Logan, Dylan e Tyler, os três irmãos Creed são audaciosos, rebeldes, lindos... e estão em busca do amor! Dylan Creed é um verdadeiro talento para domar touros e mulheres, mas quando sua filha é abandonada pela mãe aos seus cuidados, ele se vê totalmente perdido em meio a fraldas, mamadeiras e todas as outras manhas de uma garotinha de 2 anos. Não demora muito para que ele perceba que existe somente um lugar onde poderá criar Bonnie: seu rancho em Montana. Mas só isso não basta! É preciso encontrar uma mãe para sua menina e rápido! Kristy Madison, a bibliotecária da cidade, perde a fala quando Dylan aparece para uma sessão de histórias trazendo um bebê. O homem que deixou uma trilha de corações partidos, incluindo o dela, está de volta. E, quando a paixão decide provar que jamais se extinguiu, Kristy se vê determinada a domar esse caubói de uma vez por todas.
Logan, Dylan e Tyler, os três irmãos Creed são audaciosos, rebeldes, lindos... e estão em busca do amor!
Dylan Creed é um verdadeiro talento para domar touros e mulheres, mas quando sua filha é abandonada pela mãe aos seus cuidados, ele se vê totalmente perdido em meio a fraldas, mamadeiras e todas as outras manhas de uma garotinha de 2 anos. Não demora muito para que ele perceba que existe somente um lugar onde poderá criar Bonnie: seu rancho em Montana. Mas só isso não basta! É preciso encontrar uma mãe para sua menina e rápido!
Kristy Madison, a bibliotecária da cidade, perde a fala quando Dylan aparece para uma sessão de histórias trazendo um bebê. O homem que deixou uma trilha de corações partidos, incluindo o dela, está de volta. E, quando a paixão decide provar que jamais se extinguiu, Kristy se vê determinada a domar esse caubói de uma vez por todas.
CAPÍTULO UM
Las Vegas, Nevada
Ele soubera durante todo o dia que algo aconteceria, algo totalmente novo e que mudaria sua vida. Tal conhecimento havia lhe provocado um frio na barriga e um arrepio nos pelos da nuca durante a maratona de rodadas de pôquer na sua espelunca de jogatina favorita. Ele ignorara o sutil zumbido na cabeça como sendo nada mais do que uma ligeira distração, pois não tinha os costumeiros elementos de real perigo. Agora, porém, com o maço de notas dobradas, seus ganhos, enfiado no cano da bota esquerda, Dylan Creed sabia que era melhor tomar cuidado, assim mesmo.
No Glitter Gulch havia multidões de pessoas, seguranças contratados pelos mega cassinos para garantir que seus caixas eletrônicos ambulantes não fossem atacados, roubados, ou ambos; policiais e câmeras para tudo quanto é lado. Aqui, atrás do Black Rose Cowboy Bar and Card Room, lar dos jogadores de pôquer da pesada que desprezavam o brilho e o luxo, havia uma luz de rua que falhava, uma lixeira superlotada, um punhado de velhos carros enferrujados e, na periferia de seu campo de visão, uma ratazana do tamanho de um guaxinim.
Apesar de adorar uma boa briga, sendo um Creed de corpo e alma, Dylan não era nenhum tolo. Levar com uma chave de roda na nuca e perder o que havia ganho no dia, mais de 50 mil dólares em espécie, não estava em seus planos.
Ele caminhou na direção da reluzente caminhonete Ford de cabine estendida com a costumeira confiança, e provavelmente devia dar a impressão de ser um infeliz qualquer para quem quer que estivesse escondido atrás da lixeira, ou de um dos outros carros, ou apenas nas sombras.
Alguém definitivamente o estava observando; podia senti-lo agora, com toda a certeza, mas era mais irritante do que alarmante. Cedo na vida, apenas por ser o filho do meio de Jake Creed, aprendera que a presença de outras pessoas carregava a atmosfera de energia.
Apenas por precaução, enfiou a mão dentro da antiga jaqueta jeans, apertando levemente os dedos ao redor da coronha do 45 de cano curto que costumava levar para suas freqüentes jogatinas. Garth Brooks podia até ter amigos em lugares vulgares como o Black Rose, mas ele não. Apenas maus perdedores, ladrões e jogadores astutos andavam por aquela vizinhança, e Dylan Creed encaixava-se na última categoria.
Ele estava a menos de dois metros da caminhonete quando percebeu que havia alguém sentado no banco do carona. Na fração de segundo que levou para reconhecer Bonnie, ponderou se deveria ou não sacar o 45, ou até mesmo o celular.
Bonnie. Sua filha de 2 anos de idade estava de pé no assento, sorrindo para ele através do vidro.
Dylan correu até o lado do motorista, entrou no veículo e perdeu o chapéu quando a menininha se atirou em cima dele, envolvendo-lhe o pescoço com os braços.
