nhecimento e jamais contaria. Deitou-se e tentou dormir. Começou a pensar em Éder, voltou 19 anos no tempo. Louise lembrava-se bem do açougueiro, e
Fechou os olhos e ouviu a voz do açougueiro, que a chamava delicadamente de Lô. Nunca ninguém havia lhe chamado assim e nunca mais ninguém chamou. Essas lembranças trouxeram certa sau
mas Louise sabia que as meninas mais legais estudavam na escola estadual. Eram elas que iam para as festas, eram elas que desfilavam com roupas descoladas pelo centro, eram conhecidas, paqueradas, só perdiam, é claro, para as meninas das escolas particu
família morava em uma rua sem saída que tinha apenas uma quadra. A Alameda Número Cinco era um pequeno braço da Rua General Neto. Terrenos pequenos davam lugar a cerca de 12 casas modestas, onde habitavam famílias de trabalhadores.
m casa, estacionando seu Chevette tubarão
Éder! C
chou que a conversa não era com ele. Ar
O
ão conversamos. Le
o que algum dia já conversamos? Digo,
e ele trabalhava ficava perto da escola onde ela sonhava tanto em estudar. Mas, achou que não poderi
perguntou, claramente
zinhos, Louise nunca o vira com nenhuma menina. Também nunca tinha prestado atenção. Hoje, havia reparado que o açougueiro, loiro como um sol, tinha barba por fazer, olhos claros, era alto e musculoso, tinha um rost
s, o moço tomava chimarrão com a mãe e não tirou os olhos dela. No domingo, Éder colocou
, de
ado e puxou conversa - e então, L
ma chatice, não vejo a hora de
no açougue em turno integral, então, ah, para que mais, não é? Já tirei carteira de motorista
sso mesmo o que este rapaz almejava na vida? -
e tu que
esse velho forte. Mas, não sei se vai rolar, eu não sei se vou me formar, a escol
o troca de es
meio longe de casa para ela, não é? Eu bem que queria pegar um ôni
perto do açougue. Eu
te atrapalhar. Sabe, eu vo
odos os dias, e ainda venh
ão fácil? Quanto mais Louise fazia papel de
lo com a
emos dividi
favor a uma vizinha, uma amiga de
com a mãe. Depoi
té m
m. Na segunda-feira, Louise já estava matriculada na escola nova. Na terça-feira, as caronas começaram. Louise e Éder foram se conhecendo mais nos minutos que levavam para ir até a esco
nenhuma janela. Por dentro, era muito limpo e também tão simples quanto por fora. Havia apenas um balcão de madeira branco com uma balança em cima e um grande balcão resfriado ao lado, com algumas peças de carne expostas. No canto, atrás, fi
asa. No início, o rapaz se assustou, era recatado e tímido demais, nunca havia tentado nada. A mãe de Éder estava adorando as caronas.
