so fazia meu coração bater mais rápido, não sei se pela agitação ou como se ele antecipas
Tay tinha as mãos no pescoço dele, os dedos brincando distraídos com o cabelo dele, enquanto Nick segurava a cintura dela com uma
na me prendeu. Não era a novidade – Tay sempre foi assim, livre e sem amarras. O que me prendeu ali, foi
dos, tão... livres. Como ela fazia isso? Como conseguia viver o momento intensamente e não carregar o peso dele depois?
conta de mim. E se...? E se eu pudesse ser assim? Pegar sem me apegar. Sentir sem criar expecta
altos e sólidos, pra me proteger de qualquer coisa que pudesse machucar. O amor dos livros de romance eram seguros, perfeitos, com finais
o de mim começou a balançar. Talvez não fosse errado querer... mais. Querer me
stura, pigarreei, e o som ecoou pelo hall como um aviso da minha chegada. Ele
sada sem graça, ajeitando o ca
ntei as mãos num gesto desp
no apartamento sem olhar pra trás, mas era impossíve
o antes. Pela primeira vez, me perguntei se eu realmente queria continuar vivendo atrás dos me
a. Era uma batalha entre o medo e o desejo, e, pe
ava como se não houvesse amanhã, arrancando risadas e passos desajeitados de todo mundo. A sala parecia pequena demais para tanto
smo tempo, algo em mim queria fazer parte daquilo. Inspirei fundo, decidindo tentar. Afinal, o que eu t
za escolheria a degradação. – Soltei a frase, achando que era engraçad
ando uma sobrancelha
as tanto faz. – Antes que eu pudesse dizer
mente, como se aquilo estivesse destinado a acontecer desde sempre. Meu coração parou por um se
puxou para fora de mim. Meu corpo reagiu antes que minha mente pudesse racio
da escola, desajeitados, quase inocentes. Depois, Gael, antes dele descobrir sua sexualidade e nos tornarmos melhores amigos. Desde ent
o se estivesse me ensinando, me conduzindo sem pressa, me fazendo sentir que eu fazia part
despertou algo que eu nem sabia que estava ali. Meu coração parecia uma tempesta
olhos, e eu vi algo ali, uma mistura de provocação e curiosidade,
nha certeza de que, naquele momento, não queria
sso redor. Tudo o que eu sentia era o calor dele, o toque das mãos firmes segura
ra respirar, ele ainda segurava meu rost
Murmurei, tentando recuper
, com um sorriso cheio de confiança, como se soub
e podia ouvir. Olhei ao redor, meio perdida, mas ninguém parecia ter notado. Gael ainda estava
er algo, mas as palavra
ck disse, encostando no sofá de nov
quanto eu tentava processar o que sentia. Era só iss
a: um beijo. Mas, lá no fundo, uma voz sussurrava que, para mim, nunca seria tão fácil. Não com tudo que eu vinha evitando.
quilo" não foi só um beijo. Foi o começo de algo
m a desmoronar? Eu estava pronta para lidar com o que viesse depois? Ou aquilo seria só ma
eus lábios, como se o toque dele tivesse deixado uma marca. "É só um bei
m mesma. Peguei um copo de água, mas nem isso parecia ajudar a apagar o turbilhão que Erick tinh
u coração disparou, e quando me virei, lá es
ou os braços, me encarando como se
, revirando os olhos, mas meu
do bem? Só aproveita o momento. Você tá precisando disso. - Ela deu uma
do, não sabia lidar com o imprevisível. Cada passo fora do meu controle me deixava ansiosa, como se o mundo fos
assim que me viu. Ele sempre fazia isso, como se quisesse me arrancar dos meus pensamentos. E, por um m
as
xado que fazia minha mente girar. Nossos olhares se cruzaram, e meu coração disparou d
pena arriscar. Não por ele. Mas por mim. Talvez Tay estivesse certa. Talvez eu precisass
fôssemos os protagonistas de algum filme brega. Todos aplaudiram, e eu ri, aproveitando o m
entro. Encostei no parapeito e olhei para o céu, tentando organizar os pensamentos. A se
ente. Era Erick. Ele estava ali, parado na porta, com a
Tentei parecer casual, mas min
oximou, parando ao meu lado. - Mas eu tô curioso.
