/0/6417/coverbig.jpg?v=102cc72a1d8717479bd157aa3d862602)
A primeira coisa em que pensei quando ela entrou no meu consultório foi que as mulheres do mundo deveriam fazer um acordo de que nenhuma delas poderia ser gritantemente mais bonita do que as outras. Alta, curvilínea, ruiva, com a pele clara e os olhos verdes, Nahia Valar, minha nova paciente, era tão deslumbrante que chegava a ser constrangedor para nós, outras mulheres, ficarmos perto dela. Tive que me lembrar de que eu deveria ser a pessoa mais segura do ambiente. Era difícil não me sentir intimidada pela sua presença. Mas uma psiquiatra que não passasse segurança para os seus pacientes não valeria a obscena quantia monetária que eu cobrava pela consulta. – Boa tarde – ela me cumprimentou primeiro. Estava claramente acostumada a dominar o ambiente. – Boa tarde – devolvi um sorriso confortável. – Senhorita Valar, não é isso? – olhei para a ficha que tinha nas mãos para confirmar. – Sente-se onde preferir. Ela escolheu a poltrona bem à minha frente do outro lado da sala. Levantei-me de trás da mesa e sentei-me no pequeno sofá ao seu lado. – Sou a doutora Hanna Arzu, mas pode me chamar de Hanna. Minha secretária me informou que a senhora gostaria de marcar dois encontros por semana. – Exatamente – ela olhava à sua volta, medindo tudo ao seu redor. – Tenho um problema de natureza bastante... peculiar. E gostaria de resolvê-lo o mais rápido possível. – Infelizmente, tempo é uma coisa que não se pode prometer em tratamentos psiquiátricos. E, geralmente, depende muito mais do paciente que do médico. – Bem, eu estou disposta a tentar, se a senhora estiver – ela sorriu para mim de uma forma dúbia e quase criminosa. Resolvi reassumir o controle. – Muito bem, senhorita Valar... – Nahia. Prefiro que me chamem de Nahia. – Nahia, então – sorri. – Por que você não me conta o seu problema? Ela levantou as sobrancelhas e sorriu como se aquilo fosse ser uma longa história. – Comece do começo – sugeri. Nahia me encarou nos olhos e eu sustentei seu olhar com um sorriso encorajador. Mas não era de coragem que ela precisava. Aquela mulher não era do tipo que precisava de coragem ou confiança – isso ela tinha de sobra. O que lhe faltava era uma decisão. Por alguns segundos ela ficou em silêncio, sentada ali, considerando se ia desistir ou se ia me contar sua história. É muito comum. Os pacientes resolvem que precisam de ajuda, marcam a consulta, vêm até o consultório. Mas, no momento em que eles se sentam e eu digo "me conte", o questionamento volta. Às vezes, é um questionamento moral ou ético, pois eles acham que outra pessoa não vai entender seus problemas. Outras vezes, é um questionamento de confiança, pois não estão acostumados a contar seus segredos mais íntimos para um desconhecido. Em ambas as situações, tudo o que eu fazia era esperar alguns segundos para, então, ouvir o paciente respirar fundo e a consulta começar. No caso de Nahia, ela parecia estar quase encantada com a minha espera. Era como se ela se deliciasse nos momentos que antecediam o começo de sua narrativa. Através dos seus olhos, eu quase a ouvia dizer "Você não sabe o que a aguarda, doutora. Não faz a menor ideia". Ela respirou fundo.
"De todas as aberrações sexuais, a mais singular talvez seja a castidade".
Rémy de Gourmont
– Até pouquíssimo tempo atrás, eu era o ser humano mais medíocre da face da Terra. Tímida,
insegura, presa em um empreguinho que me impedia de mostrar meu potencial, vítima de um severo
transtorno obsessivo-compulsivo e completamente insatisfeita sexualmente. Então uma coisa
aconteceu: ele apareceu.
Sorri.
– Sim – balancei a cabeça afirmativamente. – Homens podem fazer isso com a gente. Onde vocês
se conheceram?
Agora era ela quem sorria.
– Em um sonho.
