anejado, cada palavra, medida. Filha de uma das famílias mais influentes do país, ela sabia que seu destino esta
stava pres
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uma manhã fria e serena. Seus olhos se abriram lentamente, sem pressa, como se soubessem o que estava por vir. A casa onde morava sem
or dentro. Era uma prisão dourada, onde ela sempre fora o pássaro em uma gaiola bem alimentada, mas sem liberdade. Seu reflexo no espelho, com os cabelos loiros impe
em um terreno vasto, com jardins bem cuidados, fontes de água cristalina e estábulos onde se criavam cavalos de pura raça. A mansão em que viviam era uma obra de arte arquitetônica, pr
forto a invadiu. Como se o peso da vida que ela levara até aque
m uma linhagem ilustre. Henrique era o candidato perfeito para perpetuar o nome da família Vasconcellos, e ela deveria ser grata por ele ter es
njado. Um símbolo. Ela se sentia desconectada de tudo aquilo. Aurora acreditava que sua vida estava traça
pinturas antigas de antepassados observavam de maneira rígida e implacável. A casa estava vazia, como sempre nos primeiros momentos da manhã, antes
lhedor de livros antigos, couro e madeira envelhecida. A biblioteca, com suas estantes altas, abarrotadas de vo
casional. Seus pais tinham outras expectativas para ela, mas livros eram sua janela para um mundo que não era controlado por ninguém. Com um s
eculiar: um relato de uma vida que havia sido esquecida, apagada das lembranças da família, como se nunca tivesse existido. En
a à mão, com uma caligrafia feminina e elegante. O que a fez