Um Contrato Com O Dono Do Morro

RA NARRA

cheiro forte de álcool e cigarro invadem as minhas narinas, e é só mais um dia. O padrasto está deitado no sofá, roncando baixo, com os restos de comida e garrafas espalhad

ei de ser uma criança. Eu carrego um peso que talve

á para cá, a vida se tornou uma luta diária para manter os pés no chão. Não que eu tenha realmente tido uma infância. Desde que a mãe morreu, o único que ficou ao meu lado f

la me pega nos braços e me leva para sua casa, me oferece comida e um ombro para me apoiar. Ela me diz para ser forte, para não desistir. Mas por dentro, eu sei que sou frágil

ós ou ganhava de alguma caridade. E mesmo assim, o que a minha alma carrega é bem mais pesado do que qualquer peça de roupa que po

expressão preocupada, me estendendo um suéter

forças para sair dessa vida, mas meu padrasto depende de mim para tudo. Eu preciso dar o que ele quer, fazer o que e

s gritos, das noites em claro esperando por uma briga que sempre acaba em agressão. El

me abraça apertado, com a sinceridade e car

pre sabe, Let

ó eu e a vida. Às vezes, acho que só preciso de uma chance, um único empurrão, para sair desse b

um trabalho. Ou talvez para me forçar a vender algo. Ou quem sabe ele vai continuar me pedindo dinheiro, me ameaç

peso do mundo já caiu sobre mim, e meu único de

a cobrir melhor os braços e abaixei a cabeça ao passar pelos becos, tentando ignorar os olhares dos que já me conhe

a o suficiente para garantir que eu e meu padrasto tivéssemos algo para comer. Ou melhor, que ele tivesse alg

itou da cozinha, enquanto eu tentava equilibr

a segurar aquele emprego, não importava quantas vez

sa onde eu morava. O cheiro forte de cigarro e bebida barata já vinha da entrada. Ao abri

le resmungou, sem ne

ava trab

so amargo, che

ê? O dinheiro que tu

mas eu não respondi. Aprendi há muito tempo q

estendeu a mão suja, os

ara pagar pelo menos o arroz e o feijão do mês. Mas sabia que não adia

as, colocando tudo na mesa. Ele pegou

fal

o. Foi o que

e, antes que eu pudesse me afast

burro, né? Tá escon

mas eu não reagi. Ficar imóv

ndo nada. É tudo

xou para perto, o cheiro de ál

não fosse por mim, você t

uvido isso? Quantas vezes eu já tinha sido

quase caísse. Meu braço latejava, mas eu não disse

no chão. Respirei fundo, tentando controlar as lágrima

dei uma mensagem para mi

o aguento

eu quase na

: Onde

a: Em

uer dormir

eu saísse, meu padrasto faria um escândalo

o posso. M