Naquele dia, a cidade estava vestida de cores vibrantes e celebrações, mas agora, tudo se tingia de um cinza sombrio e pesado. Enquanto eu tentava lidar com a dor esmagadora da perda, as pergu

ravessar. Enquanto aguardava notícias sobre a investigação policial, que se arrastava como uma eternidade, eu me via revivendo os momentos felizes que compartilhamos como família. As risadas durante os jantares, os conselhos sábios que ele sempre tinha na ponta da língua, os abraços calorosos que agora pareciam tão distantes. Cada lembrança era uma faca de dois gumes, trazendo tanto conforto quanto dor. Minha mãe, ferida pelo acidente, lutava pela própria recuperação, e eu estava ciente que el

r que me restava. Seu pior defeito sempre foi querer ser protetor além do limite, mas eu não o julgava, considerando sua posição como o mais velho. Naquele momento, ele era meu único apoio. Descobri recentemente que Guilherme seguia os passos de nosso pai, trabalhando para a polícia federal. El

asse sobre mim. Eu me sentia perdida, parada no tempo, sem saber o que o futuro me reservava. Dias e noites de angústia se sucediam, chorava em um profundo silêncio. Somente eu sabia a magnitude da dor que sentia. Não seria uma tarefa fácil, pois nunca tinha ficado longe dos meu

a morte de nosso pai. Em meio a esse turbilhão emocional, a presença de Maia trazia uma sensação de normalidade à casa. Seu cuidado e compreensão suavizavam um pouco a dor que todos compartilhávamos. No entanto, a sombra da investigação pesava sobre nós, e eu não conseguia ignorar a ansiedade que crescia cada vez que Guilherme saía para

s após o

ama, envolvida pela tristeza que me consumia. Minha mãe continuava internada, sua figura frágil na cama de hospital era uma tristeza constante que eu relutava em enfrentar. As

logo ela acordará! - Ele sentou a

sei se tenho estrutura para suportar mais uma perd

Pode ser amanhã ou daqui a um ano. - Ele tentou explicar com calma. - Recomendo que não venha vê-la com tanta frequência, i

o fazer isso? - Suspire

lgo que te faça bem. - Ele

lavras. Talvez encontrar algo que me proporcionasse um alívio temporário fosse possível. Num lampejo, sentei-me na beira da cama, permanecendo por mais algum tempo ao lado da minha mãe antes de decidir que er

o está certo; preciso mudar minha rotina. Não posso mais ficar tra

lo de chocolate e comecei a folhear as páginas. Distraída com algumas fofocas das celebridades locais, meus olhos atentos pararam na sessão de vagas de emprego. Ao percorrer as opções disponíveis, deparei-me com uma que me interessou bastante; o anúncio dizia: "Contrata-se acompanhante." Sem experiência anterior, pensei que

ai? - Ele perg

ga de emprego! -

andando sozinha por aí! Seu "modo super irmão" foi ativado. Após a morte do nos

asar! - Revirei os olhos, tentando disfarça

o pai deixou é suficiente para nós! - Ele tentou me conve

o departamento de investigação? O que nosso pai deixou não é suficiente

tuação é complicada e delicada! - Ele r

me distrair e quero muito essa vaga. Vamos logo ou ire

ndo em silêncio até o local desejado. O ambiente no carro estava tenso, com sentimentos não ditos pesando sobre nós. Cada rua percorrida parecia uma extensão da di

*

ma era sombrio e pesado, as sombras das árvores dançavam ao ritmo do vento, criando um cenário quase assustador. Gui estacionou o veículo e me analisou com olhos que

acompanhe! - Disse, tentando manter a calma enquan

u atrás de você! - Respondeu, com um tom

tia. Ao empurrar a porta pesada, fui recebida por um ambiente estranhamente acolhedor, contrastando com o exterior. Uma mulher de cerca de cinquenta

rguntou ela, com um tom simpático que

e acompanhante! - Expliquei, e percebi seu olhar s

rpresa era evidente, e aquelas palavras me deixaram um t

desse responder

mes, deixando-me sozinha na recepção. O ambiente silencioso só aumentava minha curios

Apesar de não ter sido convidada a me sentar, acabei escolhendo uma poltrona confortável e peguei uma revista para folhear. As páginas brilhantes e cheias de imagens não conseguiam prender minha atenção, a curiosidade e a ansiedade falavam mais alto. Levantei-me, incapaz de conter

ua voz suave era quase hipnótica, e eu a segui automaticamente. Ela abri

e tangível. As sombras dançavam nas paredes, criando uma atmosfe

seu nome e idade, querida? - P

mbria no fundo da sala. Meu instinto aguçado me alertava que aquela sombra m

la Oliveira, tenho

móvel por um instante

veira? - A menção ao nome do meu pai fez meu coração disparar,

tentando manter a calma enquanto obs

s segredos que parecia guardar. Seus olhos penetrantes fixaram-se nos meus, e senti um arrepio percorrer minha espinha. Seu

ada de uma emoção contida. - Sou Antonio Ortega. Você é uma jovem muito bonita, vou adorar

i, extremamente confusa, tentando ent

avaliando minha coragem e determinação. Meu coração batia descompassado, e a curiosidade se transformava em um misto de m

r tudo que quero, pagarei em dobro! - Seus olhos brilharam com uma empolgação inquietante,

agar em dobro? Será que ele está pensando que sou uma garot

houve um grande mal-entendido. - Expliquei,

um som que reverberou pela

vaga fosse para cuidar de um idoso. Peço desculpas pela con

braços com uma força surpreendente. Tentei me soltar, mas apesar da idade, ele era bastante forte. O desespero tomou conta de

