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Cara a cara com uma perigosa paixão, Kiera e Kellan Kyle descobrem que a fama cobra seu preço. Chegou a hora de lutar por tudo que, com tanta intensidade, conquistaram. Chegou a hora de colher os frutos da felicidade. Quando a banda se torna famosa, Kellan Kyle e Kiera são obrigados a se perguntar se o seu amor pode suportar as pressões constantes do superestrelato. As amizades que fizeram, a família que encontraram e a história que viveram irão ajudá-los a navegar pelas águas turbulentas da popularidade crescente da banda. No entanto, um executivo ganancioso e obcecado pelo sucesso, uma estrela pop em decadência à procura de emoções e o cerco da mídia, que transforma mentiras em verdades, são apenas alguns dos obstáculos que os dois amantes terão que enfrentar se quiserem continuar juntos. PS: ÚLTIMO LIVRO!
Acordei sentindo a mão dele
subindo pela
minha coxa. Sorrindo, espreguicei os membros rígidos e toquei os dedos que
percorriam minha pele. Sua mão quente e macia segurou a minha, apertando-a
com força. Um frio aro de metal afundou na minha pele quando ele me
envolveu no seu abraço firme e eu sorri ainda mais, passando o dedo pela
aliança quase idêntica no dedo anular da minha mão esquerda.
Eu tinha me casado na noite anterior... no sentido espiritual do termo, pelo
menos. Por ora, uma promessa sincera de devoção eterna era o bastante para
nós. Uma cerimônia formal e um pedaço de papel não fazem um casamento. O
que sustentava o meu era o sentimento que fazia meu peito explodir – a
sensação poderosa de que eu fora dividida em duas ao nascer e, por milagre,
conseguira reencontrar minha outra metade... que, por um milagre ainda maior,
sentia o mesmo que eu.
Lábios macios roçaram meu ombro, e eu me aconcheguei ainda mais ao corpo
que buscava o conforto do meu. Os lençóis enrolados ao nosso redor eram os
mais caros em que eu já dormira, mas esse luxo não era nada em comparação
com o homem ao meu lado. Com as pernas quentes enroscadas entre as minhas,
o peito largo colado às minhas costas e os braços me envolvendo e
embalando, ele era muito mais confortável do que a cama cara em que nos
deitávamos.
Levando aos lábios os dedos que se entrelaçavam aos meus, beijei sua
aliança. Ele riu baixinho, e então seus lábios sensuais foram subindo pelo meu
pescoço. Quente e satisfeita, minha pele na mesma hora se arrepiou, curtos
choques elétricos percorrendo meu corpo.
Quando ele chegou ao meu ouvido, sussurrou:
– 'dia, Sra. Kyle.
Na mesma hora meu coração começou a palpitar. Eu me virei entre seus
braços para poder vê-lo. Seus olhos da cor do céu poente se fixaram nos meus,
e um leve sorriso curvou sua boca quando ele observou minhas feições. Seu
rosto era perfeito – o ângulo do queixo, a curva do nariz, a textura dos lábios.
No momento, eu não podia me lembrar de nada que fosse tão lindo quanto o
homem que acabara de me dar seu sobrenome.
– Bom dia, Sr. Kyle.
Deixei escapar um risinho incrédulo, e ele sorriu ainda mais. A felicidade em
seus olhos era quase palpável. Era tão bom saber que eu o fazia se sentir
assim. Ele já sofrera muito na vida, e agora merecia um pouco de paz. Eu
ainda estava achando tudo isso meio irreal, da profundidade do seu amor ao
fato de que era eu quem o inspirava. Às vezes, não me sentia digna dele, mas
agradecia por tê-lo todos os dias.
– Mal posso acreditar que fizemos isso, Kellan.
Ele arqueou uma sobrancelha, seu sorriso logo ficando travesso:
– Fizemos o quê? Sexo selvagem? Isso não devia te surpreender. – Seu rosto
adquiriu um ar de adoração. – Cada vez com você é incrível.
Mordendo o lábio, procurei controlar a vergonha que ele me fazia sentir.
– Não foi a isso que me referi... – acariciei seu rosto com o polegar – ... e
sim ao nosso casamento.
Kellan se apoiou sobre o cotovelo, olhando para mim. Seu olhar desceu até
nossas mãos entrelaçadas, fixando-se na aliança que rodeava seu dedo. Sua
expressão de contentamento passou para uma de êxtase. Eu nunca o vira mais
feliz.
– Até que a morte nos separe – sussurrou.
Passando meus dedos pelo seu peito, as montanhas e vales do seu corpo
extremamente definido começando a me excitar, murmurei:
– Você sabe que meus pais não vão te aceitar como meu marido até você me
levar ao altar.
