Beth: Vítima da própria ganância, cobiça os cavalos de Uzziah e está disposta a arriscar o orgulho e o auto-respeito para obter um deles. O Bárbaro: Rico e excêntrico, filho de um sheik árabe, lendário por sua experiência com os cavalos e as mulheres. A oferta de Uzziah é simples: Uma corrida. "Se você vencer", ele explicou a Beth, "terá direito a dois cavalos e transporte imediato de volta ao Cairo. Se perder... passará o resto do final de semana comigo. E não me negará nada."
Beth: Vítima da própria ganância, cobiça os cavalos de Uzziah e está disposta a arriscar o orgulho e o auto-respeito para obter um deles.
O Bárbaro: Rico e excêntrico, filho de um sheik árabe, lendário por sua experiência com os cavalos e as mulheres.
A oferta de Uzziah é simples: Uma corrida. "Se você vencer", ele explicou a Beth, "terá direito a dois cavalos e transporte imediato de volta ao Cairo. Se perder... passará o resto do final de semana comigo. E não me negará nada."
CAPÍTULO I
- Esse foi o último? - Beth perguntou com certo desânimo. - Não há mais nenhum animal à venda? Era o terceiro haras que visitavam, e já haviam passado o dia anterior na fazenda Al Badeia, na periferia do Cairo, e outro no estabelecimento estatal de El Zahraa, onde eram criados os mais puros cavalos árabes de todo o mundo. Mas ninguém lhe mostrara um animal digno de seu dinheiro.
- Receio que sim, mademoiselle - respondeu o agente fran¬cês que Beth contratara no Cairo - mas vou perguntar nova¬mente. Ao ser interpelado pelo francês, o responsável pelo haras fitou-a com ar aborrecido, como se estivesse farto de perder tempo com uma mulher tão estúpida e teimosa. Pensando bem, sua atitude devia ser proveniente do hábito cultural de não negociar com mulheres. Qualquer mulher.
Beth respirou fundo. Não tinha tempo para chauvinistas. Na verdade, não tinha tempo para a maioria dos homens. Ainda não conhecera nenhum, exceto Pete, é claro, que a tratasse com o respeito devido a um semelhante. Mesmo na Austrália, sua terra natal, todos pareciam acreditar que eram inerentemente superiores ao gênero feminino.
Talvez o conceito tivesse alguma validade na pré-história, quando o tamanho e a força física eram necessários para à so¬brevivência e as fêmeas eram obrigadas a buscar a proteção dos machos. Mas hoje em dia, na chamada sociedade civilizada, não conseguia compreender o valor de tal atitude.
Além do mais, era mais alta e forte que boa parte dos homens que conhecera. Podia revolver montanhas de feno sem nenhum esforço, e era capaz de controlar um cavalo selvagem apenas com a força dos braços.
Mas os homens não valorizavam talentos tão pouco femininos. Queriam uma boneca obediente e perfumada em suas camas, uma égua no cio em seus estábulos particulares, para usar uma analogia do meio em que vivia.
Pois não era nenhuma boneca e, graças ao próprio desinteresse por sexo, descoberto há alguns anos, também não sentia-se fogosa como uma égua no cio.
Assim, aos trinta anos de idade, ainda era solteira, condição que pretendia manter inalterada. Os cavalos eram seus filhos, e retribuíam seu amor com lealdade, afeto e obediência. Nenhum marido seria capaz de substitui-los.
Finalmente Monsieur Renault concluiu a conversa com o árabe e disse:
- Lamento, Mademoiselle Carney, mas eles não têm nenhum outro garanhão na faixa de preço que estabeleceu. Não quer re¬considerar aquele?
Renault apontou para um cavalo cinza na baia próxima.
Beth encolheu os ombros, desconsolada. O animal não tinha o toque especial que procurava, e que reconheceria imediatamente, mas talvez...
