Uma auror em sua primeira missao. Um especialista do ministério. Uma onda de dragões assassinados. Um vilão com um objetivo sombrio.
Pov Moira
O saguão do Ministério estava lotado, diversos funcionários chegavam pela rede de flu e pela entrada principal, rumo aos seus postos.
Eu era um deles, correndo em meu salto alto stiletto preto, assim como todo meu traje exceto pela camisa branca e o distintivo preso ao meu blazer.
Avancei os últimos metros até o elevador que chegara ao saguão e entrei menos de um segundo antes das portas fecharem.
- Departamento de Execução das Leis Mágicas, por favor.
- Nova auror? - perguntou a ascensorista.
- Sim - respondi com um breve sorriso - imagino que tenha ouvido falar.
- Ah não - ela riu acompanhada de duas ou três pessoas dentro do elevador e apontou para meu peito - o broche é bem visível.
- É um distintivo - balancei meu rabo de cavalo e mantive o olhar a frente enquanto o elevador fazia vários movimentos.
- Leis Mágicas - ela anunciou assim que paramos.
- Acho que quis dizer, Departamento de Execução das Leis Mágicas - corrigi de forma autoritária.
Saí do elevador tirando o distintivo do peito e o prendendo no cós da calça, cobrindo a maior parte dele com o blazer.
Parei de frente para a porta de número 456 e bati, ela se abriu silenciosamente.
O escritório era muito amplo e possuía um mezanino acima da porta, tudo decorado em tons de marrom, dourado e vermelho, mas estava uma bagunça. Haviam livros antigos que não combinavam com o luxo do local, espalhados pelo chão e algumas das diversas relíquias que Rycroft Philostrate colecionava desde a juventude, também pareciam fora de lugar.
Philostrade era amigo muito antigo da minha família, se tornou meu padrinho quando sua família foi assassinada por saqueadores trouxas e atuou como meu mentor depois que ingressei em Hogwarts. De certa forma, isso o deixava orgulhoso e o fazia reviver alguns momentos de sua adolescência.
Apesar de ter exatamente o dobro da minha idade, Philo era um homem de aparência jovem e muito charmoso, e seu cargo como chefe dos aurores o fazia ainda mais interessante.
Mas eu estava aqui por outro motivo, pelo menos eu achava. Durante os três anos que participei do treinamento dos aurores, depois da escola, Philo sempre deixou bem claro que me colocaria á frente de missões importantes.
Vantagens de ter apadrinhamento no ministério.
Eu esperei por alguns minutos até que Rycroft aparecesse, visão periférica alerta, mãos cruzadas nas costas segurando a varinha com firmeza.
- Vejo que aprendeu rápido - Philo surgiu do andar de cima, descendo a escada ao meu lado dramaticamente.
- Não deixei escapar nada, Padrinho.
Ele veio até mim e me cumprimentou com um abraço frouxo e um beijo em minha bochecha.
- Sinto muito não ter ido á formatura - ele cruzou a sala ignorando a bagunça e se sentou no sofá antes de fazer sinal para que também sentasse - estava no exterior, resolvendo assuntos urgentes.
- Tudo bem, meu pai estava lá - eu dei de ombros mesmo que isso me doesse um pouco - Bem, é claro que ele estava e foi bem rápido.
- Teve honrarias?
- Em todas as matérias mas principalmente rastreamento e vigilância.
- Não estou nem um pouco surpreso - ele piscou para mim, me deixando ligeiramente ruborizada.
- Mas espero que tenha me chamado aqui para mais do que fazer elogios.
- Certamente.
Rycroft apanhou um envelope que eu já havia notado em cima da mesa de centro e me entregou, o abri rapidamente rodando o barbante no botão e retirei seu interior.
- Sua primeira missão.
- Isso é um dragão?
- Sim, precisamos relatar o ocorrido, tivemos um caso mais cedo essa semana na mesma região e...
- Alguma ligação?
- Não, apenas coincidência.
- Achei que isso era função do Departamento de Controle de Criaturas Mágicas.
- Está certa mas eles se sobrecarregaram com aquela confusão com os testralios e nos pediram auxílio.
- Para relatar uma morte de dragão? - eu abaixei a voz, desanimada.
- Hei, Moira - Philo se sentou ao meu lado e passou o braço por meus ombros de forma acolhedora - sei que não é o que você esperava mas muitos aurores esperam meses pela primeira missão. Eu estou lhe dando porque confio em você.