Lembrando a mensagem vaga que deixara para eles na secretária eletrônica da
casa de Kellan, já que eles ainda estavam na cidade por causa da minha
formatura, franzi o cenho. Eles iam ficar furiosos quando acordassem e
soubessem que eu tinha me mandado da festa para me casar sem convidá-los.
Para ser honesta, eu estava meio surpresa com o fato de meu celular ainda não
ter tocado... ou de a porta do nosso quarto no hotel ainda não ter sido
arrombada.
Kellan riu, virando nossos corpos para poder ficar por cima. Sorrindo
tranquila para ele, passei os dedos pelas suas costas. Ele ficou arrepiado.
– E eu vou fazer isso... – Deu um beijo no meu pescoço, e outro mais
embaixo. Meu coração disparou. – Vou dar a eles a cerimônia que querem... –
Olhando para mim, deixou que seus lábios vagassem até o alto de um dos
seios. Fiz um esforço para não me contorcer. – Vou te dar o casamento dos
seus sonhos, Kiera.
Seus lábios se fecharam ao redor do mamilo, e mais uma vez eu me senti
inundar pela paixão da noite anterior. Por mais prazerosa que nossa primeira
transa como marido e mulher tivesse sido, eu queria mais, queria Kellan de
novo. Não achava que jamais pararia de desejá-lo em todos os sentidos da
palavra.
Quando meus dedos já subiam para se emaranhar entre seus cabelos, minha
respiração totalmente alterada, seus lábios abandonaram a zona erógena que
tinham encontrado. Olhei para ele no mesmo instante em que ele me olhou.
Com um sorriso de canto de boca, beijou o espaço entre meus seios, e então
minha barriga. Só a ideia de ele continuar se dirigindo para o sul do meu
corpo na mesma hora me fez desejálo intensamente. Ele sorriu com ar
presunçoso, como se tivesse plena consciência do fato.
– Vou te dar tudo, Kiera, mas, até poder fazer isso direitinho... – Sua língua
mergulhou no meu umbigo antes de começar a descer pela minha barriga.
Gemi, fechando os olhos, na mesma hora alteando os quadris e puxando sua
cabeça para baixo. Ele deixou escapar um riso rouco, enquanto seus lábios
percorriam minha coxa. Seu hálito quente na minha pele, ele finalmente
concluiu a frase:
– ... vamos curtir as vantagens.
Então, sua língua deslizou sobre a parte mais íntima do meu corpo, e eu perdi
totalmente o controle.
Só fomos nos vestir para sair do luxuoso quarto horas depois. Uma rápida
inspeção no meu celular mostrou que Kellan o desligara de madrugada, o que
explicava por que não havíamos tido qualquer interrupção. Sorrindo para ele,
que pegava sua jaqueta em cima do banquinho da penteadeira – um banquinho
que tínhamos batizado –, liguei o celular. O alerta das mensagens de voz
vibrou, e tive certeza de que devia haver várias. Considerando o fato de que
em breve estaríamos com meus pais, não me dei ao trabalho de ouvi-las. Até
porque eu tinha certeza do que diriam. "Onde é que você estava com a cabeça?
Não pode se casar com ele, Kiera! Volte logo para podermos te levar para
casa!", etcétera e tal. Eles iam demorar algum tempo para aceitar nossa união.
E iam demorar ainda mais tempo para aceitar o fato de que em breve eu iria
cair na estrada com meu marido. Até eu ainda estava chocada. Fazer uma turnê
pelo país com Kellan era algo que estivera fora de cogitação enquanto eu
ainda cursava a faculdade, mas agora eu me formara e estava livre. Podia
fazer o que quisesse. E eu queria estar com Kellan, onde quer que fosse.
Meu pai era meio careta, daquele tipo que acha que você deve entrar na
faculdade, se formar e arranjar logo um emprego. Kellan nem fizera faculdade.
Tinha fugido de casa pouco depois de concluir o ensino médio e mergulhado
na cena musical de Los Angeles com Evan, Matt e Griffin. Desde então, os
quatro vinham tocando juntos. As escolhas de vida de Kellan deixavam meu
pai perplexo. E as minhas iriam deixá-lo furioso.
Mas a vida era minha, e eu faria dela o que bem entendesse. E estar com
Kellan era... maravilhoso. Não havia nenhum lugar no mundo onde eu
preferisse estar. Mas eu não estava abrindo mão dos meus sonhos para seguir
meu marido. Não, eu iria lutar para concretizar os meus também, só que, por
acaso, o trabalho dos meus sonhos se encaixava perfeitamente com a vida de
rock star de Kellan.