Estava prestes a dar sua resposta quando o ruído de um heli¬cóptero chamou sua atenção. Curiosa, olhou para o alto e viu o enorme aparato negro voando baixo, suas hélices provocando enormes nuvens de poeira que os envolviam. O responsável pelo haras desculpou-se em seu idioma e correu na direção do estábulo principal.
- Deve ser um cliente importante - Beth comentou enquanto esfregava os olhos cheios de poeira. Felizmente não tinha o hábito de usar maquiagem, ou os cosméticos teriam derretido sob o calor intenso. Fevereiro ainda era inverno no Egito, mas alguém havia esquecido de avisar o sol.
- Importa-se se a deixar sozinha por alguns instantes, made¬moiselle? Quero dar uma olhada num certo cavalo que será co¬locado em exposição.
- Está querendo dizer que trouxeram um cavalo dentro de um helicóptero? Isso é impossível! Nem mesmo um puro sangue árabe tem temperamento tão dócil.
Monsieur Renault riu:
- Não, não. O cavalo veio ontem pela estrada. O helicóptero está trazendo o proprietário, um criador bastante rico é excêntrico. Ele é filho de um xeque árabe.
- Ah... outro árabe.
- Meio árabe, na verdade. A mãe dele era uma missionária inglesa.
- Uma missionária inglesa? Que combinação estranha!
- Dizem que a moça foi capturada por uma tribo de beduínos e oferecida ao príncipe como um presente. Ò soberano não tinha opção. Ou a aceitava em seu harém, ou provocava uma pequena guerra interna. Acho que ela... não estava exatamente de acordo com a união.
- Que absurdo! - Beth exclamou indignada, surpresa ao tomar conhecimento de ocorrências tão bárbaras em pleno século vinte. Mesmo que o tal príncipe tivesse mais de cinquenta anos, o ato ainda teria sido cometido nos anos vinte, ou trinta.
- Por outro lado, talvez a moça tenha mudado de ideia. Pelo menos não apresentou nenhuma queixa à embaixada britânica quando foi libertada, um ano mais tarde. Afinal, os príncipes árabes recebem lições sobre a arte de amar desde o início da puberdade.
- Humph! Como se uma de suas pobres vítimas apavoradas tivesse coragem para criticá-los naquela época. Provavelmente teriam suas línguas cortadas!
- Não estou falando de um tempo distante. O filho do príncipe árabe deve ter trinta anos, e... Bem, vamos deixar essa conversa para mais tarde, mademoiselle. Preciso ir ver esse cavalo.
Curiosa, Beth o seguiu pela alameda arborizada e perguntou:
- Por que está tão interessado. Que tipo de animal é esse?
- É uma mistura de árabe e cavalo de corrida. Parece que é capaz de saltar muito bem, e foi acertado que ele será exposto na pista de treinamento e oferecido em leilão, caso não apareça nenhum comprador.
Se a combinação conseguira combinar a medida exata de do¬cilidade da raça árabe e a força e o porte de um corredor, esse animal seria simplesmente perfeito para a arena de saltos.
E saltar era a paixão de Beth. Mas nunca pudera pagar por um cavalo que pudesse realizar o sonho dourado de representar seu país em eventos e competições internacionais, e até mesmo numa Olimpíada. Por isso estava ali, com as economias de toda uma vida no bolso e a disposição de adquirir um animal cuja linhagem pudesse garantir sucesso absoluto nos treinamentos. Ha¬via pensado que um árabe pudesse ser a resposta, mas a mistura citada por Monsieur Renault podia mostrar-se absolutamente per¬feita.
- É um garanhão? - perguntou ofegante.
- Um potro. Mas não é um puro sangue, mademoiselle. Du¬vido que esteja interessada num híbrido.
- Por que não? Se ele for capaz de saltar, é claro que estou interessada. Além do mais, não há mal nenhum em dar uma olha¬da, certo?
O francês parou e sorriu:
- Vocês australianos são otimistas. Se quer mesmo ver o animal, venha comigo. O proprietário é um homem ocupado, e não deve passar muito tempo fora de seus domínios.
