Alícia, uma jovem de periferia, cinderela moderna, tem um grande amor, mas ele é um criminoso de colarinho branco, e Alícia se recusa a ser "mulher de bandido". Sua inocência é negociada por sua mãe, para um CEO com quase o triplo de sua idade, e em um acesso de rebeldia, ela vende antes, mas aceita se casar com o velho babão. Depois que entrega o prêmio, se rende ao seu amor e em uma reviravolta, conhece o noivo. Um coroa elegante, sedutor e educado, que jura de pés juntos que não a comprou. E agora? O coração (e o corpo) de Alícia fica dividido, mas quando ela descobre o motivo para essa negociação absurda, entende que o preço de sua inocência é muito alto, e tem que se virar para salvar a própria vida e a de sua família. E nesse meio tempo, se descobre entre o sonho da casa com cerquinha branca e o turbilhão de uma "pegada mais forte"...
Meu nome é Alícia, tenho dezoito anos e sou moradora da periferia de São Paulo. Preta, pobre e favelada, me esforcei muito a vida toda para não virar estatística: me envolver com tráfico de drogas, gravidez na adolescência ou virar mulher de bandido.
Meu pai Pedro é segurança patrimonial, a vida toda eu o vi sair pra trabalhar de uniforme, armado, em escala 12x36. Ele é negro último tom, é nordestino bronco, serviu o exército e não gosta de coisa errada. Criou minhas duas irmãs e eu para andarmos sempre na linha, estudar e não dar confiança pra bandido.
Minha mãe Noêmia é costureira, linda e vaidosa, quinze anos mais nova que meu pai, é uma safada. Pobre metida a rica, nunca respeitou o casamento e a palavra fidelidade não existe em seu vocabulário.
Me rejeitou a vida toda, e eu não sei porquê. Me tornou a gata borralheira de casa, vivi toda a minha infância e adolescência um conto de fadas às avessas.
E estudei, estudei muito, e evitei os sentimentos que brotavam em mim pelo meu melhor amigo, Fernando. Ele era um príncipe, lindo, educado, gentil, mas era um criminoso de colarinho branco, e eu me decidi por não ser mulher de bandido e não queria desviar do meu caminho!
E isso me custou tudo! Minha inocência em recusar a ajuda de Fernando, por ser dinheiro sujo, em acreditar que minha mãe iria me deixar sair de casa, estudando, plena e absoluta, me custaram tudo no momento em que minha mãe me vendeu para um homem 30 anos mais velho do que eu, com quem ela já tinha dormido e só quando tudo estava perdido pra mim, me entreguei a esse amor que não poderia dar sequência.
E quando conheci o noivo, fiquei dividida entre o CEO maduro e o bandido educado. Vivi uma vida inteira em 1 ano, e não foi do jeito mais agradável...
ESFORÇO
1994
Eu olhava pela janela do ônibus sem prestar mesmo atenção no que via. Sabia que era uma grande distância de onde eu morava até o centro da cidade, e pior ainda de onde estava voltando, no extremo oeste da capital de São Paulo. Eu moro no extremo leste e estava voltando da cidade universitária, e mesmo com a distância e dificuldade, me sentia com uma enorme sensação de dever cumprido, mesmo muito cansada.
Fui prestar o vestibular na USP, por insistência de minha professora de matemática, que me inscreveu e pagou a taxa de inscrição como um presente, dizendo que confiava no meu potencial. Eu não acreditava tanto assim, por isso nunca pensou em dispôr do valor da taxa. Tinha uma vida muito pobre, estava desempregada e meus pais jamais tirariam das despesas da casa, um valor relativamente alto para pagar a inscrição de uma universidade federal, onde eu disputaria 80 vagas para o segundo curso mais concorrido da USP.
Minha mãe Noêmia era costureira, jovem, linda, muito vaidosa. Sempre andava bem arrumada, ela mesma fazia as próprias unhas nos domingos que não fazia horas extras. Meu pai Pedro era segurança, nordestino bronco, ignorante por natureza, tinha muito ciúme de minha, que era 15 anos mais jovem que ele.