Eu queria ser escritora, o que me dava certa liberdade, já que poderia
escrever em qualquer lugar, desde que tivesse um mínimo de privacidade. O
que poderia ser complicado num ônibus de turnê cheio de caras agitados, mas
eu tinha certeza de que seria capaz de descolar algumas horinhas todos os dias
para jogar alguma coisa importante no papel. Eu estava no meio do meu
primeiro livro, que, num certo sentido, era autobiográfico, já que se baseava
em fatos reais. Era uma descrição detalhada e íntima de tudo que acontecera
entre mim, Denny e Kellan. O amor, o desejo, a traição – estava tudo lá.
Escrevê-lo estava sendo torturante, mas também terapêutico. Analisando a
situação de uma perspectiva crítica, era fácil perceber meus inúmeros erros.
Em alguns momentos eu tinha sido chata, grudenta, mesquinha, indecisa...
irritante, mesmo. Ver todos os meus defeitos expostos era uma experiência
humilhante. O livro era tão pessoal, que eu ainda nem tinha certeza se
permitiria que outras pessoas o lessem. Principalmente Kellan. Mas ele tinha
pedido, e eu concordara. Não queria voltar atrás, portanto teria que convencêlo, com cada página dolorosa, que eu não era mais aquela mulher fraca,
ridícula. Agora sabia o que queria, e era ele.
Dando uma olhada no quarto para ver se tinha esquecido alguma coisa, meus
olhos passaram pela cama bagunçada. O luxuoso cobertor vermelho estava um
caos, e os lençóis de cetim bege também estavam todos embolados. Kellan e
eu tínhamos aproveitado bem aquele espaço enorme, rolando por cima de cada
centímetro enquanto nos explorávamos. Nossos gemidos e gritos de prazer
ainda ecoavam na minha cabeça e, pela milionésima vez, fiquei feliz por ele
ter concordado com minha ideia de passar nossa lua de mel em um hotel. Não
podia nos imaginar fazendo as coisas que tínhamos feito de madrugada em
casa, com meus pais no quarto ao lado.
Chegando por trás de mim, Kellan passou os braços pela minha cintura.
Respirei fundo, apreciando o cheiro fresco e revigorante que era só dele.
Beijando minha orelha, ele murmurou:
– É melhor a gente ir andando. Prometi ao Gavin que tomaria café da manhã
com ele, e nós já estamos superatrasados... Vai ser mais como um brunch.
Dando uma espiada nele às minhas costas, não pude deixar de sorrir. Gavin
Carter era o pai biológico de Kellan. Ele se recusara a se encontrar com o pai
durante meses; estava morto de medo de conhecê-lo. Mas, na véspera, isso
finalmente acontecera, e agora Kellan iria tentar ter um relacionamento com
ele.
Dando meia-volta entre seus braços, cruzei os meus pelo seu pescoço.
Passando os dedos pelos seus cabelos, dei um beijo leve nele.
– Tenho certeza de que ele vai compreender que a sua noite de núpcias se
esticou um pouco.
Kellan suspirou, me apertando com força. Seu corpo colado ao meu era duro e
rijo. Meus dedos estavam loucos para sentir as curvas do seu físico definido,
mas isso sempre fazia com que ele começasse a explorar o meu, o que
geralmente levava a uma longa e demorada sessão de sexo... e nós tínhamos
mesmo que ir embora. Recorrendo a todo o meu autocontrole, mantive os
dedos emaranhados com firmeza entre seus cabelos.
Kellan deu um beijo na minha testa.
– Ainda não consigo acreditar que você é minha mulher.
Esfregando o rosto no seu peito, eu me sentia como se meu coração fosse
explodir e despencar no chão. Meu Deus, como eu o amava. O desejo por ele
começou a crescer enquanto nos abraçávamos, e mais uma vez tive que
reprimir o impulso de expressar meu amor fisicamente. Me afastei dele,
ficando séria.
– Tem razão, é melhor irmos andando.
Kellan sorriu ao ver minha expressão.
– Você quer transar de novo, não quer?
Ficando vermelha, empurrei seu peito para trás.
– Acho que nós... já quebramos recordes demais de madrugada... e agora de
manhã. – Sentindo o rosto arder, desviei os olhos.
Kellan segurou meu queixo, me fazendo olhar para ele.
– Você quer transar comigo? – perguntou, sem um laivo de provocação na voz.
A pergunta foi tão direta que achei difícil manter os olhos fixos nos seus, e tive
o instinto de abaixar o rosto. Mas não fiz isso, e sim me obriguei a encarar
aquelas profundezas azul-escuras, sussurrando:
– Quero.
Kellan abriu um sorriso orgulhoso.
– Foi tão difícil assim reconhecer? – perguntou, com um brilho nos olhos.
Eu já ia fechar os meus, mas não me permiti fazer isso. Ele não queria que eu
me sentisse envergonhada na sua presença. E não estava tentando me provocar,
e sim me ajudar a amadurecer. Olhando para ele, tornei a assentir.