Com o cotovelo, Dylan pressionou a trava da porta no local do apoio para o braço.
- Papai - disse Bonnie.
Pelo menos na cabeça dele, o nome da menina era Bonnie. Sharlene, a mãe, o havia mudado várias vezes, de acordo com o último capricho.
- Oi, querida - disse Dylan, afrouxando um pouco o abraço, pois receava esmagar a criança. - Onde está sua mãe?
Bonnie o fitou com os enormes olhos azuis de cílios espessos. O cabelo louro se encaracolava ao redor das orelhas, e ela estava usando um surrado macacão de alças, uma camiseta listrada e sandálias de dedo.
Tenho apenas 2 anos de idade, seu olhar parecia dizer. Como eu deveria saber onde está minha mãe?
Mantendo o braço ao redor de Bonnie, Dylan virou-se e baixou o vidro da janela.
- Sharlene! - gritou para dentro do estacionamento escuro.
Não houve resposta, é claro, e, pela mudança das vibrações que vinha sentindo desde que atravessara a porta dos fundos do Rose, ele soube que sua antiga namorada havia se mandado. De novo.
Só que, desta vez, deixara Bonnie para trás.
Ele teve vontade de praguejar, até mesmo de esmurrar o volante, mas não fazia esse tipo de coisas na frente da menina. Não após, ao lado dos irmãos, Logan e Tyler, ter crescido em um lar semelhante a um misturador de cimento movido a álcool, sobressaltando-se com qualquer barulho. E não era só isso. Além do fato de não querer assustar Bonnie, estava sentindo-se estranhamente aliviado.
Graças à vida cigana de Sharlene, ele mal via a filha, embora ela sempre desse um jeito de descontar os seus cheques de pensão alimentícia, e ficar separado de Bonnie, sem saber o que estava acontecendo com ela, doía no seu peito como uma ferida na alma.
Bonnie se acomodou no seu colo, encostando a cabeça no peito e dando um ligeiro suspiro trêmulo. Talvez fosse de alívio, talvez de resignação.
A julgar pelo modo como a noite estava indo, ela provavelmente havia tido um dia daqueles.
Dylan apoiou o queixo no topo da cabeça da filha por um instante, os olhos ardendo e a garganta quente, como se ele houvesse tentado engolir a ponta em brasa de um ferro de marcar. Inclinou-se à frente, girou a chave da ignição e engatou a marcha.
Logan. Foi esse o seu pensamento seguinte. Tinha de ir à procura de Logan. Afinal de contas, seu irmão era advogado. E, apesar de Dylan ter dinheiro para pagar qualquer profissional no país, e ele e Logan estarem meio estremecidos, sabia que não havia ninguém mais em quem ele pudesse confiar, ainda mais se tratando de algo de tamanha importância.
Bonnie era filha dele, assim como de Sharlene, e, por Deus, ela merecia um lar estável, roupas decentes, visto que o que estava usando parecia ter forrado a cama de um cachorro por um ou dois anos, e, no mínimo, um pai responsável.
Não que ele fosse tão responsável assim. Passara anos vivendo à custa dos rodeios, e agora vivia à custa do pôquer. Tinha todo o dinheiro de que jamais precisaria graças a alguns investimentos astutos e uma assustadora capacidade de tirar um royal flush em praticamente todos os jogos. Além disso, também já fizera alguns serviços de dublê muito bem pagos para o cinema.
Comparado a Sharlene, apesar de não parar muito tempo no mesmo lugar, era concorrente ao prêmio de pai do ano.
Ele só encontrou o bilhete e a mochila surrada no banco de trás quando desceu do veiculo no South Point, seu hotel preferido. Carregando a adormecida Bonnie nos braços, enquanto aguardava que o manobrista levasse embora a caminhonete, ele leu o bilhete.
Estou com alguns problemas, Sharlene havia rabiscado com sua letra infantil, inclinando-a tanto para a esquerda que ela quase se confundia com as linhas da página do caderno barato, e não posso mais cuidar de Aurora. Agora era Aurora? Bom Deus, o que viria em seguida, Oprah? Achei que deixá-la com você seria melhor do que colocá-la em um lar temporário, já passei por isso, e foi uma droga. Não tente me encontrar. Estou com um namorado, e estamos pondo o pé na estrada. Sharlene.
Dylan esforçou-se para descerrar os dentes. Ajeitou Bonnie no braço de modo a poder pegar o comprovante de estacionamento que o manobrista lhe estendeu e, depois, pegou a mochila. Mandaria buscar suas próprias coisas na casa de Madeline, onde costumava ficar quando passava por Vegas. Madeline não iria gostar muito, mas Dylan não estava disposto a levar a filha de 2 anos para lá.
