pedaço de lata enfumaçada perdido entre os outros trailers na rua tortuosa onde o asfalto se desfez há muito tempo. Sua casa não passava de um abrigo de segunda mão: um lugar para do
tante do rádio velho, comprado em um brechó há anos, era o únic
Às vezes, ele nem precisava sair de casa; o trabalho vinha até ele. Quando alguém tinha algo quebrado - um micro-ondas, uma televisão, um ventilador - Ethan estava lá. Seu maior luxo era esse trab
a aliviar a solidão. No verão, ele se sentava na frente do trailer com uma cerveja barata nas mãos, observando o movimento da rua e escutando o som dos carros passarem, sem saber de nada além da rotina que havia criado para si mesmo. Aos dom
despertador estridente, tomava um café instantâneo e vestia a velha camiseta da sua faculdade (mesmo que nunca tivesse terminado o curso) e as calças jeans que já estavam mais gastas do que o próprio trailer. Seu caf
elações ali eram rápidas e superficiais, baseadas em quem tinha o quê ou quem estava fazendo o quê. Ethan tinha seus poucos amigos, m
vezes retiradas de aparelhos antigos ou quebrados, faziam milagres, e isso chamava a atenção de pessoas que não podiam pagar o preço de um técnico profissional. Para muitos, Ethan era apenas o cara que sabia o que fazer q
o degrau da frente de sua casa, um copo de cerveja nas mãos. Ele não estava preocupado com o que acontecia no mundo. Não importava. Ele estava mais interessado em consertar o ventilador q
ailer o tirou de seus pensamentos. Era um som diferente do habitual, mais pesado, mais formal. Ethan ergueu os olhos e viu um carro preto, imponente, estacionado
a sério, e sua postura fazia Ethan se sentir um pouco deslocado. Ele não sabia o que aquele homem
omem perguntou, com um
acontecendo, se levantou vagarosa
ação de Ethan bater mais rápido: "Eu sou advogado de Richard