idamente, suas mãos agarraram-se aos meus cabelos, arrastando-me para o fundo da sala. - Socorro, alguém me ajude! - Gritei inúmeras vezes, mas minha voz parecia ser engolida

o aconteça!" Pensei, envolvida em um completo desespero. O medo e a raiva se m

e levantei, correndo em direção à porta. Meus dedos tremiam enquanto tentava girar a maçaneta. Atrás de mim, ouvi os passos pesados de Ortega se aproximando novamente. Mais uma vez ele me agarrou pelos cabe

te que alguém ouvisse e viesse em meu auxílio. A situação tornava-se desesperadora, e por uma fr

nhando minha demora?" ponderava, enq

a, mas Guilherme foi incrivelmente ágil, disparando duas vezes contra ele. O som dos tiros era surreal, como se estivesse ocorrendo em um pesadelo. Ortega cambaleou, seus olhos arregalados de surpresa e dor. Em um movimento lento e quase teatral, ele deslizou até o chão, formando uma imensa poça

bem? - Ele pergunt

mal saindo. Os olhos fixos no corpo sem vida de O

u para cima, me a

- Ele disse, me guiando rap

que eu havia acabado de vivenciar. Gui me ajudou a entrar no carro, e

iência havia me transformado, trazendo à tona uma força e uma determinação que eu não sabia que possuía. As mãos de Guilherme tremiam, e eu pod

leti, mantendo-me paralisada. As imagens do ocorrido passavam em minha mente como um filme de terror, e a real

homem! - Arregalei os olhos, fora de

m cima de você, acabei enlouquecendo! - Guilherme saltou do carro e andou de um lado para o outro, eu desci logo atrás dele. - Ele queria pegar uma

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Índice

Capítulo 1 Destino: Sorte ou azar (Parte 1) Capítulo 2 Destino: Sorte ou azar (Parte 2) Capítulo 3 Uma ideia desastrosa Capítulo 4 Sementes da discórdia (Parte 1) Capítulo 5 Sementes da discórdia (Parte 2) Capítulo 6 Sementes da discórdia (Parte 3)
Capítulo 7 Sementes da discórdia (Parte 4)
Capítulo 8 Onde os caminhos se cruzam(Parte 1)
Capítulo 9 Onde os caminhos se cruzam (Parte 2)
Capítulo 10 Onde os caminhos se cruzam (Parte 3)
Capítulo 11 Identidade em ruínas (Parte 1)
Capítulo 12 Identidade em ruínas (Parte 2)
Capítulo 13 Domínio absoluto (Parte 1)
Capítulo 14 Domínio absoluto (Parte 2)
Capítulo 15 Nosso primeiro momento (Parte 1)
Capítulo 16 Nosso primeiro momento (Parte 2)
Capítulo 17 Nosso primeiro momento (Parte 3)
Capítulo 18 Decisão incerta (Parte 1)
Capítulo 19 Decisão incerta (Parte 2)
Capítulo 20 Decisão incerta (Parte 3)
Capítulo 21 A verdade exposta (Parte 1)
Capítulo 22 A verdade exposta (Parte 2)
Capítulo 23 Me perdoe (Parte 1)
Capítulo 24 Me perdoe (Parte 2)
Capítulo 25 Visita imprevisível
Capítulo 26 O jantar (Parte 1)
Capítulo 27 O jantar (Parte 2)
Capítulo 28 Frustração (Parte 1)
Capítulo 29 Frustração (Parte 2)
Capítulo 30 Conflito interno (Parte 1)
Capítulo 31 Conflito interno (Parte 2)
Capítulo 32 Experiência turística (Parte 1)
Capítulo 33 Experiência turística (Parte 2)
Capítulo 34 Tortura mental (Parte 1)
Capítulo 35 Tortura mental (Parte 2)
Capítulo 36 Superação enganosa (Parte 1)
Capítulo 37 Superação enganosa (Parte 2)
Capítulo 38 Supremacia (Parte 1)
Capítulo 39 Supremacia (Parte 2)
Capítulo 40 Ataque inesperado (Parte 1)
Capítulo 41 Ataque inesperado (Parte 2)
Capítulo 42 Uma grata descoberta (Parte 1)
Capítulo 43 Uma grata descoberta (Parte 2)
Capítulo 44 Raptada nas sombras
Capítulo 45 Em busca de respostas (Parte 1)
Capítulo 46 Em busca de respostas (Parte 2)
Capítulo 47 Cativeiro
Capítulo 48 Ameaça de invasão
Capítulo 49 Uma perda profunda (Parte 1)
Capítulo 50 Uma perda profunda (Parte 2)
Capítulo 51 O reencontro (Parte 1)
Capítulo 52 O reencontro (Parte 2)
Capítulo 53 Notícias incômodas
Capítulo 54 Entre a violência e o caos (Parte 1)
Capítulo 55 Entre a violência e o caos (Parte 2)
Capítulo 56 O sabor nostálgico (Parte 1)
Capítulo 57 O sabor nostálgico (Parte 2)
Capítulo 58 Revelações impactantes
Capítulo 59 Fim do pesadelo
Capítulo 60 Quatro anos mais tarde (Parte 1)
Capítulo 61 Quatro anos mais tarde (Parte 2)
Capítulo 62 Liberta de um fardo (Parte 1)
Capítulo 63 Liberta de um fardo (Parte 2)
Capítulo 64 Enfim, unidos
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