- Eu entendo. Farei com perfeição, padrinho.
- Sei disso, não estou preocupado.
- Onde aconteceu?
- Romênia, basta dar uma olhada no corpo e preencher a papelada, não se esqueça de mencionar que a morte não tem relação com a outra e encerre o caso.
Uma batida na porta e ela se abriu vagarosamente, dando passagem a um garoto bem vestido e de sorriso simpático.
- Com licença, Sr. Philostrade.
- Ah, entre por favor.
Eu me coloquei em pé e cumprimentei o rapaz que foi me apresentado como Dominic Ioannou, recém formado em Hogwarts e admitido para o próximo treinamento de auror.
- Terei um parceiro?
- Um estagiário, Dominic fará anotações e vai ajudá-la com o que precisar no tempo que estiver em missão.
- Se pedir um café, eu vou garantir que ele chegue até você quente e doce.
- Obrigada, mas acho que vou utilizar sua boa vontade com mais inteligência - e me virando para Philo - mais alguma coisa que eu deva saber?
- Nada importante mas receberá ajuda de um especialista.
- Que tipo de especialista?
- Em dragões. Mas não deve se preocupar.
Me despedi dos dois homens naquela sala com um sorriso e uma missão em mãos, mas me preocupar era exatamente o que eu devia fazer.
Pov Moira
- Poderíamos aparatar com tanta facilidade - eu bufei enquanto descia da balsa no litoral da Romênia - o que eles querem tanto proteger?
- Não sei, mas melhor tomar cuidado com o que diz - Dominic apontou com a pena na direção de um grupo de sujeitos mal encarados.
- Eles não mexeriam com uma auror.
Passamos por uma ponte que mal nos aguentava até um pequeno corredor entre as rochas, um véu translúcido cobria a passagem mágica que dava para Spring's Ville.
O nome da vila nada combinava com ela, construções antigas em madeira e ferro com vidros quebrados, Dom andava tão perto de mim que tropeçava vez ou outra nos meus sapatos, mais a frente havia uma colina que se estendia até o topo da montanha e tivemos que subir quase metade.
Certamente, aurores não deviam usar scarpins de salto agulha.
Entre as pedras altas da colina, não era preciso esforço para perceber o animal gigantesco caído no chão com a barriga para cima e a cabeça jogada para trás, a asa direita cobrindo parte de seu corpo
O guarda local estava apoiado com a mão na pedra e o corpo inclinado.
- Estômago fraco - sussurrei para Dom.
- O cheiro não está ajudando.
Tirei um par de luvas de borracha do bolso e as vesti, cobri o nariz e a boca com o cachecol antes de me aproximar.
- Ele não está doente.
Minha atenção foi chamada para um homem abaixado ao lado da cabeça do animal.
- Isso ainda não sabemos.
- O primeiro sinal de doença é nos dentes, os dele estão saudáveis.
- Você deve ser o especialista.
Ele se levantou, era maior e mais largo do que aparentava, seus cabelos ruivos circulavam seu rosto em cachos alinhados e seus olhos de um azul profundo que facilmente me causariam arrepios.
- Sim, Charles Weasley - ele estendeu a mão para mim e eu hesitei, aquele homem poderia quebrar meus dedos sem esforço.
- Moira Scringeour - segurei sua mão, foi firme mas leve, isso me surpreendeu - auror, esse é meu assistente Dominic Ioannou
- Gostaria de dizer que é um prazer mas nessas condições - ele olhou com pesar para o animal.
Era maginifico, uma fera mas ainda assim magnífico.
- Pode me dizer a causa da morte?
- Não, assim como o outro, nenhum indício, parece ter simplesmente caído.
Eu me abaixei perto do corpo, haviam marcas de garras em suas asas e a pele em volta descascava.
- E isso?
- Provavelmente alguma caça tentando se defender, não foi suficiente para feri-lo a tal ponto.
- Me ajude a levantar a asa.
Eu puxei o membro do animal com a ajuda de Dom, era pesado demais para nós mas quando Charles a segurou e empurrou para cima pareceu leve em sua mão.
- Como eu pensei - me inclinei levantando minha varinha e usando-a como lupa - tem marcas aqui, eu já vi isso em algum lugar.
