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A RAINHA DE FERRO

A RAINHA DE FERRO

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Sofia Vilaça, uma mulher implacável, com uma aura fria e calculista, vive de números e negócios. CEO de uma grande empresa, Hera Collection, ela se veste para impressionar, mas tem a alma coberta por camadas de gelo, resultado de uma infância marcada por abandono e uma trajetória empresarial. Sua vida gira em torno do controle – controlar o mercado, controlar os outros, controlar sua própria vida. No entanto, no fundo, ela sente uma solidão que a assombra, mas tem medo de abrir mão do poder pelo qual lutou. Victor, um Ex-piloto e atirador das forças especiais reformado, vive com suas sombras, e seus traumas... perdeu seus pais em acidente quando criança, onde só ele sobreviveu. Recebeu um trabalho para substituir um piloto, no qual transportaria Sofia Vilaça e sua equipe para uma viagem em uma reunião em uma ilha de classe alta, mas na verdade, eles sofrem um acidente, gerado por uma armadilha do sócio de Sofia, Augusto, para mata-la. Victor salva a vida de Sofia e descobre sobre a armadilha, eles ficam perdidos na mata durante dias. Com suas habilidades de militar ele passa a dedicar seu tempo na ilha para cuidar de Sofia, vivendo muitas aventuras, passando por muitos perigos, e dificuldades eles acabam descobrindo coisas novas, Sofia começa desenvolver sentimentos por Victor, Quando os dois começam a se apaixonar, conseguem voltar as suas vidas normais,. Com a volta de Sofia depois de ser dada por Morta, a luta agora é recuperar o que foi roubado e enfrentar as surpresas do destino que testarão o amor entre os dois.

Capítulo 1 O Acidente

Sofia Vilaça, uma mulher implacável, com uma aura fria e calculista, vive de números e negócios. CEO de uma grande empresa, Hera Collection, ela se veste para impressionar, mas tem a alma coberta por camadas de gelo, resultado de uma infância marcada por abandono e uma trajetória empresarial onde aprendeu a não confiar em ninguém. Sua vida gira em torno do controle – controlar o mercado, controlar os outros, controlar sua própria vida. No entanto, no fundo, ela sente uma solidão que a assombra, mas tem medo de abrir mão do poder pelo qual lutou.

CEO da Hera Collection, uma das empresas mais poderosas do país. As cifras que comandava eram maiores do que a maioria dos países, e ela sabia que o poder que exercia sobre o mercado era incomparável. Mas, por trás dessa fachada imperturbável, havia uma alma marcada. Seus olhos, escondidos atrás de óculos escuros, refletiam um vazio – não o vazio do fracasso, mas o vazio da solidão.

Ela não se permitia pensar muito nisso. Não tinha tempo para isso. As pessoas a viam como uma máquina, alguém sem fraquezas, sem falhas. E ela tinha aprendido a ser exatamente isso. Uma mulher que controlava tudo – as finanças, os negócios, a imagem. Mas, em seu interior, o silêncio ecoava.

Augusto seu socio, havia a designado para realizar uma reunião, em uma ilha onde somente grandes Magnatas frequentavam. A reunião era crucial para uma negociação que poderia definir o futuro da Hera Collection. Augusto, sempre calculista, havia arquitetado tudo nos mínimos detalhes. O convite para a ilha exclusivo não foi um acaso, mas sim um passo estratégico para eliminar Sofia e assumir, sem obstáculos, a presidência da Hera Collection.

Sofia, por outro lado, não desconfiava de nada. Estava focado no propósito da viagem: uma reunião de alto nível que poderia expandir os negócios da empresa e consolidar seu nome entre as grandes magnatas. Desde que assumiu um papel de destaque na Hera

Era só mais um voo entre uma série de compromissos que nunca terminavam. Ela tinha pouco tempo para relaxar, ainda que seu corpo precisasse, mais do que nunca, de uma pausa. Sofia entra no helicóptero e olha para o relógio.

Era uma tarde quente, dourada pelo sol potente. - Pronta para voar? Podemos decolar? -

Sófia

- Sim,

O ronco das hélices aumentou, e o helicóptero se projeta suavemente no ar. A cidade ficou para trás, encolhendo-se até se tornar uma maquete iluminada. Aos poucos, o oceano se abriu à sua frente, um tapete infinito de azul e dourado refletindo os últimos raios

Ela tentou se concentrar no roteiro da reunião. No potencial daquela negociação. No crescimento da Hera Collection. Mas algo incomodava. Uma inquietação sutil, como um pressentimento sombrio que ela não conseguia nomear.

Seus olhos estavam fixos na janela, observando as nuvens se formarem abaixo dela, como se o mundo fosse apenas uma abstração. Seus pensamentos estavam longe, perdidos entre os números, as reuniões, e a pressão constante que a rodeava.

"Senhorita Vilaça", a voz do Piloto interrompeu seus pensamentos. "Estamos próximos. Por favor, aperte o cinto de segurança."