Quando retomaram a caminhada, Renault acelerou a velocidade dos passos e Beth o acompanhou sem dificuldade, graças às pernas longas e bem tonificadas.
- E como se chama o criador excêntrico? Aposto que é um desses nomes árabes complicados. Xeque Bahdahrah de Bahdah-rahdarah?
O francês riu:
- Não. Ele é conhecido simplesmente como Uzziah.
- Uzziah - ela repetiu. - E onde ficam os domínios desse tal Uzziah?
- Em algum lugar ao longo da Costa Ocidental de Morocco, mas não conheço a localização exata. Ele defende sua privacidade como um demônio enfurecido. Para ser bem honesto, nunca vi o tal sujeito, e estou bastante interessado em descobrir como ele é. Dizem que sua aparência impressiona.
- Estou mais interessada em ver o cavalo - Beth respondeu com tom seco. - Quanto acha que esse garanhão pode valer? - era inútil alimentar esperanças pelas quais não poderia pagar.
- Não tenho a menor ideia. O haras jamais ofereceu um de seus animais à venda pública.
- Talvez a queda do preço do petróleo tenha forçado o filho do príncipe a organizar um bazar na garagem - ela comentou com sarcasmo, demonstrando todo o desprezo que sentia pela opulência dos árabes. Ou pela opulência de quem quer que fosse. O que faziam para ganhar tanto dinheiro? Nada! Apenas cavavam buracos pelos quais sugavam um dos recursos naturais do planeta. E ganhar dinheiro com tanta facilidade era simplesmente obsceno!
Os cinquenta mil dólares que conseguira acumular para realizar um sonho de vida representavam o resultado de quinze anos de economias espartanas, trabalho duro e orçamento cuidadoso. Che¬gara ao Egito através do mais barato pacote turístico que encon¬trara, e o filho do xeque voava em helicópteros modernos e vivia como um príncipe, só porque seu pai tivera a sorte de cavar buracos nos lugares certos.
Não era justo!
Respirando fundo, Beth concluiu que era inútil desgastar-se com as pequenas injustiças do mundo. Se o cavalo fosse caro demais, simplesmente esqueceria e partiria em busca de outro. Além do mais, ainda nem vira o animal. E se fosse manco, cor¬cunda e com o temperamento de uma mula teimosa?
Monsieur Renault guiou-a por uma trilha secundária que con¬tornava o estábulo principal e levava ao circuito de treinamento, onde tudo já havia sido preparado para uma seqüência de saltos. Cerca de vinte homens esperavam na pequena arquibancada co¬berta, alguns vestidos com os trajes típicos da região, e a maioria em roupas ocidentais. Roupas caras, a julgar pela aparência.
Um dos árabes usava uma túnica longa e branca e um chapéu vermelho do qual pendia uma espécie de véu que protegia suas costas. Um fez, usado pelos homens de Morocco.
Aquele só podia ser o excêntrico Uzziah. Beth sentiu uma estranha decepção ao ver o árabe moreno, de pele perfeita e apa¬rência mais que atraente para os homens da região. Seus olhos eram escuros, como os cabelos, mas não havia nada de especial no conjunto de traços. Pelo contrário, era mais baixo que os com¬panheiros e nada impressionante, como Renault comentara.
Mais um exagerada lenda machista que desmistificava, pensou satisfeita, virando-se para o circuito e examinando as barreiras, algumas extremamente elevadas e difíceis. Uma das seqüências era assustadora até para o mais experiente cavaleiro, e havia uma parede diante da qual até ela mesma tremeria.
Aparentemente, o cavalo seria realmente exibido diante dos possíveis compradores. Beth esperava que o proprietário soubesse que, mesmo bem treinado e experiente, um animal podia apre¬sentar sensível queda no rendimento depois de uma longa viagem, ou em ambientes estranhos. Especialmente os potros.
- Não quer ir sentar-se na arquibancada? - Monsieur Renault sugeriu.
- Não, obrigada. Prefiro ficar aqui.
- Vai derreter sob esse sol.