– Para ser franca, sim, foi meio constrangedor.
Apertando os lábios, Kellan se afastou de mim.
– Eu quero que você me peça para transar com você... agora.
Fiquei boquiaberta.
– Kellan... – Morta de vergonha, cobri o peito com os braços. Como ainda
estava usando o tubinho justo e colante que minha irmã, Anna, me emprestara
para a cerimônia de formatura, tive muito que cobrir. – Eu já te pedi para
transar em outras ocasiões... Por que você está me envergonhando
conscientemente?
Suspirando, ele se abaixou para me olhar nos olhos.
– Você me pediu no calor do momento, quando nós já íamos mesmo transar. Eu
quero que você se sinta totalmente à vontade para me pedir a qualquer hora,
em qualquer lugar.
Arqueei uma sobrancelha para ele.
– Em qualquer lugar?
Kellan me deu um sorriso travesso.
– Em qualquer lugar.
Sabendo que ele não ia desistir, soltei um suspiro aborrecido. Abaixando os
braços, contei até dez. Ora, isso não era tão difícil assim. Eu deveria ser capaz
de pedir a ele para transar comigo; certamente já usara o corpo em várias
ocasiões para fazer isso. Mas falar assim, à queima-roupa, era diferente; eu
me sentia muito mais vulnerável.
Levantando o queixo, perguntei, em tom confiante:
– Kellan, quer transar comigo? – Bem, a intenção foi dizer isso num tom
confiante, mas minha voz saiu aguda e estridente... tudo, menos sexy.
No entanto, pela expressão de Kellan, qualquer um pensaria que eu acabara de
brindá-lo com uma dança erótica. Seu olhar intenso percorreu meu corpo, me
incendiando. Ele se demorou nos meus lábios, nos seios, nos quadris e,
embora não estivesse me tocando, meu corpo reagiu como se estivesse.
Quando esse olhar de puro sexo finalmente voltou ao meu, ele deu um passo à
frente. Seu quadril roçou o meu, e eu soltei uma exclamação. Com o hálito
quente na minha pele, ele sussurrou no meu ouvido:
– Essa foi a coisa mais sensual que já ouvi você dizer.
Meus olhos se fecharam. Eu me sentia como se estivesse vibrando, esperando
que ele me tocasse. Cada ponto sensível do meu corpo vibrava de expectativa.
Ele só precisaria encostar os lábios nos meus, passar o polegar por um seio ou
apertar meu traseiro, e eu explodiria... sem a menor sombra de dúvida.
Seus lábios chuparam o lóbulo de minha orelha, e eu deixei escapar um
gemido baixinho.
– Mas nós temos que ir embora. – Com essas palavras, ele segurou minha mão
e me puxou. Assustada com o movimento súbito, meus olhos se abriram
bruscamente. Ele estava rindo enquanto se aproximava da porta... e não da
cama.
Olhei séria para ele, que ainda ria.
– Desculpe, Kiera, mas você vai ter que ficar insatisfeita por um tempinho. –
Inclinando a cabeça, seu sorriso aumentou. – Digamos que é o seu... carma...
por todas as vezes em que me deixou excitado, e depois tirou o corpo fora.
Comecei a me sentir culpada, mas procurei não pensar nisso. Nosso passado
não era mais relevante.
– Você está sendo mesquinho – murmurei.
Ele deu um beijo no meu rosto.
– Hummm, talvez eu seja. – Avançando para mim, segurou meu traseiro e
puxou meus quadris para os dele. Uma onda de desejo percorreu meu corpo na
mesma hora, e gemi um pouco antes de poder me controlar. Passando o nariz
pelo meu rosto, ele disse, com voz rouca: – Porque estou doido para passar o
dia inteiro te provocando desse jeito.
Furiosa por me sentir tão excitada, eu o empurrei.
– Você é um cretino.
Ele riu, abrindo a porta. Pegando a bolsa, olhei mais uma vez para a cama
desarrumada que gritava Rolou uma transa apaixonada aqui!.
– Espera aí, Kellan. A gente não devia arrumar a cama antes de ir embora?
Kellan franziu o cenho, seu olhar indo do meu rosto para os lençóis
embolados. Balançando a cabeça para mim, murmurou:
– Você é muito fofa. – Seu sorriso carinhoso ficou irônico quando ele voltou a
olhar para a cama. – Não, nós vamos deixar o quarto como está. Quero que o
mundo saiba o que aconteceu aqui... na noite em que consumamos o nosso
casamento – disse, seus olhos voltando aos meus.
Suspirei, comovida com suas palavras. Então, ele acrescentou:
– Além disso... é uma cena sexy.
Revirando os olhos, saí com ele do quarto.
