FA
e de deixar a cama. As memórias do passado me envolviam como um cobertor pesado, me puxando de volta para o colchão. No entanto, como havia prometido à Maia que cuidaria de sua loja, não queria decepcioná-la. Ela sempre confiava em mim e eu sabia que não podia falhar com ela agora. Além disso, a perspectiva de estar em um ambiente diferente do meu lar parecia benéfica, c
experimentava há algum tempo. As folhas das árvores balançavam gentilmente, criando uma melodia tranquila que acalmava meu espírito. Cada passo que dava me aproximava mais da loja de Maia, e, com isso, sentia um misto de ansiedade e determinação. A loja era mais do que um local de trabalho; era um refúgio, um lugar on
erem levemente enquanto tentava organizar o caixa e responder a todas as demandas. Porém, como um milagre, o restante do dia transcorreu de maneira serena. A frenética manhã deu lugar a uma tarde tranquila, com poucos clientes entrando na loja. Aprovei
e ervas frescas, acalmava meu coração. À medida que o sol começava a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e rosa, percebi que assumir temporariamente esse compromisso tinha sido uma escolha acertada. Eu estava exausta, sim, mas também me sentia rev
? - Perguntei, arqueando a sobrancel
eu com uma tranquilidade desconcertante, como se nos conhecêssemos há anos. Ruborizei ao ouvir suas palavras, fican
bastante sem jeito. Entretanto, meu inconsciente começou a
ndo sobre você e sei que está mentind
Caso contrário, cuide da sua vida e deixe a minha em paz! - M
a está internada, não é? - Fiquei completamen
a vida de uma pessoa desse jeito?", pensei, sentindo um calafrio percorrer minh
deixando assustada! Por favor, vá embora. Preciso fechar a loja, e o se
muito de você! - Ele insistiu, sua voz
u realmente preciso fechar a loja, antes que apareça algum cliente for
o facilmente! Em breve entrarei em contato com você de novo, e tenho certeza de que não terá coragem de me dizer ou
ai e a internação da minha mãe? Isso é assustador! Apesar de tudo, ele é incrivelmente atraente, com um porte físico de tirar o fôlego. E aquele olhar desafiador? Confesso que ele me deixou sem palavras. Contudo, há algo misterioso naqueles olhos, algo que me deixou profundamente intimidada. E como
todos os dias, até você aceitar sair
um infarto! - Levei a mão ao peito
tar! - Ele parou ao meu lado, tenta
pas não vão ajudar muito agora! - R
ou um café? - Insistiu
de susto e agora está me oferecendo um sorvete?"
ar em paz, não é? - Pe
Respondeu ele, sorrindo de um jeito que fez meu coração disp
e? - Cruzei os braços, tentan
cê que me intriga e não consigo ignorar! - Seus olhos br
certas. A verdade é que uma parte de mim estava c
mão em um gesto de paz. - Que tal hoje à noite? - Ele deu uma breve piscada, e céus, fiquei c
mpus rápido e respondi, antes que m
espirei fundo, tentando manter o controle, mas es
i na calçada, em frente à loja, para tomar um café!
era ao mesmo tempo desarmante e provocador. "Quer que
passar meu endereço pra você! - Cru
em, nos encontramos aqui então!
a tensão diminuir um pouco. Ele soltou um
entimentos conflitantes. Enquanto ele se afastava, um turbilhão de emoções me invadiu. Sentia desconforto pela inesperada intimidade, curiosidade sobre suas intenções, atração pela sua presença magnética, e uma pontada de medo, talvez pelo desconhecid
transe ao finalmente fechar a porta do estabelecimento. Na calçada, deparei-me com uma figura
cê sumiu! - Ela segurou
! - Expliquei, enquanto girava a chave na porta com um so
perda! Sua mãe ainda está em coma, não é?