fechou a porta atrás de si e, decidida, puxou Éder e o beijou com muita vontade. O rapaz suprimiu um suspiro e Louise teve certeza de que ele estava gostando quando sua ereção c
sei o qu
ada. Eu gosto
de ti,
Éder, não precisava, mas queria. Não contaria nada daquilo para ninguém, mas estava realmente dispost
cou neste assunto com Louise inúmeras vezes. Ela, por sua vez, achava graça de conhecer um homem tão jovem e tão antiquado, e não lhe permitia conversar com
ecisava de um tempo antes de aceitar namorar
a tido duas ou três experiências bem ruins com um namoradinho da antiga escola. Acreditava que Éder também não era, afinal, ele já tinha 19 anos. Nenhum dos dois nunca toca
de curtir a vida. Esta era a razão pela qual era convidada para frequentar a casa delas, para ajudar nos trabalhos escolares. Seguidamente, saía com amigas para o centro, tomava sorvete, faziam pequenas compras. Às vezes, pegava carona com Éder, de tarde, até a escola, afirmando que iria fazer um trabalh
o. Era jovem, a certeza de ter liberdade e fazer o que queria lhe agravada, diferente das amigas. Mui
escola nova e de caronas, Éder
atrão demitiu o outro rapaz e estamos só eu e ele no açougue. Só que ele é chefe, não é, e aparece a hor
o meu pai me trazer, depois
u vou vim te tra
m cap
ue vou começar bem o meu
que poderiam dar uma esticadinha, de carro, até a rodovia que levava para fora da cidade e visitar um motel. Levaria um pouco do dinheiro da quase inexistente mesada que recebia dos pais, esperava que chegasse,
por assim dizer, de ser. Talvez agora fosse uma primeira vez de verdade. Estava determinada, a ansiedade não iria lhe impedir. Saiu a pé, de tarde, no
la manhã. Tomou banho e, ao sair
cedo? Só pode te
rir da pia
ão sabia se era uma boa desculpa, mas quem indag
os os dias e uma camiseta da escola. Pensou em usar uma blusinha mais s
rro, como fazia todos os dias. Enquanto ele tomava o caminho
coisa diferente hoje para a
ue h
Ago
ra só eu que e
nhuma falta. Uma só
ue a gen
ante. Levou um segundo para
S
u que estava dirigindo. Teria atropelado um ciclista se não fosse o grito de L
ro te assustar, podemos
sei. Acho que já t
uma vez, Louise não a
diga que t
tenho 19 anos,
o - de repente, ela lembrou-se que
lando nisso, tu tamb
eriência, bem pouca e bem ruim. Devia estar as
e Éder. Um sorriso de orelha a orelha, com uma pitada su
o, Lô. Então
a rodovia, para não arriscarmos que algum co
e eu não p
que, talvez, tu esti
a dinheiro eu e
ise puxou uma caixa de preservati
que alguém estava
eu es
pequeno, mas aparentava certo luxo e total higiene. Uma cama oval, grande, ocupava boa parte do espaço. Havia uma TV e um banheiro confortável, com banheira de hidromassagem. Os tapetes e as roupas de cama combinavam,
nos botões. O primeiro ligou a TV e um filme pornográfico, com som
perguntou ao namorado, n
a ela estava
estás tenta
volume bem baixo, se der,
e em um mo
o. E
mbém
Depois, testou as luzes e deixou apenas as pequenas, acima da cama, acesas. Como era de ma
. Eu decidi vir aqui e não quero ficar envergonhada, mas se tu ficares me olhando des
aria mais. Nunca imaginei que tu me convidarias assim, de repente - ele pegou
a id
r, localizado do outro lado do qua
o preço - Lo
mesmo local. Cada um deu um gole em sua taça. Louise largou a taça no chão, abaixou-se, tirou os tênis e as meias. Na sequência, tirou a c
os. Louise o beijou, pegou a taça do namorado, deu um gole grande e colocou na cabeceira larga da cama. Nesta hora, Éder levantou. Puxou a camiseta pelo pescoço, com uma das mãos, livrando-se da roupa. Louise ficou encantada com o peito sarado do namorado, adorou o fato de Éder não ser peludo. Ela nunc
tava feliz por ter inventado aquela manhã no motel. Éder não deixava a desejar em nad
os ficar aqui a
ficar ca
algo para a gente comer, não podemos passa
pagar
realmente bravo se tu vo
tá mais aqui
café, o casal cont
dade lá no casarão da Gina - Louise refe
a! Por que
ão consigo te imaginar convid
e tu me con
foi lá? E
contar para
unta, para que
ue... Precisei - Éder não estava
mundo te
bem discretas qua
El
, eu sempre me pre
de ciúme e raiva pelo namorado frequentar aquele lugar.
