olhavam em expectativa, tentando persuadi-lo a fazer aquilo que achavam ser o certo. Roger deixou de ser o filho de um dos líderes para se tornar o pai da garotinha em questão. - Eu não farei isso. - Seu tom foi firme, nunca seria o causador da infelicidade da sua princesinha. Diante da resposta do filho, John estalou a língua em forma de reprovação. - Roger você sabe que isso não é uma escolha, é um dever. - O patriarca encarou o filho em forma de ameaça. O mesmo olhar que fazia Roger recuar quando era criança, mas agora ele é o pai da garotinha que todos ali presentes pretendem tirar um futuro feliz. Para Roger fazer Tayla perder o direito de escolher o próprio marido nunca seria um dever, seria uma escolha e ele estava disposto a lutar por ela. - É a felicidade da minha filha que está em jogo. - Ele protestou, ainda olhando nos olhos do pai, sem medo, sem respeito, apenas colocando o seu bem mais precioso a frente de qualquer juramento de sangue que já tenha feito. - Sua filha será feliz Roger. - Pela primeira vez Alfredo Bittencourt abriu a boca.
A aposta
Dezesseis anos antes...
O cheiro do local é forte, a mistura de álcool e nicotina estão ajudando a
embrulhar o estômago de Roger Moraes, o tão temido herdeiro da Laços de
Sangue, mas ali, olhando para o seu pai John Moraes e seu padrinho Dimitri
Bittencourt, a única coisa que ele sente é repulsa.
Os dois homens em que ele se espelhou a vida toda, neste momento o
olhavam em expectativa, tentando persuadi-lo a fazer aquilo que achavam ser o
certo.
Roger deixou de ser o filho de um dos líderes para se tornar o pai da
garotinha em questão.
- Eu não farei isso. - Seu tom foi firme, nunca seria o causador da
infelicidade da sua princesinha.
Diante da resposta do filho, John estalou a língua em forma de reprovação.
- Roger você sabe que isso não é uma escolha, é um dever. - O patriarca
encarou o filho em forma de ameaça.
O mesmo olhar que fazia Roger recuar quando era criança, mas agora ele é
o pai da garotinha que todos ali presentes pretendem tirar um futuro feliz.
Para Roger fazer Tayla perder o direito de escolher o próprio marido nunca
seria um dever, seria uma escolha e ele estava disposto a lutar por ela.
- É a felicidade da minha filha que está em jogo. - Ele protestou, ainda
olhando nos olhos do pai, sem medo, sem respeito, apenas colocando o seu bem
mais precioso a frente de qualquer juramento de sangue que já tenha feito.
- Sua filha será feliz Roger. - Pela primeira vez Alfredo Bittencourt abriu
a boca.
A atmosfera entre pai e filho se suavizou, ambos desviando o olhar para o
Bittencourt.
- Não são seus filhos que estão em jogo. - Roger devolveu, mais ácido
ainda, mais irritado do que antes.
Alfredo antes de ser sócio de Roger, era seu amigo, praticamente irmão, ele
deveria estar ao seu lado e não dos atuais líderes da máfia.
- É aí que você se engana, meu filho também perderá o direito de escolher
a própria esposa. - Alfredo o lembrou, já que o seu primogênito seria o
destinado a cuidar da pequena Tayla.
Roger encarava o amigo com faíscas no olhar, ele estava ferido, preocupado
e com medo, realmente ele estava com medo, a possibilidade de sua esposa e
filha odiarem-no era imensa e isso era a razão de seu maior tormento.
Resultar no ódio eterno das duas mulheres que ele mais ama na vida estava
fora de cogitação.
- Christopher é dez anos mais velho que Tayla, isso nunca daria... -
Roger voltou a negar, mas o pai o cortou.
- Tayla é minha neta, eu também a amo e se estou aqui te dizendo que isso
é o certo a ser feito, é porque é a verdade, ela não estará segura sem os laços
concluídos.
Saber que o perigo para a menina vinha de dentro da própria família
deixava Roger ainda mais frustrado, uma parte dele sabia que aquilo era o
correto, mas a parte maior queria que ele negasse até o fim.
- Não, eu não aceito. - Ele negou firmemente, levantando-se da mesa de
reunião e se dirigindo à porta.