O South Point era um hotel enorme e bem iluminado. Se, na ocasião, Madeline, uma comissária de bordo, estivesse em um de seus vôos fora do país, ou namorando alguém, Dylan ficava ali sempre que vinha para o National Finais Rodeo, e o local era um estabelecimento apropriado para famílias.
E ele e Bonnie eram uma família.
Após conseguir um quarto com duas enormes camas, ele pediu que o serviço de quarto trouxesse hambúrgueres, porções de batata frita e milk-shakes. Enquanto aguardavam, Bonnie, apenas semiacordada, ficou deitada, encolhida, no seu lado da cama mais longe da porta, com o polegar direito enfiado na boca e os olhos seguindo cada movimento que ele fazia.
- Você vai ficar bem, menina - disse ele.
Ela parecia tão pequena, tão vulnerável, deitada ali com aquelas roupas velhas.
- Papai - ela disse e bocejou com vontade, antes de voltar a chupar o dedo, desta vez com vigor.
- Isso mesmo - Dylan respondeu, virando-se do telefone para a mochila. No seu interior havia mais roupas como a que ela estava usando, uma escova de dentes infantil com as cerdas gastas e uma boneca de plástico nua com cabelo pixaim e rabiscos de tinta azul no rosto. - Sou o seu papai. E parece que eu e você vamos fazer algumas compras, amanhã de manhã.
Não havia pijamas nem meias e, para falar a verdade, nem sequer havia sapatos decentes. Apenas mais dois macacões, mais duas camisetas de aparência miserável, a boneca e a escova de dentes.
Dylan sentiu a fúria entalada na garganta. Maldição, o que Sharlene estava fazendo com o dinheiro que ele enviava para a caixa postal em Topeka todos os meses? Ele sabia, a dizer pelo modo como o vultoso cheque sempre era descontado de sua conta, antes que a tinta secasse, que a avó o apanhava no dia que ele chegava, e enviava o dinheiro para onde quer que "Sharlie" pudesse estar.
Naturalmente, tinha suas suspeitas com relação às despesas de Sharlene. Cocaína, malhas de oncinha e afins, tatuagens para o namorado bobalhão do momento, senão para ela. Bonnie, provavelmente, havia sobrevivido a base de sanduíches e pizza congelada.
Dylan contraiu tanto os maxilares que chegou a doer; fez o esforço consciente para relaxar. Nada daquilo era culpa de Bonnie. Ao contrário dele, ao contrário de Sharlene, ela era inocente, forçada a conviver com as conseqüências dos erros de outras pessoas.
Nunca mais, ele jurou, silenciosamente.
Por mais que quisesse colocar toda a culpa em Sharlene, sabia que não seria justo. Sabia quem e o que Sharlene era quando dormira com ela, quase três anos atrás, após um rodeio, numa cidade da qual sequer conseguia se lembrar do nome. Haviam se enfurnado em um quarto de motel barato e transado durante uma semana; a seguir, cada um seguira o seu caminho. Alguns meses depois, do nada, Sharlene aparecera e lhe dissera que estava esperando um filho dele.
E Dylan soubera que era verdade, muito tempo antes mesmo de pôr os olhos em Bonnie e ver como era parecida com ele, do mesmo jeito que soubera que não estava sozinho no estacionamento atrás do Black Rose.
Abatida de cansaço e, provavelmente, de tanta confusão, Bonnie simplesmente mordiscou quando a comida trazida pelo serviço de quarto chegou, e, em seguida, adormeceu em seu macacão. Será que ela ainda estava tomando leite enriquecido, ou algo parecido? Será que ele deveria mandar o mensageiro do hotel ir buscar leite e mamadeiras na cidade?
Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo embaraçado.
Amanhã de manhã, após comprar algumas roupas decentes para a menina, para evitar que o médico ligasse para o Juizado de Menores assim que eles entrassem no consultório, levaria Bonnie a um pediatra para um exame de rotina e para descobrir o que crianças de 2 anos comiam.
Quando teve certeza de que Bonnie estava dormindo profundamente, bem enrolada nas cobertas, ele ligou para Madeline. Ela o estava aguardando, embora, para crédito da moça, não fosse uma hora nem remotamente razoável, visto que o acordo deles era: passar a noite quando de passagem pela cidade.
Ele precisava das próprias roupas, dos apetrechos de barbear, e do seu laptop.
- É Dylan - disse, quando Madeline atendeu.
- Ganhou, amorzinho?
Ela cultivava um sotaque sulista, só que, de vez em quando, dava para se perceber resíduos de Minnesota, com sua ligeira cadência escandinava.
- Sempre ganho - murmurou Dylan, olhando para a filha adormecida.
- Neste caso, devemos comemorar. Encontrar um filme sensual na TV paga e...
- Olhe, Madeline, não vai dar para eu passar aí hoje. Algo... hã... aconteceu...
- Onde você está?
