Quando tudo isso começou?

Durante a semana a cidade de Recife é bem agitada, as paradas de ônibus sempre muito cheias, as pessoas empurravam uma às outras para entrar no ônibus e conseguir lugar para sentar, mas Melina não se importa com isso, ela sempre esta de bom humor e caso conseguisse sentar durante a viagem ela sempre cedia o lugar para alguém mais velho.

Ela é muito amável com as pessoas e sempre as cumprimenta, pela manhã ela costuma acordar cedo para ajudar sua mãe a fazer o café da manhã, seu pai lhe dá uma carona até a parada de ônibus, assim que concluiu o ensino médio ela precisou arrumar um emprego para ajudar seus pais, todos os dias ela pega o mesmo ônibus no mesmo horário, ela nunca se atrasa e sempre cumprimenta a todos com um belo sorriso, apesar de toda dificuldade que sempre passou ela nunca se deixou desanimar, estuda bastante e conseguiu uma bolsa de estudos em uma faculdade de odontologia, ela gostou bastante da profissão depois que começou a trabalhar como recepcionista na clinica odontológica, ela estuda a noite, por isso dorme pouquíssimo, mas nada abala seu bem estar. Sua rotina é sempre a mesma, na hora de seu almoço ela come rapidinho para ir ler em uma praça próximo do seu trabalho.

Melina não percebeu que a quantidade de moradores de rua aumentava cada vez mais, um dia ela estava lendo e um jovem que vivia por ali na rua aproximou-se dela e perguntou:

- O que está fazendo?

- Estou lendo! Disse Melina.

- Tá lendo o que?

- Um romance!

- É tão interessante assim?

- Bastante!

- Então lê para mim? Pediu o garoto.

- Agora preciso voltar para o trabalho, mas prometo que amanhã neste mesmo horário vou estar aqui e trarei uma historio bem legal e lerei para você!

- Promete?

- sim, eu venho!

- Ei, me diz teu nome, me chamam de lagartixa. - Melina! Meu nome é Melina, até amanhã lagartixa. E ao pronunciar esse nome Melina sorriu e o garota achou seu sorriso muito bonito.

No dia seguinte Melina cumpriu o que havia prometido, lá estava ela com o livro sentada e ao vê-lá o garoto logo aproximou-se, junto a ele vieram também outros moradores de rua que se posicionaram a frente dela sentando no chão para escutar sua história. A medida que os dias passavam juntavam-se mais e mais e ela todos os dias estava ali lendo para eles e ninguém sabia o que ela fazia na hora do seu almoço e porque saía todos os dias, até que uma das meninas que trabalhava na mesma clínica que ela estava passando por lá e viu ela lendo para eles, a moça achou bem estranho aquilo é comentou com alguns colegas mas eles resolveram comentar apenas entre eles sem que ela soubesse, até porque achavam ela muito esquisita por sempre estar de bom humor e nunca reclamar de nada e não gostar de criticar ninguém, e além disso ela sempre recebia elogios por sua beleza, ela tinha apenas 1 metro e 60, era bastante branca e seus olhos azuis igual do seu pai e sua boca bem desenhada igual a da sua mãe, é magra mas com curvas que realça bem o seu corpo.

No dia seguinte outros colegas de trabalho dela foram até lá para ver se era verdade o que haviam escutado e viram que realmente ela estava ali na praça com aqueles que ninguém ficava próximo e a maioria tinha medo por saber que eles usavam drogas. Melina costumava levar comida para eles sempre que podia e eles gostavam bastante dela. Os dias se passavam e ela sempre estava presente naquela praça alegrando um pouco o dia daqueles que já tinham perdido a esperança a muito tempo, um dia ela não pode ficar para ler para eles mas levou um pouco de comida e prometeu voltar outro dia ela não pode tirar o horário de almoço todo por que foi fazer um trabalho externo a pedido de sua superior e acabou demorando mais do que se previa para voltar e quando, a jovem voltou a cidade está um caos, algo havia acontecido, as pessoas estavam horrorizadas com o ocorrido e Melina não conseguia entender porque tanta agitação, ela se meteu entre as pessoas tentando ver o que aconteceu e quando viu caiu no chão aos prantos.

Quem poderia ter feito aquilo? Por que tanta crueldade?... era o que ela se perguntava Chorando bastante. Ela correu para a rua desesperada no caminho que ela fazia até a praça ela viu corpos de moradores de rua estendido ao chão quando ela finalmente chegou a praça o corpo que estava sendo coberto era o do lagartixa, ela tentou correr até ele mas foi impedida pela polícia que estava lá acompanhando tudo junto com a perícia. Aquele dia foi terrível para Melina ela passou todo o dia triste e despeça. As pessoas que trabalhavam ou moravam por perto de onde aconteceu aquilo foram chamadas para depor e a principal foi Melina, pois muitos dos depoimentos que foram dados falava que ela costumava estar com aqueles moradores de rua por mais ou menos 1 hora e sempre levava algo para eles comerem, Melina passou a ser uma suspeita, aquilo repercutiu para o mundo inteiro passava na televisão nos rádios na internet já não bastava a dor que ela sentia por todos que haviam morrido, ela ainda estava como suspeita e todos a olhavam estranho e cochichavam quando viam ela passar.

Os pais de Melina sempre estavam ao seu lado e cuidavam para ela se sentisse mais amada que nunca, eles sabiam que sua filha era incapaz de fazer mal a alguém.

Mesmo ela sabendo que não tinha culpa no que aconteceu, foi chamada para depor mais de uma vez e quando já estava para sair o resultado das investigações o delegado foi afastado por ter se metido em fraudes e outro delegado chegou para ocupar seu cargo, esse delegado era jovem e muito bonito, ele fez questão de rever toda a investigação e escutar novas pessoas, encontraram um outro suspeito e as investigações continuaram, Melina era a principal suspeita um policial foi até seu trabalho para buscá-la, o delegado queria falar com ela.