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Amor e vingança

Amor e vingança

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Título: "Renascendo para o Amor" Verônica passou anos presa a um casamento sem amor, suportando a indiferença do marido, Gustavo, que a desprezava por não se encaixar nos padrões de beleza que ele admirava. Quando ele a abandona sem remorso, ela se vê perdida, mas o destino lhe reserva uma surpresa: Miguel, um homem doce e atencioso, que a trata como uma verdadeira princesa. Com Miguel, Verônica redescobre o amor e o carinho que nunca conheceu. Mas, determinada a mudar sua vida, ela decide se transformar, não apenas por vaidade, mas para recuperar sua autoconfiança. Com muito esforço, ela emagrece, faz procedimentos estéticos e renasce como uma mulher deslumbrante. Agora, segura de si, Verônica se vê no centro de um inesperado triângulo amoroso: Gustavo, arrependido, reaparece disposto a reconquistá-la, enquanto Miguel, que sempre a amou como ela era, teme perdê-la para o passado. Entre a tentação da revanche e o amor verdadeiro, Verônica terá que escolher não apenas entre dois homens, mas entre quem ela foi e quem deseja ser. Uma história envolvente sobre autoestima, transformação e o verdadeiro significado do amor.

Capítulo 1 O fim

Verônica sentia o frio do mármore sob suas mãos trêmulas enquanto olhava para o prato intocado sobre a mesa. O jantar estava servido, como sempre, mas Gustavo sequer havia olhado para ela. Sentado à sua frente, ele deslizava o dedo pelo celular, rindo de algo que via na tela. O coração dela apertava um pouco mais a cada segundo de silêncio.

Verônica sempre mendigava o carinho e atenção de Gustavo, mas ele todas as vezes à tratava com indiferença.

Respirou fundo antes de falar:

- Gustavo, podemos conversar?

Ele suspirou, largando o celular com impaciência.

- O que foi agora, Verônica? Estou resolvendo assuntos do trabalho!

Ela umedeceu os lábios, sentindo o nó na garganta crescer.

- Eu só queria entender... o que aconteceu com a gente? Você mal olha para mim.

Ele soltou uma risada seca e passou a mão pelo cabelo.

- Aconteceu que eu cansei, Verônica. Cansei de fingir que estou feliz.

O peito dela se apertou.

- Fingir? Eu achava que você me amava!

- Sim! – Ele se levantou abruptamente. - Eu tentei, mas simplesmente não dá. Você se olha no espelho? Você acha mesmo que eu posso sentir alguma coisa por você desse jeito?

Ela sentiu como se tivesse levado um soco no estômago.

Quando eu te conheci você era magra e linda, depois de alguns anos você se descuidou. Antes você se produzia

- Então é isso? Eu não sou bonita o suficiente para você?

- Não é só isso - ele balançou a cabeça. - Mas sim, a aparência conta. Você se acomodou, Verônica. E eu... eu quero outra vida.

Ela piscou, tentando conter as lágrimas.

- Outra vida?

Ele cruzou os braços, desviando o olhar.

- Estou indo embora. Quero o divórcio.

O mundo de Verônica desabou. O silêncio que veio depois foi ensurdecedor. Ela tentou dizer algo, segurar sua mão, mas Gustavo já caminhava até a porta, pegando a chave do carro.

- Você não pode simplesmente me deixar assim...

Ele a olhou por cima do ombro.

- Já deixei.

Verônica sentiu que uma parte de si havia se partido para sempre.

Verônica correu atrás dele até o carro, mas sem resultado, a porta do carro bateu e fechou diante dela. Chorando ela pegou o celular e tentou ligar para Gustavo várias vezes, mas sem sucesso. Ele havia desligado o celular.

No dia seguinte Gustavo foi buscar suas coisas. O silêncio da casa foi interrompido, pelo barulho da companhia. Ana foi em direção da porta, e ao olhar pelo visor da porta, sua tristeza foi substituída por uma onda de alegria!

