stava de volta à cidade. Mais que isso, eu estava de volta ao meu a
o a saída do meu quarto. Minha mente não conseguia assimilar m
do de costas para mim, assistindo alguma futilidade na televisão. Lá estava Ian Casti
e em direção a saída com passos curtos. De forma furtiva e silencios
criar raízes no meu coração. Finalmente pude colher o fruto dos meus esforços quando meus de
oz fria e autoritária de Ia
neta, porém não surtiu efeito. Em nenhum momento eu considere
Click
air despertava um medo crescente em meu peito. Esse med
eguir aquela trilha de músculos. Eu sabia bem a quem pertencia e quem encontraria
do para ir assim? Sem
estabilizou dos pés à cabeça
e ofegante saiu como um sus
, eu não conseguia mover um músculo. Meu desespero
am em minha nuca, causando arrepios a
r a maçaneta com furor. Aquele gesto impensado me
mal tive tempo de resistir quando ele me jogou no sofá e, com ambas as mã
lha para mi
pedido e, ao mesmo temp
e mim, mas meu temor era maior que qualquer sentimento de saudade por Ian. Eu não queria vê-lo nem agora, nem nunca. O medo sempre me tornou uma covarde e foi c
nos olhos. Eu não queria ver o meu pesadelo cara a cara mais uma vez. Contudo, como o meu querer não estava em jogo, Ian ergue
s sentimentos que não soube reconhecer. Mas de uma coisa eu tinha
em a tempo de lágrimas robust
vez, que o via sorrir para mim. No entanto, não era o tipo de
e podia fug
onseguia encará-lo, agora era impo
o meu
se desgarrou do sofá e veio na direção da minha barriga. Só de pensar, imagin
longe. Sem dar tempo para que ele se levantasse,
o-me sobressaltar com o som. As batidas, uma atrás da outra, eco
icavam pesadas. - Pensa que pode fugir de mim
é meu! Meu
em mim estava descompassado, e lágrimas robustas a
espertador, que já anunciava as
e, por muito pouco, minha respiraç
da aurora atravessava as janelas do meu quarto com d
elo semi úmido para trás e t
tei, tentando me auto convence
o era bem vinda. Entretanto, contrário a tudo isso
o mundo, me arrastei para fora da cama e segui às escuras até ao banheiro. Na medid
ais que me doa tudo que eu passei ao lado de Ian, espero que ele esteja feliz agora. Por seis longos anos, seu maior desejo era o rompimento para cair di
anto, minha mente e coração me condenavam por is
so sanitário. Por um tempo, eu fiquei ali, expelindo tudo o que havia comido dur
na imensa barriga, mas tudo o que tive como resposta foi outra ânsi
*
inal já estava acordada. O esgotamento consumia cada célula do meu corpo. No fundo da
mbrei da conversa que tive com Emma no
u deva fic
sgotada. O pesadelo com Ian me garantiu mais uma noite em
endo a minha amiga, independentemente da resposta, ela me arrastaria para lá. Ou se
significativos com as pessoas que unicamente import
nha no festival, mas antes eu
sso descansar um pouco não faria mal a ninguém. Quando me prepa
PAC
ro, bicando as vidraças, mas devido
as minhas suspeitas. Não havia nenhum pássaro, mas, contraposto a isso,
i da cama e abri mais escancarad
va todo contente para a minha fi
cultural que as pessoas da cidade levavam a séri
limite de amizade, pelo menos por parte da minha amiga, estava sendo extrapolado. Para a completa desgraça de
elha, com a empolgação explodindo em cada um de seu
outra, um ser humano normal apertaria a campainha da porta. Minha vontade agora era ignorar Ryan, voltar para a cama e ligar o foda-se para aquele festival. Mesmo agora,
e minutos par
bater naquela hora da manhã. Simplesmente, o
por que Emma tem uma quedinha por ele. - Eu vou dar um pulinho na casa da senhora Silvera e depois vol
idade ativa e brincalhona de Tommy. Não nego que sinto falta dele algumas vezes, das nossas conversas sem sentido e até mesmo de suas palhaçadas. É claro que havia momentos e
certeza! Mas, como meu pai havia dito, o festival da uva só ocorre uma vez no ano. Nessa minha
r e perguntar coisas do tipo "Mãe, o que é o festival da uva?", eu vou ter o prazer de dizer,
Ver meu bebezinho já crescido, perguntando sobre coisas b
beça, suspirei toda sonhadora
entia de bom humor. O suficiente para ficar ansiosa
demorado banho. Revigorada e com o bom humor explodindo e
nhas curvas. Ele era azul pastel e rodado, o que me garantia muita liberdade de movimento para o dia de hoje, e só para garantir, resolvi usar as minhas rasteirinhas, prendi
viravolta! Gost
portunidade para usar vestidos longos e bonitos. Desde que minha barriga começou a crescer, eu não ligava muito para
ta? - A voz de Ryan me
uma última olhada na minha bela f
o. A sua empolgação acabou me contaminando, pois, por um mo
guntei analisando as minhas
se saísse de um transe. - Não!