Alfredo olhou para o pai, concordando que aquela era a hora do segundo
plano.
- Então vamos apostá-la. - Os olhos azuis do comunicador brilharam em
aprovação.
Roger que já segurava a maçaneta da porta, parou no caminho, virando-se
para encarar o Bittencourt.
- Como? - Ele perguntou, querendo ter cometido um maldito engano na
compreensão da frase, mas os olhares atentos dos principais integrantes da Laços
de Sangue confirmaram que Roger não tinha entendido errado.
- É simples Roger, uma partida de pôquer, se eu ganhar, Tayla tornar-se-á
uma Bittencourt, mas se eu perder, acharemos um outro jeito. - Alfredo blefou,
ele sabia que não existia outra maneira da menina estar segura.
Roger sentiu o estômago arder com o impacto das palavras do até então
amigo. Ele não estava preparado para aquilo, achava que de todos ali presentes,
Alfredo seria quem o apoiaria.
- Isso é um absurdo, minha filha não será apostada. - Ele se virou
novamente para a porta, tentando convencer-se de que existia outra saída.
Alfredo se levantou e andou até Roger.
- Você sabe que Tayla não está segura. - Ele encarou os olhos castanhos
do amigo, que refletiam angustia.
Esse fato fez com que o Bittencourt insistisse, sabendo que ele cederia.
- Christopher fará ela feliz, eu lhe prometo isso. - As palavras
pronunciadas atingiram Roger em cheio.
Ele sabia que a promessa era vazia, Alfredo não tinha como saber se os dois
se tornariam amigos, não saberia garantir se os dois um dia se amariam.
Roger por outro lado, sabia que o amor era algo estranho, que a união
obrigatória de um casamento, poderia sim tornar-se um amor verdadeiro. E foi
com esse pensamento que ele acabou aceitando a proposta.
Com "Straight" em mãos Roger estava confiante, talvez desse tempo de
voltar atrás e encontrar outra solução para esse problema, talvez o filho de um
dos principais integrantes da máfia a conquistasse e a jovem nunca saberia que
foi apenas uma obrigação do rapaz, talvez Tayla fosse feliz, mas assim que
Alfredo colocou sobre a mesa a sua jogada de mestre, "Four of a king", as
esperanças de Roger foram por água abaixo, ele acabara de perder Tayla para um
Bittencourt.
Se isso era o correto a ser feito, então por que o coração dele doía tanto?
Alfredo nunca perdeu uma partida e essa não seria diferente.
- Quando ela atingir a maior idade eu irei buscá-la e Tayla será uma
Bittencourt.
E assim foi selado o destino da jovem Tayla diante dos principais
integrantes da Laços de Sangue...
O aniversário
Dias atuais...
O mês de agosto tinha iniciado e com ele o aniversário de Tayla que estava
completando dezoito anos, tinha saído do ensino médio com excelentes notas e
recebido a carta de aceitação da universidade que sonhou a vida toda.
- Estou tão orgulhosa de você. - Lúcia abraçou a filha.
Tayla sempre foi o orgulho dos pais, na escola sempre estava entre as dez
melhores da turma, na adolescência preferia estar em casa aproveitando um bom
livro, em vez de sair com os amigos.
Vinda de uma família de classe média, Tayla cresceu sabendo valorizar o
que tem e isso é uma das suas principais qualidades.
- Obrigada mãe, estou tão feliz. - A jovem agradeceu com lágrimas nos
olhos.
Hoje seria o dia em que comemorariam não só mais um ano de Tayla, mas
também a sua aceitação na universidade que sempre sonhou.
New York University, o lugar onde ela sempre quis se formar e dedicar
horas do seu dia estudando a tão sonhada e emocionante medicina pediátrica.
Roger ouvia o diálogo das duas mulheres da sua vida e a preocupação
estava evidente em seu olhar.
Os anos se passaram e a coragem de contar o que tinha feito a dezesseis
anos nunca chegou.
- Está tudo bem pai? Você parece preocupado. - Tayla perguntou
aproximando-se dele.
Roger, por sua vez, puxou-a para um abraço, temendo que esse fosse um
dos últimos, já que a ida da filha para a casa dos Bittencourt estava próxima.
