ON
mento. Robson, meu leal mordomo, cumprimentou-me com um "boa
r. Tomou seus medi
ntraram os meus. Eu, por um instan
bson. Preciso me a
ealdade que, mesmo envolta em formalidades, revelava uma inabalável dedica
e para o refúgio de meu esc
vistas para a posição de diari
em meu pulso, encontrou-se novamente com o de Robson. Uma es
ara isso, Robson. C
dançantes, eu me via diante das obrigações infindáveis que minha posição demandava. Envolto na penumbra de minhas
contornos familiares, os móveis requintados e a imponente poltrona que me acolheria.
joelho mecânico. Uma conexão de metal que se fundia com a carne, uma junção infernal qu
fern
orreu a superfície fria da prótese, um gesto que denotava tanto frustração quanto um anseio contido. De
ticulosamente, cada engrenagem, cada fio, projetados para replicar os movimentos naturais de uma perna humana. Até mesmo o sistema implantado e
inha anatomia. Tantas noites passei estudando, aprimorando minhas habilidades de engenharia, tentando superar as barreiras que meu p
ecer presente. Uma batalha incessante entre o desejo de libertar-me da máqu
ra do escritório, refletiam o cansaço que permeava minha alma. Precisava estudar mais, antor, o criador, estava exausto. A poltrona tornou-se meu trono de desabafo silencioso, onde a solidão se misturava com o eco de minhas próp
passo mancado. Cada passagem pelo escritório era um eco das minhas próprias l
ções. Ali, entre papéis e projetos inacabados, repousava a caixa de analgésicos. Sem h
uma destreza forjada pela prática constante desse ritual. O líquido âmbar dançou
imeiro gole foi como um soco controlado, o calor do líquido mesclando-se à ardência dos comprim
ia em que decidi p
sentença. A decisão temerária, o salto que me custara a perna e, mais do que isso, a paz de
constante. O último gole do whisky desceu pela garganta, levando consigo a queimação d
mais uma cena na trama interminável da minha busca por alívio. E ali permaneci, entre projetos inacabados e analgési
ia. Aquele período em que a vida parecia ter congelado, uma pausa dol
Algo não estava certo. A sensação de vazio, a ausência de algo que sempre estivera
meu lado. Sua voz era um murmúrio suave que tentava me acalmar, mas
na, e suas palavras caíram s
rpo travava pela sobrevivência. Seis meses em que a mulher que eu
xistência ainda estava entrelaçada entre a realidade e o torpor do sono profun
partira, deixando-me à deriva quando eu mais precisava dela. A justificativa era uma amálgama de palavras que formavam uma sentença insu
ada pela faca afiada da traição. A fidelidade prometida em votos de amor se desfez como uma i
perna tornou-se secundária diante do vazio deixado por um coração quebrado. Enquanto eu lutava para me reerguer, a mulher