MI
ito bem o que pensar. O que ela estava dizendo parecia um sonho, uma promessa
baixo e acrescentou,
nca aceitamos um não como resposta. Acho que seria p
tão repentino, e ao mesmo tempo, algo dentro de mim se agitava com aquela possibilidade, como um pássaro preso numa gaiola, ansioso por voar, pela liberdade
ntia por ele. A ideia de reencontrá-lo, de redescobrir as emoções que um dia haviam sido tão intensas, fazia meu coração acelerar e minha mente girar em um turbilhão de expectativas e medos. Eu trabalhava no atendimento de
contando histórias enquanto os aromas da comida caseira preenchiam o ambiente. Durante a refeição, expliquei para minha mãe sobre a oferta de trabalho que Dante havia feito, e seus olhos brilharam com a possibilidade. Ela rapidamente se anim
. Na manhã seguinte à conversa com a dona Georgiana, tomei coragem e pedi minha demissão, como ela havia sugerido. O coração batia acelerado, ecoando em meu peito, enquanto falava com meu supervisor. As
de mim. O futuro era incerto, mas havia algo no ar que prometia renovação, como a brisa fresca que traz o cheiro da terra molhada após a chuva. Com cada passo que eu dava, a esperança crescia, e finalmente eu poderia estar a um passo de desco
endo meu coração de uma mistura de ansiedade e esperança. Quando finalmente Dante voltou, tudo parecia estar se ajustando de uma maneira que eu nunca poderia imaginar. Ele não era mais aquele menino tímido
vi diante dele, o tempo pareceu parar por um momento. Sentir o aperto do abraço forte dele foi como encontrar um abrigo acolhedor após uma longa tempestade. O calor do seu corpo se misturou ao meu, e olhar aquelas veias saltantes de seus braços musculosos
nunca tinha se apagado. Quando ele me contratou como sua secretária executiva, senti uma mistura de alegria e nervosismo. Uma parte de mim estava extasiada por estar ao seu lado novamente, mas outra parte se p
que pudesse ser. O trabalho era intenso e exigente, mas eu me dedicava a aprender rapidamente cada aspecto da função. Os dias se transformaram em uma maratona de reuniões, telefonemas e prazos apertados, e, mesmo assi
te tão competitivo, a conexão pessoal poderia abrir portas, e isso me deixava em conflito. A ideia de ser vista apenas como "a amiga do CEO" era dolorosa. Ainda assim, eu me recusava a deixar que isso me abalasse. Me esforçava muito, estudava fora do horário de trabalho e tentava absorver o máximo
çaram a se transformar em reconhecimento. Para cada comentário malicioso, eu respondia com um sorriso e um desempenho impecável, porque sabia que, no fundo, minha maior motivação era superar não apenas as expect
depois. A
mentos ao seu lado do que com qualquer outra pessoa na minha vida. A proximidade diária, as reuniões que se estendiam por horas, as conversas despreocupa
a fibra do meu ser, um misto de alegria e angústia que pulsava como um eco constante. Foi em um almoço em nosso restaurante favorito, aquele que havia se tornado um refúgio
de projetos passados, quando, de repente, Dante quebrou a leveza do momento com um
ajude a escolher um cola
sadas dos outros clientes, tudo se tornou irrelevante. Olhei para Dante, confusa e aterrorizada, tentando decifrar o que aquelas palavras significavam. Meu
lusão se fez evidente. O medo de perder o que tinha rec
Sophie! - Ele respondeu com um brilho nos olhos, e enquanto mos
va um vestido vermelho de lã que realçava suas curvas de maneira sofisticada. Seus cabelos loiros estavam presos em um coque impecável, com algumas mechas sol
Como pude chegar a esse ponto? Como não percebi que estava prestes a perder Dante para outra? O vazio se insta
sar? - perguntei, um nó se formando em minha garga
que causar uma boa impressão, entende? E, por falar nisso, já estamos com trinta e dois anos, e você sequer conseguiu um
Tossi algumas vezes, nervosa com a direção do ass
iu para aumentar a agonia que se instalava dentro de mim. - Preciso me apressar, tenho uma reunião com os executivos daqui a pouco! Você pode cuidar do co
uei parada, consumida por uma mistura de rancor e ressentimento. O peso da sua escolha se abateu sobre mim como uma tempestade, e cada segundo que se passava parecia um lembrete amargo de tudo o que eu nunca teria. Uma tristeza
tar, de pedir demissão, crescia a cada instante, como um grito de socorro em meio a um mar de dor, mas a realidade de deixar tudo para trás; tudo o que havia construído, cada risada, cada olhar compartilhado, era igualmente angustiante. Eu esta
dade, uma sensação de sonho realizado; mas essa alegria logo se transformou em dor aguda. Era pra ser eu. Era pra ele se casar comigo. Ele não passa de um homem sem palavra! Ele prometeu que se casaria comigo há vinte anos atrás... O pensamento me atingiu como um soco n
ga do trabalho, me trouxe de volta à realidade. Ela havia acabado de entrar na joa
ue mentir, a verdade se escondendo sob um véu de vergonha, p
ou indo pra empresa, você vai demorar? Podemos ir juntas, se quiser! - Ela expli
oias do CEO! - Suspirei, tentando esconder a tempestade de emoç
omprovante: um esplêndido cento e quarenta mil reais, meus olhos quase não conseguiam acreditar no que estavam vendo. Era uma quantia absurda, e o pensam
! O que ele tá aprontando? É aniversário de alguém? - Laura perguntou, cur
- Murmurei, minha voz tão baixa q
ramente chocada pela novidade. Sua reação era compreensível; todos na empresa c
Respirei fundo, deixando escapar o peso que sentia,
ra melancólico, como se ela pudesse enxergar além da min
a? - Sorri, completamente sem graça, mas a minha própria risa
u de ombros, mas a expressão dela deixava claro que sabia mais do que estava disposta a admitir. Uma sensação d
ês, no mais tardar! - Acabei revelando, quase sem pensar, a
ou a sobrancelha, claramente intrigada, seu olhar penet
eco, tentando manter a voz firme, mas
Laura revirou os olhos, como se a situação fosse óbvia
Inventei, de forma descarada, a primeira coisa que me vei
nte cética, a desconfiança transparecendo na expressão dela.
a gente se vê depois! - Despedi-me dela, forçando um sorriso que nã