A recepcionista passou o tempo todo encarando Kellan enquanto fazíamos o
check-out. Vi quando ela deu uma espiada na aliança dele no momento em que
lhe entregou o cartão de crédito, mas, pelo brilho de interesse nos seus olhos,
acho que não estava se importando muito com o fato de Kellan ser casado.
Kellan era um homem lindo, e homens lindos chamam a atenção quando
chegam aos lugares. Àquela altura eu já estava acostumada com essa reação, e
já não me incomodava mais. Quer dizer, não me incomodava tanto quanto
antes.
A recepcionista ficou séria ao entregar o recibo a Kellan. Pela decepção no
seu olhar quando ele agradeceu sem sequer olhar para ela, pareceu que estava
esperando que ele fosse convidá-la para um encontro em um dos quartos. Tive
que me controlar para não sorrir quando os olhos dela finalmente passaram
para mim. Talvez estivesse esperando ter uma transa rápida com o cara sexy
que estava prestes a sair da recepção, mas Kellan não era mais homem de
transas rápidas.
Eu me aconcheguei ao corpo dele, agradecendo a ela com toda a educação
pela estada agradável. Dei uma risadinha ao dizer isso, ainda meio empolgada
pela noite de núpcias. Kellan deu um beijo na minha testa, já se dirigindo para
a saída.
– Quando a gente chegar, vou ligar para o Gavin e convidá-lo para ir tomar um
brunch lá em casa. Seria bom se nossas famílias se conhecessem de uma vez,
não é? – perguntou.
O sorriso feliz de Kellan me encheu de alegria. Ele se referira ao pai como
sendo sua "família"... um contraste incrível com o tempo em que não queria
ter nada a ver com ele.
– Claro, é uma ótima ideia. – Estremeci. – Mas meus pais vão me matar. –
Exibi a aliança para ele. – E te matar em seguida.
Kellan apenas deu de ombros ao ouvir meu comentário, me acompanhando até
o carro no estacionamento. Abrindo a porta para mim com todo o
cavalheirismo, ele me deu um rápido beijo no rosto enquanto eu entrava no
Chevelle. Então, caminhou até o lado do motorista com um grande sorriso.
Parecia extremamente feliz por finalmente me ter como sua esposa, por saber
que eu era dele e não iria a parte alguma. Eu sempre tinha esperado que o
homem com quem me casasse fosse me amar acima da razão, mas Kellan... me
amava acima de tudo. A profundidade do seu amor às vezes me espantava, mas
meu amor por ele era igualmente poderoso. Ele era tudo para mim.
Quando entrou no Chevelle, eu me aproximei do seu lado no banco para ficar
o mais perto dele possível. Ele sorriu, passando o braço pelo meu ombro.
– Está com saudades? – perguntou, com voz baixa e sensual.
Assentindo, ergui o rosto para lhe dar um beijo. Kellan retribuiu meu carinho
com avidez, sua mão segurando meu rosto. Rocei sua língua de leve com a
minha e ele gemeu, e então se afastou.
– Ei, sou eu que vou passar o dia te provocando, e não o contrário.
Fez o beicinho mais fofo do mundo, e não pude conter o riso.
– Desculpe, aprendi com o mestre.
Kellan soltou um suspiro dramático e tirou o braço do meu ombro para dar a
partida no carro.
– Acho que é bem feito para mim. – O motor possante despertou com um
ronco, e o ar satisfeito de Kellan voltou.
Minha expressão era uma xerox da sua quando deitei a cabeça no seu ombro.
Embora a recepcionista do hotel tivesse devorado meu marido com os olhos
sem o menor pudor, embora meu pai fosse tentar me botar de castigo quando
eu o visse, e embora o pai recém-descoberto de Kellan fosse aparecer para
visitá-lo agora à tarde, aquele era um dia perfeito; nada estragaria minha
felicidade.
O Chevelle virou na rua cheia de Kellan, e experimentei a sensação de voltar
para casa. Tinha curtido nossa noite fora, mas estava feliz por voltarmos.
Quando Kellan entrou na casinha branca de dois andares, um carro já estava
estacionado na entrada. Ele deu uma olhada no Jetta esporte vermelho e fez
uma expressão intrigada. Curiosa para saber quem chegara, olhei também; o
carro não era de ninguém que eu conhecesse.
Desligando o motor do Chevelle, Kellan murmurou Hummm, e abriu a porta.
Abri a minha também, imaginando se Gavin e os filhos teriam chegado. Como
ele viera de outro estado, talvez tivesse alugado o carro. Só que eu achava
difícil de acreditar que tivesse aparecido sem pedir permissão a Kellan
primeiro. Além disso, teria precisado de instruções para chegar à sua casa. E
eu duvidava muito que o para-choque de um carro alugado exibisse um
adesivo com os dizeres Se vai entrar na minha traseira, pelo menos puxa o
meu cabelo.
