Bri
E le era perito na arte da provocação. O nosso primeiro encontro foi no seu apartamento, um prédio antigo nas beiras do centro de São Paulo. Eu sabia o que queria e tinha chegado lá determinada, impaciente, sem saco pra joguinho e machucada com as coisas do amor. Cheguei pronta pra atacar, unhas negras, batom escuro e lingerie de renda preta transparente. Ele abriu a porta sorrindo e com um gesto me convidou pra entrar. Abriu uma garrafa de vinho, colocou uma playlist descaradamente sensual, cremosinha, me mostrou seus discos, bolou um tabaco, se movimentando pela sala com uma lentidão insuportável, cada movimento levando uma eternidade, na mais absoluta falta de pressa. Bebendo o vinho a gente começou a conversar sobre a vida, sobre filosofia, sobre ex-amores, ele me contou que foi traído, eu contei que fui abandonada, e ali naquela confissão sincera, naquela crueza sem medo de parecermos fracos um pro outro, alguma coisa mais profunda que só tesão se estabeleceu: nos revelamos humanos, terrivelmente humanos, sem pose e de coração partido.
- isso claramente refletido até nas nossas aventuras sexuais. Ele contou do seu trabalho como tatuador, eu contei do meu trabalho como atriz, conversamos sobre criatividade e bloqueios, assunto que sempre me excita, mas o que mais me enlouqueceu foi q
chupando, mas disse só a primeira parte, desculpa, o que você tava dizendo?, ele repetiu: que quando tatuo, o tempo pára, e eu soube exatamente do que ele estava falando porque
tupidamente devagar. Primeiro uma mão furtiva na coxa. Depois uma aproximação tímida, ele chegou perto, me deu um cheirinho na nuca, me arrepiei, fechei os olhos, abri a boca, me preparei pro beijo, mas ele se afastou e todo genti
beu meus lábios, a gente começou a se beijar um beijo lento, quase parando, relaxei e pensei, agora vai, mas ele logo levantou de novo
alculando cada passo com a precisão de uma onça, rocei meu corpo no volume da s
mais cínica e séria e desinteressada que consegui ser, disse: eu tô doida pra te dar, sabia? Isso ele não tava esperando. Não aguentou e veio até mim, me beijou de ver
o. A cada separação ficava uma tensão no ar e uma peça de roupa a menos no corpo.
om carinha de mal, mas ao tempo tão doce, tão meigo. Era isso que mais me atraía nele, era isso que mais me fazia querer dar pra ele. Quando seu olhar cruzou com o meu, eu sorri e fingi precisar me alongar, me espreguicei
ofá até o chão onde ele estava ajoelhado e o beijei, foi um beijo louco, molhado, sedento, minha buceta roçando contra sua pélvis, sentindo seu pau pulsar, e quando a espera ficou insuportável, quando o pau dele já tinha começado a doer, uma camisinha apareceu não sei de onde e sentei dando graças a deus, foi um sexo cheio de tesão, expectativa e antecipação, e o que construímos foi tanto que uma