- Não é nada filha. Parabéns, eu estou muito orgulhoso de você. - Ele foi
sincero, escondendo para si mesmo o medo de perder as duas.
Lúcia o olhava intensamente, ela conhecia o marido, sabia que ele estava
escondendo alguma coisa, mas preferiu não o confrontar diante da filha.
- Tem certeza que está bem? O senhor está pálido. - Tayla perguntou
novamente, o encarando com os olhos castanhos preocupados.
A preocupação da filha, tão parecida com a mãe, fez com que o homem
apenas se odiasse mais, ele perderia a filha e também a esposa. E não existia
maneira alguma de evitar isso.
Perdê-las seria a sua ruína.
- Eu... Eu preciso contar uma coisa a vocês duas, já deveria ter contado
isso a muito tempo... - Ele começou sentindo a angustia tomar conta de cada
parte do seu ser.
Lúcia se aproximou dos dois olhando para o marido com carinho e evidente
preocupação, ela amava tanto aquele homem, saber que algo o atormentava
deixava a mulher na mesma situação.
- Pode falar pai. - Tayla quebrou o silêncio que estava no quarto,
fazendo seu pai parar de olhar sua mãe e encará-la agora.
- Eu me arrependo tanto... - Ele começou, mas o furacão chamado
Beatriz adentrou o quarto de Tayla sem bater.
Roger, que já estava preparando-se para confessar, calou-se, olhando a
morena, melhor amiga de sua filha.
Beatriz ficou visivelmente envergonhada.
- Desculpem-me, achei que Tay estivesse sozinha. - Ela começou a falar,
diante dos três pares de olhos castanhos sobre ela.
- Tudo bem Bea, meu pai queria contar-nos algo... - Tayla deixou que o
pai continuasse, mas o assunto era familiar então Roger deixou para contar mais
tarde.
- Depois eu converso com vocês, pode se divertir filha. - Ele falou,
pegando a mão da esposa e a levando do quarto.
Lúcia tentou tirar o que quer que fosse do marido, mas para Roger contar
aquilo seria mais do que doloroso, então ele optou por fazer isso na presença de
Tayla.
- Eu não queria ter atrapalhado vocês. - Beatriz se desculpou novamente.
Mesmo Tayla estando angustiada e com um péssimo sentimento sobre o que
o pai contaria, ela colocou um sorriso no rosto e falou:
- Você nunca vai atrapalhar Bea, agora o que tem aí? - Ela pegou o
embrulho da mão da amiga, sabendo o que era, afinal desde pequenas ambas
trocavam o mesmo presente todos os anos, mas Tayla sempre se via ansiosa para
pegar, sentir o cheirinho de novo e embarcar em uma nova aventura.
O livro ainda estava na embalagem, ela o abriu com cuidado e leu o nome.
- O Duque e Eu, de Julia Quinn, o primeiro livro da série os Bridgertons.
- Sorriu satisfeita e logo o levou ao nariz inalando o delicioso cheiro.
A aniversariante sempre foi apaixonada por romances de época.
Bea a olhava em expectativa, esperando a hora que a amiga começasse a
reclamar.
- Eu não acredito, você faz isso todos os anos, agora terei que gastar para
matar a vontade de ler o restante da série.
O sorriso da melhor amiga de Tayla foi maldoso. Beatriz sabia ter sua
beleza exótica, dona de um tom de pele negro, um rosto delicado, um sorriso
encantador, os cabelos longos com cachos definidos e, para completar o pacote,
os olhos de um verde quase amarelado, herança de família.
Porém o que mais chamava a atenção na jovem eram a sua bondade, sua
educação e seu caráter, coisas essas que ninguém seria capaz de tirar dela.
- Eu tenho a série toda caso queira emprestado. - Beatriz ironizou,
sabendo o quanto a amiga de infância era teimosa e amava ter seus próprios
livros.
A aniversariante revirou os olhos pronta para revidar, mas a presença do
melhor amigo na porta chamou sua atenção.
O sorriso de Theodoro para Tayla foi contagiante e ela sorriu de volta.
O olhar castanho claro, o porte alto e o corpo bonito, estavam encostado no
batente, olhando para as duas, estava confortável no quarto dela, afinal os três
cresceram juntos, em uma amizade pura e fiel.
