s. Sofia Andrade apertava o volante do carro, seus dedos pálidos de tanto esforço. Ela não tinha lágrimas nos olhos,
r vestígios. No começo, havia esperança - as investigações, os jornalistas, os amigos. Mas conforme os meses passaram, tudo foi s
ngo dos anos. E foi um desses inimigos que o levou. Sofia tinha certeza disso. Mas ninguém acreditava nela. Nem a polícia, nem os colegas de trabalho dele, nem mesmo os
odos a haviam abandonado. Marcos, um detetive particular de métodos duvidosos, mas de resultados concretos. Foi ele quem começou a lhe mostrar
dar o primeiro passo para conseguir o que mais queria: justiça. Nã
do carro e entrou. O cheiro de cigarro velho e álcool a atingiu assim que cruzou a porta. Lá no fundo, em uma mesa is
rente dele. Sua voz estava firme, mesmo
papel pardo do bolso do casa
aparecimento de Henrique," disse ele, encarando-a di
ndeu a mão lentamente e abriu o envelope. Dentro, havi
se perfeito, estava a última pessoa que So
. Ela olhou para Marcos
e ele. "Fingiram o desaparecimento para
undar. Toda aquela dor, todo aquele sofrimento... uma mentira
novamente, já sabia
de cobrar
idade. A traição de Henrique e Paula girava em sua mente, transformando cada memória deles em um veneno amargo. Tudo pa
ortina de lembranças que ela tentava evitar. Enquanto caminhava para o carro, flashes de conversas com Paula a inundavam: os almoços, os risos, os de
r, o rosto de Paula sorrindo ao lado de Henrique brilhava como uma maldição. Como eles ousavam? O que eles pensaram que ela faria quando des
Sofia jogar. Ela tinha as fotos. Tinha as informações. E, principalmente, tinha o eleme
rcos. Ele atendeu no segundo toque, a voz r
vai fazer? - ele pe
ntando controlar o tremor em sua voz. - On
dizer o mínimo. Tenho mais fotos, documentos. Henrique movimentou grandes quantias
a de que Henrique havia premeditado sua saída, provavelmente rindo dela
eza. - Envie-me os detalhes. Prec
m isso, não vai ter volta - Marcos a
perder - respondeu ela
a não era algo que se fazia por impulso. Henrique havia arquitetado sua traição meticulosamente, e ela faria o mesmo. Mas o que
vermelho escuro parecia um reflexo do ódio que sentia. Sua vida perfeita - ou o que pensava ser perfeita - e
ula haviam construído juntos. Fotos em redes sociais, registros bancários, até mesmo os lugares que frequentavam. Marcos foi essencial
e acontecido, como se não houvesse consequências para o que havi
a começou a se formar em sua mente. Não seria suficiente expor Henrique publicamente, arruinar
eria vê-los destroçados, sem ter para onde correr. E pa
olhando para si mesma, soube que não era mais a mesma Sofia de antes. A mulher ingênua e confiante
restes a começar, ela