Em meio ao nevoeiro das montanhas de Santa Hortência, o policial Pedro embarca em uma investigação que logo se transforma em um pesadelo. O desaparecimento de um colega e o assassinato brutal de uma mulher trans levam Pedro a encarar uma cidade envolta em segredos, preconceitos e um horror ancestral. Conforme desvenda pistas, ele descobre que os habitantes guardam mais do que inimizades – eles escondem uma maldição. Assombrado por um bando de lobos e pela presença inquietante da enigmática "Loba", Pedro é forçado a confrontar tanto as feras que espreitam nas sombras quanto os monstros que habitam os corações humanos. Quando o ciclo da lua cheia se completa, Pedro se encontra em um ponto sem retorno – e precisará decidir entre a fuga e o sacrifício. "Sob a Maldição do Desejo" é uma história sobre desejos proibidos, os limites da justiça e o horror escondido na escuridão das florestas e das almas humanas.
Não houve gritos nem empurrões, mas vindo de João, nunca se tinha certeza. João estava sentado no sofá cobrindo o rosto com as mãos. Escondia o choro quase fora de controle. Talvez sentia vergonha, talvez sentia raiva. Era impossível saber. Ele aumentou o volume da televisão e Pedro sentiu que voaria na sua direção qualquer coisa que estivesse ao alcance da mão de João: o cinzeiro de vidro, o abajur da mesinha lateral, as revistas de arquitetura e decoração na mesinha de centro, o controle da televisão. A própria televisão, se João soubesse como tirá-la da parede.
Mas o que se seguiu foi mais triste e humilhante. João confessou que o traía. Havia prazer naquela nova informação. Sim, o traia toda vez que tivesse a oportunidade. Cada vez que Pedro embarcava naquelas investigações intermináveis, de longas viagens para o interior de um estado qualquer. Não se arrependia. De nenhuma das vezes. Abria o app de namoro e marcava o encontro com um, dois, até três numa mesma noite. O único arrependimento que João tinha – ele jurou, poderia cair morto, bem duro no meio da sala se fosse mentira – era daquela noite que Davi os apresentou. Maldita a noite em que conheci vocês dois.
Davi ficou impactado ouvindo a história. Jamais pensou que João fosse tão espinhento assim.
Pois é, disse Pedro pedindo mais uma cerveja. Confessou de punho fechado que havia sido por um triz. Não pela traição com um, com dois, até com três – afinal, ele também nunca foi nenhum santo –, mas pelo fato de João falar aquilo com tanto orgulho, com tanto prazer. Estava nítida a intenção de ferir o orgulho. Golpe baixo, sabe, disse Pedro. No minuto seguinte, o abracei. Entendi a jogada.
Sentiu sua respiração profunda e entrecortada. O coração batia acelerado. Tremia. O corpo todo tremia. Pedro tomou mais gole. Davi parava por aí. Amanhã precisava chegar cedo na delegacia. Havia uma série de documentos e casos que precisavam de uma nova catalogação. Pedro disse que já estava no fim.
Olhou para João diretamente nos olhos entupidos de lágrimas, vermelhos de tanta frustração – ódio, raiva, tristeza – e disse que o amava. Que o amor que sentia por ele era muito maior do que toda essa loucura dos últimos anos. Falou também que o perdoava. Desejava tudo de bom e de melhor para sua vida. Fim.
Vocês terminaram, Davi precisou confirmar.
Sim, acenou Pedro e precisava de mais um favor. Um lugar para dormir. Ficaria no sofá. Não incomodaria. Estava sem casa, sem nada. Decidiu deixar tudo para João. Coitado, disse Pedro. Sentia pena dele. Era instável, reativo e um tanto invejoso. Preguiçoso. Não podia deixá-lo sem nada. Vai que no desespero desse cabo da própria vida. Pobre.
Chegou mais uma cerveja. Davi reclamou. Não havia pedido nada.
Eu pedi, disse Pedro. Só mais essa e voltamos juntos para casa.
Essa noite dormiram juntos. Pedro abriu a geladeira buscando por mais uma cerveja. Continuava animado, elétrico, agitado. Dançava quando segurou Davi pelas orelhas. Disse que, enfim, estava solteiro. Grudou um beijo em Davi. Ele não fez nada para se livrar. Pedro se afastou devagar e acariciou sua barba. Como nos velhos tempos, disse. Como nos velhos tempos, repetiu Davi confuso com a situação, aturdido pelo álcool. Olhando para Pedro, sentiu que de novo caia numa armadilha antiga e conhecida.
Davi sempre teve uma espécie de apaixonada admiração por Pedro. Se conheceram na época do vestibular para direito. Estudavam para as provas entre as primeiras experiências sexuais e programas de televisão. Pedro acendia um baseado quando os pais de Davi não estavam em casa. Lia com ánimo casos escabrosos de sequestros, estupros e assassinatos. Falava que seria o melhor advogado. Colocaria esse bando de criminosos atrás das grades e não pouparia esforços para que seja o último lugar que visitem em vida. Davi clamava pela presunção de inocência. Foda-se, gritou Pedro jogando uma baforada densa de maconha na cara de Davi. Logo após de qualquer discussão terminaram nus e enrascados.
