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Secretária Perfeita

Secretária Perfeita

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Sinopse

Índice

Um caos! Era assim que a vida do empresário Julian Germanotta estava, e para piorar, suas secretárias não duravam mais do que uma semana no emprego. Na busca por contratar alguém que fosse hábil o suficiente para lidar com o serviço, o CEO de uma grande empresa acaba contratando Eleonor Hayley, uma jovem de aparência singela e considerada sem graça, que acaba se revelando melhor do que o prometido, se tornando assim alguém de extrema confiança para o empresário, e mesmo que sua esposa usasse as palavras "feia" e "sem sal", com o tempo havia se tornado impossível que não sentisse um ciúme doentio da moça, que seu marido sempre chamava de perfeita. Só não esperava que a crescente admiração por sua funcionária acabasse se transformando em paixão, e agora o CEO se encontrava em um empasse e vivendo com um medo absurdo de perder a única pessoa capaz de dar um jeito em sua vida.

Capítulo 1 Contrate Outra

Sua vida estava um completo caos e seu casamento indo por água abaixo, mesmo ainda muito jovem, Julian Germanotta sentia todo o peso do mundo em suas costas. Trabalhava demais e dedicava pouco tempo a família, algo que estava destruindo por completo a sua vida, e para piorar as coisas, nenhuma secretária era capaz de acompanhar o seu ritmo, fazendo com que tivesse que contratar alguém novo quase todas as semanas, estava cada vez mais impossível encontrar uma secretária com boa aparência e ao mesmo tempo que fosse inteligente o suficiente para saber lidar com tudo ao seu redor.

Como se ele fosse o próprio caos em pessoa, assim como quem estava ao seu redor, costumava o definir quando o homem estava longe demais para o ouvir.

Julian necessitava mais que urgentemente de uma assistente pessoal, que lidasse com bem mais do que com papéis, mas com uma vida inteira, alguém que organizasse o seu dia, desde o acordar até a hora de dormir. E que, acima de tudo, fosse confiável para sua esposa, alguém que não despertasse ciúmes, o que era tecnicamente impossível para alguém que se encaixasse nas exigências anteriores.

O RH da empresa sempre procurava mulheres belíssimas, que pudessem ser apresentadas em qualquer evento público. Claro que ele nunca julgou que isso fosse ser a parte mais importante quando o assunto era contratar alguém, mas era sim tratado como algo essencial, já que uma imagem ruim, era considerado como desleixo, o que não poderia ser tolerado em uma empresa como aquela.

- A mulher mais sem graça do mundo, Julian, contrate uma mulher sem graça, ela pode ser sua assistente e ao mesmo tempo não vai deixar a sua esposa maluca. - Sentado sobre a mesa, estava a única pessoa capaz de conversar com o CEO de igual para igual, Leandro Vilar, para os mais íntimos, Leo, mesmo que seu nome não tivesse nada a ver com isso.

No fim, era só um apelido de qualquer forma, e uma pequena abreviação não era importante. Leo era o tipo que sorria ao vento, e estava sempre com um bom humor

- O que seria uma mulher sem graça, Leo? - o CEO estava de sobremodo cansado, as bolsas abaixo da linha de seus olhos denunciavam isso, o jovem Germanotta estava sobrecarregado, e tudo o que precisava naquele momento era de uma cama macia e uma massagem relaxante nos pés - Não acho que isso seja uma boa ideia, onde eu vou encontrar uma "mulher sem graça" que se encaixe em tudo o que eu preciso? Preciso selar pela boa imagem da empresa, e ter certeza que a pessoa que estou contratando não é uma desleixada, e se uma mulher não se importa com a imagem que ela passa para as pessoas ao seu redor, com o que mais ela se importaria?

- Nem todo mundo é extremamente vaidoso e narcisista, Julian, contrate uma boa moça, dessas que estão mais preocupadas com você do que com as unhas, que ela se sairá bem. - Leo estava determinado a transmitir seu conselho - E seja honesto consigo mesmo, a maioria das suas secretárias perdiam tempo demais com coisas superficiais e desnecessárias, atrasavam tudo por pura bobagem e falta de emprenho.

Julian suspirou.

- Você está sendo cruel.

- Me desculpe, sei que esse papel é exclusivamente seu. - Leo estava rindo desse pequeno detalhe, pois era comum que algumas se demitissem porque Julian era simplesmente insuportável em alguns momentos, e nem todo mundo estava disposto a passar por isso, independente do quanto fosse bem remunerado - Mas tente começar a ver as pessoas pelo melhor lado delas.

O mais novo perambulou seus dedos sobre o tampo de mogno elegante, enquanto soltava uma risadinha debochada, não deveria mais se impressionar com a tamanha simplicidade que o Vilar tinha, para ele, os problemas se resolviam com extrema facilidade, por mais complicadas que as coisas poderiam estar. Ou quem sabe, o problema se resumisse em Julian ser a própria complicação em pessoa.

Isso se dava ao fato de estar cansado o tempo todo, e isso o estressava.

- Uma mulher sem graça não vai dar conta do que eu preciso, Leo, não por simplesmente ser alguém que não vai deixar minha esposa preocupada. Preciso de uma secretária competente, e não de uma mulher sem graça. - Julian suspirou pesadamente antes de juntar todos os papéis novamente, teria uma reunião em menos de cinco minutos e não poderia se atrasar - Seria útil se me ajudasse com a seleção, bem, se alguma mulher sem graça aparecer, contrate ela, não vai durar mais do que as outras, pelo menos, não apenas por esse motivo.

Leo sorriu, ele gostava de receber aquelas liberdades, era divertido brincar com Julian e sua paciência tão limitada e facilmente destruída com coisas pequenas.

- Vai ser uma experiência interessante, confie em mim, Julian.

Ficou assistindo seu amigo andar pela sala, ele ainda chegou a ir até a porta e lhe deu esperanças de que ele realmente fosse o deixar em paz por um momento, entretanto, Leo parou bem ali e voltou sua atenção para ele novamente, e estava com o mesmo sorrisinho nos lábios, e seu olhar já dizia muita coisa sobre o que estava pensando. Era uma pena que fossem amigos a tempo o suficiente para terem toda aquela intimidade, e Leo estava sempre livre para fazer qualquer comentário que quisesse, algo que não era qualquer um que tinha.

Era engraçado quando ele fazia isso na frente das outras pessoas, pois podia ver a forma como elas se assustavam, achando que Julian iria acabar explodindo como sempre fazia.

- Você precisa mudar seus critérios. - O Vilar comentou - E ver as pessoas por um lado que não costuma ver, existem vários tipos de pessoas diferentes por aí, e precisa admitir que você costuma ter um padrão de quem contrata para essa empresa, mais precisamente para as mulheres que viram suas secretárias.

O outro preferiu nem dar muita atenção.

- Só posso contratar quem aparece.

- Detesto quando você arruma um jeito de fugir das minhas críticas.

Leo pareceu desistir daquela conversa, abriu os braços e se rendeu, logo em seguida deixando a sala, já que precisava gastar seu tempo com algo mais produtivo.

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