Questionei sua afirmação com o olhar, afinal ela não me parecia uma romântica sem fundamentos.
– Sim, doutora. Em um sonho. É exatamente isso que a senhora ouviu. Não sei se foi uma
alucinação, um desejo do inconsciente ou obra do sobrenatural. Não sei o que aconteceu. Mas ele
perturbou meu sono por semanas – ela fechou os olhos como se estivesse revivendo uma memória
particularmente deliciosa. – Eu ainda me lembro da primeira vez que ele veio na minha cama.
***
Meus dias eram sempre iguais. Levantava, ia trabalhar, voltava, dormia... Nunca fazia nada
diferente ou especial. Nunca. Pelo contrário, a rotina era a única coisa que me agradava. Por meio
dela eu tinha uma falsa sensação de controle que achava muito confortável. Assim que qualquer coisa
saísse da minha normalidade, por mais ínfima que fosse, eu entrava em desespero. Não sabia lidar
com o inesperado e fazia o possível e o impossível para evitá-lo.
A primeira vez que ele apareceu em meus sonhos foi após um dia particularmente infernal.
Lembro-me de ter entrado em casa batendo a porta atrás de mim. As palavras agressivas de um
colega de trabalho continuavam girando em minha mente... "ela é só uma malcomida". Odiei aquela
expressão. Odiei o homem que a pronunciou. O que eu iria fazer? Gritar com alguém não era do feitio
de uma pessoa com o meu nível de passividade. Mas eu estou me adiantando nos fatos.
Trabalho como assistente editorial para uma editora tradicional, a Manuscrito Editorial. Nunca
tive talento para escrita, mas sempre fui viciada em literatura. Assim que saí da faculdade, tinha o
sonho de descobrir a próxima Amélie Nothomb. Nos meus devaneios diários, eu nunca ousei sonhar
que conquistaria algo, tamanha era a minha baixa autoestima, mas sonhava que encontraria pessoas
que seriam autoras de gigantescas realizações. E eu, por tê-las descoberto, teria sua gratidão eterna e
uma incondicional amizade.
Era uma quinta-feira e as sinopses de obras recém-recebidas estavam me esperando em cima da
minha mesa. Meu trabalho sempre era conduzido com o máximo de presteza e perfeccionismo, mas
isso nunca me garantiu qualquer promoção ou posição privilegiada dentro da empresa. Eu ressentia
meus superiores por isso... mas o que eu poderia fazer?
Passei os dedos pelas folhas de papel.
– Com licença – não sei por que Vicent insistia em pedir licença quando se aproximava da minha
mesa. Ele aparecia do nada e começava a falar como se eu não tivesse qualquer outra ocupação na
vida a não ser ouvi-lo. – Meu relatório sobre o manuscrito do Igor. Revise e repasse pro pessoal da
diagramação, sim?
E, sem nem ao menos um "bom dia" ou "até logo", ele se foi. A educação de Vicent se reduzia ao
seu "com licença" inexpressivo. Vicent era um dos membros da nossa equipe de edição. Ele lia e
relia manuscritos várias vezes para encontrar falhas e para passar sugestões tanto ao pessoal de
revisão quanto ao pessoal de diagramação sobre como tornar o texto mais encantador aos leitores. Eu
esperava profundamente que dessa vez seus relatórios fossem inteligíveis, ao contrário das
coletâneas de informações genéricas que ele geralmente jogava em uma folha de papel A4 semana
após semana. O Caminho atrás da casa, de Igor Bolt, era o nosso manuscrito estrela do semestre,
mas as correções que Vice fazia eram sem nexo. E por "sem nexo" eu quero dizer idiotas.
Era a terceira vez que ele tinha que refazer o relatório em um período de cinco dias; todas as
vezes, por um pedido meu. Esperava que dessa vez estivesse bom o suficiente para ser repassado, já
que eu não teria coragem de pedir mais uma vez.
O dia se passou sem horas suficientes para que eu terminasse tudo o que precisava ser feito, e
papéis e mais papéis não paravam de se acumular em cima da minha mesa.
