img Votos de Sangue  /  Capítulo 1 O tempo parecia se arrastar, mas a noite, chegaria rápido demais. | 2.38%
Baixar App Lera
Histórico
Votos de Sangue

Votos de Sangue

Autor: Burn Knight
img img img

Capítulo 1 O tempo parecia se arrastar, mas a noite, chegaria rápido demais.

Palavras: 3567    |    Lançado em: 21/01/2025

es

lencioso, exceto pelo som do vento que passava pelas cortinas puídas. A casa, se é que podíamos chamar assim, era pequena, apertada, e eu sabia que o que tínhamos

nsando em como ele ainda era tão jovem para carregar o peso do mundo nas costas. Era por ele que eu me levantava todas as manhãs, enfrentava a exaustão, e con

os ou paredes coloridas. A pobreza estava em cada canto, mas o que mais doía não era o pouco dinheiro ou as contas q

outra forma. Se as coisas tivessem sido diferentes. Mas o que seria da minha v

equena pia da cozinha improvisada. Enchi uma panela com água e coloquei no fogão, ligando o gás. O café me ajudaria a começar o

contecido. Ele sempre dizia que o destino era algo que não podíamos controlar. E agora, aqui estava, tentando

ti um movimento ao meu lado. Leo se mexia na cama, ainda meio atordoado com o sono. Ele sempre acordava

ianças. Eu sorri baixinho, tentando segurar a emoção. Leo sempre foi meu porto seguro

a voz rouca de sono, enquanto e

suavemente, acariciando

u rosto. Leo era muito mais introspectivo do que eu gostar

. - Não sei se vale a pena continuar com a escola, Alessa. Talvez eu devesse come

le queria dizer. Ele tinha apenas 16 anos, ainda estava

reocupação me invadisse. - Você tem um futuro. Estudar é importante

la. A luz do sol batia em seu rosto, mas não

rosto. - A escola não está nos ajudando a sobreviver, Alessa. O que vale mais agora? Estuda

e foi direto e, às vezes, suas palavras

ocê tem que terminar a escola, Leo. Isso vai ser importante para o seu futuro. Trabalhar a

ou a cabeç

não pode carregar tudo sozinha. Eu posso fazer alguma coisa, qualqu

fazer para convencê-lo de que o que eu mais queria era que ele tivesse um futuro m

é só uma parte do que podemos alcançar. Você tem que continuar estudando, e eu vo

derando o que eu havia dito. Mas a expressão no seu rosto n

ra pagar as contas. Mas para mim, a educação dele era a única chance

- falei, com um sorriso forçado. -

as palavras certas. Ele ainda estava na janela, pensa

- comecei, com calma, enquanto me aproximava dele. - Eu dei aulas para você porque sei que a única maneira de a gente mudar

ublados pela dúvida, mas algo na minha voz parec

nsbordassem. - Foi também a chance de aprender mais, de ter um futuro diferente. O que eu estou tentando fazer, mesmo que pareça difícil, é te dar o melhor caminho. Eu não

ssim como eu, que não éramos como outras pessoas. Que o mundo parecia ter tirado de nós a chance d

os. - Eu nunca quis que você parasse de estudar. Eu não sou professora, mas, por algum motivo, tenho que ensinar a você o que aprendi. Cada manhã

ao lado do corpo, como se tivesse algo a mais para dizer. Ele se

ando a folheá-los. - Eu sei que não é o melhor caminho, mas sinto que estou tão longe do que eu deveria

a trabalhar, trabalhar e trabalhar mais, para garantir que ele tivesse uma chance. Mas a verdade é que eu sentia que minha vid

a própria voz, que saiu se

eu vou continuar tentando. Mas, por favor, não faça isso... Não par

do no ar. Então, finalmente, ele se aproximou de mim, colocando a mão no m

m razão... Eu só não quero te ver sozinha n

ção perfeita, mas era o melhor que

você tem muita lição para fazer

ofessora em casa, e ele, tentando não desistir dos seu

urante a noite. Ele costumava ajudar os vizinhos quando a neve se acumulava, oferecendo seu tempo e força em troca de uns troc

vem demais para já estar fazendo esse tipo de trabalho, mas eu sabia que ele só queria ajudar. Ele queria c

rio, sem calor, além das lâmpadas tremendo devido ao vento lá fora. Ouvia os passos de Leo

esconder o vazio, e o cheiro de café frio me lembrou que ainda não havia sido capaz de beber um gole q

s e cobertos por uma camada fina de poeira, pareciam se derreter em sua própria decadência. Enquan

o eu não tinha nada para fazer. Eu mal podia esperar até a noite chegar, quando finalmente seria hora de trabalhar na boate. No e

o suficiente, pelo menos por agora. A boate me pagava o suficiente para cobrir as contas, mas a exaustão dos turnos longos me pesava mais do que qualquer val

va da vida? O que mais poderia acontecer para mudar nossa situação? O que eu estava fazendo, além de viver de um dia para o

saço já me dominava antes mesmo de eu sair de casa. O uniforme sujo e os saltos desconfortáveis eram sempre os mesmos. Eu já estava acostumada com