Havia, agora, uma aspereza no tom de voz de Madeline. Ela não era possessiva. Se fosse, Dylan teria desviado 80km de seu caminho só para evitá-la, mas ela havia recusado outras propostas durante a estada dele em Vegas, deixara isso bem claro, e não estava nada feliz de ter levado bolo.
- Estou no South Point - ele começou.
- Que droga! - Madeline exclamou, decididamente irritada.
- Você está com outra pessoa, alguma mulher, não está?
- Não exatamente.
- O que quer dizer com "não exatamente"?
- Estou com a minha filha, Madeline - disse Dylan, esforçando-se para ser paciente apenas porque não queria incomodar Bonnie. - Ela tem 2 anos de idade.
O sotaque retornou.
- Ah, traga-a aqui! Eu adoro bebês.
Por uma fração de segundos, Dylan chegou a considerar a oferta. Depois, recordou-se da tendência de Madeline para fazer sexo espontâneo, o cheiro de fumaça de maconha antiga que costumava impregnar o apartamento dela e a vasilha de camisinhas em embalagens multicoloridas sobre a mesinha de centro.
- Hã... não - disse. - Ela está muito cansada.
Ele pressentiu outra explosão se armando sob o sotaque de Madeline.
- Neste caso, por que se deu ao trabalho de me ligar? - ela ronronou.
Em um instante, ela poria as garras à mostra, prontas para retalhá-lo por completo.
- Preciso de minhas coisas - admitiu Dylan, encolhendo-se ligeiramente, como costumava fazer no playground quando criança, ao se ver prestes a levar uma bolada. - Agradeceria muito se pudesse colocar tudo em um táxi e mandar o motorista trazer aqui.
- Isso jamais passaria pela minha cabeça - Madeline retrucou.
- Eu deixo tudo aí a caminho da boate.
A ligeira ênfase nas últimas palavras foi uma mensagem clara: se ele não ia aparecer, ela é que não ficaria em casa sozinha, vendo televisão.
- Madeline, você não precisa...
- South Point? Foi onde disse que estava, não é?
- Foi, mas...
Ela desligou na cara dele.
Dylan sentou-se na beirada da cama, do lado oposto ao de Bonnie, e apoiou os cotovelos nos joelhos. Madeline iria querer subir direto para o seu quarto, provavelmente, para ver se ele mentira sobre quem estava lhe fazendo companhia, e ele não queria que ela acordasse Bonnie. Mas, a não ser que conseguisse convencer Madeline a mandar suas coisas pelo carregador do hotel, o que não parecia ser muito provável, ele não teria outra escolha.
Teria de deixar Bonnie sozinha para descer até o saguão, e isso não era uma opção.
Vinte minutos mais tarde, o telefone tocou, fazendo com que Bonnie se sobressaltasse das profundezas de algum sonho de bebê, e Dylan saltou na direção dele, atendendo-o com um sussurro:
- Alô?
- Estou aqui embaixo - disse Madeline - Qual é o número do seu quarto, amorzinho?
Dylan conteve outro suspiro. Deus, detestava ser chamado de "amorzinho".
- Doze quatro dois - disse.
Madeline, uma ruiva de pernas compridas, quase tão alta quanto ele, com seu l,80m, não tardou em aparecer à porta com o seu corpo bem feito. Espiando através do olho mágico, ele viu que ela estava acompanhada de um carregador do hotel trazendo um carrinho de malas com suas coisas. A boca brilhante da mulher estava cerrada e os olhos ligeiramente estreitados.
Relutantemente, Dylan a deixou entrar.
Na mesma hora ela examinou o aposento, seu olhar se fixando em Bonnie, enquanto o carregador aguardava educadamente para descarregar as coisas do carrinho. Dylan lhe passou a gorjeta e levou, ele mesmo, para dentro o laptop, o kit de barbear e a sua mala.
- Ela é uma gracinha! - disse Madeline, entusiasticamente, curvando-se sobre Bonnie.
- Não faça barulho - pediu Dylan. - Ela teve um dia difícil.
Uma vida difícil, para ser exato. Assim que se livrasse de Madeline, engoliria o orgulho e ligaria para Logan. Ele e o irmão mais velho haviam feito um certo progresso recentemente, mas o terreno podia ficar acidentado a qualquer instante, e pedir ajuda ao irmão exigiria um bocado dele.
Madeline levou o dedo em riste aos lábios cheios e adejou os cílios falsos. Bastaria colocá-la no seu esplendor de Vegas, com plumas e lantejoulas, vestidos minúsculos, sapatos de salto alto e meia arrastão e Bonnie, na eventualidade da menina acordar e ver uma total desconhecida olhando para ela, teria pesadelos sobre coristas até o fim de seus dias.
Ele pegou Madeline pelo cotovelo e começou a puxá-la na direção da porta.