– Bom dia, linda – Colin tocou em meu ombro e eu senti um arrepio passar pelo meu corpo. Abri
um largo sorriso, mas ele já tinha saído. Ele sim era um homem educado e encantador. A linha de
chegada para a qual todas as mulheres corriam.
Ele seguiu direto para a copa distribuindo cumprimentos e sorrisos. Espreguicei-me na cadeira
tentando estalar a coluna e pensei que esse poderia ser um bom momento para uma pausa para um
café.
Passei os dedos pelos cabelos em uma tentativa inútil de arrumá-los. Respirei fundo e me dirigi
para a copa. Era agradável ter esses pequenos encontros sociais com o Colin, pois ele tinha um jeito
charmoso de soltar comentários simples que faziam com que eu me sentisse especial.
Mal coloquei a mão na porta vaivém e escutei a voz rasgada de Vicent sorrindo lá dentro:
– ... umas seis horas. Vamos, Colin! Vai ser divertido.
– Talvez. Pode ser que eu chegue um pouco atrasado, tenho muito trabalho hoje. E você? Já
terminou tudo?
– Já. A não ser que aquela mulherzinha irritante me faça ter que começar tudo de novo.
A grande quantidade de risadas que ecoaram lá dentro deixou claro que Vicent tinha uma plateia
considerável.
– Do jeito que você escreve, eu fico impressionada que não te façam revisar tudo! – brincou uma
voz feminina.
– Muito engraçado – Vicent devolvia a brincadeira. – Confesso que a caneta não é minha
ferramenta preferida – insinuou.
– E qual seria sua ferramenta preferida? – a mulher pronunciava as palavras como se elas
derretessem na sua boca.
– Ah, meu bem – era quase um sussurro. – Se você tiver um tempinho será um prazer te mostrar.
Mais risos.
– Acho que você devia focar seus agrados na Nahia, Vicent. Ela definitivamente não gosta de
você, hein?
As risadas imperavam no pequeno ambiente enquanto Vicent concluía:
– E aquela ali não precisa de muito, não. Malcomida do jeito que é... Só preciso dar um sorrisinho
e ela vai se derreter com a atenção.
Voltei pra minha mesa sem sequer anunciar minha presença. Tive vontade de mandá-lo refazer
tudo, só de birra. Mas, infelizmente, dessa vez o relatório estava bom o suficiente. Terminei o que
tinha que fazer e voltei para casa. Esperar o elevador estupidamente lento do escritório tinha sido
quase impossível. Tive que engolir minha covardia junto com as lágrimas todo o caminho até o meu
lar, doce lar. Descarreguei minha frustração na porta. Coloquei a bolsa em cima da poltrona verde
que ficava do lado da entrada e depois alinhei o celular, as chaves e minha caneta favorita no
aparador de madeira ao lado da poltrona.
Tomei banho como se estivesse tentando exorcizar algum demônio que tinha entrado no meu corpo
através da minha pele. Malcomida, malcomida, malcomida. Tentei ler, tentei assistir televisão, tentei
jantar, tentei alinhar e realinhar os itens em cima da minha penteadeira. Mas nada tirava a voz
irritante de Vicent dos meus ouvidos. Duas pequenas palavras e eu tinha perdido o controle.
Lavei as mãos e o rosto, sentei na cama, limpei os pés, coloquei primeiro o pé direito em baixo
das cobertas. Tive vontade de levantar da cama e fazer tudo de novo, mas fiquei deitada com o
edredom em cima da cabeça e os olhos apertados.
Demorei muito para conseguir pegar no sono, mas quando finalmente consegui, o sonho começou
sem que eu percebesse.
Eu estava na copa de frente para Vicent.
– Com licença, Nahia – ele sorriu. – Você quer que eu te mostre minha ferramenta favorita? – ele
se aproximou e eu senti nojo. Coloquei meus braços estendidos diante de mim como um escudo
contra seu toque. Virei-me de costas e pensei em correr.
– Calma! Não vá ainda! – era outra voz que falava agora. Era uma voz suave e encantadora. Olhei
de volta. Vicent tinha sumido, o homem atrás de mim era alto e atlético, usava uma camisa de time de
basquete e um cabelo loiro curto penteado com um topete discreto. Seus olhos eram verdes e
profundos e ele tinha um cheiro delicioso.