i, dando uma pequena vol
Está pe
tímida e tomei sua mão, arr
ma está nos
dade tinha costumes bem intimistas. Andar de mãos dadas pela cidade não era sinônimo de namoro, muito menos
ele é assim com todos. Como o faz tudo da cidade, Ryan era a pessoa mais popular de Ar
nto padrão. Ele tinha uma forte necessidade de ajudar o próximo, seja idosos ou
ada. - Ele disse com entusias
o festival? - Propus com bom humor. - A senhora S
o festival começar, algumas coisas ainda precisam de uns retoques. Mas dep
ubar uma de suas tortas. Todo mundo sabia do caso Morris. Quando uma de suas tortas sumiu do stand e reconheceu o pequeno ladrãozinho, ela o caçou até debaixo das pedras. No fim, ele foi encontrado atrás de um poste, nu
ar para o festival? - Sugeri com uma sobrancelha erguid
guelha. - Pediu? Isso está mais para uma ameaça! Ela me disse que se
e levamos conosco todo aquele ca
jogo antigo de futebol na televisão do alto da parede. -
ar? - Ryan perguntou sério, mas
pelas
mesmo tempo. Ambos nossos sentimentos eram recíprocos, afinal os
a voltar mais ced
toda a amabilidade do mundo. Depois disso, ele fungou e
ar, você pode avisar que est
á, tá,
saíssemos, afinal nós estávamos
à minha frente. - A senhora Silveira mandou avisar que vai guardar um pe
até o jogo parecia insignificante depois daquela minha pequena informação valiosa. Ele
bom dia, se
pelos braços e o arra
undo evaporou ao notar que Emma não estava por pe
po, mas um gesto não intencio
n me tomou pela mão e encarou os céus com um
uendo a mão livre para o a
ria que
lembrei pela milésima vez
orriso amarelo e coçou a nuca.- Não me julgue, ma
rma como ele levava tão a sério aquele festival. Acho que ago
ui plantados, Emma nos mataria por não aproveitar meu primeiro festival da uva em Arestis. Com cert
concordei pens
muito bom humor, arrastando
já estava recheada de bandeiras. Num piscar de olhos, tu
n cobriu a boca com ambas as mãos
l e uma utilidades que a uva possuía. Desde esculturas estranhas até produtos de belez
nariz. Antes que pudesse explodir na gargalhada, eu tapei a boca para me
não ter ficado na cama. Participei de muitos jogos com Ryan. Não ganhamos mu
e parecia não ter fim além dos horizontes. Como era dia de festival, a circulação por ali estava livre para todos. Nã
o shoyu, já que eu ainda tinha alguns sachês da última barraca de lanches. Nada mais justo que usá-los a
para outro ponto interessante do fe
as se divertiam pisando seja lá o que for. Quando chegamos perto, uma surpresa. Eu
recheada de uvas. Tomada pela curiosidade,
Ryan arqueou u
a! - Concor
i é a atração turística
s, e ele, como bom amigo, soube tra
u pela mão, e eu concordei se
nas. Me juntei a elas e logo já me dirigia para as bacias. Com a ajuda do meu amigo, eu
scina de uvas. Outro grupinho se juntou a nós e tudo ficou mais divertido, nada podia abalar o meu bom humo
mas deveria ser só impressão minha. No momento em qu
los ombros de repente, dando-me um
quem sabe, estivesse ficando paranoica. Nada d
dia em especial, prometi a mim mesmo que desfrutaremos de cada momento.
