desejava ou temia. Gabriel, por outro lado, não tinha dúvidas: Alice era diferente. Ele podia sentir a barreira ao redor dela, uma muralha construída por cicatrizes invisíveis, ma

esas que ele tentava manter. Naquela noite, enquanto Alice tentava dormir, ouviu o som do celular vibrando. Era uma mensagem de Gabriel: "Sei que talvez eu não devesse, mas não consigo parar de pensar em você. Jantar amanhã?" Alice hesitou. A parte mais cautelosa dela queria dizer não, mas outra parte – a que ansiava por algo novo, algo real – digitou a resposta antes que ela pudesse mudar de ideia: "Sim." Noite seguinte Alice escolheu um vestido preto simples, mas que realçava suas curvas, sem ser exagerado. Quando chegou ao restaurante e encontrou Gabriel à sua espera, o olhar que ele lhe lançou foi o suficiente para fazê-la corar. - Você está linda, Alice. - Gabriel disse, a voz grave. Eles conversaram sobre coisas leves no início, mas, aos poucos, a tensão entre eles crescia. Gabriel não conseguia desviar os olhos dela, e Alice sentia o calor de seu olhar em cada parte do seu corpo. Quando o jantar terminou, Gabriel a acompanhou até o carro. O silêncio entre eles era carregado de expectativa. - Alice... - Ele começou, mas foi interrompido por ela. - Não precisa dizer nada. E então, imp