Olhei ao redor. Estava incrivelmente ciente de mim e do meu corpo. Sim, eu sabia que estava
sonhando. Mas não era como qualquer outro sonho que já tive em minha vida. Eu estava no controle
das minhas ações. Mas aquele homem na minha frente... ele estava completamente fora do meu
controle. Seja lá quem fosse, não era minha mente quem o tinha criado.
– Eu precisava testar você, primeiro – ele sorriu e eu tive vontade de devolver o sorriso. –
Precisava saber se você aceitava realmente qualquer tipo de atenção ou se tinha limites. Mas você
vê? O idiota estava errado. Você não se derrete por qualquer atenção. Você sabe dizer "não".
Eu o observei e abri a boca. Queria falar algo, mas não sabia o quê. Então decidi fechar a boca e
deixar que ele continuasse.
– É importante dizer "não", Nahia. Saber dizer "não" é o primeiro passo para saber dizer "sim".
Entende? Porque se você não consegue recusar algo, como saber se o que você aceitou foi por opção
ou por falta de capacidade de negar?
Certo, já era demais.
– O que é isso? Quem é você? E qual é a da aula de autoajuda?
Ele se aproximou e pegou minha mão.
– Eu sou um amigo. E eu vim pra te ajudar a se descobrir – ele estava muito perto agora e sua boca
estava quase no meu ouvido. – E se você decidir me ouvir, nós vamos partir para uma deliciosa
aventura juntos.
Sua voz era sedutora e penetrante, mas havia um som ensurdecedor envolvendo minha mente,
gritando "malcomida" nas mais variadas entonações. Meu amigo segurou meu rosto nas mãos,
observou meus olhos com uma delicadeza infinita e sorriu.
– Você só é malcomida se escolher maus homens para te comer. E nós já vimos que você sabe
dizer não para maus homens, não é?
Eu não sabia se ficava ou não ofendida. Ele estava sendo grosseiro com as palavras, mas seu tom
era tão delicado que beirava a mais absoluta das contradições. E além do mais... ele era um sonho.
Como ficar ofendida com um sonho?
– Agora só precisamos te ensinar a dizer sim para um bom homem.
Baixei meus olhos e encarei o chão.
– O problema é que bons homens não dizem "sim" pra mim.
Ele levantou meu queixo e alisou minha boca com o polegar.
– Dizem sim. Não é culpa deles se você não está escutando – ele desceu o polegar da minha boca
traçando uma linha ao longo do meu pescoço até chegar aos meus seios. Ele tinha um sorriso que
fazia minhas pernas tremerem e um cheiro... por Deus! Aquele cheiro... Ele cheirava a perfume, suor
e sexo. Se todos os homens do mundo tivessem aquele cheiro, as mulheres gozariam no meio da rua.
Eu me deixei abraçar e percebi que estava nua. Meus braços correram para tentar cobrir minha
nudez, mas ele me tinha segura em um abraço envolvente e não permitiu que eu me escondesse.
Respirei fundo e lembrei que era só um sonho. Não precisava ter vergonha de um sonho.
– Agora é a parte que você diz que eu sou a mulher mais linda que você já viu? – perguntei
descrente.
– Você não é a mulher mais linda que eu já vi.
Engoli em seco. Se ele estava tentando me seduzir, aquele comentário não tinha sido muito
apropriado.
– Oh – foi tudo que consegui dizer.
– Se você não se acha bonita, Nahia... Por que eu deveria achar?
Não importava se ele era um sonho. Eu estava ofendida. Tentei me livrar do seu abraço, mas agora
ele também estava sem camisa e aquele odor divino que ele exalava parecia estar ainda mais forte.
Seu tórax era definido e rígido, suas mãos largas tocavam cada centímetro do meu corpo como se
já conhecessem perfeitamente cada uma de minhas curvas. Passei os dedos em seu peito e senti a fina
cicatriz vertical na altura do seu coração. Eu queria que ele se afastasse para que eu pudesse
observar seu corpo, mas ele segurou meus cabelos e puxou meu rosto para si. Sua boca era ao mesmo
tempo gentil e possessiva. Eu me apoiei em seus ombros e me entreguei.