à vontade, como se o beijo tivesse sido algo pequeno, enquanto,
ido, tentando parecer confian
m um sorriso provocador. - May, foi só um b
fosse algo banal, mas, pra mim, tinha sido muito mais. E talvez fosse isso que
o estou acostumada com esse tipo de relacionamento.
se carinhoso. Ele se inclinou um pouco, apoiando os
xa, quase um sussurro. - Nem tudo precisa ser tão sério,
omento. Viver o agora. Mas como fazer isso quando minha cabeç
se o amanhã não importasse. Por um instante, eu desejei aquilo. Desejei ser como ele. Como Tay. Alguém que simplesmente v
Murmurei, quase para mim mesm
visível. E então, sem aviso, ele se inclinou e deixou um beijo l
ntes que ele pudesse se afastar completamente, aguarrei sua mão , com os
sim carregada de algo que eu mal reconhecia em mim: coragem e ousadia
vasculharam os meus, e, por um segundo, eu achei que ele fosse rir, fazer algum comentário provoc
ouca, baixa, como se as palavras fossem só nossas,
seguia confiar na minh
que eu recuasse. Mas eu não recuei. Eu nem queria. Minhas mãos, como se tivessem vontade própria, subiram para os omb
sumia, e tudo que restava era o calor dele, o jeito que seus lábios exploravam os meus com uma confiança que
a meus lábios, com uma provocação qu
eu só queria sentir. E, com Erick, tudo parecia tão natural, tão fácil, como
perto, um arrepio subiu pela minha espinha. Cada toque, cada beijo, parecia
tocando meu pescoço agora. - Não é tã
que consegui fazer foi soltar um suspiro, inclinan
i que eu não estava pensando no amanhã, nas consequênci
varanda abriu, e a voz
cheia de malícia, e nesse momen
, e eu sabia que estava corada. Ele, por outro lado, parecia completamente calmo, ape
sso pra trás, mas não antes de deslizar o dedo pel
no apartamento, deixando eu e Tay na varanda, ela com um sorriso en
meu lado, com um olhar tão cheio de malícia que eu s
inhar? - ela começou, o sorriso dela prat
da sentia os lábios de Erick nos meus, o calor das mãos dele na minha cintu
oz saiu baixa, quase engasgada, e eu
né? - Ela riu, se virando de fren
, né? Tipo.
ando o horizonte como se ele fosse me salvar. Tay soltou uma g
atamente o que você precisava. Um
falando. - retruquei, mas
ocê tá pronta pra isso. Porque, olha, se for pra viver o momento, você v
so não fazia o impacto ser menor. Ele não era do tipo que namorava. E, mesmo que eu quisesse
ndo. - menti, tentan
Pega mas não se apega. Nem tudo é amor. Se você tiver a mente ab
de voltar pra festa, me deixando so
va pesado, como se algo ali dentro estivesse tentando escapar. Erick tinha acendido algo em m
o que queria nada sério. E eu? Eu não sabia se e
m Gael, como se nada tivesse acontecido. Ele me olhou por u
u estivesse entrando em um território perigo
rindo de algo que Gael disse, completamente à vontade. Ele nem parecia afetado pelo que aconteceu na varanda. Enquanto isso, e
do meu devaneio. - Olha só, tô tentando convencer o Erick
despreocupado, o charme natural, como se ele carr
vertirem? - Perguntei, tentando soar casual, mas minha vo
ha, os olhos brilhando de
ça levemente, me encarando como se estivesse prestes a dize
esviei o olhar, fingindo interes
rido na minha frente, uma mistura de licor de côco e suco de
Peguei o copo, tentand
te. Sempre que Erick passava por perto, meu coração dava um salto, como se ele ca
alguém se aproximar por trás. O toque leve na minha
e era baixa, próxima ao meu ouvido, e o arrep
ito. - Respondi, virando-m
- Ele perguntou, o sorriso pr
erto, perto demais. O cheiro dele, a intensidade dos
ei, surpreendendo até a mim mes
me como se estivesse tentando desv
- Ele estendeu a mão, e
de. Eu sabia que cruzar essa linha poderia mudar tudo. Sabia
talvez, eu quis
i a mã
om. Me
om empolgação, e o ambiente parecia vibrar no ritmo da batida. As luzes da sala pisca
quele espaço. O som alto parecia desaparecer quando ele colocou as mãos na minha cintura, guia
iciente do meu ouvido para que eu pudesse se
que ele me conduzisse. Cada movimento dele era calculado, como se ele soubesse ex
disse, o tom provocador, mas com uma
queei a sobrancelha, entrando no jo
ltar. - Ele deu de ombros, mas o sorriso
trocou para algo mais lento, mais envolvente, e eu senti o clima mudar. A mão dele subiu levemente pelas
os olhos descendo dos meus para meus lábios p
mas, naquele momento, não me importei. Meus instintos tomara
não sou tão especial assim. - Minha voz saiu m
s que eu pudesse processar o que estava acontecendo, ele inclinou a cabeça, e nos
. Aqui, era uma escolha. Minha escolha. E eu estava
o parecia distante, quase inexistente. Quando ele se afastou, seus olhos
sorriso largo, o tom brincalhão, mas com uma s
sentindo que, de alguma forma, ele tinha raz
la noite, eu não senti med