- Sou australiana. Um pouco de sol não vai me fazer mal algum. Quanto a você, é melhor ir proteger-se, antes que acabe com uma insolação.
Adoraria refrescar-se à sombra da arquibancada, mas odiava a maneira como os árabes a observavam, com uma mistura de desejo e luxúria.
Sabia que não era exatamente bonita, mas normalmente atraía a atenção masculina por ser mais alta que a maioria das mulheres. No entanto, desde que chegara ao Cairo, os olhos escuros dos homens a seguiam por toda a parte. Talvez fosse por causa da estatura e dos cabelos loiros, incomuns nas mulheres do país. Mesmo assim, a maneira como a olhavam a incomodava, e às vezes sentia vontade de jamais ter saído de Galston Gorge.
Mas, se houvesse permanecido em Galston Gorge, não teria a chance de comprar um animal capaz de realizar seu sonho.
Entusiasmada, Beth apoiou um pé na parte mais baixa da cerca e cruzou as mãos acima dela, usando os cotovelos como apoio. Os olhos azuis mantinham-se fixos no ringue.
Nem um cavalo à vista!
Para um homem tão ocupado, o tal Uzziah não parecia nada impaciente com o precioso tempo que perdia.
Monsieur Renault tinha razão. O sol estava abrasador e, suando, ela inclinou a cabeça e levou uma das mãos à nuca para verificar se os cabelos ainda estavam presos no coque que fizera horas antes.
Um relincho atraiu sua atenção para a arena e, atônita, Beth sentiu-se sem ar.
Um cavalo negro como a noite estava sendo levado para o centro do círculo, um animal como jamais vira igual antes.
- Oh, meu Deus! - murmurou, balançando a cabeça num gesto de incredulidade. - O que eu não daria por um cavalo como esse!
Um rapaz magro e franzino montou e segurou as rédeas com mãos trêmulas e amedrontadas. O animal era demais para um garoto, especialmente em condições tão difíceis. Agitado, o potro parecia prestes a rebelar-se a qualquer momento.
Mas então Beth notou que mais alguém segurava o cavalo. Um homem. O corpo e o rosto estavam ocultos pelo corpo do potro, mas podia ver suas pernas longas e atléticas e as botas de couro próprias para montaria.
De repente o potro virou-se e o homem mostrou o rosto. Uma de suas mãos mantinha-se na sela, firme, e a outra caía solta ao longo de seu corpo.
Ali estava um homem realmente impressionante! Boquiaberta, Beth o examinou com atenção desde os cabelos negros até a ponta das botas brilhantes. Por mais que admirasse o físico per¬feito, exibido sem pudor pela calça justa de equitação e a camisa negra aberta até a cintura, os anos que passara rejeitando todos os homens que se aproximavam dela, especialmente os que de¬monstravam qualquer intenção sexual, possibilitavam que o ana¬lisasse com objetividade e frieza, como avaliaria um cavalo.
Para ser bem franca, o potro negro a atraía mais que o homem que o conduzia. Afinal, o homem não significava nada. Era apenas um exemplar refinado do gênero masculino. Um ser humano como outro qualquer.
Seria capaz de descrevê-lo com detalhes, apesar da falta de entusiasmo. Aproximadamente um metro e noventa e cinco de altura, ombros largos e fortes, estômago plano, quadris estreitos e pernas poderosas.
Apesar dos cabelos negros e da pele morena, deduziu que ele não era um árabe. Era alto demais, e não tinha os traços do povo da região. O nariz era longo e reto, os ossos da face eram altos e extravagantemente esculpidos, e a boca ampla de lábios finos completava o conjunto forte e cheio de ângulos. Um rosto im¬ponente e inesquecível. Os cabelos eram diferentes, curtos na frente e mais compridos na nuca, onde uma fita de couro os mantinha presos num rabo de cavalo.
