A última chance

Nanda, era uma moça muito tímida que sofrera muito na infância com opressões e exigências por parte da família. Mesmo tendo boa aparência e edução notável era insegura, não acreditava na sua potência, se auto julgava feia e cheia de defeitos. Durante os anos escolares de base sempre foi destaque, tirava boas notas, tinha uma roda de amigos limitada e não gostava de chamar atenção.

Teve a oportunidade de ser acolhida na casa de seus tios mesmo com seus pais vivos. Lá disfrutou da boa vida que podiam proporcionar . Passou a frequentar escola particular, curso de idiomas, conhecer bons restaurantes, se divertia nas férias com passeios e viagens, usava roupas de marcas e não precisava se preocupar com os preços da conta do mercado.

Além dos tios, ela passou a dividir o imóvel com suas 2 primas, Isis e Irma, com quem pôde aproveitar longos anos de amizade e parceria. Na adolescência elas se aproximaram mais ainda, faziam muitas coisas juntas. Nanda, sentia fazer parte daquela família de verdade.

Logo após o término do Ensino Médio, dando início a vida acadêmica universitária. Nanda e Irma, sua prima mais velha, passaram no vestibular na mesma Universidade particular. Nanda passou para Psicologia e Irma para Direito. Antes das aulas iniciarem elas tiraram carteira de motorista e ganharam um carro. Iam e voltavam juntas e, passaram a ter que buscar Isis, a mais nova, que ainda estava na escola.

Cada uma envolvida com suas próprias atividades universitárias, conheceram pessoas novas e dali então passaram a se distanciar. E dois anos depois Isis havia terminado a escola, e desejara fazer Engenheria Civil, mas em outra Universidade. Então, elas se juntaram e foram juntas. Foi o bastante para deixar Nanda de fora de suas vidas.

As coisas em casa também não iam bem, Nanda começou a ficar de lado, se sentir excluída pelo comportamento de todos dentro de casa, como se estivesse sobrando e passou a se questionar se gostaria de permanecer por alí ou alçar vôo para sua independência.

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Como não sabia ao certo o que fazer no futuro próximo ou a longo prazo foi vivendo um dia de cada vez. Passou a fazer passeios com as amigas, sair para fazer compras, programação caseira na casa de uma delas e até mesmo ir a festas.

Carol, uma de suas amigas mais próximas, a convidou para acompanhá-la à festa de confraternização da empresa em que ela trabalhava, a Sublime Empreendimentos.

No dia da festa ela foi vestida de forma simples, elegante, mas discreta para não chamar atenção. Usou salto alto, deixou os cabelos soltos exibindo suas luzes recém retocadas e maquiagem leve.

Curtiram a festa sem extravasar. Na hora de irem embora dois rapazes se aproximaram e se ofereceram para acompanhá-las até o carro, no estacionamento.

Um deles conhecia Carol, e deixou bem claro suas intenções com ela. Enquanto ele fazia suas investidas nela, Nanda ficou na companhia de Alex. Se apresentaram, conversaram brevemente sem um assunto definido e riram um pouco da situação dos amigos.

Depois de um tempinho Nanda estava se sentindo acanhada pela falta de intimidade, e sem saber ao certo como aconteceu Alex a envolveu em seus braços e a beijou.