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O herdeiro

O herdeiro

4.9
15 Capítulo
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Sinopse

Índice

olhavam em expectativa, tentando persuadi-lo a fazer aquilo que achavam ser o certo. Roger deixou de ser o filho de um dos líderes para se tornar o pai da garotinha em questão. - Eu não farei isso. - Seu tom foi firme, nunca seria o causador da infelicidade da sua princesinha. Diante da resposta do filho, John estalou a língua em forma de reprovação. - Roger você sabe que isso não é uma escolha, é um dever. - O patriarca encarou o filho em forma de ameaça. O mesmo olhar que fazia Roger recuar quando era criança, mas agora ele é o pai da garotinha que todos ali presentes pretendem tirar um futuro feliz. Para Roger fazer Tayla perder o direito de escolher o próprio marido nunca seria um dever, seria uma escolha e ele estava disposto a lutar por ela. - É a felicidade da minha filha que está em jogo. - Ele protestou, ainda olhando nos olhos do pai, sem medo, sem respeito, apenas colocando o seu bem mais precioso a frente de qualquer juramento de sangue que já tenha feito. - Sua filha será feliz Roger. - Pela primeira vez Alfredo Bittencourt abriu a boca.

Capítulo 1 Aposta

A aposta

Dezesseis anos antes...

O cheiro do local é forte, a mistura de álcool e nicotina estão ajudando a

embrulhar o estômago de Roger Moraes, o tão temido herdeiro da Laços de

Sangue, mas ali, olhando para o seu pai John Moraes e seu padrinho Dimitri

Bittencourt, a única coisa que ele sente é repulsa.

Os dois homens em que ele se espelhou a vida toda, neste momento o

olhavam em expectativa, tentando persuadi-lo a fazer aquilo que achavam ser o

certo.

Roger deixou de ser o filho de um dos líderes para se tornar o pai da

garotinha em questão.

- Eu não farei isso. - Seu tom foi firme, nunca seria o causador da

infelicidade da sua princesinha.

Diante da resposta do filho, John estalou a língua em forma de reprovação.

- Roger você sabe que isso não é uma escolha, é um dever. - O patriarca

encarou o filho em forma de ameaça.

O mesmo olhar que fazia Roger recuar quando era criança, mas agora ele é

o pai da garotinha que todos ali presentes pretendem tirar um futuro feliz.

Para Roger fazer Tayla perder o direito de escolher o próprio marido nunca

seria um dever, seria uma escolha e ele estava disposto a lutar por ela.

- É a felicidade da minha filha que está em jogo. - Ele protestou, ainda

olhando nos olhos do pai, sem medo, sem respeito, apenas colocando o seu bem

mais precioso a frente de qualquer juramento de sangue que já tenha feito.

- Sua filha será feliz Roger. - Pela primeira vez Alfredo Bittencourt abriu

a boca.

A atmosfera entre pai e filho se suavizou, ambos desviando o olhar para o

Bittencourt.

- Não são seus filhos que estão em jogo. - Roger devolveu, mais ácido

ainda, mais irritado do que antes.

Alfredo antes de ser sócio de Roger, era seu amigo, praticamente irmão, ele

deveria estar ao seu lado e não dos atuais líderes da máfia.

- É aí que você se engana, meu filho também perderá o direito de escolher

a própria esposa. - Alfredo o lembrou, já que o seu primogênito seria o

destinado a cuidar da pequena Tayla.

Roger encarava o amigo com faíscas no olhar, ele estava ferido, preocupado

e com medo, realmente ele estava com medo, a possibilidade de sua esposa e

filha odiarem-no era imensa e isso era a razão de seu maior tormento.

Resultar no ódio eterno das duas mulheres que ele mais ama na vida estava

fora de cogitação.

- Christopher é dez anos mais velho que Tayla, isso nunca daria... -

Roger voltou a negar, mas o pai o cortou.