Se qualquer um de seus conhecidos usasse um corte de cabelos como esse na Austrália, seria alvo de piadas impiedosas. Mas, por alguma razão, não conseguia imaginar alguém capaz de atre¬ver-se a ridicularizar esse indivíduo. Diferente ou não, ele ema¬nava um ar formidável que era quase assustador.
Os olhos escuros brilhavam com um misto de impaciência e preocupação enquanto, em voz baixa, ele orientava o rapaz sobre a sela com palavras em árabe.
E tinha todo o direito de estar preocupado. O potro parecia inquieto, irritado, e Beth já imaginava que o resultado da apre¬sentação não seria exatamente o esperado.
Melhor assim. Se o animal saltasse mal, o preço cairia e ela poderia comprá-lo.
Sim, pois agora tinha certeza de que queria esse cavalo, e com uma determinação que envolvia coração e estômago e os contraía num nó de ansiedade.
Finalmente o cavaleiro sacudiu as rédeas e o potro partiu em direção aos obstáculos. Como já previa, ao aproximar-se da pri¬meira barreira, ele parou subitamente e recusou-se a saltar, de¬safiando o comando do jóquei que, nervoso, demonstrava toda sua inabilidade. Um peão correu para segurar as rédeas do potro e dominá-lo, mas o animal disparou num galope alucinado em torno do ringue e em poucos segundos aproximou-se da cerca onde Beth apoiava-se.
Podia ver o medo no rosto do cavaleiro. Não... era mais que medo! Pânico, desespero, pavor. O homem que conduzira o ga¬ranhão até o centro do círculo gritava como um alucinado em árabe, deixando claro que não hesitaria em demonstrar sua ira assim que pusesse as mãos no pobre rapaz.
- Bárbaro - murmurou irritada.
A decisão de agir foi automática e impensada. Pretendia salvar o garoto e a situação, mas não percebia que, assim, perderia a chance de realizar seu grande sonho.
Equilibrando-se sobre a cerca, esperou que o cavalo passasse bem perto de onde estava para agarrar as rédeas e prendê-las na estaca de sustentação à sua direita. Privado subitamente de sua liberdade, o potro relinchou e moveu a cabeça com verdadeiro desespero, tentando soltar-se.
- Depressa - ela orientou. - Salte da sela.
Mas ele a encarava com os olhos arregalados, a boca aberta e o peito ofegante.
Surpresa com sua reação, Beth deduziu que ele não compreen¬dia seu idioma. Jamais teria pensado que, em seu país, nenhuma mulher atreveria-se a falar com um homem nesse tom autoritário, mesmo que o homem em questão tivesse apenas quatorze anos de idade. Sua preocupação mais urgente era o gigante que aproximava-se rapidamente com ar furioso. Agindo sem pensar, pulou a cerca, agarrou o garoto pela cintura e arrancou-o de cima da sela sem a menor cerimônia. Ignorando os gritos do peão, Beth montou e segurou as rédeas com mãos firmes.
- E agora, belezinha, vamos ver o que realmente sabe fazer! - e lançou-se num galope alucinado, conduzindo o animal para o primeiro obstáculo que, felizmente, ficava no extremo oposto do ringue.
Quando aproximaram-se da barreira o garanhão hesitou como se ainda tivesse alguma esperança de livrar-se da mulher que o comandava, mas acabou obedecendo à ordem dada através das rédeas e saltou. Mais três barreiras foram vencidas sem nenhuma dificuldade, até que aproximaram-se do obstáculo triplo. Beth sabia que, se o primeiro salto não fosse perfeito, todos os outros estariam perdidos.
Respirando fundo, calculou a distância e puxou as rédeas. Es¬tava habituada com pistas de grama, e o solo de areia havia criado uma falsa impressão de proximidade. Obrigara o potro a pular antes da hora, e agora teria de fazê-lo vencer os dois obstáculos restantes sem o impulso necessário, ou acabariam caindo.
Apavorada, seguiu o instinto e saltou mais duas vezes sem permitir que desse os três passos costumeiros para o impulso, e felizmente conseguiu vencer todos os obstáculos com elegância e sem maiores problemas. Tratava-se realmente de um animal magnífico.