Compreendendo que a motorista era mulher e, provavelmente, uma das mil
exsei-lá-o-quês de Kellan, segui-o até a porta, relutante. Meu Deus, se alguma
mulher tivesse resolvido aparecer usando apenas um sobretudo, com meus
pais hospedados lá... eu ia ter um troço.
A porta da rua estava destrancada, e Kellan entrou. Segurando minha mão, ele
me conduziu até o vestíbulo. A casa de Kellan não era das maiores. Passando
pela porta, a pessoa podia virar à direita e subir a escada que levava aos
quartos, virar à esquerda em direção à cozinha, ou seguir em frente para a
sala. Naquele momento, meus pais estavam sentados no sofá encaroçado da
sala, meu pai exibindo uma expressão fechadíssima. Minha mãe tentava se
controlar, mas dava para ver que também não estava nada satisfeita.
Eu não sabia se a decepção dos dois era com a minha fuga inesperada ou se
estavam irritados com a pessoa que se acomodara na confortável poltrona de
Kellan, uma poltrona com enorme valor sentimental para mim, pois me fora
dada por ele quando tínhamos rompido. Significava muito para mim que
Kellan tivesse se importado o bastante a ponto de pensar em mim num
momento em que eu estava longe de merecer sua bondade. Quando vi uma
garota que não conhecia sentada no braço da poltrona, balançando os saltos
altos, senti um aperto violento no estômago.
Ao ouvir nossa chegada, ela inclinou a cabeça para trás, a fim de ver a porta.
Quando Kellan deu uma boa olhada nela, murmurou Merda e olhou para mim
com uma expressão preocupada. O aperto no meu estômago virou gelo quando
me perguntei quem ela seria.
Apertando minha mão, Kellan entrou na sala para que pudéssemos
cumprimentar a recém-chegada. Quando ela nos viu, levantou a cabeça para
Kellan, franzindo os olhos. Tinha cabelos pretos e olhos da mesma cor, que
realçava ainda mais cobrindo as pálpebras com sombra cinza-escura. Seus
lábios estavam pintados de vermelho-cheguei e apertados num beicinho
irritado, mas sexy. Ela era linda, mas isso eu já esperava. A maioria das
conquistas de Kellan era assim.
Com a expressão cheia de desprezo, a voz baixa e rouca, ela disparou:
– E aí, gostoso? – Achando graça do que dissera, sorriu, acrescentando: –
Será que na horizontal continua sendo? – Quando ela voltou a olhar para ele
com desprezo, minha expressão ficou sombria; não estava gostando nada dessa
pessoa.
Ignorando seu comentário, Kellan cumprimentou meus pais primeiro – Martin,
Caroline –, e então se dirigiu à grosseirona que estava empoleirada na minha
poltrona favorita: Joey.
Minhas sobrancelhas quase chegaram ao couro cabeludo enquanto eu olhava
para a garota que fuzilava Kellan com os olhos. Joey? Quer dizer, a exroommate chamada Joey? A garota que tinha morado lá até algumas semanas
antes de Denny e eu chegarmos... mais de dois anos atrás? Nunca achei que
ela voltaria. O que estava fazendo ali?
Com o rosto contraído, Kellan ecoou meus pensamentos:
– O que está fazendo aqui?
Ela ficou de pé. Cruzando os braços sobre o busto farto, empinou o queixo.
Com os olhos em fogo, rosnou:
– Onde é que estão as minhas coisas, Kellan?
A boca de Kellan se abriu um pouco, a expressão deixando transparecer uma
ponta de raiva. Apertando mais minha mão, respondeu:
– Você tomou um chá de sumiço durante dois anos. Eu joguei tudo fora.
Mordi o lábio para me impedir de estremecer. Na verdade, fora eu quem
jogara as coisas dela fora. Joey tinha ido embora às pressas, depois que
Kellan dormira com ela e, logo em seguida, dormira com outra pessoa. Nem
sempre ele fora o amante doce e fiel que era agora. Kellan afirmara que Joey
não dava a mínima para ele, que era apenas possessiva. Ele a ofendera
dividindo sua cama com outra mulher... muito embora ela também estivesse
dividindo sua cama com outros homens.
Denny e eu tínhamos usado os móveis dela ao chegarmos a Seattle. Depois do
nosso rompimento, eu ficara com a sensação de que eles tinham sido
contaminados, como se o astral do meu namoro de algum modo tivesse se
infiltrado na madeira escura. Talvez eu não devesse ter feito o que fizera, já
que não tinha o direito de descartar algo que não me pertencia, mas queria
aqueles móveis fora da casa para que Kellan e eu pudéssemos começar do
zero. Mas já devia saber que minha decisão iria acabar se voltando contra
mim.