- Que bom que você voltou amor. - Verônica com o sorriso no rosto, mas com os olhos enchados de choro.

- Apenas voltei, para pegar minhas coisas! Respondeu Gustavo, com um tom seco.

- Te amo Gustavo, não faz isso comigo, eu vou emagrecer e ficar linda para você, mas não me abandone meu amor! Disse Verônica desesperadamente.

- Ja disse, que não vou viver um casamento infeliz, apenas para te agradar. - Afirmou Gustavo.

- O que posso melhorar, para ser uma boa esposa? - Perguntou Verônica.

- Apenas deixe eu pegar minhas coisas e ir em bora! - Respondeu Gustavo.

- Se é assim que você quer, eu vou te deixar ir em paz, mas quando você quiser voltar, eu vou estar aqui te esperando.

Os dias que se seguiram foram um borrão para Verônica. O silêncio da casa vazia era ensurdecedor, e cada canto parecia gritar a ausência de Gustavo. No começo, ela chorou. Chorou até não ter mais lágrimas. Mas então veio a raiva. A humilhaçãio. O gosto amargo do abandono.

Foi em uma dessas tardes, enquanto encarava seu reflexo no espelho do banheiro, que algo dentro dela despertou. Seu rosto estava inchado pelo choro, os cabelos presos em um coque malfeito. Gustavo a desprezara, mas por que ela mesma se via daquela forma? Por que deixara que ele definisse seu valor?

- Isso acaba hoje - murmurou para si mesma.

Decidida, pegou o telefone e discou o número de sua melhor amiga, Clara.

- Alô?

- Clara... eu preciso sair daqui.

O barulho do café sendo servido, o cheiro de pão fresco e o leve burburinho das mesas ao redor trouxeram um pouco de conforto a Verônica. Sentada em frente à amiga, ela mexia distraidamente na xícara.

- Então, ele simplesmente foi embora? - Clara perguntou, indignada.

- Sim. Como se eu fosse um peso na vida dele. Como se eu não fosse nada.

Clara suspirou e segurou a mão dela.

- Você sabe que ele nunca te mereceu, né?

Verônica soltou um riso triste.

- Eu só queria entender por que dói tanto. Se ele nunca me amou, por que eu ainda sinto falta dele?

- Porque você se acostumou a ser tratada como menos do que merece. Mas chega, amiga. É hora de você pensar em você.

Verônica respirou fundo.

- E se eu mudasse? Se eu mostrasse para ele que eu posso ser diferente?

Clara arqueou a sobrancelha.

- Diferente como?

- Eu vou emagrecer, me cuidar, mudar meu visual... e quando ele me vir de novo, vai se arrepender.

Clara cruzou os braços.

- Se for por você, eu apoio. Mas se for só para esfregar na cara dele... talvez você esteja dando importância demais para um babaca.

Verônica deu um pequeno sorriso.

- Talvez seja um pouco dos dois.

O primeiro passo da mudança aconteceu naquela mesma semana. A academia parecia um ambiente hostil no começo, mas aos poucos, Verônica começou a se sentir mais forte, mais viva. Cada gota de suor, cada exercício era um lembrete de que ela estava tomando o controle da própria vida.

E foi lá que ela conheceu Miguel.

- Está precisando de ajuda? - A voz masculina a tirou de seus pensamentos enquanto tentava ajustar um aparelho.

Ela se virou e encontrou um par de olhos castanhos gentis. Ele era alto, com um sorriso acolhedor.

- Acho que estou perdendo a luta contra essa máquina.

Ele riu e se aproximou.

- Deixa que eu te mostro. Sou personal trainer aqui. Meu nome é Miguel.

- Verônica - disse, sentindo um calor inesperado no peito.

E naquele momento, sem que percebesse, sua vida estava prestes a mudar para sempre.

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