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Lobos e cordeiros

Lobos e cordeiros

5.0
3 Capítulo
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Sinopse

Índice

A história de uma jovem que mesmo odiando sua juventude por ter que se casar, encontra nos braços de um desconhecido seu verdadeiro amor, o mais sincero que ela já viu...

Capítulo 1 O baile

Minutos após me arrumar, minha criada bate a porta, - senhorita catherine, ira se atrassar se não se apressar! -, na verdade não estou com a mínima vontade de sair, sigo até a porta e ao abrir ela me encara maravilhada, eu nunca me arrumei desse jeito, afinal de contas, nunca precisei procurar um marido. Sinto o vestido tão pesado que praticamente o arrasto até a entrada, e espero que a carruagem chegue para me levar até aquele baile horrível, eu não estou pronta! não quero um marido, nunca quis, mas também, não me agrada pensar em ficar só o resto da minha vida, então sigo firme e entro no carro, sinto olhos em mim, meu pai me encara com o rosto iluminado ao se sentar em minha frente e ver que eu pelo menos estava me esforçando para tal,

- voce é a mulher mais linda que já vi! - ele diz com tanta firmeza que me tira um grande sorriso e me faz ficar um pouco mais animado.

Seguimos para o baile e chegamos depois de mais ou menos dez minutos, madame e senhor Montessino aguardam os convidados proximos a porta,

- Não imaginava te encontrar tão linda catherine, aliás, parabéns pelos dezoito anos, o começo de uma longa vida , acredito! espero que a aproveite - ela diz e beija minhas bochecas que estao bem vermelhas e me abraça forte, o abraço que uma mãe daria em uma filha, quem derá eu ter tido uma mãe como ela.

- obrigada madame, eu espero aproveitar ao máximo, assim que achar alguem que não me trate com desdem, ou que me faça querer dormir no começo de uma conversa - digo olhando para alguns rostos que estão ao alcance dos olhos e ela ri , mas também fica curiosa e segue meu olhar, vendo minha curiosidade ela me pega pelo braço de uma forma tão elegante que meu corpo apenas a acompanha, senhor Montessino fica com meu pai e nem nos vê saindo, comprimentamos algumas pessoas e de longe vejo Jorge, meu amigo mais proximo, ele logo me olha e vem direto ao meu encontro com uma taça para mim,

- e como vai a busca pelo marido? - diz num tom de piada, e nós dois rimos baixinho.

- não vai - eu olho ao redor - mas talvez eu ache alguem interessante hoje.

Eu olho para um canto, Doutor mendel está lá, médico, ele tem uns 38 anos pelo menos, acredito que seja do meu tamanho ou menor, e tem uma grande verruga no rosto próximo a bocheca que ao olhar me faz rir, entao olho para o outro lado, Senhor nikelson, ele sempre se gaba da vida fora do brasil, que tem parentes em Páris, ele ao contrário do Doutor mendel é bem alto e tem cabelos compridos que caem sob os ombros, mas seu alito pode matar alguns passaros tenho quase certeza, e posso afirmar ao olhar-lo que esta ficando bebado.

Sigo com Jorge até meu pai, que ao chegar o comprimenta,

- como estão seus pais, Jorge? não tenho visto Sr. Luccas ultimamente, Catherine deveria ir visitá-los em meu nome ja que me falta tempo -,O pai de Jorge era dono de algumas das lojas de alfaiataria mais famosas de são paulo

- Sera uma honra recebe-lá, minha mãe ainda não melhorou de sua doença, seria bom ter visitas. - ele olha feliz para mim e me parece muito animado com a ideia do meu pai, que o da um sorriso muito gentil.

Mas nossa conversa é logo interrompida, quando a musica para e o senhor Montessiano faz um breve discurso sobre o final da revolução, o que é notável ao ver vários homens entrando no salão com trajes do exercício, espero que não seja um desses meu futuro marido, todos me parecem se sentir tão superiores.