- Tayla é minha neta, eu também a amo e se estou aqui te dizendo que isso

é o certo a ser feito, é porque é a verdade, ela não estará segura sem os laços

concluídos.

Saber que o perigo para a menina vinha de dentro da própria família

deixava Roger ainda mais frustrado, uma parte dele sabia que aquilo era o

correto, mas a parte maior queria que ele negasse até o fim.

- Não, eu não aceito. - Ele negou firmemente, levantando-se da mesa de

reunião e se dirigindo à porta.

Alfredo olhou para o pai, concordando que aquela era a hora do segundo

plano.

- Então vamos apostá-la. - Os olhos azuis do comunicador brilharam em

aprovação.

Roger que já segurava a maçaneta da porta, parou no caminho, virando-se

para encarar o Bittencourt.

- Como? - Ele perguntou, querendo ter cometido um maldito engano na

compreensão da frase, mas os olhares atentos dos principais integrantes da Laços

de Sangue confirmaram que Roger não tinha entendido errado.

- É simples Roger, uma partida de pôquer, se eu ganhar, Tayla tornar-se-á

uma Bittencourt, mas se eu perder, acharemos um outro jeito. - Alfredo blefou,

ele sabia que não existia outra maneira da menina estar segura.

Roger sentiu o estômago arder com o impacto das palavras do até então

amigo. Ele não estava preparado para aquilo, achava que de todos ali presentes,

Alfredo seria quem o apoiaria.

- Isso é um absurdo, minha filha não será apostada. - Ele se virou

novamente para a porta, tentando convencer-se de que existia outra saída.

Alfredo se levantou e andou até Roger.

- Você sabe que Tayla não está segura. - Ele encarou os olhos castanhos

do amigo, que refletiam angustia.

Esse fato fez com que o Bittencourt insistisse, sabendo que ele cederia.

- Christopher fará ela feliz, eu lhe prometo isso. - As palavras

pronunciadas atingiram Roger em cheio.

Ele sabia que a promessa era vazia, Alfredo não tinha como saber se os dois

se tornariam amigos, não saberia garantir se os dois um dia se amariam.

Roger por outro lado, sabia que o amor era algo estranho, que a união

obrigatória de um casamento, poderia sim tornar-se um amor verdadeiro. E foi

com esse pensamento que ele acabou aceitando a proposta.

Com "Straight" em mãos Roger estava confiante, talvez desse tempo de

voltar atrás e encontrar outra solução para esse problema, talvez o filho de um

dos principais integrantes da máfia a conquistasse e a jovem nunca saberia que

foi apenas uma obrigação do rapaz, talvez Tayla fosse feliz, mas assim que

Alfredo colocou sobre a mesa a sua jogada de mestre, "Four of a king", as

esperanças de Roger foram por água abaixo, ele acabara de perder Tayla para um

Bittencourt.

Se isso era o correto a ser feito, então por que o coração dele doía tanto?

Alfredo nunca perdeu uma partida e essa não seria diferente.

- Quando ela atingir a maior idade eu irei buscá-la e Tayla será uma

Bittencourt.

E assim foi selado o destino da jovem Tayla diante dos principais

integrantes da Laços de Sangue...

O aniversário

Dias atuais...

O mês de agosto tinha iniciado e com ele o aniversário de Tayla que estava

completando dezoito anos, tinha saído do ensino médio com excelentes notas e

recebido a carta de aceitação da universidade que sonhou a vida toda.

- Estou tão orgulhosa de você. - Lúcia abraçou a filha.

Tayla sempre foi o orgulho dos pais, na escola sempre estava entre as dez

melhores da turma, na adolescência preferia estar em casa aproveitando um bom

livro, em vez de sair com os amigos.

Vinda de uma família de classe média, Tayla cresceu sabendo valorizar o

que tem e isso é uma das suas principais qualidades.

- Obrigada mãe, estou tão feliz. - A jovem agradeceu com lágrimas nos

olhos.