nas a uma conclusão por baix
ra assim? - Sorri, enxergando suas
, seguida daquele riso nervoso, eu não conseg
ta. Emma ainda não sabia, mas parece que
ra Silveira como prometido. Todo fim de festival, ela dava uma última comemoração para devorar as tortas que não foram ven
ndo-me um copo de suco de uva, claro. - Sempre que ela s
ente no dia do festival. Ainda mais quando eu queri
o. As coisas por aqui estavam movimentadas, pessoas
criança birrenta e substitui por um suspiro baixo.
ssar as fotos do festival. Em boa
ular das minhas mãos antes que eu me des
os. Minha galeria encheu em questão de segundos. O meu aparelho nã
do de alerta. Arranquei meu celular de suas mãos como se fo
Não usar redes sociais e nem fazer qualquer postagem, sua única função era apenas para emergências. Por Deus, e
divórcio entre duas famílias poderosas era demorado e difícil. Minha família estava se reerguendo da falência aos poucos, co
ie. Conhecendo o papai, sei que ele não quer que veja ou presenci
icar alguma foto ou pista que dedure a minha localização, pouco menos o meu barrigão. A mídia, que já gosta de inventar coisas, criará uma g
toda essa extravagância para esfregar na minha cara que era a melhor. Conhecendo sua mente maquiavélica, sei que era bem capa
ado da família que sempre desejou. Sendo assim, minha promessa com o senhor Castilho não foi totalmente quebra
ou. - Meu Deus! Você me
sada, passei as mãos sobre o cabelo e respirei o ar com força. - Si
le, que se juntou a mi
mão carinhosamente. - Não precisa ter pressa par
lquer preocupação que tinha. Meu corpo, involuntar
- Sussurrei em sua
ante depois, eu senti uma pontada na barriga. Imedia
se num sussurro. -
bê chutar. Eu já estava com sete meses de gestação, mas ele nunca tinha dado qualquer sinal. Nas primeiras vezes,
de orelha a orelha
deixou reclusa. As intenções duvidáveis de Ian em tocar minha barriga me fizeram ficar com um pé atrás
quanto mental. Se tem uma coisa que eu estou fazendo naquela cidade é superar e esquec
i me concentrar onde viria o próximo e, como foi dit
o se iluminou e buscou meus olhos surp
ncara a mão desacreditado.
sso redor. Eu até entendia a empolgação de todos, mas não
Silveira se aproximou. -
de que eu estava onde deveria estar. Em Arest
nto que você não vai
humor se prolongou pelo restante da noite. Quando retornei para casa,
amigo assim que cheguei ao pé da porta. -
cumprida? - Ele me olhou
mprida, i
a minha barriga pela últim
r estava cheio de carinho e amabilidade.
cejei, sentindo os efeitos te
. - Dei leves tapinhas em se
do meu amigo, que já d
ancolia por um dia tão bom ter chegado ao fim. Pelo menos, eu fiz muitas f
ndo como se eu fosse um chumbo. Com dois chutes para o ar, joguei as m
incomodava. Alisei a barriga na tentativa de acal
Minha cabeça, que descontraidamente repousava no alto do encost
se, mais cansad
mais insistente. Para piorar a minha situ
já vai
a som do ding dong me apressar e
erá que d
smo tempo, uma escuridão nebulosa se formou naquelas íris cinzentas quando me viu. Havia muitas coisas que transpareciam ali, e
sorriu torto enquanto olhava para mim.