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Alicia entre o Céu e o Inferno - 2º versão

Alicia entre o Céu e o Inferno - 2º versão

5.0
46 Capítulo
245 Leituras
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Sinopse

Índice

Eles juraram amor eterno, mas no meio do processo Caled deixou de ser quem era, agora ele e Alicia são iguais, mas Asmodeus não perdoará isso, ele os arrastará para o inferno por terem cometido tamanha traição, uma guerra entre o céu e o inferno está prestes a começar e Alicia está no centro dela, então... Até onde você seria capaz de ir por amor? Venha descobrir em Alicia entre o céu e o Inferno! Esse é o segundo livro da série Anjos e demônios e deve ser lido após ler Alicia e o Condenado.

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Capítulo 1 1º capítulo

Os alunos da Toronto Hight School, foram todos transferidos para um colégio secundário dirigido por freiras locais após o incidente no baile de primavera, agora tínhamos novos professores, novas matérias e consequentemente novos colegas, não estranhei muito o ambiente, pois tinha me criado em uma escola muito semelhante que era a escola do orfanato, porém não posso dizer o mesmo de alguns colegas meus que pediram transferência na mesma semana, Sophia, porém quis permanecer comigo, ainda que estivesse falando muito pouco, literalmente o básico.

Desde o incidente ela não tinha mais vindo lá em casa, também não tinha mais me convidado para ir a casa dela, não mandava mais mensagens ou conversava como antes, a verdade é que ela tinha se distanciado muito.

- Oi Sophi! – Acenei assim que a vi no pátio da nova escola, ela, porém apenas deu um meio sorriso e fez um leve sinal com a cabeça entrando, soltei o ar de forma pesada, nesse instante alguém esbarrou forte em mim e seus livros se espalharam pelo chão.

- Não vê que está no meio do caminho garota! Olha só o que você fez, derrubou todas minhas coisas! – Reclamou uma garota loira de cabelos lisos, eu tentei ajudá-la a recolher suas coisas, mas ela me empurrou. – Não se atreva e encostar em nada meu, ou chamo a direção e digo que fez de propósito!

Ergui as mãos sem reação e me afastei, santo Deus quanto mau humor, era apenas um esbarrão e eu tinha tentado ajudá-la.

Ouvi o sinal tocar e corri apressada para a minha sala, ao chegar logo percebi que a garota mau humorada seria minha colega, Sophia também estava na sala, tentei alcançar a sua carteira para sentar próximo dela, mas um garoto tomou o lugar que eu tinha escolhido antes de conseguir, então acabei me sentando mais afastada dela, as vezes eu olhava para o lado dela para ver se ela estava olhando, queria fazer sinal, dizer para sentarmos juntas no intervalo ou para nos encontrarmos depois da aula, mas ela parecia extremamente concentrada na aula.

Na saída busquei por ela sem muito sucesso, corri até o portão a procurando e então vi que o carro do motorista do pai dela já tinha partido, ela nem ao menos tinha me esperado, olhei ao redor buscando por Helena, talvez ela estivesse me esperando, afinal à escola era mais longe que antiga, porém a única pessoa que eu vi vindo em minha direção era um lindo moreno alto, com o sorriso mais perfeito de todo o universo.

- Carona senhorita?

Disse Caled me dando um leve beijo nos lábios.

- Sempre beija suas passageiras?

Ele sorriu.

- Não, só você... Onde está Sophia?

- Ela já foi. – Eu disse triste, ele percebeu.

- Algum problema?

- Acho que sim, ela não tem conversado comigo desde o que aconteceu, na verdade ela tem me ignorado totalmente, não consegui sentar perto dela em nenhuma das matérias, no intervalo ela preferiu sentar com desconhecidos do que comigo, estou tentando me aproximar, porém parece que ela não deseja que eu me aproxime.

- Dê um tempo para ela, ela precisa por a cabeça no lugar, ela amava o Hélior, está sendo difícil para ela.

- Já faz um mês Caled! Faz um mês que a gente mau conversa, eu só queria que ela se abrisse comigo, será que é demais pedir isso?

- Quer que eu fale com ela?

- Acha que ela falaria com você?

- Talvez, tenho que conversar com o pai dela hoje, acho que vou vender as terras e a minha casa para ele.

- Vai mesmo vender tudo? Achei que agora que estávamos bem iria ficar...

- Alicia os anjos me permitiram voltar, mas me deixaram sobre a alerta, podem precisar dos meus trabalhos em qualquer momento e então eu terei que partir, e bom tem toda aquela questão da minha idade, preciso me afastar.