Hoje seria o dia em que comemorariam não só mais um ano de Tayla, mas

também a sua aceitação na universidade que sempre sonhou.

New York University, o lugar onde ela sempre quis se formar e dedicar

horas do seu dia estudando a tão sonhada e emocionante medicina pediátrica.

Roger ouvia o diálogo das duas mulheres da sua vida e a preocupação

estava evidente em seu olhar.

Os anos se passaram e a coragem de contar o que tinha feito a dezesseis

anos nunca chegou.

- Está tudo bem pai? Você parece preocupado. - Tayla perguntou

aproximando-se dele.

Roger, por sua vez, puxou-a para um abraço, temendo que esse fosse um

dos últimos, já que a ida da filha para a casa dos Bittencourt estava próxima.

- Não é nada filha. Parabéns, eu estou muito orgulhoso de você. - Ele foi

sincero, escondendo para si mesmo o medo de perder as duas.

Lúcia o olhava intensamente, ela conhecia o marido, sabia que ele estava

escondendo alguma coisa, mas preferiu não o confrontar diante da filha.

- Tem certeza que está bem? O senhor está pálido. - Tayla perguntou

novamente, o encarando com os olhos castanhos preocupados.

A preocupação da filha, tão parecida com a mãe, fez com que o homem

apenas se odiasse mais, ele perderia a filha e também a esposa. E não existia

maneira alguma de evitar isso.

Perdê-las seria a sua ruína.

- Eu... Eu preciso contar uma coisa a vocês duas, já deveria ter contado

isso a muito tempo... - Ele começou sentindo a angustia tomar conta de cada

parte do seu ser.

Lúcia se aproximou dos dois olhando para o marido com carinho e evidente

preocupação, ela amava tanto aquele homem, saber que algo o atormentava

deixava a mulher na mesma situação.

- Pode falar pai. - Tayla quebrou o silêncio que estava no quarto,

fazendo seu pai parar de olhar sua mãe e encará-la agora.

- Eu me arrependo tanto... - Ele começou, mas o furacão chamado

Beatriz adentrou o quarto de Tayla sem bater.

Roger, que já estava preparando-se para confessar, calou-se, olhando a

morena, melhor amiga de sua filha.

Beatriz ficou visivelmente envergonhada.

- Desculpem-me, achei que Tay estivesse sozinha. - Ela começou a falar,

diante dos três pares de olhos castanhos sobre ela.

- Tudo bem Bea, meu pai queria contar-nos algo... - Tayla deixou que o

pai continuasse, mas o assunto era familiar então Roger deixou para contar mais

tarde.

- Depois eu converso com vocês, pode se divertir filha. - Ele falou,

pegando a mão da esposa e a levando do quarto.

Lúcia tentou tirar o que quer que fosse do marido, mas para Roger contar

aquilo seria mais do que doloroso, então ele optou por fazer isso na presença de

Tayla.

- Eu não queria ter atrapalhado vocês. - Beatriz se desculpou novamente.

Mesmo Tayla estando angustiada e com um péssimo sentimento sobre o que

o pai contaria, ela colocou um sorriso no rosto e falou:

- Você nunca vai atrapalhar Bea, agora o que tem aí? - Ela pegou o

embrulho da mão da amiga, sabendo o que era, afinal desde pequenas ambas

trocavam o mesmo presente todos os anos, mas Tayla sempre se via ansiosa para

pegar, sentir o cheirinho de novo e embarcar em uma nova aventura.

O livro ainda estava na embalagem, ela o abriu com cuidado e leu o nome.

- O Duque e Eu, de Julia Quinn, o primeiro livro da série os Bridgertons.

- Sorriu satisfeita e logo o levou ao nariz inalando o delicioso cheiro.

A aniversariante sempre foi apaixonada por romances de época.

Bea a olhava em expectativa, esperando a hora que a amiga começasse a

reclamar.