Ele provocava um de meus mamilos com o polegar e o indicador enquanto, com o outro braço, me
mantinha presa pela cintura. Sua boca encontrou meu pescoço e seus lábios traçaram uma trilha suave
até meus seios. Eu sentia a umidade entre minhas coxas, uma manifestação do meu corpo que gritava
de desejo. Meu mamilo rígido como uma rocha estava dentro de sua boca, entre seus dentes.
Fechei os olhos.
Meu corpo não tinha mais forma ou controle. Era só desejo e sensação. O desejo de que aquela
boca continuasse a me sugar e chupar, a sensação daquela língua, daqueles lábios. Senti uma de suas
mãos abandonando meus seios, seu toque descendo pelo meu estômago, e então seus dedos estavam
lá. Macios, ágeis e delicados, tocando-me e estimulando em um local particularmente íntimo e
maravilhoso.
Senti cada centímetro da minha pele se preparar para a explosão de orgasmo que inevitavelmente
viria.
E então, ele parou. Suas mãos voltaram para minha cintura. Sua boca voltou para o meu ouvido.
– Você precisa aprender a dizer sim.
– Sim – eu murmurei, exasperada de indignação e desejo. Por que ele tinha parado?
– Só isso? – ele disse, rindo.
Minha respiração trêmula não parecia ser capaz de me obedecer.
– Por favor... – enfiei minhas mãos em seus cabelos e encarei seus olhos verdes. Por favor, não
faz isso comigo, pensava.
Ele fez que não com a cabeça. Segurou meu queixo com violência e eu senti minhas coxas
encharcarem.
– E por que eu iria querer uma mulher que precisa pedir?
Suas mãos me abandonaram e ele estava indo embora.
Malcomida, malcomida, malcomida.
Senti vontade de chorar, de gritar, de acordar... Eu era ignorada durante o dia mais do que podia
suportar, o sexo que eu tinha experimentado até aqui tinha sido pífio.
Malcomida do jeito que ela é...
Já bastava a insatisfação que eu tolerava durante o dia.
Só preciso dar um sorrisinho...
Era isso que os homens pensavam? Que eu me derretia para qualquer um? Que eu aceitava um
homem que se deita e goza em cima de mim sem se preocupar em me satisfazer? E que estava tudo
bem?
Chega.
As lágrimas de raiva estavam chegando. Mesmo que fosse só um sonho, eu me recusei a acordar
insatisfeita. Dessa vez não.
Andei até ele o mais rápido que pude, antes que minha coragem me abandonasse.
– Não! – segurei seu braço e o forcei a se virar de volta. – Você não vai fazer o que quiser e ir
embora – eu falava sem respirar. – Você vai fazer o que eu quiser – minha boca estava a centímetros
da dele, meu tom de voz beirava o sussurro. Eram todas as forças que me restavam. – Você vai
terminar o que começou e só vai parar depois que eu tiver gozado muito, muito gostoso.
Ele arregalou os olhos e me ofereceu um sorriso de satisfação.
– Agora sim – ele me pegou pela cintura e me forçou contra o chão. Nem sequer tive tempo para
pensar e ele tinha a boca, mais uma vez, furiosamente em meus seios. Suas mãos se arrastavam pela
minha pele cobrindo toda a extensão do meu estômago. E tão subitamente quanto começou, ele parou,
invertendo a posição. Agora ele tinha meus mamilos entre os dedos e estava chupando e lambendo
um ponto delicioso entre as minhas coxas onde antes os seus dedos brincavam.
– Isso... Bem aí...
Ele me beijava como se fosse minha boca e não outra parte do meu corpo que ele estivesse
explorando com a língua. Segurei seus cabelos para mantê-lo bem ali.
Mas seja lá que tipo de sonho fosse esse, eu, definitivamente, não estava no controle. O controle
era dele. Era todo dele. E com um último beijo delicado e superficial, ele se desvencilhou do meu
toque e se afastou.