A faculdade nunca foi interessante para Pedro. Gostava da ação e da punição. Depois de formado, deu um tempo de tudo, inclusive de Davi. Apenas sumiu, nem tentou a prova da OAB. Davi se preparava para a prova quando ele reapareceu meses depois, num sábado quente de primavera. Tinha se achado, disse. Decidiu entrar para a polícia e queria Davi junto. Foram apenas um par de conversas sobre o que realmente importava na vida – punir, castigar e isso somente se conseguia através da proteção da sociedade. Não precisou de muito mais. Davi desistiu da prova da OAB. Seus pais ficaram loucos. Não adiantou usar os argumentos que Pedro usara com ele. Pedro, disse a sua mãe, esse aí ainda vai te enfiar numa enrascada.
Davi era adulto, fazia o que queria. Quando lembrava de Pedro argumentando da possibilidade da justiça começar com eles, lembrava de como a farda cinza justa ao corpo, a fivela firme segurando o cacetete de um lado e o revólver do outro, a camisa abotoada até o peito cabeludo, musculoso, óculos escuros RayBan, barba por fazer e aquele meio sorriso no rosto ficavam bem em Pedro. Escute a sua mãe, repetiu o seu pai, esse Pedro ainda vai te meter em enrascada.
Na polícia sim, lá Pedro se encontrou perfeitamente. Como no vestibular e na faculdade, ele foi muito popular entre os colegas. Davi era outra história. Nunca foi bom nas atividades físicas e muito menos manuseando armas. O tempo e as aptidões os separaram. Davi trabalhava como assistente de escrivão e depois de algumas decepções laborais decidiu se preparar para a prova da OAB. Pedro rodava o Brasil em operações táticas. Prendia traficantes e pequenos empresários corruptos. Pelo menos era isso que as postagens que Davi curtia mostravam no Instagram e no TikTok. Jogado no seu sofá, a tevê ligada em algum jogo de volei, Davi gostava de assistir o antigo amigo se divertir em frenéticas edições. Algemava perigosos bandidos. Rasgava inúmeros pacotes pretos de cocaína. Quanto mais like dava, mas Davi sentia o vazio do seu apartamento. A cidade lá fora fervia. Era mais um final de semana assistindo a vídeos insinuantes e lendo comentários provocativos.
Davi baixou um app de namoro. Foi lá que conheceu João. Marcaram de se ver. Pelas mensagens, João ficou receoso depois de saber que Davi era polícia. No jogo das conversas, foi Davi quem ficou seduzido e João, ao final, entusiasmado com algemas, armas... o perigo todo, escreveu em tom de brincadeira.
Se viram num bar barulhento e cheio de gente jovem. Gente muito jovem. Nunca pensei que diria isso, disse Davi quase gritando. Nem eu que fosse concordar contigo, disse João e agregou que não via a hora da sabedoria chegar. Davi não ouviu direito, mas concordou. Depois disso ficaram em silêncio bebendo gin tônica vendo eles, "os jovens", conversarem aos berros no ouvido, se beijarem sob luzes estroboscópicas e ficarem envoltos por uma incompreensível e acelerada música.
Pedro surgiu do meio deles como uma miragem. Era mais alto e mais forte do que Davi se lembrava. Saiu do meio da multidão juvenil e caminhou até Davi com o mesmo sorriso da época das suas juventudes. Pedro o abraçou e, ainda sem acreditar, derrubou a bebida de Davi. Depois o segurou pelas orelhas. Davi, sou eu, disse e os olhares se reconheceram.
Vocês se conhecem, perguntou João. Sim, respondeu Pedro se apresentando.
E assim Pedro conheceu João.
Olívia Abertton é doce, engraçada e carinhosa, "a menina dos olhos" de seu pai, Ernest Abertton, mesmo sendo filha de um relacionamento fora do casamento. Gabe Clifford é o CEO da maior indústria farmacêutica do mundo. Inteligente, sagaz, um homem sem coração, capaz de tudo para alcançar o que deseja. Ele levou anos preparando sua vingança contra os Abertoon. Ela seguiu sendo bondosa e alegre, mesmo quando tudo ao seu redor parecia desabar. Ele queria destruí-la para saborear cada lágrima de Ernest Abertton, o homem a quem dedicou sua vida para ver sofrer. Ela era apaixonada pelo irmão dele. Ele montou a teia e ela era a presa. O que Gabe não sabia era que a vingança poderia ser muito mais doce do que imaginava. Olívia, por sua vez, jamais imaginou que poderia existir alguém tão sem escrúpulos e coração como aquele homem. Um desejo de vingança maior que tudo. Uma mulher decidida a mudar seu destino. Um casamento tratado como negócio. Ele a usou como forma de vingança contra o homem que mais odiava. Só não esperava que conhecê-la seria seu pior castigo.
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