- Eu não acredito, você faz isso todos os anos, agora terei que gastar para

matar a vontade de ler o restante da série.

O sorriso da melhor amiga de Tayla foi maldoso. Beatriz sabia ter sua

beleza exótica, dona de um tom de pele negro, um rosto delicado, um sorriso

encantador, os cabelos longos com cachos definidos e, para completar o pacote,

os olhos de um verde quase amarelado, herança de família.

Porém o que mais chamava a atenção na jovem eram a sua bondade, sua

educação e seu caráter, coisas essas que ninguém seria capaz de tirar dela.

- Eu tenho a série toda caso queira emprestado. - Beatriz ironizou,

sabendo o quanto a amiga de infância era teimosa e amava ter seus próprios

livros.

A aniversariante revirou os olhos pronta para revidar, mas a presença do

melhor amigo na porta chamou sua atenção.

O sorriso de Theodoro para Tayla foi contagiante e ela sorriu de volta.

O olhar castanho claro, o porte alto e o corpo bonito, estavam encostado no

batente, olhando para as duas, estava confortável no quarto dela, afinal os três

cresceram juntos, em uma amizade pura e fiel.

- Você está linda Tay. - Ele caminhou até ela, pegou-a em seus braços,

rodando-a e depositando um beijo em seu rosto.

Bea reclamou algo, dizendo que no seu aniversário não foi paparicada

assim, Theo a puxou também para o abraço e ambos permaneceram ali,

desfrutando da amizade que nasceu no coração dos três há muito tempo.

Quando Theodoro estendeu o presente em direção a Tayla, ela percebeu o

olhar que ele dirigiu a Beatriz.

- Vocês dois estão me escondendo algo! - Ela reclamou, abrindo o

embrulho com cuidado.

Quando a embalagem já tinha sido aberta, ela sorriu lindamente.

- O Visconde que me amava, o segundo livro da série. - A emoção era

tanta, não por apenas ganhar os presentes, mas sim por se tratar de livros.

Qual melhor presente do que livros?

- Ainda bem que esse ano você comprou o certo. - Bea empurrou o

ombro de Theodoro o provocando.

- Não teria como errar, já que você ficou na minha cabeça um mês inteiro!

- Ele reclamou, ainda olhando para Tayla, que agora cheirava o segundo livro,

mania essa que ele achava adorável na garota.

Para Theodoro, tudo em Tayla era adorável, tanto que no começo da

adolescência dos dois, ele se viu apaixonado pela menininha de cabelos lisos e

olhos castanhos brilhantes, mas a coragem de contar os seus reais sentimentos

nunca chegou.

- Vocês são os melhores amigos que eu poderia ter. - Tayla comentou

emocionada.

- Feliz aniversário nanica. - Theo desejou, seguido de Bea que abraçou

os dois novamente.

Assim que Tayla colocou os novos livros na estante, eles desceram para a

festa.

Realmente tinha vários amigos dela ali presentes, a maioria era colega de

classe do ensino médio.

A festa estava perfeita até a campainha tocar, Tayla foi quem atendeu.

A jovem garota abriu a porta sorrindo.

- Em que posso ajudar? - Ela perguntou ao desconhecido na sua frente.

Ele estava com um terno elegante e os olhos azuis presos nela.

Tayla não deixou de reparar nos outros dois homens que o acompanhava.

Ambos altos e devidamente uniformizados, seguranças, ela presumiu.

Mas por que alguém teria que andar com dois seguranças? A jovem se

perguntou.

- Tayla como você cresceu! - O tom do homem saiu como se ambos se

conhecessem há anos.

- Acho que o senhor está se confundindo, eu não lhe conheço.

- Não estou me confundindo, mas realmente você não me conhece, sou

Alfredo Bittencourt. - Ele estendeu a mão para a garota que simplesmente

aceitou o gesto.

Mal sabia ela, que ele é o responsável por sua vida mudar de uma hora para

outra.