– Mas... mas... – meu raciocínio me abandonou. Que tipo de pesadelo sádico e sacal era esse?
Ele passou o polegar no meu lábio inferior e me beijou. Senti meu gosto na boca dele. Queria
ordenar para que ele voltasse e não parasse até eu mandar. Mas eu já tinha usado minha pouca
determinação até a última gota. Agora era a hora de aceitar minha frustração. Não consegui esconder
uma careta de indignação.
– Não fique frustrada, querida – ele falava em um sussurro, sem nunca abandonar a iminência de
um beijo, seus lábios raspavam nos meus. – Nós ainda vamos nos divertir muito, eu e você – ele
sorriu com aquela boca maravilhosa. – Isso é só o começo.
Ela sacrificaria tudo pela família, até mesmo a própria liberdade. Ele, uma fera mascarada de homem, viu nela mais do que uma simples presa. Desesperada para salvar sua mãe e evitar perder o lar que foi conquistado com tanto esforço, uma jovem ousa entrar no obscuro mundo dos acompanhantes de luxo. Ela não esperava ser escolhida, ainda mais por alguém tão perigoso. Ele é uma criatura de outro mundo - dois metros de pura tentação, com olhos que prometem segredos sombrios e um desejo animalesco que a coloca no centro de sua vingança. O acordo deveria ser simples, mas ela descobre que está lidando com mais do que um bad boy: ele é o caos personificado. Agora, presa em um pacto que mistura prazer, perigo e obsessão, ela precisa decidir se sobreviverá a essa conexão devastadora... ou se será consumida por ela. "No limite entre o desejo e a destruição, cada escolha pode ser fatal - ou deliciosamente inevitável."
Fornicação é pecado. Como se lê, devemos fugir da imoralidade sexual. Qualquer outro pecado que uma pessoa comete é fora do corpo, mas a pessoa sexualmente imoral peca contra o seu próprio corpo. Eles nos ensinam que esses pensamentos, essas ações, são imorais. Mas aquele lado obscuro que vive dentro de todos nós, a verdadeira natureza do homem, nos leva a buscar a necessidade que queima por dentro, exigindo ser libertada. No fundo de nossos ossos está aquela necessidade intrínseca, desesperada para escapar. Um comportamento inato, aparentemente fora de nosso controle. Aquele que grita pelos pecados que eles nos dizem que estão condenando. Aero é a garganta de onde eu grito. As partes sombrias de mim que quero esconder deste mundo são tudo o que ele vê quando me olha por baixo de outra máscara. Ele é o demônio me afogando em meus próprios desejos ocultos. Ele pode nunca parar. Não até eu sucumbir às minhas verdades, ou morrer sob o peso de seu aperto implacável. Porque, segundo ele, a vida que tenho levado é um inferno muito pior do que a morte.
Na sombria paisagem do submundo dos Estados Unidos, uma jovem herdeira de uma poderosa família da máfia é forçada a seguir três regras rigorosas para garantir sua liberdade: não se apaixonar, não se casar e evitar chamar a atenção. Quando um ataque violento coloca sua vida em perigo e sua família não pode resgatá-la, surge uma proposta inesperada de um poderoso líder rival: ele oferece proteção em troca de um casamento forçado. Enquanto luta para proteger os segredos perigosos de sua família, ela se vê cativada pelo charme sombrio de seu novo noivo. Conforme eles tentam construir uma relação em meio a segredos, sedução e perigos constantes, ela percebe que ele esconde mais do que revela. Enquanto os inimigos continuam a caçá-la, ele está determinado a destruir qualquer um que ameace o que considera seu.
