stava parado, o olhar perdido em um ponto distante. A fita de vídeo, ainda girando no velho aparelho, emitia um som de estática que parecia se misturar ao ritmo acelerado de sua respir
rcorrer sua espinha. - E o que essa sociedade tem a ver comigo? Romulo hesitou, como se estivesse pesando as palavras. - Você é a última peça, Sofia. A última descendente direta. Marcelo acreditava que você tinha um papel a cumprir, algo que ele não podia deixar escapar. Ela o encarou, o coração batendo forte. - E você? O que você acredita? Romulo ficou em silêncio por um longo momento, antes de finalmente responder: - Eu acredito que ele estava disposto a fazer qualquer coisa para proteger esse segredo. Mesmo que isso significasse destruir tudo o que amava. Sofia sentiu as lágrimas queimando nos olhos. Tudo o que ela pensava saber sobre seu pai, sobre sua infância, estava desmoronando. - Minha mãe sabia disso? - perguntou, a voz trêmula. - Não tudo. Mas ela sabia o suficiente para fugir. Para tentar proteger você. - Romulo a olhou, o olhar carregado de algo que Sofia não conseguia decifrar. - Mas agora, esse segredo não está mais enterrado. Ela sentiu o peso daquelas palavras, uma sensação de que algo muito maior estava prestes a se revelar. - Então o que acontece agora? - A voz dela era quase um sussurro. Romulo se levantou, caminhando até a janela. - Agora, você precisa decidir se quer descobrir a verdade. Porque, uma vez que souber, não haverá mais v