tu parast
mecei a te
ão gostoso e bom de cama com
ou pagar, já q
ão estava brincando quando falou, mas riu p
tou brin
para a minha vida. Eu estou curtindo muito este namo
ou pensando quão legal seria se a gente ca
mos transar assim
e jeito
asas de distância. A gent
? E se algué
emoção que
u fazer
ara depois. Ah, quando vierem trazer o l
so. Ao meio-dia, foram embora. Louise almoçou com dona Elvira e depois foi para casa. Dormiu a tarde
quilas em que quase não respiraram. O quarto dos pais de Louise ficava na frente da casa, era necessário atravessar a cozinha e havia mais um banheiro que separava os cômodos. Éder entrou pela lateral da casa, que não passava em frente ao quarto do casal. Largou um bife d
pequena edícula logo atrás da casa. Esperou a amada no portão e a conduziu para dentro. Lá, o sexo não precisou ser tão silencioso, mas o casal havia
el com Éder. Às vezes, Louise dizia aos pais que ia na balada com Éder e com as amigas, mas ia para a edícula do namorado e
por ela, mas não queria contar para ninguém do relacionamento. Na escola, era popular como sempre sonhou em ser. De tanto ser chamada de santinha pelas amigas, ficou com um carinha em uma balada. Sentiu-se triste e detesto
com Éder propiciasse a ela sessões de sexo intensas durante o ano, isso não lhe tirou o tempo do
as terminaram, não era sempre que os dois se viam e passaram a marcar encontros românticos noturnos por SMS. Louise sentiu-se tentada a engatar namoro firme com Éder, sabia que o
es pensou em como contar para Éder que não o queria mais, mas não podia nem imaginar olhar seus olhos verdes e dizer isso. Ensaiou mensagens SMS da praia, mas não teve coragem de enviar. Não atendeu
me pergunta, se n
ntenções e achava que ela estaria levando o namoro a sério. Augusta ficou surpresa, não esperava aquela notícia repentina. Informou a Éder que Louise havia sido aprovada no vestibular para Turismo e que estava pensando em um
namoro. Ela estava triste e sabia que não poderia se mandar para Porto Alegre sem, pelo menos, dar tchau para ele. Esperou na
Éder já disparou duras pa
r fazendo na frente da
rou nenhum sentimento de tristeza ou saudade, só raiva. Ela pensou em erguer o nariz, defender-se
or, vamos
, vai
filho, a mãe de Éde
casa. Parem de ficar dando moti
o que disc
uto, Éder - im
En
Éder. Louise não sabia o que diz
nuto já est
edir perdão, mas não
eu sou um burro, não é? Por
da. Eu quero mais. Olha para isto aqui, não tem nada nesta cidade. Eu
ria ir junto pa
não
. Se mandou para praia, não é? Nã
vida fora neste buraco de cidade, somos jovens demais, eu não sei o que fazer. Vou embora para Porto Alegre amanhã, eu vou começar a faculdade que sempre sonhei. De
me beijou, me levou para cama, me deixou apaixonado e agora vai me dispensar do nada! Eu fiquei louco nesses dias
te machucar. Nem me apaixonar. Eu n
pela mão e enxugou as lágrimas que
icar bem. Arrumo um emprego em algum açougue em Porto
e estudar de noite. Não acho que
idar. Eu trabalho de dia, te dou carona. Te
redestinado a dar errado. Não curtiria nada da vida da capital com o rapaz enrabichado, seria muito compromi
Nã
a, viu que o rapa
avam em uma casa humilde. A mãe trabalhava em um atelier de costura e o pai era mecânico. Sabia desde o início do ano, quando anunciou interesse por faculdade, que os pais estavam fazendo hora extra, que haviam feito uma
um vestido e bateu à porta da edícula de Éder. O
ouise? Já não me disp
: dispensar não é a palavra certa, eu não quero pensar sobre isso agora
ougueiro. Não houve discussões ali. Quando o relógio des
estralado os dedo
u s
r meu coração
pero realmente que esta não seja a última vez qu
iga de vez em quando. Eu vou ten
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