- Você está linda Tay. - Ele caminhou até ela, pegou-a em seus braços,
rodando-a e depositando um beijo em seu rosto.
Bea reclamou algo, dizendo que no seu aniversário não foi paparicada
assim, Theo a puxou também para o abraço e ambos permaneceram ali,
desfrutando da amizade que nasceu no coração dos três há muito tempo.
Quando Theodoro estendeu o presente em direção a Tayla, ela percebeu o
olhar que ele dirigiu a Beatriz.
- Vocês dois estão me escondendo algo! - Ela reclamou, abrindo o
embrulho com cuidado.
Quando a embalagem já tinha sido aberta, ela sorriu lindamente.
- O Visconde que me amava, o segundo livro da série. - A emoção era
tanta, não por apenas ganhar os presentes, mas sim por se tratar de livros.
Qual melhor presente do que livros?
- Ainda bem que esse ano você comprou o certo. - Bea empurrou o
ombro de Theodoro o provocando.
- Não teria como errar, já que você ficou na minha cabeça um mês inteiro!
- Ele reclamou, ainda olhando para Tayla, que agora cheirava o segundo livro,
mania essa que ele achava adorável na garota.
Para Theodoro, tudo em Tayla era adorável, tanto que no começo da
adolescência dos dois, ele se viu apaixonado pela menininha de cabelos lisos e
olhos castanhos brilhantes, mas a coragem de contar os seus reais sentimentos
nunca chegou.
- Vocês são os melhores amigos que eu poderia ter. - Tayla comentou
emocionada.
- Feliz aniversário nanica. - Theo desejou, seguido de Bea que abraçou
os dois novamente.
Assim que Tayla colocou os novos livros na estante, eles desceram para a
festa.
Realmente tinha vários amigos dela ali presentes, a maioria era colega de
classe do ensino médio.
A festa estava perfeita até a campainha tocar, Tayla foi quem atendeu.
A jovem garota abriu a porta sorrindo.
- Em que posso ajudar? - Ela perguntou ao desconhecido na sua frente.
Ele estava com um terno elegante e os olhos azuis presos nela.
Tayla não deixou de reparar nos outros dois homens que o acompanhava.
Ambos altos e devidamente uniformizados, seguranças, ela presumiu.
Mas por que alguém teria que andar com dois seguranças? A jovem se
perguntou.
- Tayla como você cresceu! - O tom do homem saiu como se ambos se
conhecessem há anos.
- Acho que o senhor está se confundindo, eu não lhe conheço.
- Não estou me confundindo, mas realmente você não me conhece, sou
Alfredo Bittencourt. - Ele estendeu a mão para a garota que simplesmente
aceitou o gesto.
Mal sabia ela, que ele é o responsável por sua vida mudar de uma hora para
outra.
- Tayla Moraes. - Apresentou-se mesmo sabendo que ele a conhecia.
- Gostaria de falar com seu pai, presumo que ele sabia que viria hoje,
buscar o que agora pertence à família Bittencourt.
Mesmo confusa, Tayla forçou-se a perguntar.
- O senhor quer entrar? - Sua resposta foi apenas um aceno de cabeça
negando.
Ela foi a procura do pai, encontrando-o dentro de seu escritório.
- Pai tem um senhor na porta querendo falar com você. - Ela avisou.
- Quem é? - Roger perguntou ainda encarando os papéis em sua mão.
- Alfredo Bittencourt. - A jovem respondeu, percebendo quando o pai
começou a empalidecer.
- Ele não deveria ter vindo hoje. - Roger respondeu levantando-se
caminhando até a filha. - Tayla, antes de tudo, eu quero que você saiba que eu
te amo, mais do que tudo, amo-te de verdade. - A cada palavra, a sinceridade
era mais evidente.
- Pai eu também te amo de verdade. - Ela o abraçou.
- Promete que vai lembrar disso? Apesar de qualquer coisa? - Ele
implorou, segurando as mãos da filha.
- Pai, o que foi? Você está gelado.
- Só me prometa.
- É claro que vou me lembrar, eu prometo. - E com um beijo na testa da
filha, ele se afastou sentindo seu mundo desmoronar enquanto caminhava até o
jardim da sua casa.