- Boa noite, obrigado, quanto lhe devo pelo favor? Ela lhe deu um tapinha na face.
- Nós acertaremos da próxima vez que você passar por Vegas - ela disse. Depois, deteve-se. - O hotel provavelmente poderia arrumar uma babá e nós poderíamos...
- Não - disse Dylan, bruscamente.
Graças a Deus, Madeline foi embora, e já foi tarde.
Dylan tomou uma ducha, fez a barba, escovou os dentes e seguiu para a cama, apenas de cueca. Desde a época de escola que não usava pijamas.
Mas, agora, tinha de pensar em Bonnie. Não podia ficar desfilando de cueca na frente de sua filha pequena, mesmo que esta estivesse dormindo.
A paternidade ficava mais complicada a cada minuto que passava, pensou. Ainda mais levando em conta que não sabia nada a respeito do assunto. Sua experiência se limitara a algumas breves visitas a Bonnie sempre que Sharlene se dignava a ficar no mesmo lugar por mais de um mês.
Ele vestiu um par de jeans e uma camiseta e subiu na cama.
Prometeu a si mesmo ligar para Logan no dia seguinte. Ou no próximo, ou no outro dia depois dele...
Kristy Madison andava apressadamente pela enorme cozinha, abrindo uma lata de comida para o seu gato persa branco, Winstone, juntando suas anotações para a reunião daquela noite do clube do livro na biblioteca, pegando o celular de cima da bancada, onde ela o deixara carregando ao dar uma passada rápida em casa para jantar.
Ela desejou poder ficar em casa esta noite, afundar na enorme banheira com pés em forma de garra e ler um livro, mas, afinal de contas, o grupo de leitura havia sido idéia dela. E havia sido uma idéia muito popular, visto que 26 pessoas haviam se inscrito.
Em particular, Kristy se perguntava quantas delas simplesmente queriam dar uma olhada de perto em Briana, o interesse amoroso de Logan Creed. Antes de se envolver com Logan, Briana não passara de mais uma mãe solteira, cujo contracheque vinha do cassino nos arredores de Stillwater Springs, cujos filhos, Josh e Alec, estudavam em casa, e que costumava cuidar da própria vida.
Kristy mordeu o lábio inferior. Pensar em Logan inevitavelmente a levava a pensar em Dylan, e isso ainda era doloroso, embora já fizesse cinco anos desde a última vez em que o vira. Ele havia estado na cidade recentemente, as fofoqueiras haviam se certificado de que ela soubesse disso, mas não a procurara e, mais uma vez, ela se mostrara orgulhosa demais para ir atrás dele.
Olhando para o próprio reflexo no vidro escuro da janela da cozinha, Kristy viu uma mulher esbelta com o cabelo louro cortado pouco abaixo dos ombros, elegantemente despenteado, olhos azuis e uma bela estrutura óssea. Mas havia sombras sob aqueles olhos, o cabelo estava precisando ser aparado, e de que adiantava uma bela estrutura óssea? Ela ficou bem na foto da carteira de motorista. Até onde podia determinar, foi a única vantagem que teve.
Winston, ignorando a vasilha de comida, deixou escapar um miado bem alto e melancólico e se esfregou na bainha do jeans preto de Kristy, deixando para trás um rastro de pelos brancos como a neve.
Agora, teria de tirar pelo das calças... de novo.
Outras mulheres carregavam pastilhas de hortelã e batom nas bolsas, Kristy trazia um bastão recoberto de fita adesiva, para tirar o pelo.
- Eu sei - ela disse gentilmente para Winston. - Você quer se aconchegar comigo no sofá e assistir ao Animal Planet, mas tenho de trabalhar hoje à noite.
A resposta de Winston foi outro miado, e desta vez, ele subiu alguns graus no medidor de "coitadinho".
- Quando eu chegar em casa, você pode comer um biscoito de peixe a mais - prometeu Kristy. - Não vou demorar... No máximo às 9h30, estou em casa.
Insatisfeito, Winston virou-se e avançou por entre as diversas latas de tinta e amostras de papel de parede espalhadas pelo chão da cozinha. Com uma sacudidela desdenhosa de seu felpudo rabo branco, ele desapareceu no interior da sala de estar.
Há uma eternidade Kristy vinha remodelando sua enorme casa em estilo vitoriano, ou pelo menos era esta a impressão que ela tinha. Assim como Winston, estava acostumada a tropeçar nas coisas compradas na Home Depot, mas, de repente, a coisa toda começou a parecer mais uma dor de cabeça sem fim do que a nobre restauração à qual ela dera início assim que assinara os papéis da hipoteca.
- Estou cansada de minha vida - disse para o próprio reflexo. - Quero uma nova.
- Azar o seu - respondeu o reflexo. - Você fez a própria cama e agora vai ter quer dormir nela. Sozinha.
