os d
e Gi
rte nunca me notou. Quando perdi minha mãe, aos vinte e sete anos, fui descartada pelo meu próprio
orações, que vivi os dias
pai que me amasse, uma vida que não doesse tanto. Mas Deus, talvez oc
as com a arrogância de sempre, e me levou com ele - quase à força - para um país desconhecido, com prom
ica coisa que amava de verdade, e nos instalou numa casa minúscula em Varsóvia. Dois quartos apertados, uma sala
hei, pela primeira vez, em ser tradutora. Trabalhar com idiomas, me comunicar com o mundo. Mas Luca - meu carcereiro - sempre deixava c
iava o suficiente. At
timos cinco anos. Um dia, com os olhos pesados e a voz trêmula, me revelou o motivo da nossa fuga. O motivo pelo
e, me agarrava à ideia de que, ao menos, tinha algum resquício de
o nome falso, o pavor de sair d
sso não era o bastante, jogou mai
zia que me amava, que queria se casar. Eu só via um homem com olhos
uma quantia absurda. E h
o corpo doer, até faltar ar. Nunca me senti tão sozinha, tão sem saída. Mas
casa de uma amiga de infância dela. Não conhecia ninguém, mas sabia o idioma. Estava disp
ucura
o qu
m exposição. Que Deus me perdoe, mas desejei que Oton tivesse um infarto no altar. Depois, m
cheguei à Polônia, ela me tratou como
- Mas você é a única pessoa que me resta. Eu não posso me casar com aquele homem. Prefiro
, como se tentasse me pr
re - disse com um carinho que me fez chorar de novo. - Seu pai está com medo. Ele é um fugitivo.
a holofotes. Fugiria deles mesmo s
za, me afastando, olhando pela última vez para
tempo. Ele virá te buscar em breve.
teza que vai f
firmeza. - Antes que seja tar
sperava. O plano era simples: Luca acordava às nove. Meu vo
gem - frágil, sim, mas viva. As irmãs do convento costumavam
a. Como distinguir os bons dos maus, se passe
ão s
vez... eu i
estrada seguia em frente, mas minha mente corria em círculos. Londres. Uma cidade imensa, rica, lotada
indo para algum lugar sem que meu pai soubesse. Sem ser vigiada, controlada, limitada. Era a liberdade
m olhar por cima do ombro. Meu mundo sempre foi feito de muros invisíveis, de ordens ditadas com voz de
stava fazendo
isso fos
z a liberdade fosse mais cruel do que o cativeiro, porque ela e
eza do inferno que deixava para t
fosse só um sussur