m forte, seu olhar carregado de ódio enquanto batia em seu rosto, a brutalidade com que tirou dela sua virgindade, a dor e o terror que a imobilizavam
ralisava. O homem que a ferira não era qualquer um; ele era poderoso, e Silvia sabia que não tinha como enfrentá-lo. Ao olhar para si mesma, notou que estava sangrando. Com um nó na garganta e o coraç
desinfetante a envolvia, criando um ambiente tenso e frágil, mas o que realmente a fez parar foi o murmúrio da sala de em
queria se expor mais do que já estava. A ideia de que sua família não acreditaria nela a assustava. Ela precisava manter sua imagem impecável, especialmente agora, que havia sido indicada
ida interna e precisará de um anti-inflamatório", disse a doutora, enquanto Silvia se sentava no consultório, com as per
l. Silvia mordia o lábio, contando sua história da maneira que acreditava que a doutor
ê sabe que a violência doméstica é um crime sério?" questionou, a preoc
era um grito silencioso, um pedido por justiça e vingança. No entanto, no meio daquele caos, a pri
mentos e recomendou um tempo de descanso. "Você vai precisar se cuidar, e se isso for repetido, é neces
que, embora estivesse perdida, havia uma saída. A luta pela recuperação começava ali, e, mesmo que o camin
dade que estava vivendo. Enquanto caminhava, um turbilhão de pensamentos invadia sua mente. A experiência no hospital
m dos poucos lugares onde se sentia um pouco confortável, parecia ser a escolha ideal. Ao entrar, o ar
contecido. Cada imagem da agressão era uma facada em seu coração, mas também um lembrete de uma força que ela não sabia que possu
de não ser acreditada, de ser julgada, a impedia de dar esse passo. Porém, uma semente de esperança começou a brotar em
o para sobreviventes de violência. A ideia de se conectar com outras pessoas que haviam enfrentado situações semelhantes a deixava nerv
tro da cidade, oferecendo apoio e recursos. O coração de Silvia disparou. Era um passo pequeno, mas significativo. C
fazia sentir-se menos isolada. Quando chegou, preparou um banho quente, um ritual que sempre a acalmava. Enquant
crime; era uma sobrevivente. Sabia que o caminho à frente seria difícil, repleto de desafios emocionais e físicos, mas estava determinada
esconfortável com a situação. Seu pai, Edson Morisson, e sua tia Clarice sempre foram figuras de destaque na sociedade, conhecidos por sua posição fin
ha que deveria estar mais focada em uma carreira mais tradicional? Algo que traga mais segurança", dizia ele, sua preocupação disfarça
lvia. "Você está gastando seu tempo com esses projetos que não levam a lugar nenhum. Se não tomar cuidado, vai acabar sozinha, querida", dizia, com um sorriso que não che
. Seu pai, apesar de sua posição, não tinha a força necessária para defendê-la. Ele parecia mais interessado em manter a paz à
dência era essencial para sua sobrevivência emocional. Ela não poderia continuar a sucumbir aos maus-tratos constantes que a cercavam em
cer profissionalmente e estabelecer sua própria identidade. O desejo de se libertar das críticas e expectativas era mais fort
que a deixavam desconfortável e, quando questionada, respondia com assertividade sobre suas escolhas. Era um desafio, mas c
ias lembranças, alheio às conversas à mesa. O olhar distante dele, como mexia distraidamente com a comida, indicavam que ele estava longe, em um l
sta na Solutions Corporate é algo digno de se comemorar?" disse, com um tom de desdém. "Ainda mais em uma posição que, pelo que você me di
o. "Tia, é um bom cargo. Estou animada com a oportunidade de trabalhar numa empresa tão re
instável só vai te levar a encrencas. Você deve focar em algo mais seguro, como o q
vez disso, respirou fundo e tentou ignorar as palavras de sua tia. "Eu sei o que esto
ia mais decidida a não deixar que as palavras de Clarice a abalassem. A verdade era que ela estava entusiasmada com a entrevi
quebrando o silêncio. "Sua filha está prestes a entrar em uma área
Ele apenas balançou a cabeça, murmurando algo inaudível. Essa falta de defesa só intensificava o sentimento de solidão que Silvia car
ades", disse Silvia, decidida a se manter firme. "Este é um
ndo do ciclo de críticas e incertezas. A vida que estava construindo era sua, e ela estava determinada a seguir em fre
om carregado de uma preocupação que soava mais como crítica do que como cuidado. O olh
cansada", respondeu, forçando um sorriso que mal ocultava a tensão que sentia. A verdad
instável pode estar te afetando mais do que você imagina", Clarice insistiu, sua voz
se deixar abalar, decidiu usar a situação a seu favor. "Estou enfrentando desafios, é verdade, mas isso não significa que e
se perder nesse caminho. Não quero que você acabe em uma situaç
estou pronta para tomar minhas próprias decisões. A vida é sobre riscos e aprendizados, e estou disposta a enfrent
eça, a tia desviou o olhar, mas Silvia notou uma pequena mudança na expressão dela. Talvez, por uma fração d