Com um ar de indignação teatral, Joey deu um empurrão no ombro de Kellan.
– Você o quê...? Mas não eram suas para fazer isso, seu babaca!
Furioso, Kellan deu um passo à frente.
– Você caiu fora. O problema não é meu se resolveu deixar tudo para trás! –
Com um olhar de desprezo, observou o rosto dela. – Minha casa não é o seu
depósito particular.
Ela deu um riso debochado, fazendo um gesto de desdém.
– Tá legal, Kellan. Me poupe do seu mau gênio. Se não está mais com os meus
móveis, então pode me pagar por eles. – Deu um sorrisinho. – Mil e
quinhentos paus deve cobrir tudo.
Soltei uma exclamação abafada, e Joey virou a cabeça para me fuzilar com os
olhos.
– E quem é você? – Arqueou uma sobrancelha. – A comidinha da vez?
Meu pai se levantou, o rosto vermelho feito um pimentão.
– Não sei quem você é, mocinha, mas não se atreva a falar assim com a minha
filha!
Fiquei com medo de que ele tivesse um infarto, tão furioso parecia estar, mas
sua raiva não era nada comparada com a de Kellan. Soltando minha mão, ele
avançou até Joey, olhando-a de alto a baixo:
– Tome muito cuidado, Josephine. Você está falando com a minha mulher.
Joey pareceu intimidada por um momento, e deu um passo para trás. De
repente, a ficha caiu. Seus olhos pretos se arregalaram, e ela ficou me
encarando, boquiaberta. Então, começou a rir.
– Ah, meu Deus, você está falando sério? Você, o maior galinha que já
conheci, se casou mesmo, no duro? Que piada.
Kellan cruzou os braços e meu pai suspirou, voltando a sentar no sofá. Não
ficara nada satisfeito com essa história de casamento. Tive a impressão de que
minha mãe deu uma fungadinha, mas estava prestando atenção demais em Joey
para olhar. Sentia meu sangue começar a ferver, louca para que essa putinha
sem desconfiômetro desse o fora.
Kellan se sentia do mesmo jeito. Indicando a porta, disse a ela:
– Tudo bem. Eu te dou os mil e quinhentos pelos móveis. Agora, cai fora
daqui.
– Ah, não mesmo... – disse ela, balançando a cabeça. – As coisas mudaram,
Kellan.
Ele inclinou a cabeça, sem compreender. Eu também não compreendera. Com
as mãos fechadas em punhos, caminhei feito uma fera até ela.
– Você ouviu o que ele disse! Seu dinheiro vai ser pago! – Fiz um gesto,
despachando-a: – Agora, volte para o buraco de onde saiu.
Joey cravou um olhar fulminante em mim, e o manteve enquanto falava com
Kellan:
– Estou com uma coisa sua que quero devolver... – olhou para ele – ... já que
não me serve para nada. – Kellan franziu o cenho, e Joey riu ao ver sua
expressão confusa. – E, se quiser de volta, querido, vai ter que me pagar
dobrado.
– Você é doida de pedra, garota! – disparei.
Joey me ignorou, seus olhos indo para Kellan. Então se inclinou para pegar a
bolsa que deixara na poltrona, sua minissaia expondo quase totalmente as
coxas. Abrindo a bolsa, tirou um cartão de memória, do tipo que cabe em
câmeras digitais, filmadoras e alguns celulares. Os olhos de Kellan se
arregalaram ao vê-lo e pularam para os dela. Antes que eu pudesse perguntar o
que estava acontecendo, ele se apressou a responder:
– Tudo bem, eu te dou três mil.
Com um sorriso vitorioso para mim, Joey entregou a Kellan o cartão SD. Eu
quebrava a cabeça tentando imaginar o que haveria ali para Kellan se mostrar
disposto a pagar tanto dinheiro. O aperto no meu estômago se transformou em
náusea. Kellan pegou o cartão, e apontou para a porta.
– Eu te pago amanhã.
Joey deu um tapinha no rosto dele:
– Acho bom... porque vou transformar sua vida num verdadeiro inferno se não
fizer isso. – Olhou para mim com um sorrisinho cruel.
Kellan fechou os olhos.
– Sai da minha casa, Joey. – Voltando a abri-los, acrescentou: – E nunca mais
volte aqui.
Dando tchauzinho com os dedos para meus pais, ela foi rebolando até a porta
da rua. Ninguém se moveu ou disse uma palavra enquanto saía. Quando
ouvimos o som de seu carro sendo ligado, Kellan finalmente pareceu relaxar.
Virando-se para meus pais, enfiou o cartão discretamente no bolso.
– Me desculpem por essa cena. Espero que ela não tenha dado muito trabalho
a vocês antes de chegarmos.