Acaba o brinde e todos voltam a conversar, eu peço licença e vou até uma das portas que dão para o jardim e fico ali parada olhando para o jardim iluminado e florido, quando de relance vejo alguem chegar e parar um passo atras de mim, logo ao meu lado, e fico paralisada, não consigo me virar e não faço ideia do porquê,

- olá ... - eu não respondo, pensei que não ser comigo , afinal não sou a unica aqui , - como esta senhorita? - eu me viro para ver quem é, e me surpreendendo ao ver quão belo e ainda sim não o respondo, pasma com a beleza daqueles olhoshs verdes,e seu cabelo castanho brilhoso, o que é dificil ver num homem, um arrepio me sobe a espinha que faz indireitar minha postura rapidamente, - me chamo vicente Fonseca, general , como posso chama-lá?. - ele diz com tanta elegância que me derreto,

- Catherine, Catherine Safra.- eu não consigo parar de olhar, pareço hipnotizada, quando derrepente me toco e viro o rosto com rapidez e ele ri.

- noite magnifica, não? não vi muitas dessas, essa em particular me parece muito impressionante.- ele termina e vira seu rosto em minha direção esperando um comentário meu, que simplesmente fico em silêncio por um minuto, esperando saber o que falar,

- está muito bem iluminado ...

seus olhos ficam colados em mim e isso me deixa um pouco desconfortável,

entao me viro e peço licença ja saindo sem esperar a resposta do rapaz que me parecia muito novo para um general e muito humilde para um soldado, afinal todos eles eram bem esnobes.

Meu pai me olha e percebe que a algo de errado ou algo diferente comigo, já que meus ombros estão tensos e fico quase o tempo todo olhando para a barra de meu vestido , pois nao estou muito a vontade mesmo e não consigo disfarçar meu incomodo nunca. Fico por um tempo e me dou conta de que meus pes estão começando a doer muito, meu desejo era joga-los longe, afinal só seu uma dama fora de casa, amo ficar com os pés descalços, principalmente na grama verde e gelada do inferno, me dou conta que estou viajando e pensando nesse assunto quando jorge pergunta se estou bem e eu só sinalizo com a cabeça que sim, e então me viro para o meu pai que já estava indo se sentar que já vou para casa,

- Quer que eu te leve meu amor ?- mais eu nego e então ele pede a um dos mordomos que estava passando para trazer a carruagem para eu ir, e ele me olha com simpatia e sai.

- Cuide-se, e não vá beber demais- ele ri e me da um beijo carinhoso na testa, e eu caminho rapido e com leveza para que ninguem veja que estou indo embora tão cedo, no que sempre tenho sucesso.

Esta frio, eu espero a carruagem e tremo, me arrependendo de vir com os ombros de fora, porem, enquanto estou me queixando do frio em pensamento, sinto a mesma presença chegar a mim, se encostar ao meu lado e suspirar, o que me faz arrepiar, mas desta vez ele não esta só, esta com mais três homens, - voce precisa de carona senhorita?- ele diz com a esperança de aceitar , - se precisar expulso eles para leva -lá, - ele diz enquanto ri,

- não , mas agradeço, estou esperando a carruagem- eu olho para ele e depois para o outro lado, tentando ignora- lo ao maximo na esperança dele ser um arrogante e me fazer perder o interesse, todos os homens fazem isso, e não quero me apaixonar e depois perceber que ele é como todos os outros.

A carruagem para e eu praticamente pulo para dentro, ao olhar para tras eu o vejo acenando sutilmente para mim, num tchauzinho que me parece muito fofo, o que me impressiona mais ainda, quando dou por mim ja estou rindo, entao ao me virar para dar a ultima olhadela o vejo rir tambem, quando a carruagem começa a andar, sinto um vazio estranho, é oficial , esse homem é incrivelmente um misterio e isso me deixou loucamente curiosa par saber mais.

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