s difícil já passou! - Tentei parecer calm
suavemente. - Você sabe que pode confiar em mim. Entendo o quanto está sen
i, deixando escapar as lágrimas. Ana me
na casa do Bruno, e você vai me acompanhar! Você precisa
? - Fiz uma care
sa dele! - E
ada com minha presença. Eu ficaria chateada no lugar dela! - Usei a namorada de Bruno como de
ês tiveram um caso breve! Vamos lá, por
ho, e Ana entristeceu. - Olha, eu vou com você, mas só para te agrad
os velhos tempos? - Ela solt
para parecer empolgada, embora a perspectiva d
*
um short jeans que adorava; ele vestia muito bem e tinha o comprimento perfeito, não muito curto nem muito longo. Combinei-o com uma regatinha branca, que se ajustava ao meu corpo de forma agradável. O decote da blusa valorizava meus seios, dando a impressão de serem um pouco maiores do que realmente eram, o que me dava um toque de confiança. Para finalizar, calcei meu tênis All St
de que tudo ficaria bem. A festa parecia menos assustadora agora q
quele momento reservado para mim. "Agora é só esperar pela chegada da Ana!", pensei com um sorriso brotando em meus lábios. Alguns minutos se passaram desde que terminei de me arrumar. Me deite
rigi ao carro. Ao dar uma última olhada ao redor, meu coração disparou ao perceber a figura de um dos vigilantes que Guilherme havia deixado. Ele se aproximava com passos firmes, os olhos cintilando de raiva
ue você está saindo à noite! - Ele ro
pode me impedir de vivê-la - respo
namos nada para garantir sua segurança nessas suas bala
recisando! - Dei um tapinha em seu ombro e continuei com a mesma
misto de triunfo e apreensão. Mal m
homem lindo! - Ela
, tem de chato! Agora, vamos logo para essa
o gata! - ela provocou, achando engraçado o a
s olhos, mas não consegui evitar um sorriso. O nervos
, enquanto Ana diri
ha que seu irmão vai d
e não pode me controlar. Estou cansada de viver sob a s
noite promete fazer memória! - Ana
u mal podia esperar para ver o que nos aguardava. Seguimos viagem tranquilamente, desfrutando das músicas que ambas apreciávamos. Nossos gostos musicais eram surpreendentemente semelhantes, o que tornava a viagem ainda mais agradável. Ao
vesse estar aqui! - comecei a repetir para m
beber! - Ana anunciou, diri
respondi, dando meia volta no peque
am em pequenos grupos, rindo e se divertindo. Tentei afastar a sensação de desconforto que a presença da namorada do Bruno havia me causado. Ana volt
to!", pensei, tentando convencer a mim mesma. Eu estava preci
dois copos de vinho. Como fazia muito tempo que não bebia – na verdade, nunca gostei de beber muito
um pouco, isso vai te fazer be
o, deixando-me levar pela batida. Senti uma liberdade que há muito não experimentava, e as preocupações começaram a de
isse, levantando a voz para
dos resolveram aparecer
rtindo! - ele comentou, olh
do! - admiti,
ntinue assim! - Daniel pegou minha
ritmo da música me envolvia completamente. As preocupações e inseguranças que me atormentavam anteriormente se dissiparam, substituídas por uma sensação de liberdade. Era exatamente o que eu precisava, mas conforme a noite avançava, o sentimento de
Já deu por hoje! - L
esquentar, Rafa! - Ela tentou me convencer a ficar
r, eu volto de t
um pouquinho! - Ela
a voz; não precisava nem olhar, eu reconheceria aquele sotaque em qualquer lugar. Quando me virei c
mente. "Beber faz isso, Rafaela, a língua so
ou meu amigo, e meu amigo me convidou, por isso estou aqui. Tem algu
é apenas um convidado!", meu inconsciente me repr
lém da conta e acabei falando demais! - Tentei justifica
levo para casa! - A voz del
e esperar a minha amiga. - Pigarreei, t
edo de mim? - Ele
ndo, meu subconsciente sussurrou: "Medo? Mal sabe ele que, mesmo sóbria, sinto uma
sse com firmeza, antes de se afastar
ra perceptível, mas, para minha surpresa, havia algo de intrigante na situação. "Pode ser que o perigo e a adrenalina tenham seu charme,"
ão, ergui o copo que Ana havia me oferecido anteriormente, e tomei um gole do vinho. Cada gole parecia dissolver um pouco da minha resistência, tornando a noite mais aceitável e, de certa forma, mais emoci