Sem marido. Sem filhos.
Mais alguns aniversários, mais alguns gatos, e poderia passar a ser considerada uma velha solteirona louca. As crianças começariam a dizer que ela era uma bruxa e evitariam a sua casa no Halloween.
Kristy deu as costas à imagem na janela, puxou a alça da bolsa para cima do ombro, jogou o celular dentro da bolsa, assim como suas anotações e uma cópia da seleção do clube do livro daquele mês, e seguiu para a porta dos fundos.
Apesar do quanto pudesse estar se sentindo melancólica, a visão da Biblioteca Pública de Stillwater Springs sempre melhorava o seu humor, e naquela noite não foi exceção. Ela adorava a construção baixa de tijolos, com suas venezianas verdes e o telhado de madeira. Adorava estar rodeada de livros e leitores.
Ela e outras pessoas que haviam crescido nos arredores ou na pequena cidade do oeste de Montana haviam travado algumas batalhas duras para conseguir o dinheiro para construir e estocar a biblioteca depois que a antiga foi destruída num incêndio.
Estacionando a Blazer verde-escura na vaga reservada especialmente para ela, Kristy atravessou apressadamente a porta lateral do prédio. Naquela noite, a área principal da biblioteca havia fechado cedo para reparos hidráulicos em um dos banheiros, mas as duas pequenas salas de conferência estariam abertas, uma delas para o grupo de leitura e a outra para uma reunião dos AA.
Ela pendurou a bolsa num gancho, lavou as mãos na pia da pequena quitinete entre as duas salas de conferência e pôs-se a trabalhar na cafeteira.
O xerife Floyd Book foi o próximo a chegar. Ele veio trazendo uma caixa de livros de seu carro pessoal e cumprimentou Kristy com um sorriso e um aceno da cabeça.
- Sabia que se eu não chegasse aqui rápido demais, você se encarregaria de fazer o café - brincou.
Kristy riu.
- Tudo pronto para a sua aposentadoria? - ela perguntou, arrumando as colunas de copos descartáveis, pacotinhos de açúcar, leite em pó e coisas do gênero.
- Tudo, exceto por mim - Floyd retrucou, atravessando a porta aberta que levava à sala dos AA, já distribuindo os livros e panfletos para a reunião daquela noite. Em Stillwater Springs ninguém era anônimo, mas, para o bem do que era chamado de O Programa, todo mundo fingia não notar quem entrava e saia pela entrada lateral da biblioteca nas noites de terça. - Mal posso esperar a eleição especial. Entregar meu distintivo para Jim Huntinghorse ou Mike Danvers, e tirar a poeira desta cidade dos pés, pelo menos por algumas semanas. Dorothy e eu já estamos com as malas prontas para aquele cruzeiro até o Alasca.
- Falta pouco - Kristy amigavelmente tentou tranquilizá-lo. Até escutar a menção do nome da mulher, ela estivera ocupada demais para notar a ausência da sra. Book. - Dorothy não vem à reunião do grupo de leitura? Ela se inscreveu.
Dorothy Book estava confinada a uma cadeira de rodas, após um acidente automobilístico alguns anos antes, e havia quem dissesse que ela não estava muito bem da cabeça. Kristy sempre gostara de Dorothy, não dava a mínima para o fato de ela ser um pouco diferente, e estivera ansiosa para tê-la na primeira reunião do grupo.
Floyd sacudiu a cabeça. Recentemente, ele vinha dando a impressão de estar muito cansado, gasto até o talo, como a falecida mãe de Kristy costumava dizer. Talvez fosse a expectativa da aposentadoria, o desgaste do trabalho, e a incerteza da eleição especial, mas Kristy tinha a impressão de que ele estava mais cansado do que de costume.
- É difícil para ela subir e descer do carro - contou o xerife para Kristy. - E ela detesta mexer na cadeira de rodas. Estou torcendo para que o cruzeiro lhe devolva um pouco a cor das faces e o brilho do olhar.
Kristy parou de mexer nas coisas do café. Floyd Book era o xerife de um vasto condado. Fora eleito para o cargo quando ela ainda estava no segundo ano da escola, e o mantivera desde então. Até a morte de seu pai, apenas seis meses após o falecimento de sua mãe, Floyd fora uma visita constante no rancho Madison. Ele e o pai de Kristy haviam sido melhores amigos, compartilhando a paixão pela pesca, por cavalgar e juntar as poucas cabeças de gado que Tim Madison havia conseguido manter naquele lugar de difícil sustento.
Kristy sentiu uma pontada ao pensar em perguntar a Floyd, sem rodeios, se algo estava errado e, caso estivesse, o que ela poderia fazer para ajudar. Aparentemente, esta era a noite para lembranças dolorosas virem à tona.
