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Cinderela Bilionária

Cinderela Bilionária

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Uma jovem chamada Clara é enviada para um encontro com o bilionário Alexander Carrington no lugar de Sofia, a filha de uma família rica. Isso ocorre porque Sofia deseja se casar com Alexander, mas ele exige que a mulher para um relacionamento com ele seja virgem, além de excepcionalmente bonita e de uma família rica, para manter o status. No entanto, apenas Clara, sua empregada, atende ao critério de virgindade.

Capítulo 1 A proposta inesperada

O sol punha-se lentamente sobre a mansão dos De La Torre, espalhando tons quentes de laranja e dourado pelo jardim, refletindo-se nas paredes brancas da grande casa. Clara observava a cena da janela da cozinha, encantada, mas com um certo amargor. Aquela riqueza e conforto pertenciam aos patrões, e ela sabia que o seu lugar era discreto, quase invisível, a servir a filha dos De La Torre, Sofia, sempre em silêncio e sem interrupções. Clara tinha uma vida diferente, onde o tempo era pautado pelo trabalho duro e pela preocupação com a mãe doente, cujas despesas médicas eram um fardo pesado.

Estudava na universidade, a tirar artes, sonhando em um dia ser uma artista reconhecida, ter um ateliê onde pudesse criar livremente e exprimir o que sentia através da pintura. A sua alma era uma paleta de cores vibrantes, mas a realidade em que vivia era cinzenta e cheia de limitações. O seu sonho era ter a liberdade de viver da arte, mas a pressão das contas a pagar e a saúde da mãe faziam-na sentir-se presa, sufocada. Enquanto olhava para o pôr do sol, um pensamento lhe assaltou a mente. A vida não era justa. A injustiça a irritava profundamente, e o mundo parecia ser regido por regras que beneficiavam apenas os poderosos. O desejo de criar e viver com autenticidade lutava contra a dura realidade em que se encontrava. A sensação de impotência fazia-a sentir-se presa, e era um peso que não conseguia ignorar. Foi perdida nesses pensamentos que ouviu a voz de Sofia a chamá-la com urgência. Clara subiu as escadas rapidamente, estranhando o tom da patroa, e ao entrar no quarto encontrou Sofia em frente ao espelho, visivelmente ansiosa. O olhar de Sofia transparecia uma mistura de excitação e frieza, uma expressão que Clara já conhecia bem. "Clara," começou Sofia, endireitando-se e cruzando os braços, "preciso da tua ajuda para algo importante... algo que vai mudar o meu futuro." Clara ficou em silêncio, intrigada. A jovem De La Torre continuou, as palavras saindo-lhe com um entusiasmo manipulador: "Já ouviste falar de Alexander Moretti Bianchi?" "Já," respondeu Clara, hesitante. "Ele é... um bilionário, certo? Conhecido por ser poderoso e... reservado." Sofia assentiu, os olhos brilhando com um entusiasmo que Clara sentia ser perigoso. "Ele é mais do que isso. O pai dele estava envolvido em negócios obscuros, algo relacionado com a máfia, e agora Alexander lidera tudo. Mas o que as pessoas dizem dele... é que é um homem frio, calculista. Ele nunca conheceu o amor, Clara; a mãe abandonou-o e ao pai quando ele tinha apenas dois anos. Cresceu sem nenhum afeto, e agora tudo o que tem é a riqueza e o controlo. A sua vida é um negócio." Clara ouviu com atenção, surpreendida pela intensidade na voz de Sofia. Alexander parecia alguém marcado por um passado duro, alguém que aprendera a ver tudo à sua volta de forma prática, sem espaço para sentimentos. "Mas o que tenho eu a ver com ele?" Clara perguntou finalmente, tentando conter a apreensão. "Alexander procura uma esposa," revelou Sofia, com um sorriso que mal escondia as suas verdadeiras intenções. "Uma mulher que preencha certos requisitos. Pureza... integridade. Ele quer alguém que nunca tenha tido outros laços, para garantir que a pessoa está 'à altura' da sua reputação. Só que eu... não preencho exatamente esses critérios. Mas tu sim, Clara." Clara deu um passo atrás, o coração a acelerar. "Estás a pedir-me que me encontre com ele no teu lugar?" Sofia apressou-se a responder, com um olhar frio e calculista. "Sim, Clara. Tu vais fazer isso, porque precisas do dinheiro para as despesas médicas da tua mãe. Esta é a única forma de ajuda que conseguirás. E, francamente, não tens escolha. Ele quer a pureza que eu não posso oferecer, e tu és perfeita para isso. Num quarto escuro, ele nunca irá perceber a diferença." Clara sentiu um nó no estômago ao ouvir as palavras de Sofia. Conhecer Alexander Moretti Bianchi sob falsos pretextos, entregando-se a um estranho, parecia-lhe impensável. A ideia de enganar alguém, ainda mais alguém como Alexander, parecia-lhe injusta e cruel. A relutância subia dentro dela como um geyser prestes a explodir, e a indignação pelo plano de Sofia fazia-a querer protestar. "Como podes pensar que isto é correto?" Clara retorquiu, a voz trémula. "Eu estaria a enganar alguém! Não posso fazer isso." "Não é uma questão de moralidade, Clara," insistiu Sofia, sem a menor empatia. "É uma questão de sobrevivência. Se não o fizeres, a tua mãe não receberá o tratamento que precisa. Esta é a única forma de ajudar a tua família. E, além disso, é só uma noite." Clara sentiu o peso das palavras de Sofia, como se uma âncora a puxasse para baixo. Após um longo silêncio, cedeu, o coração apertado e os pensamentos confusos. "Está bem... Eu vou fazer isto, mas apenas uma vez. Depois, serás tu a lidar com ele." Sofia sorriu, satisfeita, como se a decisão já estivesse tomada desde o início. "Não te preocupes, Clara. Vai correr tudo bem. É só uma noite." Clara deixou o quarto de Sofia com uma sensação estranha de nervosismo. Pensava em Alexander, o homem frio e inatingível, alguém que nunca conhecera o amor. Sentia que aquela decisão mudaria o rumo da sua vida, mas o desejo de proteger a mãe e a promessa de uma oportunidade financeira falavam mais alto. A luta interna de Clara intensificava-se a cada passo que dava. O pensamento de que estava prestes a enganar um homem que carregava as suas próprias feridas a perturbava. Como poderia uma simples empregada como ela tornar-se um peão nos jogos de poder de Sofia? Aquela noite prometia ser mais do que uma simples troca: seria um cruzamento de vidas e destinos, e Clara tinha plena consciência de que, independentemente do resultado, a sua vida nunca seria a mesma.

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