Tayla voltou para a festa, mas a preocupação com o comportamento do pai
ainda a perturbava e só se dera conta do quão grave era a situação quando viu
sua mãe entrar pela porta chorando. Para Lúcia chorar, precisava ser algo muito
grave.
- Mãe, o que foi? - Perguntou subindo as escadas atrás dela.
- Eu sinto muito, se eu soubesse antes, nunca teria deixado isso acontecer.
Tayla apenas a abraçou em um gesto de apoio, sem saber o que estava
acontecendo.
- Mãe, acalme-se, não se esqueça da sua pressão.
- Lúcia, precisamos conversar. - A voz de seu pai foi ouvida logo atrás
das duas.
Roger estava com uma expressão derrotada, ele segurava no corrimão da
escada. Os olhos vermelhos demonstravam a força que ele estava fazendo para
não derramar as lágrimas que marejavam seus olhos.
- Eu não quero conversar com você, como pôde? Tayla é apenas uma
menina e você fez isso? - Lúcia gritou e a forma como ela olhou para Roger fez
o coração do homem se apertar ainda mais, tornando impossível segurar as
lágrimas.
Tinha uma decepção tão grande estampada nos olhos escuros dela, que
Roger soube que seu casamento nunca mais seria o mesmo.
- Pai, o que está acontecendo? - Tayla perguntou olhando o homem que
sempre admirou, quebrar-se diante dela.
- Filha, eu sinto muito, espero que um dia você possa me perdoar! -
Roger disse de uma forma que arrancou o coração dela.
- Pai, eu não entendo, o que eu tenho que perdoar?
Mesmo sem saber o que era, a angustia estava ardendo no peito da jovem.
- Seu pai perdeu você em uma aposta de pôquer, agora você terá que se
casar com um Bittencourt, se você não for nós perderemos a nossa casa. -
Nessa hora o mundo de Tayla caiu sobre sua cabeça.
O quê? Como um pai apostou a própria filha?
Casar? Ela nunca quis se casar, ainda mais com um desconhecido. Esse era
o pensamento da jovem que sentiu seu coração se apertar.
Nunca imaginou que o pai fosse viciado em jogos, mas apostá-la? Isso era
demais!
- Pai, você não fez isso! Diz para mim que não! - Ela gritou em meio ao
choro.
Pela primeira vez os pais viram a filha gritar, Tayla sempre foi calma, nunca
nem se quer brigou com alguém e foi nesse momento que o pai soube que a filha
nunca mais seria a mesma...
Eu estava no final da cama de Amira observando-a dormir através da escuridão, olhos cansados. O vazio no meu coração mais uma vez se espalhando por deixar seu calor. Ela gemeu, como se pudesse sentir minha ausência também, mesmo em seu sono. Eu escolhi passar os últimos minutos que me restava com ela, absorvendo tudo, do seu longo cabelo bagunçado e indisciplinado cobrindo parcialmente o rosto, até os lábios carnudos e inchados, inchados pelo meu implacável e insaciável ataque. Sua pele nua e rubra, apenas uma lembrança de quantas vezes eu me perdi dentro dela. O cheiro de sexo flutuando pesado no quarto, só alimentou as memórias de quantas vezes eu fiz dela verdadeiramente minha. Sua beleza me manteve cativo. Ela estava brilhando. Serena. De tirar o fôlego.
Vou lhe contar uma história. É escura. É brutal. É real pra caralho. Para entender meu presente, quem eu sou e o que eu me tornei... Você precisa entender meu passado. O mal nem sempre se esconde nas sombras, na escuridão. Na maioria das vezes, está fora ao ar livre, em plena vista. Possuindo o homem que menos esperaria. Sabe, eu nunca imaginei outra vida até eu fazer uma para mim. Naquele tempo, eu estava muito longe, engolfado em nada além de escuridão sombria. Exatamente como era para ser. Ninguém poderia me tocar. Ninguém fodia comigo. Eu. Era. Invencível. Nada mais… Nada menos. Quando eu sonhei com o amor verdadeiro - de almas gêmeas, minha outra metade dela - a crueldade da minha vida iria me levar de volta para a minha realidade, se tornando, apenas isso mesmo, um sonho. Um que poderia facilmente se transformar em um pesadelo. Meu pior pesadelo. Toda memória, o bom, o ruim, o meio termo. Todos o eu te amo, todos os últimos eu te odeio, seu coração e alma que eu quebrei, despedaçados e destruídos ao longo dos anos, pertenciam a mim. Seu prazer. Sua dor.
