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Capítulo 5 Sentimentos reprimidos (Parte 5)

Palavras: 3106    |    Lançado em: 06/12/2024

MI

stelo de ilusões que ele mantinha na mente. O silêncio entre nós er

era criança quand

uma descrença que dilacerava meu coração. Era como se minhas palavras, que signi

como algo mais que uma amiga. Sempre fui a Camila, a Cacau, a menina que sempre estava lá, mas nunca a mulher com

io que se seguiu foi devastador. Eu fiquei ali, parada, sentindo o frio da solidão me envolver novamente. O peso do que tinha acabado de ac

á, exausta. Meu corpo parecia pesado, e minha mente girava em círculos, perdida entre as lembranças e a realidade cruel qu

e poderia amar. E agora, tudo o que restava era o vazio. As horas passavam lentamente, e a noite se tornou um manto pesado que me envolvia por completo. A TV permanecia ligada, lançando sombras pálidas pelo quarto, mas as imagens que piscavam

para suportar o silêncio sufocante que ecoava em cada canto da casa. Meus pensamentos retornavam sempre ao mesmo ponto. Eu só queria que tudo tivesse sido diferente. Queria que ele tivesse me olhado de outro jeito, percebido o amor qu

no meu peito. Tentei focar na série que passava, mas era inútil. Os pensamentos insistiam, martelando na minha cabeça, sem descanso. Comecei a andar de um lado para o outro, inquieta,

o nada... Como vai ser o clima entre nós agor

ção tornou-se irregular, o desespero apertando mais forte a cada instante. Tudo o que eu queria era poder voltar atrás, apagar o que havia dito. Queria que o t

s insuportável que o outro. Imaginei mil maneiras de refazer aquela noite, de não ter dito o que disse. Pensei que, ao confessar meus sentimentos, me sentiria mais leve. Mas a verdade é que me senti

i para mim mesma, sem convicção. - Preciso pensar em

e tomava conta da minha mente. Mas não havia para onde correr. Peguei uma pasta com alguns contratos da empresa que tinha levado para casa e me forcei a analisá-los, tentando desesperadamente ocupar a

da manhã começou a entrar timidamente pela janela, trazendo a dura realidade de que um novo dia estava co

edo que guardei por tantos anos! - resmunguei, batendo com força a palma da mão con

. Precisava de um tempo para processar tudo, para tentar entender o caos que havia causado em minha própria vida. Depois de uma higiene matinal apressa

daria do bairro, tentando me concentrar no som dos meus próprios passos para afastar os pensamentos que não paravam de me atormentar. Quando voltei, com o saco de pão qu

escompassado. Era como se eu estivesse vendo uma cena de um filme de terror, com o protagonista prestes a enfrentar o que mais teme. "O que ele está fazendo aqui?", pensei, meu estômago se revirando

olhares se cruzaram, senti como se o ar tivesse sido arrancado dos meus pulmões. A intensidade em seus olhos me atingiu como uma

ainda mais. Sem dizer nada, parei à sua frente, esperando por algo que eu não sabia se estava pronta para ouvir. O silên

usava com afeto agora parecia me despedaçar por dentr

sua presença inesperada não estivesse desmoronando meu autocontrole.

ele disse, o tom sério, mas havia algo mais ali, um toque de

a mente já sabia, mas meu coração precisava ouvir dele, precisava entender

adeira onde estava. A proximidade fez meu coração acelerar como se qu

lavras, qualquer coisa que pudesse afastar aquele confronto. Mas as palav

quero que as coisas fiquem assim... estranhas entre nós. Você é minha melho

amizade, de mudar o que sempre foi tão familiar e seguro, me aterrorizava. Mas, ao mesmo tempo, uma

entenda... - murmurei, desviando o olhar. A

a deixarmos que isso nos afaste! - ele insistiu, e sua voz, tão próxima, soava quase como u

va para me abrir, para deixar tudo sair, mas outra parte estava paralisada pelo medo do que aquilo poderia significar. O que viri

ando um longo suspiro que parecia levar consigo parte

cante. Caminhei até a sala, sentindo o ar ao meu redor denso e carregado. Ele se aproximou, e por um momento, tudo o que pude fazer foi esperar. O que quer que viesse a seguir,

m um silêncio que parecia se esticar por uma eternidade. Eu podia sentir o peso das palavras não ditas pesando sobre seus ombros, e o nervosismo fazia meu estômago

raços cruzados, me olhando fixamen

palavras verdadeiras estavam enterradas sob camadas de m

sério. Ontem à noite... eu estava apenas brincando. Sabe, foi uma dessas besteiras que a gente fala sem pe

nhecia melhor do que ninguém, e sabia ler as entrelinhas do que eu dizia. Aquele so

acau, você está falando sério? Porque não parecia uma brincade

ada para convencer tanto a ele quanto a mi

antes, e você sabe como eu fico. Falei coisas que não deviam ser levadas a sério. - Fui despejando essa

como se tentasse enxergar através das minhas defesas. Seus olho

era, e agora não é um desses momentos. Eu te conheço melhor do que isso. Ontem... não parecia

ica palavra do que eu estava dizendo, mas eu também não estava pronta para encara

- Vamos deixar isso pra lá, tá? Eu já falei que estava brincando. Não vam

andíbula se contrair. Sua paciência estava se esgot

ma brincadeira, e você sabe disso. Mas se você não quer ser sincera comigo, não tem mais o que eu p

u queria abrir a boca e falar o que realmente estava sentindo, mas as palavras fic

foi nada demais... - insisti mais uma vez, tentando af

em humor, passando a mão pe

asso para trás, balançando a cabeça. - Eu não vou ficar aqui implorando po

echou atrás de si, o silêncio voltou a tomar conta da sala, pesado, sufocante. Eu fiquei ali, imóvel, vendo a cena se desenrolar como se estivess

e saiu, enquanto eu tentava digerir o turbilhão de emoções que me invadia, meu celular vibrou

amila. Chegue ao trabalho, ou

Como ele se atreve a falar comigo assim? Eu sabia que não estava doente, mas a maneira como ele lidava com isso era cruel, desnecessária. Queria responder, g

a cabeça. Se eu não fosse, as coisas entre nós só piorariam. Uma parte de mim gritava para ficar em casa, se proteger dele, fugir desse controle sufocante. Mas outra parte... outra parte ansiava vê-lo, n

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