parecido. Só existiam nós dois e aquela
essar o que estava acontecendo. Mas então, algo em mim cedeu. Não era apenas um beijo. Era um desabafo. Era dor,
alavra. As mãos dele eram firmes, quase possessivas, enquanto os dedos pressionavam levemente minhas costas, me trazendo ainda mais para perto. A dis
a mais para mim. Não depois de tudo. Mas meu coração? Esse traidor insi
cheio de urgência. O gosto dele era familiar e ao mesmo tempo desconhecido, um paradoxo que me deixava ainda mais
não me importava. Naquele momento, éramos apenas nós dois, envolvidos
nsaria estar diante de um casal apaixonado que finalmente havia se reencontrado. Mas a realidade era bem diferente. Não éramos duas pess
a, saudade, mágoa... e algo mais. Algo que eu não queria admitir,
realidade, o som estridente de uma buzina de carro
ão quente contra minha pele. Seus olhos continuavam fixos nos meus, mas agora estavam diferentes. Ainda intensos, mas
r, mas ele me interrompeu, segu
trague isso." A voz dele saiu
iverso inteiro estivesse segurando a respiração
spedaçada. Eu ainda sentia os lábios de Benício nos meus, como se estivessem marcados
i." Sua voz era f
eletrizante, como se uma corrente percorresse meu corpo. Entrei no veículo, tentando recuperar o co
a estrada, o silêncio entre nós quase tão ensurdecedor quanto a buzina de minutos atrás. Meu coração ai
terreno minado. Tudo o que eu queria era chegar à casa da minha madrinha,
o. Não reconhecia o ca
o?" Perguntei, finalmen
tá nos esperan
ritava que isso era uma péssima ideia. O cheiro amadeirado do perfume dele preenc
tar. Reconheci o caminho de terra que levava ao sítio da família dele, um lugar que eu conhecia
e desviou para um caminho diferente, mais ermo, cercado
Perguntei, a voz mais f
na?" Ele perguntou, a voz g
do que por qualquer outra coisa. "Não, só qu
se para mim, os olhos verdes p
" cortei, tentando me proteger do turbil
e sentir a respiração dele contra min
ara protestar ou sequer pens
ndo-me para mais perto, como se ele quisesse apagar todos os anos de distância e mágoa com aquele t
o tecido da camisa impecável que ele vestia. A racionalidade havia sido jogada pela janela. Não
o que fazia minha cabeça girar. Ele me segurava com firmeza, ma
odia. O mundo lá fora deixou de existir. Não havia árvores, lagoa ou sequer o tempo
no outro. Não sabia como isso terminaria
sussurrou. "Quero