Por um longo tempo, Nacy vinha incomodando seus pais para encontrar Bruce. Mas como ela nem sabia o nome dela, eles não conseguiram encontrá-lo simplesmente por causa da descrição de uma garota. "Sim Ele sempre foi muito gentil e gentil comigo desde que eu o conheci. Eu acho que realmente gosto disso. Talvez ele não goste de mim agora, mas acho que ainda terei uma chance. Encontrar o amor verdadeiro não é fácil. Agora que encontrei meu verdadeiro amor, por que não deveria tentar? Até eu tentar, nunca vou saber se vou conseguir ou não - disse Nacy com um sorriso, duas covinhas embelezando as bochechas de cada lado do rosto. Seu encontro com Bruce quando criança parecia-lhe o mesmo de ontem. "Ok Nacy, deixe-me perguntar outra coisa. O que você acha do Simon? Nathan mudou de assunto e falou com indiferença, tentando esconder a crueldade em seu coração. "Talvez ele seja apenas um amigo meu. Na verdade, eu gostei quando estávamos na escola. Mas ele não é tão ousado quanto Bruce. Ele é menos corajoso ", respondeu Nacy calmamente, com a cabeça apoiada nas mãos. "Você sabe, Nacy, às vezes, não importa quão ousado seja um homem, ele é cauteloso diante da garota que ama. Nacy, acho que você deveria pensar sobre isso e se certificar de que não sente falta de quem realmente ama você. - Nathan disse sem expressão enquanto se recostava na cadeira com as mãos cruzadas, tentando colocar um ponto morto na frente de Nacy. Nacy franziu o cenho para as palavras de Nathan. Então ela também cruzou os braços sobre o peito, virou-se para Nathan e disse: "Então, você já decidiu?" Nathan assentiu solenemente. Seu rosto se suavizou com o pensamento de Mandy. Ele disse: "Sim, eu pensei sobre isso". "Então, quando você vai contar a Mandy sobre Sharon?" Nacy mordeu o lábio e agitou os cílios quando mencionou o nome de Sharon na frente de Nathan. Toda vez que ele mencionava esse nome na frente de Nathan, seu coração tremia. Sharon, o nome acumulou muitas lembranças dolorosas no coração de Nathan. Nacy sempre esperava que ele pudesse seguir em frente. De fato, há algum tempo, ele nem se atreveu a mencionar. "Talvez depois de um tempo. Precisamos escolher um horário apropriado. Receio que você não possa aceitá-lo se contarmos agora. " Nathan tocou sua têmpora com os dedos finos. Sua cabeça doía toda vez que pensava nesse problema. No momento, Nathan estava aconselhando Nacy a não sentir falta de quem a amava. E agora, ele parecia um pouco distraído quando se tratava de seu próprio relacionamento. Se Mandy alguma vez soubesse que o verdadeiro motivo para ele se aproximar dela era por desgosto e vingança, ela ainda aceitaria? De fato, pensando bem, Nathan achou que seria melhor não deixar Mandy saber disso. Ninguém mais sabia sobre o relacionamento entre Nathan e Sharon, exceto Nacy, a menos que alguém realmente investigasse o suficiente para descobrir a verdade. "Nathan, eu tenho uma sugestão. Eu acho que é melhor não contar a Mandy sobre isso. Vamos pensar cuidadosamente sobre isso. Se você optar por ocultar algo desde o início, deverá ocultá-lo a vida toda. " Nacy mordeu o lábio e se virou para olhá-lo. Ao ver o cenho franzido na testa, ela sabia que ele já estava lutando em seu coração. Seria melhor para ele evitar revelar a verdade para Mandy. Mas, ao mesmo tempo, seria igualmente arriscado esconder a verdade também. Não importa o quão conveniente pareça agora, e se Mandy descobrisse um dia? Nathan inconscientemente tocou o queixo e o queixo ósseo com os dedos, o que costumava fazer quando estava nervoso. Nacy estreitou os olhos e sorriu. Divertia-o ver uma indecisão tão inesperada que até homens frios e dominadores como Nathan podiam passar agora.
