s oxigênio!", enfermeiras correndo de um lado para o outro e aquela música de suspense ao fundo? Pois é, o meu f

ida de mim. Dá pra imaginar o susto? Eu, sinceramente, não sei como ela conseguiu lidar com tudo. Minha mãe nasceu em Minas Gerais, em uma cidadezinha peque

inha que cabia na palma da mão de um adulto. Eu acho que quando minha mãe me viu pela primeira vez, deve teer ficado dividida entre

car medicamentos. Até hoje, carrego na perna uma cicatrização desse tempo. É engraçado como uma marca tão pequena pode guardar uma história tão grande. Sempre que

nsando: e se algo aconteceu com ela? Quem eu seria hoje? Provavelmente nem estaria aqui para escreve

ifíceis na vida dela - saímos de Salvador. Minha mãe, eu e minha avó voltamos para Minas Gerais. Minha avó sempre foi nossa rocha,

Roraima. Lá, minha mãe começou a reconstruir a vida. Foi onde ela conheceu um homem. Eles n

o enquanto o mundo ao seu redor mudou tanto?" Bom, eu estava vivendo minha infância, mas de um jeito bem m

ráveis. Se eu estava lá, ela estava também. Brincávamos de criar histórias, de bonecas e de fazer maquiágem uma na outra, quando ninguém mais entendia nossas piadas internas, a gente vivia brincadeiras incríveis, e lembro que existia

muito tempo olhando pela janela, imaginando quem eram as pessoas que andavam pela rua. Às vezes eu pegava pensando em como seria minha vida no futuro. Será que

as coisas profundamente. Talvez tenha sido isso que me fez gostar de escrever. Escrever é como guardar todas essas pequenas

vida pode ser cheia de desafios, mas acho que fui feita para sobreviver. Cada cicatrização, cada mudança, cada momento difícil faz parte da minha histór