- Está se sentindo bem, Kristy? - perguntou Floyd, cruzando o corredor para colocar a mão forte no ombro dela. - Por um instante, você ficou pálida. Pensei até que fosse desmaiar.
- Estou bem - mentiu Kristy.
Fora criada como uma durona criança de rancho de Montana, que aprendera a dizer que estava se sentindo bem, independente de estar ou não.
Mas o rancho estava abandonado agora, o celeiro tombado para um dos lados, a sólida casa velha vazia. Da última vez em que Kristy se forçara a ir lá e ficar de pé na colina alta onde costumava cavalgar Sugarfoot, seu adorado capão amarelado de crina e rabo brancos, ela, de fato, sentiu o coração se partir em vários pedacinhos.
Seus pais estavam ambos mortos, e ela não tinha irmãos e nem irmãs, nenhuma tia, agora que a tia-avó Millie havia falecido, nem tios, nenhum primo.
Sugarfoot também já havia partido, enterrado em uma cova do tamanho adequado para um cavalo no meio de um matagal nos arredores do rancho Creed. Após 16 anos, mais da metade de sua vida, Kristy ainda chorava quando visitava o local do descanso eterno do seu melhor amigo. As pessoas insistiram que tinha de arrumar outro cavalo; afinal de contas, sempre adorara cavalgar e também era excepcionalmente boa nisso, mas, de algum modo, não tinha mais forças para amar alguma coisa, ou alguém, com tanta intensidade e correr o risco de outra perda.
Já perdera tanto.
Seus pais, Sugarfoot...
E Dylan Creed.
- Kristy? - indagou o xerife, fitando preocupadamente seu rosto. - Talvez seja melhor que vá para casa. Talvez esteja ficando doente. Posso dizer para as senhoras do clube de leitura que a reunião foi adiada.
Kristy esforçou-se para sorrir, endireitou os ombros e fitou o amigo do pai nos olhos.
- Bobagem - disse. - Nós já adiamos uma vez. Só estou um pouco cansada.
Floyd não pareceu muito convencido, mas alguns dos AA habituais estavam começando a chegar, de modo que ele finalmente se virou para ir cumprimentá-los, como vinha fazendo toda terça há vários anos, desde o acidente de carro de Dorothy e o escândalo de ele estar envolvido com Freida Turlow pelas costas de Dorothy. Sentado à mesa da cozinha com o pai de Kristy, ele chorara por causa da dor sofrida por Dorothy, não só devido ao acidente na estrada congelada, mas também porque ele a traíra com outra mulher.
Observando e escutando despercebida do corredor, fora a primeira e única vez que Kristy vira um homem adulto chorar. O pai gentil pousara a mão no ombro de Floyd e dissera:
- É a bebida, velho amigo. É isso que está arruinando a sua vida. Acha que não sei que você carrega um frasco consigo para tudo quanto é lugar que vai? Você precisa fazer alguma coisa.
E Boyd fizera alguma coisa. Juntara-se aos Alcoólicos Anônimos, ficara sóbrio e, até onde Kristy sabia, tornara-se um marido fiel para Dorothy dali em diante.
Kristy deixou a quitinete e seguiu para a sala de conferências do clube de leitura, e, por alguma ironia cósmica, Freida Turlow foi a primeira a chegar.
Um tipo atlético, atraente de um jeito endurecido, Freida, assim como Kristy, era residente vitalícia de Stillwater Springs. Com a exceção da época da faculdade, nenhuma das duas se afastara do lar durante algum período de tempo significativo.
Kristy era uma moça da cidade natal, jamais quisera morar em nenhum outro lugar, mesmo após a morte de ambos os pais, durante o seu ano de caloura na Universidade de Montana. Em contraste, Freida, que era, pelo menos, uma década mais velha, e, na verdade, servira de babá para Kristy nas raras noites em que a mãe e o pai haviam saído para dançar ou jogar cartas com os amigos, parecia não pertencer a Stillwater Springs. Ela era ambiciosa e bem instruída, e virtualmente comandava a agência local de corretores de imóveis. Seu irmão, Brett, era o típico cretino, dormindo no sofá dela, e famoso por roubar dinheiro da irmã em toda oportunidade que tinha.
Esta noite, com o cabelo escuro cortado a Chanel preso na nuca, Freida estava usando moletom e um par de tênis e trazia a escolha para a leitura do mês sob o braço. Assim como Kristy, Freida havia perdido o lar da família, a mini mansão cor de gengibre que pertencia agora a Kristy, e isso era um assunto delicado para ela. Já se oferecera para comprar de volta a velha casa várias vezes, a preços cada vez mais altos, e havia ficado progressivamente mais irritada com cada recusa polida.
Kristy entendia o desejo de Freida de recuperar a mansão em estilo vitoriano, até simpatizava com ele. Mas, com exceção de Winston e do trabalho na biblioteca, que tinha desde que se formara, a casa era tudo que possuía.
