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Contrato Sob Ameaça

Contrato Sob Ameaça

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70 Capítulo
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Sinopse

Índice

Será que a Maggie conseguirá superar o seu passado traumático e dar uma chance ao amor? Ou será que o seu passado continuará a causar estragos na vida dela? E o contrato de casamento, será uma oportunidade para a Maggie encontrar a felicidade que tanto procura? Ou mais uma ameaça a ser ultrapassada? Descubra todas as respostas e reviravoltas desta emocionante história que irá mexer com as emoções dos leitores. Deixe-se envolver pela narrativa envolvente e pelos personagens cativantes que irão conquistar o seu coração. Não perca esta história cheia de surpresas e reviravoltas que irão manter todos ansiosos por mais a cada página virada.

Capítulo 1 Daisy e as cachorras obedientes

CASAME

CONTRATO SOB AMEAÇA

CAPÍTULO 1

Maggie Campbell

Aos 15 anos, temos uma ideia muito distorcida da realidade, pensamos que tudo é um mar de rosas e que tudo corre bem e que todos gostam de nós.

Mas isso não é minimamente verdade, pelo menos para mim nunca foi.

O meu nome é Maggie Campbell e esta é a minha história.

Não é uma história bonita, não é uma história feia, é apenas a minha história.

Tu nunca sabes que resultados virão da tua ação.

Mas se não fizeres nada, não existirão resultados.

# PARTE 1 #

Santa Mónica, Los Angeles, Ano de 2000

Daisy

Narrado por Maggie

"Nunca será tarde enquanto houver vontade"

- Anda Maggie, a aula já começou.

- Calma Lou, estou a ir.

Dou uma corrida, mas sou obrigada a cair no chão.

Daisy acaba de colocar o seu pé na minha frente, me fazendo cair... mais uma vez.

- Que desastrada que tu és Maggie, não vês por onde andas, anta marreca? Nem com esses óculos enormes tu consegues ver merda nenhuma? - Daisy fala com raiva.

Não sei o que eu fiz a ela, para me odiar tanto assim.

Mas ela odeia, há três anos que ela me faz isto diversas vezes, isto e muito mais.

- Mas tu não te cansas de fazer estas coisas? Maluca! - Louise me ajuda a levantar.

- Olha aqui sua protetora das mal vestidas e horríveis e gordas e sebosas, a ver se falas comigo direitinho ouviste? - ela fala apontando o dedo na cara da Louise.

Lou dá um estalo na sua mão e a avisa.

- Se me voltares a apontar o dedo eu o parto. - ela diz ameaçadoramente.

- Gostava de te ver a fazer isso, sua louca.

Acaba por virar as costas e vai embora pelo corredor se balançando toda.

- Maggie tu não podes permitir que ela te continue a fazer estas merdas, ela faz isto há três anos e tu nunca te defendes amiga!

Ajeito os óculos na minha cara.

- Não gosto de problemas, tu sabes isso. - falo, tentando não demonstrar que me dói o joelho.

- Mas a maluca da Daisy, já é um problema e dos grandes, enormes. Louca da merda.

Lou continua a barafustar irritada enquanto nos dirigimos para a nossa aula.

Como era de esperar, chegámos tarde à aula o que causa burburinho entre os outros alunos e o professor é obrigado a dar um berro.

- TODOS CALADOS, MAS ESTAMOS NUMA AULA OU NA FEIRA?

Todos se calam de imediato.

- Maggie e Louise, isto são horas de chegar? Já passa dez minutos da hora - ele fala a olhar para o relógio.

Pedimos desculpa e prometemos que não volta a acontecer.

A aula prossegue mais calma agora.

Sinto-me aliviada por acabar.

Ao sair da sala de aula, eu e a Lou vamos para o refeitório.

Ao entrar no refeitório, vejo que está cheio e paro abruptamente, fazendo com que a Lou que vinha atrás de mim bater nas minhas costas.

- Caramba, Mag, porque paraste de repente? - ela pergunta curiosa, mas percebe mal olha lá para dentro.

- Já percebi. - ela coloca-se na minha frente.

Eu não gosto de frequentar locais que tem muita gente, normalmente não entro, tenho sempre a sensação que todos olham para mim e reparam o quanto eu sou esquisita.

- Mag, eu estou a morrer de fome, por favor, vamos comer! - ela implora.

Faço uma careta.

- Ok, vamos lá.

Entramos no refeitório e vamos buscar o nosso comer e vamos nos sentar na relva lá fora, porque aqui está muito cheio mesmo.

Dou graças a Deus por virmos cá para fora comer.

Estamos a comer descansadas e a divertir-nos sentadas na relva, quando o nosso sossego acaba.

- Ora, ora, ora! - Daisy fala com cara de nojo. - Se não é a sebosa da Maggie e a sua amiga peçonhenta!

As duas parvas que vêm com ela riem à gargalhada, como se ela tivesse dito a melhor piada do mundo.

Ela faz sinal com a mão e elas se calam imediatamente.

Lou não perde a oportunidade e diz.

- Ora, ora, ora, tão amestradas que as tuas cachorrinhas estão.

Sarah vai ao seu encontro mas é parada pela Daisy.

- Sua estúpida! - Sarah rosna para a Lou.

- Sua cachorra obediente.

Daria para rir destas duas, se a situação não fosse esta.

Jennifer, a outra amiga, decide falar também.

- Daisy!! - ela chama toda ofendida. - Não podemos deixar que ela nos fale assim.

- Claro que não, nós somos a parte rica da cidade, vamos lá deixar estas duas pobretonas falar assim connosco!

Elas sorriem e pegam em dois sacos e os despejam em cima de nós.

Lixo, era o que os sacos traziam.

Lou se levanta para bater em alguém mas elas já vão longe a rir na nossa cara.

- Coloque o lixo no lixo! - Daisy grita lá de longe a rir.

- Tu vais me pagar, Daisy maluca.- responde super irritada a Lou

Eu tento tirar o lixo de cima de mim, mas decididamente vou precisar de um banho.

Olho para a Lou, somos duas a precisar de um banho.

Lou chega perto de mim a barafustar.

- Não sei como tu consegues ficar aí, como se nada tivesse acontecido, Mag!

Encolho os ombros.

- Que queres que faça, eu não me vou rebaixar ao nível delas.

Ouvimos risos e piadas atrás de nós, para não variar.

Lou espreita por cima do meu ombro com cara de que vai matar alguém.

- O que foi? Nunca viram?

- Lixo a andar não.

Riem todos, feitos parvos.

- Que engraçadinho, vê se não te cai um dente com a gracinha de merda.

Eles ainda riem mais.

Eu nem olho para trás.

-Hein, Maggie, ficas bem com o lixo em cima de ti, assim não se percebe o quanto tu és esquisita.

E ri e eu só me apetecia ter um buraco para me esconder.

- Vocês importam-te de parar com essa estupidez, vamos embora, temos mais o que fazer. - ouço a voz do Ryan, mas nem me atrevo a olhar para eles.

Eles desaparecem atrás dele.

- Todos uns insuportáveis nesta escola, que merda - Lou fala pegando no tabuleiro. - Vou levar isto ao refeitório e vou para casa.

Eu suspiro chateada.

- Eu também! - acabo por dizer.

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