Um senador poderoso e influente, marcado por um escândalo do passado, está concorrendo à presidência do país. Para manter as aparências, ele precisa de uma esposa, mas está determinado a não se envolver emocionalmente. A solução? Um casamento por contrato, onde ele pretende manter uma relação fria e distante. Do outro lado, uma jovem mulher luta para cuidar de sua irmãzinha com um problema cardíaco delicado, enquanto enfrenta a falência iminente de sua família. Forçada por seu pai e madrasta, ela aceita se casar com o senador, sem saber que será usada em um plano cruel contra ele. À medida que os dois começam a conviver, a atração entre eles cresce inesperadamente. O que começou como um acordo de conveniência se transforma em um sentimento avassalador. No entanto, quando segredos são revelados, o senador descobre que ela está aliada a um inimigo inesperado e passa a desprezá-la. O que ele não sabe é que ela guarda um segredo capaz de mudar tudo: a existência de um herdeiro. Será que o amor deles será forte o suficiente para sobreviver e se curar, mesmo diante de tantas adversidades e revelações sombrias?
Maria Eduarda nunca teve a vida fácil. Bolsista em uma faculdade dominada pela elite, ela usa sua beleza e inteligência para navegar em um mundo cheio de privilégios que não lhe pertencem. Embora esteja cercada por playboys e patricinhas, ela mantém uma postura indiferente às vantagens superficiais que sua aparência oferece. Mas tudo muda quando Angela chega à faculdade. Nova, muda, parcialmente surda e com uma deficiência física, Angela logo se torna alvo de bullying, mas Maria Eduarda não hesita em se tornar sua protetora e amiga. A amizade entre as duas se fortalece até o dia em que Maria Eduarda conhece os quatro irmãos de Angela — excêntricos e imprevisíveis, cada um com suas peculiaridades e charmes inegáveis. O primeiro encontro é desastroso, gerando uma antipatia instantânea e profunda entre Maria Eduarda e os irmãos. Contudo, a convivência forçada e as circunstâncias peculiares começam a borrar as linhas entre o ódio e uma atração inexplicável. Em um turbilhão de emoções, descobertas e desafios, Maria Eduarda aprende mais sobre a verdadeira amizade, o valor da família e a complexidade dos sentimentos humanos. Mas a pergunta que permanece é: poderia realmente o ódio dar lugar ao desejo e, talvez, ao amor? "Encontros Improváveis" é uma jornada de autodescoberta, preconceitos desfeitos e a prova de que os encontros mais improváveis podem levar aos destinos mais extraordinários.
Uma história obscura do começo ao fim. Uma humana e um vampiro que são obrigados a conviverem juntos. Em um mundo destruído em uma guerra, entre humanos e vampiros, vamos conhecer a história de vitória, uma garota de dezessete anos que faz de tudo para proteger a sua mãe até mesmo cometer pequenos roubos, na cidade destruída de Nova York, ela vive cada dia com medo que chegasse o seu aniversário de dezoito anos, afinal quando isso acontecesse ela terá que passar por uma seleção para que eles escolham o seu destino, escrava de sangue ou guarda, no fundo ela sabia que seria escrava de sangue como a mãe dela. Mas tudo em sua vida muda quando elas decidem fugir, quando ela é pega só tem uma saída decidi ser escrava de sangue sem direito algum no castelo da família real de vampiros ou a morte. Em meio a conflitos, dor e sofrendo vitória conhecerá o príncipe herdeiro dos vampiros disposto a tudo para ser o rei, até mesmo usá-la para isso. Vitória descobrirá que também sabe lutar, algo no seu sangue faz com que ela seja capaz de fazer coisas impossíveis, e usará isso para matar todos os vampiros. Mas o que ela vai fazer quando descobre que realmente se sente em casa na escuridão do príncipe vampiro?
Dois anos antes, Nina casou-se com um homem totalmente estranho. Ela não sabia o nome ou a idade dele, não sabia nada sobre essa pessoa com quem iria casar. O casamento deles só foi um contrato com condições, e um das cláusulas era que ela não podia dormir com outro homem. No entanto, Nina perdeu a virgindade com um estranho quando bateu à porta errada numa noite. Com a indenização que ela tinha que pagar, ela decidiu elaborar um acordo de divórcio. Quando ela finalmente encontrou o marido para entregar o acordo, ficou chocada ao descobrir que o marido não era outro senão o homem com quem o "traíra"!
