nde ele dorme. Para que sirva isso? Por que meu pai faria isso? Meus lábios inferiores treme. Isso é horrível. Tenho que ajudá-lo. Mas como? O que posso fazer? Seu rosto volta para
esperançoso, como se eu realmente pudesse fazer alguma coisa, mas não sou nada. Nem para o meu pai. Nem para ninguém. - Meu pai não gosta muito de mim. Seus olhos se arregalam. - Mas você é filha dele. Dou de ombros. - Eu matei minha mãe, então ele me odeia. Ele franze a testa, mas continua mesmo assim. - Quando eu era bebê, minha mãe morreu ao me dar à luz. - Isso não é culpa sua. - Ele olha fixamente. Dou de ombros novamente, sem saber o que dizer. -Seu pai é um verdadeiro idiota. Quando eu sair daqui, vou levar você comigo. - Sério? - Respiro, com medo de que meu pai esteja ouvindo, com a porta ainda aberta. - Se você quiser, - ele sussurra. - Eu quero. - Deixo que um pequeno sorriso se alinhe em meus lábios e um chega à sua boca também. - Então está combinado. Quando eu encontrar uma saída, você virá comigo. - Eu vou. Capítulo 4 Aida Três dias depois Nos últimos três dias, sempre que levo comida para ele, ele fala comigo. Não passamos muito tempo juntos para que meu pai não me pegue e fique bravo por eu ter ficado muito tempo. Mas é o suficiente. Eu gostaria de pensar que agora somos amigos. Ele me contou sobre seus pais, sobre como sua mãe morreu há alguns anos e sobre o que aconteceu com ele no dia em que um dos meus tios matou seu pai. Acho que nunca percebi o quanto minha família era ruim até encontrá-lo acorrentado como se fosse um cachorro. Também contei a ele sobre minha vida. Como eu gostaria de conhecer minha mãe. Como eu queria que meu pai me acumulasse. Como eu queria ter amigos e ser normal. Não sei quantos dias ficaremos juntos, porque, conhecendo meu pai, ele pode mudar de ideia e não me deixar vir até aqui. Então, hoje, decido dar algo para Matteo quando levasse o almoço para ele. Com uma caneta e um pequeno bloco de notas no bolso, leve uma tigela de arroz e frango frito para ele. Assim que me vê, ele se senta mais ereto e dá o sorriso mais brilhante que já vi. Não consigo evitar e sorrir de volta. - Oi, - diz ele. - Oi. - Eu me sento ao lado dele, sem entender por que de repente fiquei tímida. - Obrigado, Aída. - Ele pega uma tigela de mim, colocando-a entre suas coxas para que você possa usar uma colher. Vê-lo comer enquanto e