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Amor quase impossível - Serena Alves

Amor quase impossível - Serena Alves

5.0
5 Capítulo
35 Leituras
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Sinopse

Índice

Eu tinha 14 anos quando o vi pela primeira vez. Já sei o que você está pensando. "Aos quatorze anos ninguém é capaz de amar de verdade", "amor de adolescência é uma ilusão", "adolescente se apaixonam pelo fato de estarem apaixonados", blá, blá, blá... Não me importa o que pensem. Eu tinha 14 anos quando o vi pela primeira vez e me apaixonei perdidamente. E ele por mim! Sim, ele se apaixonou por mim também! O que pensa disso agora? Alex teria sido meu primeiro e único namorado, seria meu príncipe encantado, o amor de toda a minha vida... Se não descobríssemos, no mesmo dia em que nos apaixonamos, que não seríamos nada além de irmãos. A vida é uma droga! Agora você pode começar a pensar que tudo bem, aos 14 anos você se esquece rápido, que eu era jovem e iria conhecer outros garotos, me apaixonar outra vez e esquecer... Bem, essa não é a sua história, é a minha. E não adianta tentar adivinhar o final. Enfim, nos vemos na última página.

Capítulo 1 Amor quase impossível - Serena Alvez

Eu tinha 14 anos quando o vi pela primeira vez, caminhava pela praia, ao lado de um amigo que falava e gesticulava animadamente, enquanto ele mantinha uma expressão séria, compenetrada, quase triste. Lembro-me que meu coração acelerou diante da imagem do vento agitando seus cabelos muito loiros e ligeiramente longos, o corpo magro, mas musculoso, vestido em uma camiseta azul cobalto e uma bermuda clara; estava descalço e, de vez em quando, chutava a água das ondas que vinham tocar seus pés.

Meus olhos o seguiram quase involuntariamente até que sua imagem se tornasse um ponto indefinido ao longo da praia.

Estava sozinha, sentada sobre uma canga, na areia nacarada, observando o mar verde azulado, naquela praia sobre a qual eu jamais ouvira falar antes, eu não via muita utilidade em se ter uma casa de praia quando se vive no Rio de Janeiro, mas tinha que admitir que aquela pequena cidade do Espírito Santo tinha aquele charme próprio de aldeia litorânea.

Estava sozinha porque era assim que queria estar, precisava desse tempo para pensar, me adaptar, me preparar psicologicamente... Tudo isso porque havíamos acabado de chegar, minha mãe, eu e...

Bem, talvez eu devesse explicar do início; sou filha única, meu pai morreu de enfarto aos vinte e sete anos, eu tinha seis anos nessa época.

Minha mãe é uma daquelas mulheres fortes, batalhadoras, que não se deixam abater por nada, muito menos por uma viuvez inesperada aos vinte e quatro anos.

Durante a maior parte da minha infância eu me lembro de minha mãe sempre sorrindo, sempre otimista quanto ao futuro e tentando me ensinar o valor das coisas simples e a importância de se sentir bem consigo mesma.

Foi assim que ela me criou, sozinha, com muita dificuldade, mas com o dobro de amor que a maioria das crianças recebe de ambos os pais; um amor que vi ameaçado quando ela conheceu Marcelo, um viúvo charmoso, milionário e com dois filhos adolescentes.

É claro que eu compreendia que minha mãe era uma mulher bonita, inteligente e cheia de amor pela vida, uma mulher assim não deveria ficar sozinha, afinal, um dia eu deixaria o ninho e alçaria meus próprios voos, não faria sentido que ela ficasse solitária.

Mas isso era na teoria, na prática eu agora me via relegada ao segundo, ou melhor, terceiro lugar na vida dela. Sim porque, não importava o quando ela me amasse ou estivesse apaixonada por Marcelo, sua arte era sua primeira e maior paixão.

Os dois se conheceram em uma de suas exposições no Museu de Arte Moderna do Rio e ele comprou os três quadros mais caros da coleção. Um deles, meu preferido, me retratava em um vestido de princesa, que usei como dama de honra no casamento de uma prima, uma coroa de flores sobre meus cachos negros, correndo pela grama verde atrás da igreja, soltando pipa como um moleque.

Bem, a cena pode tê-la inspirado mais tarde, mas não evitou que eu levasse uma tremenda bronca por mau comportamento.

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