- Mas e nós?

- Eu não vou me afastar de você, eu ainda estou fortemente ligado a você, você ainda está presa na minha mente de um jeito inexplicável, eu achei que isso passaria, porém ainda sei onde está como está e se está precisando de mim, pretendo me mudar para a cidade vizinha de Hamilton, lá ninguém me conhece e será fácil me camuflar, é perto daqui e poderemos estar sempre juntos.

- Mas eu não poderei visita-lo de bicicleta, ou encontrá-lo do lado de lá da ponte.

Ele sorriu fazendo um carinho em meu rosto.

- Mas eu ainda estarei aqui, eu ainda irei te buscar todos os dias na escola e posso falar com Helena para te levar também, eu ainda visitarei sua casa e estarei próximo, entenda que só estarei morando em outro lugar, mas ainda estarei por perto, e eu também posso lhe comprar um carro para que vá me visitar afinal agora você já pode tirar a carta.

- Não! Sabe que eu jamais aceitaria isso, você é milionário Caled, mas eu não quero ser mimada por você, quero conquistar minhas próprias coisas!

- Chamo isso de teimosia e burrice, se alguém quer lhe presentear com algo maravilhoso por que não aceitar?

- É um presente muito caro.

- Eu deixo você escolher o modelo.

- Nada feito.

- Esse pode ser o seu presente de 50 anos de aniversário adiantado.

- Você não vai conseguir me deixar 50 anos sem presentes.

- Tem razão, e se você estipular um valor?

Eu olhei séria para ele sem dar resposta.

- Ok, já entendi, ainda é não.

Caled me levou para casa, Helena estava de olho pela janela, ela ainda não estava totalmente aberta a aceitar Caled de volta, por mais que compreendesse que ele não desapareceria novamente.

- Dona Helena...

- Sr. Ferhell, achei que tinha uma reunião com o Billy.

- Eu tenho.

Ele soltou um sorriso sem graça e me olhou, fiz um sinal para que ele fosse logo, Helena me olhou séria e fez um sinal para que eu entrasse.

Assim que larguei a mochila sobre o sofá ela me olhou atentamente.

- Então vai voltar a ser o que era?

- Acho que sim.

- Sem desaparecimentos, sem assassinatos suspeitos, apenas o bom e velho misterioso Caled.

- Tia eu sei que você ainda esta um pouco chateada com tudo isso, mas eu amo o Caled e acho que sabe que ele me ama também e nada vai fazer isso mudar.

- Eu sei Alicia, e eu entendo e aceito, aliás, fico muito feliz de tê-lo por perto novamente por que sei que ao lado dele está protegida, mas ele ainda vai vender a casa e ainda vai ir embora, tem certeza que isso não é apenas uma forma de adiar o inevitável?

- Como assim?

- Caled é do mundo Alicia, não é um homem para casar e ter filhos, não terá uma família com ele, tem certeza que é isso mesmo que quer?

Eu não consegui responder isso, por que no fundo eu sabia que eu também não seria a família de ninguém, Caled me compreendia por que ele era como eu, mas se eu desistisse dele e ficasse com um humano comum, como eu explicaria para ele que eu podia curar? Que eu não envelhecia, que parte de mim não era humana? Certamente eu acabaria em um laboratório sendo estudada por algum maluco.

- Vamos fazer assim tia, vamos vendo até onde vai, vamos dando um tempo ao tempo, eu ainda sou nova demais para pensar em casamento ou filhos, ok?

- Ok, mas não deixarei que desista de uma faculdade por causa dele! Não aceito!

Não, eu pensei, nem mesmo eu tinha pensado nisso, na verdade a faculdade era uma excelente opção, pois me manteria afastada de Helena e assim ela não notaria o fato de eu não envelhecer.

- Não se preocupe, vou fazer faculdade como qualquer pessoa, apenas ainda não me decidi.

- Mas tem ideia de algo?

- Não sei, mas penso em medicina, enfermagem, algo assim.

Ela deu um pulo de felicidade.

- Sua mãe teria tanto orgulho de você!

Ela me abraçou com carinho.

- Vamos com calma tia, eu nem sei se serei aprovada em alguma faculdade e sabe bem que esse curso é caro demais.

- Você ainda tem a poupança que seus pais deixaram, nunca foi mexida, tenho certeza que servirá para custear seus estudos, e eu também vou ajudar, tenho boas economias.

- Não tia, não quero... Nem pensar...

- Não seja boba! Não tive filhos e você é minha única sobrinha, vou ajudar sim!

Migrei para o quarto e me joguei sobre a cama.

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