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A Obsessão do Mafioso - A Filha do Amigo

A Obsessão do Mafioso - A Filha do Amigo

5.0
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Sinopse

Índice

Dante Moretti é um homem forjado no fogo do poder, da violência e da obsessão. Aurora St. James, a herdeira de uma família intocável, é tudo o que ele não deveria desejar – mas não consegue resistir. Forçada a um acordo cruel para selar uma aliança de sangue entre seus impérios, Aurora se torna tanto sua rainha quanto sua prisioneira. Entre eles, não há espaço para inocência. Só há lugar para jogos perigosos, onde o desejo arde como veneno e o amor se mistura ao ódio. Dante a quer de todas as formas – corpo, mente e alma. E Aurora, mesmo lutando contra a escuridão que ele representa, não consegue negar a atração visceral que a puxa cada vez mais fundo no abismo. Mas segredos sangrentos do passado emergem, ameaçando destruir tudo. E enquanto o perigo os cerca, eles descobrem que a única coisa mais letal que seus inimigos é a paixão obsessiva que os consome. Um romance onde o amor não é gentil, o poder tem um preço e a linha entre prazer e dor é perigosa e irresistivelmente sedutora. Dante e Aurora não se pertencem. Eles se devoram. E, no final, só restará o caos.

Capítulo 1 Prólogo - Capítulo 1 – O Olhar Queima

A Obsessão do Mafioso - A Filha do Amigo

PRÓLOGO:

O cheiro dele ainda está na minha pele.

Não importa quantas vezes eu lave, esfregue ou arranhe. Ele ficou impregnado em mim como uma marca invisível, queimando por baixo da carne.

Eu não deveria estar aqui. Não deveria ter cruzado aquela porta.

Mas o calor... o calor do olhar dele me derreteu por dentro.

Tudo começou com um toque. Simples. Rápido. Mas carregado de significado. A ponta dos dedos dele deslizando de leve pelo meu pulso, como se testasse até onde eu aguentaria.

Eu deveria ter recuado. Eu deveria ter dito não.

Mas só consegui abrir as pernas.

Agora, sento aqui, com as coxas marcadas pelos dedos dele, com a boca ainda inchada do beijo bruto.

E sei que ele vai voltar.

Porque homens como ele não pegam só uma vez.

Eles tomam. E destroem.

E eu estou implorando para ser arruinada.

Capítulo 1 – "O Olhar Queima"

(Narrado por Aurora St. James)

A chuva castigava Nova York com fúria. As gotas grossas batiam nas janelas da mansão como pequenas pedras, criando um ritmo constante e sufocante. O céu estava tão escuro que parecia pesar sobre a cidade, e cada trovão fazia vibrar as paredes grossas de concreto. A mansão dos Moretti, isolada do restante do mundo, parecia ainda mais fria naquela noite.

Meus saltos ecoavam pelo chão de mármore polido, um som que se misturava ao estalar distante da lareira acesa. O aroma amadeirado da mobília antiga misturava-se ao leve cheiro de tabaco queimado, vindo de algum canto do salão. Cada detalhe daquela casa gritava poder e opressão, como se tudo ali estivesse desenhado para esmagar qualquer traço de fraqueza.

Passei os dedos pela superfície gelada do corrimão de ferro enquanto descia lentamente as escadas. O vestido preto de seda escorria pelo meu corpo como uma segunda pele, deslizando a cada passo. A fenda lateral subia até a coxa, mas não por escolha minha. Meu pai achava que certos vestidos projetavam poder e, naquela casa, aparência era tudo.

A música suave ecoava pelo salão, abafada pelo burburinho da elite criminosa de Nova York. Homens engravatados, mulheres com jóias que brilhavam mais do que seus olhares vazios. Eu os conhecia. Sabia quem eram de verdade por trás das máscaras de civilidade. E odiava cada um deles.

Meu olhar vagou pelo salão, procurando por algo... ou talvez alguém... que pudesse tornar aquela noite menos sufocante. Foi então que o vi.