, e esse motivo sempre me fazia sentir como um objeto, uma mercadoria à venda. Eles achavam que tinham direito ao meu corpo, à minha atenção, como se eu fosse só mais uma daquelas garotas que se importava

forma insistente, eu tentava manter a compostura. Eu sabia o que fazer. Conhecia o jogo. Sorri, evitei o contato visual, e, quando necessário, afastei-me, sempre c

ito mais profundo, algo escuro por trás delas. Alguns homens, especialmente os mais velhos, acreditavam que podiam me tratar como quisessem só porque me viam como parte do cenário. Já me vi perdida em conversas desconfortáveis

o se tivesse deixado de ser Alessa e virado apenas uma figura, uma sombra que passava entre os homens

ixei de sonhar com algo melhor, com uma vida diferente. Leo precisava de mim, e, por mais doloroso que fosse, eu ai

que improvisado, o rosto sem maquiagem, mas com os olhos cansados que me denunciavam. Eu sempre pensava que, se ao menos pudesse sair da rotina, sentir o toque de algo mais bonito, mais confortável, talvez pud

favorecia em nada, mas era o que eu podia pagar. O cheiro de álcool e a fumaça do dia já se instalavam na minha pele, como se eu já estivesse preparada

mais tarde. O pensamento de deixar Leo sozinho à noite me angustiava, mas não havia alternativa. Eu sabia que ele preferia não saber de nada. Sabia

u adorava ver. Ele havia se esforçado mais do que o necessário para ajudar os vizinhos a limpar a neve. Seu esforço me trouxe u

roximando de mim. Ele olhou para meu uniforme com uma expressão que era mistura de preocu

so dele era sempre a luz em um dia nublado. Ele acreditava em mim, acreditava que aquilo não

patos sujos de neve e fez

udar mais com o que a gente precisa. Talvez eu consiga arru

rrastar pelo ar, e me aproximei dele. Segurei

dele desistir da escola era como um soco no estômago. - A vida já está sendo dura demais para nós dois

sabia que ele não entendia completamente. Ele não sabia o quanto aquilo me consumia, mas eu queria que ele tivesse al

o de ver você se esforçando tan

certo. Eu merecia mais. Mas o que eu podia fazer? A realidade era

. Agora vai para o quarto e tenta descansar,

o, enquanto eu sentava na mesa, me forçando a olhar para o relógio. O t

img

Índice

Capítulo 1 O tempo parecia se arrastar, mas a noite, chegaria rápido demais. Capítulo 2 Vivendo entre a esperança e a sobrevivência Capítulo 3 Ainda assim, uma coisa é certa: nada poderá me parar. Capítulo 4 Você vai ser minha esposa, Alessa. E vai entender por quê. Capítulo 5 Eu te avisei, Alessa Capítulo 6 E a página da minha vida virou.
Capítulo 7 E lembre-se, Alessa...
Capítulo 8 Eu sabia que não havia mais espaço para resistência
Capítulo 9 Alessa, não é uma questão de escolha.
Capítulo 10 Eu vou permitir isso
Capítulo 11 Vamos buscar o pirralho
Capítulo 12 Meu Deus... você está aqui
Capítulo 13 Relaxe, gattina
Capítulo 14 Agora, o jogo começava.
Capítulo 15 A tentação do mafioso
Capítulo 16 Você é a esposa do Capo agora. Não tem mais para onde correr.
Capítulo 17 Eu ainda era de Leo.
Capítulo 18 Você pertence a mim
Capítulo 19 Você é linda, gattina
Capítulo 20 Você não vai fugir, gattina
Capítulo 21 Entregando-me completamente ao toque de Dante
Capítulo 22 Você me usou!
Capítulo 23 Vá para o inferno.
Capítulo 24 Quero ir para a praia.
Capítulo 25 Você pertence a mim, entende
Capítulo 26 Nunca vi uma mulher tão linda quanto você por aqui.
Capítulo 27 Eu sou dono de você, entende
Capítulo 28 Abre essa porta, Dante!
Capítulo 29 Todo mundo acha que poder é liberdade
Capítulo 30 E você, Alessa Quando vai parar de fugir de mim
Capítulo 31 Então me possua
Capítulo 32 Negócios são negócios, principessa. Não é pessoal.
Capítulo 33 O inferno ia começar agora. E eu seria o diabo na linha de frente.
Capítulo 34 O primeiro movimento era meu. O segundo, seria deles.
Capítulo 35 Você é um monstro, Dante.
Capítulo 36 Me perdoa.
Capítulo 37 Eu não posso te prometer nada, Dante.
Capítulo 38 Você é livre, Alessa.
Capítulo 39 Posso... posso dormir com você
Capítulo 40 E eu... eu nunca mais deixaria de lutar por ela.
Capítulo 41 Então casa comigo de novo
Capítulo 42 Epílogo
img
  /  1
img
Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY