r. - Minha mãe falou ao me ver pass
tanta saudade! - Falei a abraçand
está lindo! Eu sonhei com o dia em que você passaria por es
mãe, eu também!
- Ela disse fungando e me guiando até o andar de cima. - Minha
e vê-lo literalmente da mesma forma que deixei. H
e filha de Militar que serviu no exercito, eu estava finalmente no lugar que eu desejava. Todo o meu mundo virou de cabeça para baixo quando meu pai morreu em serviço quando eu tinha apenas cinco anos, minha mãe nunca deixou de ter os olhos brilhando ao falar o quanto ele era um ótimo esposo, carinhoso, gentil, um príncipe. Eles foram casados por oito anos. Apenas oito anos para fazer a mulher que ama, a pessoa mais feliz do mundo. Dona Marília
cada espécie de planta que havia naquele lugar, eu perdi completamente a noção das horas ao lado dele, e quando nos despedimos, ele retirou uma flor Jasmim e me deu. Aquilo me fez ter borboletas no estomago. Entrei e fui ajudar minha mãe nas tarefas. Depois daquele dia a convenci de que poderia ser útil a ajudando nos finais de semana com a faxina. Ela deixou, e eu o Pedro conseqüentemente nos aproximamos mais, trocamos contato e começamos a namorar escondido, algumas vezes o Pedro ia me ver no colégio e saíamos para comer alguma coisa, ele foi meu primeiro homem. Só que nossos mundos eram completamente diferentes né! Eu fiz Enem e ingressei na faculdade de administração e o Pedro passou no concurso militar, ficamos dois anos sem nos ver e perdemos contato, foi uma partida dolorida demais e eu foquei somente na faculdade... Até que um dia está eu na faculdade completamente distraída, quando entra o Pedro que
ó? - Pergun
adiantaria mais ela dizer que não daria certo. Ela riu da minha cara, me abraçou e me desejou felicidades. Eu sabia que ela se compor
mãe! - Fale
o importante é que quando engravidei de você meu desejo era sempre cheirar Jasmim. E então soubemos que seria uma menina. Deixamos para escolher seu nome no parto e quando seu
as em ser e ver a felicidade da minha mãe. Ela era meu coração. Fotografar, cuidar de
faculdade, estou a ajudando. Abri os olhos me acostumando com a claridade; observei todo o quarto esperando minha alma voltar para o corpo e me levantei. Fui até o banheiro, mesmo sabendo que minha mente continuava na cama e me olhei no espelho. Eu parecia uma selvagem, minha juba cacheada deixava claro que eu precisava lavar e finalizar o cabelo. Sim. Eu tinha que acordar cedo para dar tempo de finalizar a juba cacheada que pendia sobre
i de casa assombrada e brinquei no quintal dela que fica nos fundos com minhas amigas quando era criança, a casa que me rendeu muitas fotos e um lugar seguro para onde eu sempre corria quando queria ficar sozinha. Parei para analisar a cena como uma linda espiã demais, por trás da janela, claro! Havia um caminhão de mudança na frente... Por que
! - Falei me aproximand
gente tinha uma cafeteira de enfeite, mas minha mãe diz que no co
permitir acordar um pouco mais tarde? - Perguntei sorrin
perdesse o dia! - Ela falou. - Sem falar que a
indo porque mãe sempre tem razão
favor? O caminhão vai passar daqui a cinco minutos
eixar! -
a. Eu estava ali me sentindo faminta quando um carro preto de gente milionária entrou na rua e parou na casa da frente. Dele desceu o motorista - coisa de gente chique - e abriu a porta traseira. Um jovem que aparentava ter seus vinte e quatro anos, de pele branca e cabelos morenos penteados para trás não tão curtos, mas
smim. - Um dos gar
os. Tá bem? -
alou pegando os sacos
ndo. - Bom trabalho ai para vocês!
estava mais lá, apenas o carro estacionado e o caminhão de
i quando já estava
- Minha mãe veio
zinho novo? - Falei deixando me
s, você vai me matar do coração. - Ela falou
enhora viu ou não viu? - Perguntei
ou com os galos. - Minha mãe fal
- Falei agora pegando as x
a quando você era pequenina ainda. Nem deve se lembrar. Você chegou a brincar com o filho dela e tudo. Mas quando ele fez
uma pessoa voltar pra São Paulo depois de mai
hando que lá fora é conto
o é. - Falei quando
que vi sair do carro, será que ele era o garoto que eu havia brincado
il, mas temos que correr e você ainda está de toalha na ca
ei. Engoli meu café e corri para
quando enrolado dá nas costas, amo ele todo definidinho, mas haja paciência pra finalizar.
ha mãe já estava gritan
mãos e saí quarto a fora. Coloquei correndo meu vestido de rece
do o carro da garagem, peguei a chave no chaveiro e saí fechan
rilia, pelo amor de Deus. -
ela já estava dando a ré eu me lem
e. - Falei batend
filha de Deus? - Minh
queci meu celular
carro n
enta e cinco. - Minha mãe fa
alei fazendo sinal com a mão p
inda? - Ela gr
que as oito a gente já deveria estar com tudo pronto para abrir. Minha mãe é bem pontual e o restaurante não é longe, moramos
do a ré. - Te amo. - Grit
nes blueetoth no ouvido e joguei os cabelos por cima para disfarçar. Nunca se sabe quando os donos vão aparecer né! A honra de morar no Brasil é saber que você compra e tem a possibilidade de dar de presente pros donos. Eu estava entretida escolhendo a musica que iria escutar – A Thousand Miles – quando o garoto apareceu ao lado de fora conversando com o motorista do caminhão de m
divertir, não vou ficar mais te esperando porque agora eu so
guei à frente do restaurante encarando as portas de vidro com a grande placa escrita: Doce Jasmim. S
- Avisei a
a recepção.
é acolhedor e sofisticado ao mesmo tempo, com toda a mobília e decoração em marrom amadeirado; armário de amostras de bebidas com todo tipo de bebida possível, embora o que saia mais por aqui seja o famoso café da dona Marilia, com gosto de casa. Sem falar no cheiro de Jasmim que impera o ambiente, minha mãe costuma passar sempre a essência de Jasmim antes de abrir, e logo na recepção e em alguns pontos específicos, pequenos jarros com Jasmim decoram o ambiente. Temos um publico consid
mais. O cheiro desse lugar me remete a minha casa, e eu nunca fui tão feliz como sou quando estou aqui dentro, me lembro de correr com meu pai por este lugar e de cozinharmos juntos quando eu nem sabia fazer nada, apenas comer. Com o inicio da faculdade ficou acordado que
ais pessoas no celular do que conversando, mas ainda há aqueles que vão até lá para fofocar durante o horário do almoço, ou para falar mal do trabalho, é o que eu mais escuto. Na hora do almoço peguei meu prato e resolvi comer na porta dos fundos, porta e
ltima? - Mari
untei já ansios
lpão aqui do lado. - Ela falou em tom
que me faltava! - Fal
Ela falou agora mos
cômodo demais! - Falei a
u. - Finalmente um lugar pra se d
ui porque eu estarei na f
m os finais de semana.
ona Marileide. - Falei
me chamar assim na frente de
ra ir à casa noturna no
ocê vai. - Ela
ó espero que não seja
nk, amém. - Ela disse
o presta. -Resmu
eguindo pelo restante do dia. No final da noite o movimento tinha sido bom e eu estava extremamente cansada. Ao fecharmos, limpamos tudo, jogamos o lixo fora e seguimos para casa. Quando chegamos, eu desci na frente da porta e minha mãe foi colocar o carro na garagem, abri a casa e entrei. Tomei um banho, tomei café enquanto dona Marilia assistia a novela das onze e depois fui direto para o
cia uma miragem com camiseta e bermuda de pano. Estava completamente perdido em pensamentos. Mirei na lua e tirei uma foto daquela noite estrelada, agora eu tinha mais duas fotos para admirar e completar meu álbum físico, eu amo imprimir as fotos e guardar, um dia quero fazer uma exposição de pequenos detalhes... Quando estava desligando a câmera vi que ele me notou, me encarou, meu olhar encontrou o seu e de lá não saiu por alguns segundos. Olhos escondidos pela escuridão da noite e pela minha miopia. Eu senti que queria morar naquele olhar, era questionador, misterioso, ao mesmo tempo carente. Ele estava triste. Eu sabia decifrar as expressões faciais e corporais pelos mínimos detalhes. E ele estava realmente triste. Sen