- Tayla Moraes. - Apresentou-se mesmo sabendo que ele a conhecia.

- Gostaria de falar com seu pai, presumo que ele sabia que viria hoje,

buscar o que agora pertence à família Bittencourt.

Mesmo confusa, Tayla forçou-se a perguntar.

- O senhor quer entrar? - Sua resposta foi apenas um aceno de cabeça

negando.

Ela foi a procura do pai, encontrando-o dentro de seu escritório.

- Pai tem um senhor na porta querendo falar com você. - Ela avisou.

- Quem é? - Roger perguntou ainda encarando os papéis em sua mão.

- Alfredo Bittencourt. - A jovem respondeu, percebendo quando o pai

começou a empalidecer.

- Ele não deveria ter vindo hoje. - Roger respondeu levantando-se

caminhando até a filha. - Tayla, antes de tudo, eu quero que você saiba que eu

te amo, mais do que tudo, amo-te de verdade. - A cada palavra, a sinceridade

era mais evidente.

- Pai eu também te amo de verdade. - Ela o abraçou.

- Promete que vai lembrar disso? Apesar de qualquer coisa? - Ele

implorou, segurando as mãos da filha.

- Pai, o que foi? Você está gelado.

- Só me prometa.

- É claro que vou me lembrar, eu prometo. - E com um beijo na testa da

filha, ele se afastou sentindo seu mundo desmoronar enquanto caminhava até o

jardim da sua casa.

Tayla voltou para a festa, mas a preocupação com o comportamento do pai

ainda a perturbava e só se dera conta do quão grave era a situação quando viu

sua mãe entrar pela porta chorando. Para Lúcia chorar, precisava ser algo muito

grave.

- Mãe, o que foi? - Perguntou subindo as escadas atrás dela.

- Eu sinto muito, se eu soubesse antes, nunca teria deixado isso acontecer.

Tayla apenas a abraçou em um gesto de apoio, sem saber o que estava

acontecendo.

- Mãe, acalme-se, não se esqueça da sua pressão.

- Lúcia, precisamos conversar. - A voz de seu pai foi ouvida logo atrás

das duas.

Roger estava com uma expressão derrotada, ele segurava no corrimão da

escada. Os olhos vermelhos demonstravam a força que ele estava fazendo para

não derramar as lágrimas que marejavam seus olhos.

- Eu não quero conversar com você, como pôde? Tayla é apenas uma

menina e você fez isso? - Lúcia gritou e a forma como ela olhou para Roger fez

o coração do homem se apertar ainda mais, tornando impossível segurar as

lágrimas.

Tinha uma decepção tão grande estampada nos olhos escuros dela, que

Roger soube que seu casamento nunca mais seria o mesmo.

- Pai, o que está acontecendo? - Tayla perguntou olhando o homem que

sempre admirou, quebrar-se diante dela.

- Filha, eu sinto muito, espero que um dia você possa me perdoar! -

Roger disse de uma forma que arrancou o coração dela.

- Pai, eu não entendo, o que eu tenho que perdoar?

Mesmo sem saber o que era, a angustia estava ardendo no peito da jovem.

- Seu pai perdeu você em uma aposta de pôquer, agora você terá que se

casar com um Bittencourt, se você não for nós perderemos a nossa casa. -

Nessa hora o mundo de Tayla caiu sobre sua cabeça.

O quê? Como um pai apostou a própria filha?

Casar? Ela nunca quis se casar, ainda mais com um desconhecido. Esse era

o pensamento da jovem que sentiu seu coração se apertar.

Nunca imaginou que o pai fosse viciado em jogos, mas apostá-la? Isso era

demais!

- Pai, você não fez isso! Diz para mim que não! - Ela gritou em meio ao

choro.

Pela primeira vez os pais viram a filha gritar, Tayla sempre foi calma, nunca

nem se quer brigou com alguém e foi nesse momento que o pai soube que a filha

nunca mais seria a mesma...

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