Ele estava encostado próximo à lareira, segurando um copo de uísque com a mão firme. O terno escuro caía perfeitamente em seu corpo, como se tivesse sido feito sob medida. A luz do fogo dançava sobre seus traços, destacando a mandíbula marcada e o olhar sombrio.

Dante Moretti.

O melhor amigo do meu pai. O homem mais perigoso naquele salão.

E naquele instante, ele estava me observando.

Seus olhos, de um tom indecifrável, pareciam despir cada camada que eu cuidadosamente vestia para me proteger. Não era um olhar casual. Era pesado. Calculado. Como se soubesse exatamente o que fazer para me desestabilizar.

Meu coração vacilou por um segundo, e odiei a mim mesma por isso.

Respirei fundo e desviei o olhar, mas a sensação do seu foco em mim permaneceu, queimando minha pele como se tivesse me marcado.

- Está se divertindo, querida? - A voz do meu pai surgiu atrás de mim, firme, quase autoritária.

- Tanto quanto se pode esperar. - Respondi, forçando um sorriso.

Ele riu baixinho, aquele som que não carregava humor algum. Apenas controle.

- Lembre-se de sorrir para as pessoas certas. Isso evita problemas desnecessários.

Antes que eu pudesse responder, senti o peso de outro olhar. Sabia exatamente de quem vinha.

Voltei a encarar Dante. Dessa vez, ele não desviou. Não fingiu desinteresse.

Ele ergueu lentamente o copo de uísque, levando-o aos lábios, e bebeu sem pressa, sem nunca quebrar o contato visual.

Arrogante. Perigoso. Fascinante.

Eu devia me afastar. Sabia disso. Mas não consegui.

Minhas pernas se moveram por vontade própria, atravessando o salão até a mesa de bebidas. A poucos metros dele.

Peguei uma taça de vinho, ignorando o leve tremor nos meus dedos.

- Apreciando a festa? - Sua voz era grave, rouca, carregada de algo que fazia minha pele arrepiar.

Olhei para ele, fingindo desinteresse.

- Não tenho muita escolha, tenho?

Ele sorriu de lado, mas seus olhos continuavam duros.

- Não. Não tem.

O silêncio entre nós pesou. Podia ouvir a música distante, o tilintar de copos, as risadas forçadas. Mas ali, perto dele, tudo parecia abafado.

- Está se escondendo ou apenas observando? - Perguntei, surpreendendo até a mim mesma.

Ele inclinou levemente a cabeça, avaliando-me.

- Eu nunca me escondo.

Ele se aproximou um passo. Apenas um. Mas foi o suficiente para que o cheiro de couro e tabaco me envolvesse.

- Você deveria. - Sussurrei, sem entender de onde veio aquela ousadia.

A risada dele foi baixa, sem humor.

- Não me provoque, garota. Você não faz ideia de onde está se metendo.

A forma como ele disse aquilo não foi uma ameaça. Foi uma promessa.

Engoli em seco, sentindo o sangue pulsar nas têmporas. Ele não tocou em mim. Não precisou. A presença dele era sufocante.

Antes que pudesse reagir, ele inclinou-se ligeiramente, o suficiente para que sua boca ficasse próxima ao meu ouvido.

- Cuidado com o que deseja, princesa. Às vezes, os monstros atendem.

O calor da sua respiração na minha pele fez algo dentro de mim estremecer.

E então ele se afastou, misturando-se novamente à multidão. Mas o cheiro dele ficou. A presença dele ficou.

E eu soube que aquela noite seria o início de algo muito mais perigoso do que eu poderia imaginar.

Do outro lado do salão, Dante parou por um instante, sem olhar para trás, mas com um sorriso contido nos lábios. Ele sabia. Sabia que havia me envenenado com uma simples aproximação.

E eu sabia que não conseguiria escapar. Não sem me queimar.

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28 Capítulo 28 Enjaulada
Hoje às 18:31
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