Perigoso e temido. Essas palavras descrevem meu futuro marido. Que por acaso também é meu ex-namorado. É complicado. Dois anos atrás, ele quebrou meu coração quando me deixou para cumprir as ordens de seu pai. Depois de meses chorando, finalmente aceitei que ele havia partido e não ia olhar para trás. Que talvez ele nunca tenha me amado. Não queria ver Luca nunca mais. Agora, uma reviravolta cruel do destino me entregou a ele em um acordo cruel. Sou dele. Ele acha que me fez um favor, mas sinto que recebi uma sentença de morte. Ele não quer se casar porque ainda me ama. Não, ele fez isso por dinheiro. Mais poder. Vou ser uma esposa da máfia. E só há uma maneira de sair disso. Morta. Mas, ao que parece, outra pessoa não quer que me case com o implacável Luca Bianchi. E se ele conseguir o que quer, verei essa sepultura prematura.
— Obrigada de verdade, mas minha bolsa está bem leve. – Ela me passa um sorriso acolhedor e na mesma hora acabo me punindo por ter duvidado da boa vontade da senhorinha. Mas o que eu posso fazer? Enquanto divago tentando tirar minha mente do aperto que estou vivendo, alguns minutos se vão. — A senhora sabe me dizer qual o ponto da Quinta Avenida? – Chego a suspirar, pois desta vez não estou indo para a tão conhecida e cheia de classe rua de Nova Iorque que leva o mesmo nome e eu amava passear. — Vixi, menina. Já é no próximo ponto. – Ela olha para o fundo do ônibus onde fica a porta da saída. — Só um milagre para dar tempo de você conseguir descer do busão. – O pânico toma conta de todas as minhas terminações nervosas, pois realmente não vejo como conseguirei tal milagre, e o bus, que deveria ter no máximo cinquenta pessoas, parece que têm pelo menos o triplo. — Obrigada. – Desesperadamente, depois de quase pular para alcançar a cordinha que sinaliza ao motorista que é chegado o meu ponto, peço licença e prossigo para minha saga. Em segundos o ônibus estaciona, para meu desespero ser ainda maior estou consideravelmente longe da porta, incansavelmente peço licença, aumentando o meu tom de voz de forma que não estou habituada, as pessoas notam o meu desespero, em uma empatia coletiva, parecem viver o mesmo pânico que eu e em um ato de amor, que só usuários de transporte público vivenciam, eu ouço: — Esperaaaa aí seu motô. Morro de vergonha por chamar tanta atenção e um outro passageiro prossegue: — Segura o busuuuu pra moça...
O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".
Há muito tempo, dois reinos conviviam em paz. O reino de Salem e o reino de Mombana... Tudo correu bem até o dia em que faleceu o rei de Mombana e um novo monarca assumiu, o príncipe Cone, que estava sempre sedento por mais e mais poder. Depois da sua coroação, ele atacou Salem. O ataque foi tão inesperado que Salem nunca se preparou para isso. Foram apanhados desprevenidos. O rei e a rainha foram assassinados, o príncipe foi levado para a escravidão. As pessoas de Salem que sobreviveram à guerra foram escravizadas, suas terras foram saqueadas, e suas esposas foram transformadas em escravas sexuais. Tudo foi perdido. O mal caiu sobre a terra de Salem na forma do príncipe Cone, e o príncipe de Salem, Lucien, na sua escravidão, estava cheio de tanta raiva que jurou vingança. *** *** Dez anos depois, Lucien, de 30 anos, e seu povo lançaram um golpe e escaparam da escravidão. Eles se esconderam e se recuperaram. Treinaram dia e noite sob a liderança do intrépido e frio Lucien, que foi impulsionado com tudo o que havia nele para recuperar sua terra e tomar a terra de Mombana também. Levou cinco anos até que eles armassem uma emboscada e atacassem Mombana. Mataram o príncipe Cone e reivindicaram tudo. Enquanto gritavam sua vitória, os homens de Lucien encontraram e imobilizaram a orgulhosa princesa de Mombana, Danika, filha do príncipe Cone. Enquanto Lucien olhava para ela com os olhos mais frios que alguém poderia possuir, sentiu a vitória pela primeira vez. Ele caminhou em direção à princesa com o colar de escravo que tinha sido forçado a usar por dez anos e com um movimento rápido, o amarrou ao pescoço dela. Então, ele inclinou o queixo dela para cima, olhando para os olhos mais azuis e o rosto mais bonito já criado, lhe deu um sorriso frio. "Você é minha aquisição. Minha escrava. Minha escrava sexual. Minha propriedade. Eu lhe pagarei por tudo o que você e seu pai fizeram comigo e com meu povo", disse ele secamente. O puro ódio, a frieza e a vitória era a única emoção no seu rosto.