Eu tenho mais duas irmãs e um irmão. Matheo foi dado pra madrinha rica que foi viver na França com o marido quando era ainda um bebê. Ele é gêmeo de Mayara e os dois têm 20 anos. Vimos algumas fotos antigas dele, mas nunca tivemos contato. Eles são os brancos dos irmãos, e embora gêmeos, não se parecem muito. Talvez porque Matheo foi criado com dinheiro, saudável e Mayara, na dificuldade dos assalariados.
Eu sou a do meio. Em tudo! Com 17 anos, sou uma morena cor de papelão, e a que mais evidencia a mistura do pai negrø e mãe loira. Apesar da cor, sou a que mais me pareço com meu pai. Chega a ser gritante a semelhança. E depois vem Paola, uma negrinhå de 14 anos, bem típica brasileira. Um arraso, corpo escultural, cabelos extremamente cacheados, lábios carnudos. Tão linda que chega dar vontade de bater! E tão meiga e carinhosa que dá vontade de morder.
Como toda filha do meio, tenho a síndrome da filha rejeitada. Com Matheo longe, Mayara a preferida da minha mãe e Paola a preferida do meu pai, não sobrou nada para mim. Como sempre me achei sem graça, feinha até e não tinha ninguém pra dar toda a atenção que minhas irmãs recebiam, me dediquei a estudar. Sempre fui uma nerd de óculos, que ninguém nunca notava e as visitas dos meus pais sempre achavam que eu era a empregada da casa.
Por que eu sempre tinha que fazer todo o serviço, pois Mayara era a anfitriã junto com minha mãe e Paola era a pequena. E quanto mais decepcionada ficava com a forma de a minha mãe me tratar, mais eu estudava.
Tinha traçado um futuro pra mim. Não sou como essas adolescentes emocionadas, que só pensam em homens, em balada ou beijar na boca. Tenho pavor de drogas, homem tocando em mim, em lugares inapropriados ou coisas desse tipo. Queria estudar, sair da casa dos meus pais quando fizer 18 anos, ter meu canto, trabalhar e me manter. Conseguir entrar em alguma universidade pública. Mas aí as dificuldades vieram desde logo. Mesmo quando eu trabalhava, minha mãe pegava metade do meu salário pra ajudar nas despesas da casa. Também usava meu vale refeição pra fazer compras, só que quando eu chegava da escola, nunca tinha janta pra mim. Então eu tinha que almoçar com a metade dos tickets que recebia e não podia tomar café na rua, nem comer na escola. Meu salário de estagiária não era muito, tinha que comprar a cota de passagens para condução pra escola, livros...
Definitivamente não dava.
Aí minha mãe disse que eu não podia mais trabalhar, porque ganhava pouco e não estava passando fome, que era mais vantagem pra ela que eu ficasse em casa, cuidando de Paola, lavando e passando, e fazendo a comida das marmitas do meu pai, a dela e a de Mayara.
Em troca, ela com muito custo me deixou continuar estudando na Etec e comprava a cota de passagens. Mas livros, tinha que ir à biblioteca fazer os trabalhos e copiar porque ela não pagava xerox, e se isso não atrapalhasse meu serviço de casa.
Quando eu argumentava que precisava estudar e estava sobrecarregada, minha mãe mandava eu parar de ser besta, que no máximo eu ia conseguir lavar o banheiro de algum riquinho.
Noêmia dava pouca importância aos meus estudos, porque na verdade, ela queria que Mayara tivesse sido agraciada com um cérebro privilegiado. Mas a distribuição de dons não saíram como minha mãe gostaria, e Mayara era linda, mas faltava inteligência! E minha mãe entendia como desperdício, tanta inteligência em uma menina feia.
Desci do ônibus e comecei a caminhada para casa, pensando que desde os 10 anos sabia que minha mãe não gostava de mim. Não era uma sensação, nem uma impressão. Minha mãe falou com a própria boca, cara a cara comigo.
Na época, eu achei libertador, pois finalmente pude ter certeza do porquê a mãe minha mãe me tratava tão mal. Depois disso, comecei a tentar entender o porquê de ela não gostar de mim.
Sempre fui uma boa filha, fazia todas as tarefas da casa, cozinhava pra família toda, era estudiosa, não dava problemas com namorados nem com encrencas. Nunca questionava porque ganhava menos do que minhas irmãs, não era rebelde. E mesmo assim, minha mãe não me suportava de forma nenhuma.
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