Para onde iria, caso a vendesse de volta para Freida?
- Novidades no ramo de imóveis - Freida informou, com uma certa satisfação. - Recebi uma oferta pelo rancho Madison, ou, pelo menos, a promessa de uma oferta.
Kristy gelou. A velha fazenda estava abandonada, mas era grande; no total, quase 30 mil hectares. Uma boa escolha para as estrelas de cinema e altos executivos da indústria aérea que vinham comprando propriedades em Montana ao longo das duas últimas décadas.
Apenas complicações com a legitimação do testamento a haviam deixado fora do mercado durante tanto tempo.
Tecnicamente, o banco local agora era dono do rancho Madison, embora houvesse mantido o nome, pois, desde que aquela parte do estado havia sido assentada, os Madisons moravam naquela terra. Eles executaram a hipoteca dois meses após a morte do pai de Kristy.
Freida se permitiu um ligeiro sorriso arrogante.
Depois, Briana Grant chegou. Havia rumores de que ela e Logan Creed tinham se casado em segredo, ou o fariam muito em breve. E, de qualquer modo, estavam dormindo juntos. Briana, uma mulher bonita, que sempre usava os cabelos ruivo amarelados em uma trança caprichada, com certeza não havia confidenciado a natureza de seu relacionamento a Kristy, apesar das duas serem amigas.
Ao avistar Freida sentada em uma das cadeiras que rodeavam a mesa de reuniões, seu livro aberto diante de si, Briana deteve-se no vão da porta, dando a impressão de que poderia dar meia-volta e sair correndo.
- Entre - insistiu Kristy, sorrindo.
Contudo, por dentro, ainda estava abalada com o comunicado presunçoso de Freida de que tinha uma perspectiva promissora de vender o rancho Madison, e por mais que se esforçasse para se convencer de que não importava, nada parecia estar ajudando.
Briana hesitou, depois, enfrentou o olhar de Freida, ergueu um pouco o queixo e sentou-se à mesa.
- É muita petulância sua aparecer por aqui, depois de todos os problemas que causou ao meu pobre irmão - disse Frieda, sem rodeios.
Briana corou, mas não aceitou a provocação. Tudo que Kristy sabia era que o xerife Book havia detido Brett Turlow para interrogatório algumas vezes, após uma invasão à casa de Briana. Ela não gostava de fofocas.
- Todo mundo é bem-vindo aqui, Freida - Kristy disse, com firmeza.
Apesar da Biblioteca Publica de Stillwater Springs não ser exatamente famosa por ser um centro de controvérsia violenta, Kristy tinha alguma experiência em manter a ordem. Muitos moradores da cidade usavam o lugar como se fosse uma creche gratuita, e, de vez em quando, havia pequenas escaramuças quando dois leitores vorazes queriam pegar o único exemplar de algum best-seller recente.
Freida ficou de pé, seus movimentos rígidos e precisos. Ela pegou a bolsa e o livro e fungou:
- Não sei por que fico nesta cidade, com toda a gentalha que tem vindo para cá.
Dito isto, encenou uma grandiosa saída. Lágrimas apareceram nos olhos de Briana. Kristy sentou-se ao lado da amiga, tomando-lhe a mão.
- Ela é quem tem muita petulância, chamando qualquer um de gentalha, com um irmão daqueles - disse, gentilmente.
Briana fungou, esforçou-se para sorrir, e, depois, assentiu. Ela abraçou o livro da biblioteca como se este fosse um tesouro.
Depois disso, o restante dos membros do clube do livro começou a chegar, em grupos falantes de dois ou três. Quem queria, se servia de café na quitinete, e, embora observassem Briana com interesse, sem dúvida especulando sobre ela e Logan Creed, a incluíram na discussão. De um modo geral, Kristy pensou ao trancar a biblioteca uma hora mais tarde após as duas reuniões terminarem, a noite valera a pena, embora Winston, provavelmente, não fosse concordar.
De volta à Blazer, e sozinha no estacionamento, Kristy agarrou o volante com ambas as mãos e encostou a cabeça nele por um longo instante.
Sentia-se estranhamente nervosa, super alerta, como se algo grande estivesse prestes a acontecer, mas nada grande acontecia em Stillwater Springs, Montana. Pelo menos, não com muita freqüência.
Reunindo as forças, obrigou-se a sentar direito, dar a partida no motor e seguir para casa. Winston estava aguardando, assim como sua banheira com pés em forma de garra, e o excelente livro que ela vinha tentando terminar há uma semana. Talvez o xerife Book tivesse razão. Ela podia estar ficando doente.
E talvez, por fim, a monstruosa lembrança que vinha lutando para manter submersa estivesse prestes a se libertar e lhe arruinar a vida cuidadosamente construída.
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