Marissa tinha várias identidades secretas: médica de renome mundial, CEO de uma empresa listada, mercenária poderosa, gênio da tecnologia de ponta... Ela escondeu tudo isso e decidiu se casar com um jovem que parecia muito pobre. Porém, na véspera do casamento, seu noivo, que era na verdade o herdeiro de uma família rica, cancelou o noivado, a menosprezou e zombou dela. Mais tarde, quando o segredo de Marissa foi revelado, seu ex-noivo ficou chocado e implorou desesperadamente que ela o perdoasse. Nesse momento, um magnata influente aprareceu, dizendo em um tom firme: "Marissa é minha esposa. Fique longe dela!"
Uma década de anseio pelo CEO dominante, Credence Scott, culminou em um casamento improvável. O que parecia um conto de fadas deu uma guinada acentuada para uma realidade arrepiante. Em vez de felicidade matrimonial, Dorothy Fisher se viu presa em um vínculo sem amor, falsamente acusada da morte do pai de Credence. A verdadeira culpada? Sua irmã, Rosalie, mas convencer Credence de sua inocência se mostrou quase impossível. Finalmente, ela desistiu, optando por desaparecer do mundo de Credence. "Credence Scott, eu juro que um dia você se arrependerá do que fez comigo." Mas ela não sabia que ele já estava se arrependendo o tempo todo. Para reconquistar o coração de Dorothy, ele estava disposto a dar tudo de si.
Acusada de assassinato, a mãe de Sylvia Todd foi considerada uma traidora por toda a matilha, o que condenou Sylvia a uma vida miserável como escrava. A única coisa que Sylvia queria era provar a inocência da mãe, mas parecia que o destino nunca estava do seu lado. Apesar de tudo, ela nunca perdeu a esperança. Como o futuro rei dos lobisomens, Rufus Duncan possuía grande poder e status, mas tinha uma reputação inexplicável de ser cruel, sanguinário e implacável. Sem o conhecimento de todos, ele se ransformaria em um monstro feroz a cada lua cheia por causa de uma maldição. De alguma forma, o destino uniu Sylvia e Rufus como um casal. Será que Sylvia conseguiria justiça para mãe? Ela e Rufus iriam desafiar todas as normas sociais e permanecer juntos? Essas duas almas infelizes teriam um final feliz?
Durante dez anos, Daniela demonstrava amor incondicional ao marido, apenas para descobrir que ela não passava de uma piada para ele. Sentindo-se humilhada, ela se divorciou dele, determinada. Três meses depois, Daniela retornou em grande estilo, como a CEO secreta de uma marca famosa, uma designer requisitada e uma magnata da mineração, destacando seu sucesso. Toda a família do ex-marido veio até Daniela, implorando por perdão e por outra chance. No entanto, ela, agora amada pelo famoso senhor Phillips, apenas olhou para eles com desdém e disse: "Nem pensar!"
Após ser expulsa de casa, Harlee descobriu que era apenas filha adotiva de sua família. Além disso, ela ouviu rumores de que sua família biológica era pobre, preferia os filhos às filhas e planejava explorá-la. Porém, quando ela voltou para sua família biológica, se tornou o membro mais querido da família. Na verdade, seu pai era um zilionário e todos da família a amava, dispostos a fazer qualquer coisa por ela! Enquanto outros previam sua desgraça, Harlee não só ganhou patentes de design no valor de bilhões, mas também foi convidada para ser mentora em um grupo nacional de astronomia. Ela atraiu a atenção de vários magnatas e virou uma lenda!