Dentre todos os espectadores, apenas um não aplaudia. E nem poderia, já que mantivera-se paralisado junto à cerca durante todo o tempo em que ela percorrera o trajeto do ringue.
Uzziah jamais vira uma mulher como aquela. E era capaz de cavalgar quase tão bem quanto ele!
Ao vê-la prender as rédeas em uma das estacas da cerca, fi¬nalmente moveu-se e foi tomado pela suipresa ao perceber o agudo estado de excitação sexual que dominara seu corpo. Não estava surpreso com o próprio desejo, mas com o fato de ter sido despertado por uma mulher tão diferente do tipo que sempre pre¬ferira ter em sua cama. Não era bonita, nem atraente, mas... havia algo nela que o deixava em chamas, e a urgência era tão intensa que provocou uma decisão súbita.
Determinado, disse alguma coisa ao jovem que assistira a tudo a seu lado e acenou para o homem em trajes típicos na arqui¬bancada.
O árabe levantou-se imediatamente e correu ao seu encontro, inclinando-se num gesto de reverência.
- Sim, meu amo?
- Quero que cuide da venda daquele cavalo infernal. Depois, convide a mulher para passar o próximo final de semana comigo em Morocco.
- A mulher? - Omar espantou-se. - Aquela mulher? - e apontou para Beth, que acariciava o pescoço do cavalo no extremo oposto do ringue.
- Está vendo alguma outra mulher por aqui? - Uzziah dis¬parou com impaciência. - Por que a surpresa? Acha que ela não irá, Omar? Talvez esteja certo, mas algo me diz que ela aceitará o convite. É selvagem e... ocidental. E nunca fui rejeitado por uma ocidental. O piloto está preparado para partir?
- Sim, meu amo, mas...
- Estarei esperando por você amanhã à noite. E não me de¬saponte, Omar. Preciso ter aquela mulher.
- Sim, meu amo.
Omar inclinou-se e Uzziah afastou-se apressado, levantando poeira.
- Sinopse: Eliza Ruben é o tio do meu marido, e o Don da Máfia Sacco – ele é perigoso, mas ferozmente protetor. Mesmo antes de me casar com Adrian, eu sabia que ele não era um bom homem. A partir do momento em que ele colocou os olhos em mim, eu me tornei sua propriedade. As coisas que ele me fez passar são do que os pesadelos são feitos. Então fiz a única coisa que pude; fugi para morar com minha irmã, Rose. Mas ninguém deixa Adrian Sacco sem consequências. Ruben Assim que vi Eliza em seu vestido de noiva, ela me deixou sem fôlego. Mas ela ia se casar com meu sobrinho, que também é meu subchefe. Por respeito, não pude agir de acordo com meus sentimentos. Mas tudo mudou quando ele colocou as mãos nela e ela escapou. Ela é forçada a ficar comigo enquanto Rose e Dominic estão em lua de mel. Eu sei que ela passou por um inferno, mas ter Eliza por perto só me faz desejá-la mais. Com problemas se formando desde que Adrian enganou a família e depois desapareceu, meu primeiro instinto é protegê-la. Apesar da nossa diferença de idade, vou fazer da minha amorina minha.
Rose Eu soube quem ele era no momento em que o vi no casamento da minha irmã. Sua família tem uma reputação notória pela maneira como administra a Costa Leste. Minha irmã pode se casar com o irmão dele, mas pretendo ficar longe dele. No entanto, encontro-me numa situação que me obriga a viver em sua casa. A princípio, luto contra seus modos superprotetores e controladores, mas aos poucos estou me sentindo atraída por sua intensa obsessão. Dominic Meu irmão quer as duas, mas sobre o meu cadáver ele terá Rose. Eu já a reivindiquei, quer ela goste ou não. Não se engane, aquela leoa de olhos azuis será minha. Há uma guerra se formando com um inimigo invisível, e farei tudo ao meu alcance para mantê-la segura. Custe o que custar.
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