Jenna Murphy casou-se com Hansen Richards, que ela amava desde a infância, mas aquele que mais a odiava. Ela acreditava que ele finalmente a amaria de volta. Mas antes que seu sonho se tornasse realidade, seu pai morreu num acidente de carro e sua mãe ficou na UTI. Seu tio sem vergonha até aproveitou para roubar todas as propriedades dela. Para obter despesa de cirurgia para sua mãe, Jenna só podia concordar em se divorciar de Hansen. Depois de deixar o escritório de Hansen com o papel do divórcio e cheque, Jenna perdeu esperança de vida. No entanto, Jenna descobriu que o acidente, que arruinou sua família, parecia ter algo com Hansen...
Charlee virou motivo de chacota quando seu noivo, Liam, não compareceu à cerimônia de noivado. Enquanto tentava manter a compostura, ela recebeu um vídeo picante de Liam e sua meia-irmã. Em busca de vingança, Charlee passou uma noite selvagem com um estranho bonito, que era na verdade um magnata. Era para ser uma aventura única, mas ele continuou aparecendo, ajudando-a e flertando com ela. Logo, ela percebeu que era bom tê-lo por perto. Um dia, quando Liam chegou em casa de Charlee para implorar por outra chance, o magnata apareceu e perguntou a ela: "Quem você vai escolher? Pense bem antes de responder."
Kallie, uma muda negligenciada pelo marido por cinco anos desde o casamento, sofreu um aborto por causa da cruel sogra. Após o divórcio, ela descobriu que seu ex-marido logo ficou noivo da mulher que ele amava de verdade. Colocando as mãos na barriga ligeiramente arredondada, ela percebeu que ele nunca tinha se importado com ela e decidiu o deixou para trás, tratando-o como um estranho. No entanto, depois que ela partiu, ele viajou pelo mundo procurando por ela. No dia em que se cruzaram novamente, ela já havia encontrado seu amor. Pela primeira vez, ele implorou: "Por favor, não me deixe…" Mas a resposta de Kallie foi firme, frustrando todas as esperanças do homem: "Suma!"
Livro 1: Quando a oportunidade de um emprego temporário aparece, a inexperiente Vasti não perde tempo e se candidata. Tudo parece uma maravilha, mas, calma aí... "Amanhã, você usará uma calcinha lilás!" Adônis MacGyver é de tirar o fôlego, mas esse CEO esconde um segredo que vai mudar a vida de Vasti para sempre. Livro 2: Apolo, irmão de Adônis, vive um conflito após ser traído pela esposa, no casamento do irmão mais velho! Agora, ele se vê sozinho com o filho, Ares, de 6 anos e sabe que precisa encontrar uma mãe para a criança. Erin Dixon parece ser a candidata perfeita - exceto pelo pequeno detalhe de que ela tem um ex-marido mais do que problemático. Milo Lancaster, um dos melhores amigos de Adônis, está sendo pressionado pela família para que se case e tenha um filho. Mas ele não quer isso! Um casamento arranjado parece ser uma boa opção! Porém, e se ele quiser mais do que isso quando conhecer Heidi Williams melhor? Livro 3: Gustav não imaginou que ao colocar os olhos em Artemis novamente, após anos, ele se sentiria atraído daquela forma. Porém, ela o rejeitou. Ela tinha outro. Mas será que ela realmente o esqueceu? Ou esse romance ainda tem chances de dar certo? Continuação em "Te quero de volta", a partir do capítulo 172. Vamos conhecer mais sobre Ícaro e Ariel! Sigam-me no insta e vamos interagir! @m_zanakheironofficial
Ethan sempre via Nyla como uma mentirosa compulsiva, enquanto ela o via como um homem implacável. Nyla pensava que, depois de dois anos ao lado dele, ele se importaria com ela, mas a realidade a atingiu com força quando ela o viu acompanhando outra mulher a um check-up pré-natal. Com o coração partido, ela decidiu desistir, não tentando mais quebrar a frieza desse homem. Porém, ele não a deixou ir. Então, ela perguntou: "Se você não confia em mim, por que quer me manter por perto?" Ethan, que antes era tão arrogante, agora implorou humildemente: "Nyla, a culpa é toda minha. Por favor, não me deixe."