- Tem certeza? pra mim são só veias, vamos terminar logo e sair daqui, por favor - Dom reclamou atrás de mim, ele parecia muito mais incomodado que eu nesse lugar.
Eu passei o dedo sobre as marcas e a pele se desfez sob a luva.
- Aqui, Dom. Me ajude.
- Com o quê? Não trouxemos material pra isso, o Sr. Philostrade foi bem claro em suas instruções.
- Pegue - Charles me entregou um canivete suiço com mais compartimentos que eu podia contar - basta dizer o que quer, se estiver aí vai aparecer.
- Vassourinha de escavação - nada aconteceu, Weasley riu.
- Deixe-me tentar - ele pegou o objeto de volta - escova de limpeza - o que eu procurava apareceu na ponta e ele me entregou - aqui está.
- Obrigada - ignorei minhas bochechas queimando e me abaixei perto da asa, passando a escova pela pele do animal que se desfez como cinzas revelando símbolos em baixo - parecem hieróglifos.
- Conhece essa língua? - Charles se curvava sobre mim, o cheiro de sua colônia me entorpecia e quase bloqueava o cheiro forte do dragão.
- Não, parece antiga. Dom, fotografe isso.
Charles se afastou, assim como eu, dando espaço para que Dominic registrasse toda a asa e outras partes do animal.
- Sabe o que isso significa, Srta. Scringeour?
- Sim, esse Dragão foi assassinado por meio de arte das trevas.
- Podemos ir agora, Moira? Estou congelando.
- Não vamos embora tão cedo, enquanto não descobrirmos o que houve com esse animal.
- Vão investigar? - Charles me perguntou surpreso.
- Claro, eu estou aqui pra isso, sugiro que fique por perto, posso precisar de você.
- Certamente, Srta. Scringeour - ele sorriu com o canto da boca.
- Moira - Dominic sussurrou em meu ouvido - o Sr. Philostrade nos instruiu a preencher a papelada e voltar.
- Não, ele me disse para relatar que uma morte não tem ligação com a outra.
- Para descartar uma epidemia.
- Tenho que ver o primeiro dragão, você pode ficar na vila e nos consiga uma estalagem.
- Você vai com ele?
Dom parecia assustado mas teria que se acostumar rápido se quisesse mesmo ser um auror.
- Sr. Weasley, pode me levar até o corpo do primeiro dragão encontrado?
- Talvez, ele esta sendo cremado na reserva.
- Nesse momento?
- Há dois dias, é um animal grande mas normalmente deixamos as asas por último.
- Ótimo, preciso vê-lo.
Eu não sabia se me importava tanto assim com os dragões, eram lindos e uma pena que tenham sido abatidos mas minha motivação era outra.
Weasley me indicou o caminho descendo a colina pelo outro lado.
- É um caminho longo para fazer com esses sapatos.
- Agradeço a preocupação mas estou bem.
Foi só eu falar pro meu salto ficar preso entre duas pedras e meu corpo ser lançado para frente, eu teria caído e rolado montanha abaixo se Charles não tivesse me segurado entre seus braços.
Seu peito rígido abaixo de minhas mãos me causou um formigamento pelo meu ventre.
- Consegue se soltar?
- De você?
- Da pedra - ele deu um sorriso mais claro.
- Consigo - eu engasguei e sacudi o pé, livrando o sapato.
Esse homem me provoca de maneiras curiosas, tenho que me concentrar mais na minha missão, antes que ele me distraia.
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Esse é o segundo livro da série, são contos independentes e podem ser lidos em qualquer ordem de livro ou capítulo. Essa é uma coletânea dos meus contos eróticos preferidos, como parte da imersão, evitei dar características físicas aos envolvidos, assim, você pode colocar a si mesmo e as pessoas para quem você quer dar nas mais malucas e excitantes ocasiões. Por essa mesma razão, chamarei a mulher cis de cada conto de Jane Doe, um pseudônimo coletivo muito usado no exterior para se referir a uma mulher que tem o nome desconhecido ou ocultado por algum motivo. Como o nome e a capa sugerem, aqui você vai encontrar parafilias diversas, por isso, peço gentilmente que não leia caso se incomode com: Ménage Sodomia Sexo grupal Age gap Incesto DP DPV Ménage sáfico BDSM Defloração Femboy Sexo em público Aos demais, divirtam-se.
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