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Capítulo 4 A Guerra das Marmitas

Palavras: 1923    |    Lançado em: 01/03/2025

u conseguisse pela barriga? Cozinhar sempre foi uma das minhas poucas habilidades reconhecidas

ão e já causava confusão. O destino da minha bananeira estava em jogo. E os trabalhadores? Bem

poleiro com a sabedoria de um monge e a fofoca de uma comadre. Ele piscou, como se

s severo dos pedreiros se ajoelhar. Voltei pra casa com um sorriso que competia com o sol do Ceará. Preparei tudo com o maior

ilibrando as vasilhas de plástico colorido que já prometiam conquistas. Os t

aí? - um deles perguntou

eira, feita com carinho. Só não comentem com o seu

Um deles pegou uma marmita, abriu a tampa e inspirou profund

do! - disse o mais robusto deles, já

satisfação e os olhares cúmplices deixavam claro que eles estava

a estratégia, encontrei uma cena inesperada. Daniel estava lá, de avental, dis

isso? - pergun

- Resolvi cuidar melhor dos meus funcionários. Nada melhor do que um camarão na

ava me desafiando naquilo que eu

ei, apontando pra uma travessa

meus trabalhadores, assim como vo

aniel como se fosse uma revelação divina, mas ainda havia lealdade nos

murmurei, estr

nas sorriu

. Naquela noite, eu preparei a minha arma secreta: baião de dois com queijo coalho derretido

va lá, como eu esperava, com uma nova oferta. Dessa vez, era um cozido de carneir

- ele provocou, mexendo

bria a tampa do meu baião de dois, liberando um aroma que

e o meu baião, contudo, a cereja do bolo foi quando t

xclamou, com os olhos arregalados

s se voltaram para mim, ansi

o acaba com qualquer briga! - disse o chefe da ob

lhadores fraquejar, tentou salvar a

os ver se alguém ainda pensa em pudim depois de provar meu petit

petit gâteau? Em pleno sertão

inaria tão fácil. Daniel, por outro lado, parecia se divertir com a situação. Era como se ele estives

no portão. Quando me viu, soltou um comentário que eu só podia acredita

ozinhando em ban

o que viria no dia seguinte d

ia subido o nível trazendo aquela história de petit gâteau, no entanto, o que ele não sabia é que eu tinha uma c

sei a manhã inteira na cozinha, mexendo o pirão com cuidado, deixando a galinha cozinhar até ficar no ponto. E, claro, preparei um bolo de mil

e olho na cozinha, esperando

oje é o dia da minha vitóri

eu, num tom enigmático que me fez pensa

. Daniel ainda não tinha aparecido, o que me deu uma pontinha de esperança. Quem sabe

- eu disse, abrindo a tampa da panela e

vavam. Um deles se aproximo

cara boa demais! - ele di

unfante. Já t

gando caixas que eu não reconheci de imediato. Ele estav

- perguntei, tentando d

m aquele sorriso de que

misterioso, depois virou-se para os trabalhadores e, com uma

atrão de vocês. - Ele fez uma pausa, deixando a frase pairar no ar. - E eu sou o responsável p

êncio. O clima mudou na hora. Aquele argumento era pesado demais, ninguém ali ia te

com aquela tranq

dem almoçar o que quiserem. Mas só lembrem quem t

ixo. Mas não. Eles começaram a trocar olhares e, um a um, foram se afastando das minha

la, mas... trabalho é trabalho, né? - u

ha tanto orgulho de preparar, ficou ali de lado, intocado.

le tinha o poder sobre os bolsos deles. Fui derrotada de uma forma que eu não esperava. No final das contas, o estômago deles

mim, ainda com aquele s

guerra acabou

ardar minhas coisas. Meu orgulho estava ferido, e não era por c

e deu de ombros, como se a vitória não signifi

inda não acabou. - apontei o dedo na direção de

iu de

r aceitar a derrota. E quem sabe... - ele se inclinou, quase conspirando - ...

a uma oferta de trégua. Todavia, eu não er

do manter minha pose, mas meu estômago deu uma leve

has marmitas. O papagaio Zezinho, que estava empoleirado no portão da obra, como semp

levou um

o meu próprio papagaio. Afinal, aquela batalha estava perdida

era do tipo que

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