Ela acenou com a cabeça, fixando seus olhos somente na imensidão, longe daquele momento. Mas o que aconteceu a seguir foi um golpe abrupto na realidade. Um som ensurdecedor. O Helicóptero tremeu violentamente, e Sofia foi projetada contra o cinto de segurança. Seu corpo se contorceu com a força do impacto. O zumbido dos motores ficou mais alto, mais desconcertante. Ela tentou se manter calma, mas as luzes se apagaram. O pânico tomou conta de Sofia. O avião foi sacudido com uma força imensa, e o que parecia ser apenas uma turbulência se transformou em algo muito pior.

- O que está acontecendo?! - ela falou, agarrando os apoios do assento.

Victor, à frente, lutava contra os controles. Suas mãos estavam firmes nos controles, mas a tensão em seu rosto era evidente.

- Isso não é turbulência! Perdemos o controle.

O cheiro de combustível queimado invadiu seus sentidos, Sofia apertou os olhos, lutando contra a vertigem que ameaçava tomar conta de seu corpo. O que estava acontecendo? O que era isso? A pressão em seu peito aumentava, e uma sensação de pavor começava a se espalhar por seus nervos. Tudo aconteceu em uma fração de segundos, mas parecia uma eternidade.

O Helicóptero começou a cair.

Ela sentiu o impacto, um som ensurdecedor quando o Helicóptero tocou o mar. O peso do metal se arrastando contra a água parecia um eco distante. E então... o silêncio. Um silêncio tão absoluto que parecia arrancar o ar dos pulmões de Sofia.

Ela não sabia se ainda estava viva. Não sabia onde estava. A pressão da água envolveu seu corpo com força imensa. As águas salgadas penetraram sua garganta, queimando-a, sufocando-a. Ela tentou respirar, mas a água invadiu seus pulmões. Sentiu-se afogada, engolida por um abismo. O mundo ao seu redor era escuro, confuso, sem forma.

Mas antes que a escuridão a tomasse completamente, ela sentiu algo. Alguém. Uma presença. A mão de um estranho. Ele a puxava da correnteza, com força, sem hesitar.

"Você está bem?" A voz masculina chegou até ela, rouca e urgente.

Ela mal podia ouvir, mal podia entender. Seus olhos estavam cegos pela água, e o corpo parecia frágil demais para resistir. Mas ele a segurou, com firmeza. Ela sentiu o braço dele envolver sua cintura, puxando-a para a superfície. O calor de seu corpo estava ali, e uma adrenalina gelada tomou conta de Sofia.

"Segure-se em mim", ele ordenou, sua voz fria, mas com uma calma que Sofia não conseguia compreender.

Ela tentou resistir ao pânico, ao medo avassalador, mas as ondas a empurravam de volta. O mar era um monstro impiedoso, mas aquela mão não a soltou. Ele nadava com ela, cada braçada se tornando mais difícil, mais arriscada, enquanto as ondas se fechavam sobre eles, sem piedade.

Sofia tentava respirar, tentando entender o que acontecia, mas a mente dela estava em pedaços. Quem era aquele homem? E o que tinha acontecido? Como haviam sobrevivido? O medo e a dor estavam quase a destruindo.

Finalmente, quando suas forças estavam quase no limite, a linha da costa surgiu diante deles – uma ilha. Um refúgio improvisado, mas, ainda assim, uma esperança. O homem a arrastou até a areia, e ela foi jogada contra o solo com força, ainda sem fôlego. Ela tossiu, expelindo a água salgada de seus pulmões, tentando se recompor, mas a sensação de impotência era esmagadora.

O homem, exausto, ao seu lado, também tentando recuperar o fôlego. Por um momento, o silêncio os envolveu. O choque da experiência ainda pairava no ar.

Senhorita? Esta Tudo bem, estamos salvos.

"Obrigado", disse Sofia, sentindo-se estranhamente vulnerável. Ela olhou ao redor, tentando entender a situação. "Onde... onde estamos?"

Victor respirou fundo, ainda ofegante. "Não sei ao certo, mas parece uma ilha deserta. Precisamos encontrar um lugar seguro para passar a noite e cuidar dos seus ferimentos."

"Eu sou Victor", ele disse, "Você está segura. Por agora."

Sofia olhou para ele. Suas roupas estavam encharcadas, seu rosto cansado, mas aqueles olhos claros, e aquele cabelo molhado, a deixaram tímida. Ela tentou se sentar, mas sua cabeça girava, o mundo ainda parecendo distante.

Ela não sabia o que estava acontecendo, não sabia onde estava, mas sentia a tensão entre a vida e a morte pulsando em suas veias. Mais do que nunca, ela sentiu o peso de sua fragilidade.

Sofia não sabia o que o futuro reservava, mas uma coisa era certa: a luta pela sobrevivência havia começado. E a solidão que ela tanto temia agora se tornava um abismo ainda maior.

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