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Abby acaba pegando seu noivo a traindo com a chefe deles, q por canancia e desejo de conseguir tudo na vida, a perde... e então ela vai trabalhar em outra empresa a qual seu chefe sente uma atraçao irresistivel...e muita coisa pode acontecer
Pego minha xícara de café observando Henrique terminar de colocar a gravata azul royal e alcançar a sua pasta.
Seu cabelo castanho penteado para trás como de costume. Barba feita, e seu cheiro delicioso invadindo os meus sentidos.
-Não vamos juntos, hoje? -Pergunto, por cima da xícara.
Ele se aproxima, me encarando com seus lindos olhos azuis, deixando um beijo rápido em meus lábios.
-Desculpa, linda. Não vai dar. Tenho que me apressar para deixar a sala preparada para a reunião.
Assinto, franzindo o cenho.
-Isso não é serviço da secretária do senhor Everton?
Ele respira fundo.
-Viu minhas chaves? -Começar a andar de um lado para o outro.
-Henrique?
-Abby, ele me pediu uma ajuda, é isso. Você sabe que Marta não é mais a mesma. É a idade.
-Então, ele que contrate uma secretária auxiliar. -Dou de ombros.
Ele balança a cabeça.
-Nós nos encontramos lá, não se atrase! -Murmura saindo porta afora.
Suspiro caminhando em direção ao banheiro. Talvez um banho frio me ajude a despertar para o trabalho.
Após uma ducha fria e me arrumar, dirijo para o trabalho, já no elevador tento ligar para Henrique, sempre almoçamos juntos, mas ultimamente ele sempre tem tido trabalho extra.
Passo em sua sala e está vazia, nem a sua secretária sabe para onde foi.
Sem tempo para procura-lo, sigo para a minha sala, há pilhas de campanhas sobre minha mesa para fazer. Confesso que meu pensamento uma hora e outra está em meu noivo.
Será que aconteceu algo?
Tento me concentrar ao máximo, e quando o horário de almoço chega, saio praticamente correndo para a sua sala.
Alcanço a maçaneta, e juro ter escutado alguns sussurros. Bato levemente e entro encontrando Henrique e Rebeca, a filha do nosso chefe. Ela me olha sorrindo. Apesar de a situação ser um pouco estranha, esboço um pequeno sorriso.
-Abby, fiz questão de vir pessoalmente parabenizar Henrique pela excelente reunião. -Fala, apertando seu braço direito levemente.
Meus olhos rapidamente viajam para seu toque. Tento não bancar a ciumenta, afinal, ela é a nossa chefe também e só veio parabenizar o meu noivo.
-Nossa, é muito gentil, da sua parte.
Sorrio, caminhando em direção a ele que sorri minimamente. Beijo sua bochecha e entrelaço nossos dedos.
-Fico feliz por seu sucesso, Rico. Vamos almoçar? -Sussurro em sua orelha.
Ele assente e solta a minha mão se virando para Rebeca.
-Obrigada, senhorita Rebeca. Se não se importar, Abigail e eu, sairemos para almoçar.
Ela me encara com uma expressão indecifrável e solta um sorriso de canto.
-Claro, não irei atrapalhar o casal.
-Imagina, senhorita. Se quiser, pode nos acompanhar, Abby ficará feliz, não é linda? -Henrique fala de maneira educada, me fazendo quase ter um treco.
Abro e fecho a boca, apertando levemente minhas mãos em punho.
-Hum. claro! Será bem-vinda. -Solto essas palavras, mesmo gritando mentalmente um sonoro "NÃO".
Nos minutos a seguir, almoço escutando Henrique e Rebeca conversarem como se eu não existisse. O que foi ótimo, assim, pude observar o real interesse dela pelo meu noivo.
Meu sexto sentido me diz que devo ficar em alerta. E nunca me engano.
Ao se despedir, ela o abraçou e demorou mais do que o necessário. Seu gesto ousado causou uma DR, e resultou no dia seguinte, Henrique ir para o trabalho e almoçar sem mim.
Tento de todas as formas fazer as pazes, mas ele demonstrou ainda está magoado com minha falta de confiança. Deixei meu ciúme falar mais alto e acabei deixando escapar que não confiava em deixar ele sozinho com Rebeca. Henrique entendeu tudo errado. Eu confio no meu noivo, é nela que eu não confio. Sempre olhando de maneira sedutora para ele.
Arg! Eu não a suporto.
Agradecendo aos ceus por hoje ser sexta-feira, resolvo sair mais cedo e fazer um jantarzinho à luz de velas. Não tem como meu Rico continuar magoado comigo.
Vou direto ao shopping comprar algumas coisas, incluindo uma lingerie nova, mas só quando vou pagar pelas compras percebo que estou sem a minha carteira.
Bato em minha testa praguejando sem parar. Peço desculpas para a atendente que me olha com uma certa impaciência. Tento me lembrar onde posso ter deixado e a empresa é o único lugar que me vem à mente, considerando o fato de ter almoçado em minha sala.
Retorno para a empresa em passos largos e quando passo pela sala de Henrique escuto vozes...gemidos?
Olho para os lados e pelo horário não tem quase ninguém no prédio. Todos já estão indo para as suas casas.
Abro a porta lentamente, sentindo meus batimentos zunir em meus timpanos. Diante da cena que presencio. Meu corpo todo paralisa. Pisco os olhos, sentindo lágrimas pesadas escorrerem pela minha face.
-Gostosa... Geme no meu ouvido, linda. -Sussurra, mordiscando os lábios dela.
-Henrique...
Coloco as mãos na boca, enojada. Henrique e Rebeca transando em cima da sua mesa. No seu local de trabalho, no qual, ele nunca quis ter intimidades comigo, por não julgar ser correto.
Pego um quadro em sua parede e atiro na direção dos dois, mas devido minha péssima mira, atinge as persianas da janela.
Eles se assustam e Henrique se afasta com os olhos arregalados, tentando se recompor, fechando o cinto da sua calça preta social. Rebeca, por sua vez, desce da mesa lentamente, com um sorrisinho satisfeito nos lábios inchados.
-Eu posso explicar, Abby. -Henrique sussurra tentando me alcançar. Bato em suas mãos o afastando.
-Nem tente. -Rosno. -Pego todos os quadros e objetos que encontro e atiro contra ele, chorando copiosamente. -Como pode, Henrique? Me trair dessa forma? Eu não entendo... -Balanço a cabeça sem acreditar.
-Abby, vamos conversar. -Continua a se aproximar.
O encaro mortalmente.
-Conversar? -Solto um sorriso amargo. -Me diz Henrique, sobre o que conversaremos? Hã? De como você estava com o seu pau enterrado nessa aí? -Aponto para Rebeca, que revira os olhos.
-Essa aí não, querida. Tenho nome. E vamos parar de showzinho? Você pegou Henrique comigo, estamos juntos. Ponto!
-Cala a boca, Rebeca. -Henrique murmura, a segurando pelo seu braço direito.
De repente tudo fez sentido. Ele estava com ela o tempo todo, provavelmente rindo de mim pelas costas. Me viro para Henrique com sangue nos olhos.
Me aproximo dele e desfiro um tapa em seu rosto. Retiro a aliança e jogo contra ele.
-Eu tenho nojo de você, Henrique. Até nunca mais!
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