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 A mentira contada ao CEO

A mentira contada ao CEO

5.0
29 Capítulo
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Sinopse

Índice

Ana Júlia é uma jovem e promissora estudante que está quase se formando em arquitetura, porém vê seus sonhos irem todos por água abaixo quando tem sua bolsa da faculdade cortada, desesperada para recuperar a bolsa de estudos e voltar a estudar ela acaba se envolvendo em um jogo de gato e rato onde ela precisa impressionar o CEO responsável pelo patrocínio das bolsas.

Capítulo 1 1º capítulo

Aquele dia tinha tudo para ser perfeito, assim que Ana percebeu a luz do sol perturbar seu sono abriu os olhos cor de mel e esfregou o rosto, não estava atrasada, porém também não tinha tempo sobrando, pulou da cama organizou tudo, engoliu uma xícara de café preto e saiu quase correndo da republica de estudantes para poder chegar a faculdade a tempo, ela teria uma prova muito importante no primeiro período, mas não estava preocupada pois conhecia o conteúdo, estudante do sétimo semestre de arquitetura agora faltava muito pouco para finalmente poder se formar, já sonhava com o dia, ela seria a

primeira em sua família a ter a chance de segurar um diploma de ensino superior nas mãos e isso era fantástico.

Assim que chegou a sala de aula naquele dia percebeu alguns olhares estranhos e algumas falações.

- Então você resolveu aparecer mesmo assim?

Perguntou Gabriela, uma garota rica que era sua colega e que vivia a importunando.

- Não estou entendendo, por que eu não compareceria?

Ela sorriu olhando para as outras duas que estava com ela.

- Não ficou sabendo então? A Neo Design cancelou as bolsas de estudo, Ana querida... Adeus faculdade.

- Isso não pode ser verdade, ninguém me informou de nada, você deve estar enganada, o reitor me avisaria se fosse real...

Nesse instante o professor adentrou na sala de aula e pediu que todos se sentassem.

- Sentem-se todos, vamos dar inicio a prova de hoje. - Ele porém parou e então olhou diretamente para Ana com o semblante triste. - Menos você Ana, você não fará a prova hoje, deve procurar o Reitor Gabriel.

O coração de Ana parou por alguns segundos, ela olhou para Gabriela que sorria, será que então era verdade? Não, não, não podia ser, eles não podiam terminar com o sonho dela assim, não agora, não depois dela ter se esforçado tanto para chegar onde tinha chegado, isso não era justo.

Ernesto Gabriel era reitor da faculdade do Oeste paulista a pelo menos quinze anos, respeitado e gentil era um homem reconhecido pelos seus feitos grandiosos, um homem impar pensava Ana, quem edera ela um dia ser tão grande como ele, ela respirou fundo ao andar pelo corredor ainda sem acreditar que aquilo estava realmente acontecendo e aproximou-se da porta dando três leves batidas, sua vontade era de sair correndo dali para bem longe, mas ela se manteve firme, pois precisava de respostas.

- Senhor reitor? Posso entrar?

A voz firme e gentil ecoou de dentro.

- Sim, Ana, entre.

Assim que ela entrou e se sentou em frente a ele, ele esfregou o rosto nervoso, aquilo foi o suficiente para ela compreender que Gabriela não tinha mentido.

- Acredite Ana, essa é a coisa mais difícil que farei em anos de instituição, nesses quinze anos a frente da universidade eu, eu nunca encontrei uma aluna tão celebre quanto você, suas notas altíssimas seu comportamento excelente, seus projetos magníficos ganharam minha admiração de uma forma que até eu desconhecia. - Ele fez uma pausa. - Mas recebi ordens do financeiro e eu não poderei manter sua bolsa, sinto muito.

- Por que não?

- Entenda Ana, não é algo que queiramos fazer, é algo que infelizmente nos foi imposto, todas as bolsas da Neo Design foram canceladas hoje mais cedo, não tem ideia de quantos alunos tristes, raivosos e desconsolados eu atendi hoje, é muito difícil.

- Mas por que elas foram canceladas?

- A empresa não justificou, apenas encerrou o patrocínio sem explicações, tentamos contato, porém, não foi possível, talvez seja essa grande crise nacional.

Aquela era a desculpa mais sem nexo que a empresa poderia usar, eles não estavam passado por nenhuma crise, muito se ouvia falar nas rádios, jornais e televisão, mas a Neo Design não conhecia o que a palavra crise poderia significar, eles eram grandiosos demais.

E a coisa não poderia ficar pior, assim que se retirou da faculdade ela também recebeu uma nota do comitê da republica de estudantes, ela teria que entregar o quarto, como não era mais uma estudante da faculdade ela também não poderia seguir morando lá, aquilo foi como um balde de água fria, o que ela faria? Para onde iria?

Os pais de Ana moravam no interior do paraná, eram dois velhos idosos que tinham tido a filha já com uma idade avançada, a mãe de Ana engravidou dela aos 50 anos, depois de outras seis gestações de meninos, ela a única menina também era a única que tinha conseguido entrar para uma faculdade, não que seus irmãos não fossem capazes, porém nenhum deles demonstrou interesse ao longo da vida pelos estudos, os pais que eram agricultores viviam do pouco que tiravam da terra, e não podiam ajudar Ana financeiramente, por isso ela morava em uma republica, seria inviável pagar um aluguel em São Paulo.

Ela estava perdida, o que faria? Precisava encontrar outro emprego mais rentável para custear os estudos e precisava disso para logo, quanto mais tempo sua bolsa ficava trancada, mais ela demoraria para terminar sua faculdade e poder dar uma vida melhor aos pais.

Sem ter para onde ir ela resolveu buscar ajuda da única amiga que tinha em São Paulo, Franciele tinha se formado na faculdade no ano anterior, porém ainda estava tentando encontrar emprego na sua área, apesar de direito ser uma faculdade com amplas oportunidades não estava fácil para ninguém e cada dia que passava se tornava mais difícil de conseguir um bom emprego.

- Como assim eles cancelaram a sua bolsa? Eles não podem fazer isso! - Mostrou indignação ao ouvir a história de Ana.

- Sim eles podem, a empresa que patrocinava a minha bolsa cancelou o patrocínio, estou na rua Fran, não sei o que fazer...

- Você não está na rua, você tem a mim, pode ficar no meu apartamento pelo tempo que precisar...

Ana sorriu.

- Obrigada amiga, mas o seu aluguel é bem caro e você ainda está desempregada...

- Minha mãe está pagando o aluguel, ela me manda dinheiro todo mês...

- Ainda assim me sentirei em divida com você, o dinheiro do meu trabalho terá que ir todinho nas mensalidades da faculdade e ainda terei que conseguir uns "bicos" no fim de semana para pagar o transporte, então não vou poder ajudar...

- Não fica assim, a Juli também me ajuda financeiramente, ela está pensando em vir morar aqui.

- Sério? Então é compromisso mesmo?

Ela sorriu animada.

- É sim, nunca achei alguém que me completasse que nem ela amiga, estou muito apaixonada.

Franciele e Juliana estavam juntas desde o último carnaval e de fato pareciam um casal perfeito saído dos filmes, porém Franciele ainda não tinha assumido o relacionamento para os pais.

- Sabe que vai ter que contar para sua mãe uma hora.

- Eu sei, a Juli tem me cobrado isso e eu juro que quero, porém sabe como eles são antigos, e se não aceitarem ela?

- Ela ama você e você ama ela, é impossível que eles não vejam esse amor lindo de vocês, eles te amam Fran, vão aceitar sim.

- Assim espero amiga, assim espero.

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