Sua postura ficando rígida, meu pai olhou para Kellan. Eu seria capaz de jurar
que seus cabelos grisalhos ficavam mais brancos a cada segundo.
– Estou mais preocupado com o que vocês dois fizeram ontem do que com sua
amiguinha mal-ajambrada. – Com o rosto corado, olhou para meu marido e
para mim.
– Que história é essa de vocês fugirem para se casar? – Fixou os bondosos
olhos castanhos nos meus. – Você perdeu a cabeça, Kiera?
Mamãe fungou de novo, e papai deu um tapinha na sua mão. Queria me sentar
para conversar com eles sobre a noite anterior, mas ainda estava em estado de
choque. Que diabos Kellan guardara no bolso? E por que achara que valia três
mil dólares?
Enquanto papai batia no assento vago, para que eu sentasse, Kellan olhou de
novo para mim. Seu rosto exibia um misto de humor, resignação... e medo.
Não soube se ele estava fazendo isso de propósito, mas ele posicionara os
quadris de um jeito que não dava mais para ver o bolso onde guardara o
cartão. Mas eu sabia que o troço ainda estava lá.
Kellan fez um gesto para que eu sentasse ao lado de meu pai, e então apontou
para a porta.
– Volto logo. Quero dar uma olhada no meu carro, para ver se Joey fez alguma
coisa com ele. – Com um sorriso forçado, acrescentou: – Se ela tiver
arranhado o meu bebê, você vai ter que me segurar, porque sou capaz de matá-
la. – Aos risos, dirigiu-se para a porta.
Minhas palavras fizeram com que interrompesse seus passos bruscamente:
– O que tem naquele cartão SD?
O sorriso bem-humorado de Kellan se desfez na mesma hora. Engolindo em
seco, ele balançou a cabeça.
– Não é nada. Não se preocupe com isso, Kiera.
Ignorando meus pais por um momento, caminhei até ele. Tentei alcançar seu
bolso traseiro, mas ele se afastou depressa. Tentando a custo controlar a raiva
que fazia meu estômago dar voltas, repeti:
– O que tem naquele cartão?
Vendo que eu não ia desistir, Kellan se inclinou para mim, sussurrando:
– Podemos falar sobre isso mais tarde... em particular?
Quis assentir e sentar para explicar o casamento "simbólico" aos meus pais
preocupados, mas não conseguia tirar o sorrisinho de Joey da cabeça.
Consciente de que estava parecendo um disco quebrado, mas sem conseguir
me conter, tornei a perguntar:
– O que tem no cartão?
Agora irritado, Kellan franziu os olhos e disparou:
– O que você acha que é, Kiera? Nós filmamos uma transa! – Pareceu se
arrepender no momento em que se deu conta do que me contara à queimaroupa. Às vezes Kellan perdia a censura quando se aborrecia, e a chantagem
de Joey o deixara uma pilha de nervos. Mas acho que foram minhas perguntas
que o fizeram perder a cabeça.
Meu queixo caiu e senti como se ele tivesse me jogado um balde de água
gelada. Eu sabia o que ele ia dizer. Eu sabia. Mas ouvi-lo confessar doía.
Senti meu corpo quebrar, dividido. Meus olhos cheios de água.
– Você fez um vídeo pornô com ela?
Pigarreando, minha mãe se remexeu no sofá. Foi quando de repente lembrei
que Kellan e eu não estávamos sozinhos. Não, a idiota aqui não fora capaz de
esperar até ficarmos a sós para começar essa conversa. Como queria ter sido
capaz de controlar minha curiosidade! Daria tudo para não saber que meu
marido carregava no bolso um vídeo em que aparecia transando com outra
mulher. E daria tudo para que meus pais também não soubessem disso.
Percebendo minha dor, Kellan se aproximou com os braços estendidos.
– Kiera, eu posso explicar.
Levantei as mãos para ele, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Não queria
saber de explicações naquele momento. Só queria ficar sozinha. Dando as
costas a ele e meus pais, subi a escada correndo. Ouvi Kellan me pedindo
para esperar e minha mãe chamando meu nome, mas ignorei-os. Batendo a
porta do quarto, descalcei os sapatos, despenquei na cama e deixei que as
lágrimas escorressem.
Nada poderia estragar minha felicidade, não é? Acho que comemorei cedo
demais!
Ela sacrificaria tudo pela família, até mesmo a própria liberdade. Ele, uma fera mascarada de homem, viu nela mais do que uma simples presa. Desesperada para salvar sua mãe e evitar perder o lar que foi conquistado com tanto esforço, uma jovem ousa entrar no obscuro mundo dos acompanhantes de luxo. Ela não esperava ser escolhida, ainda mais por alguém tão perigoso. Ele é uma criatura de outro mundo - dois metros de pura tentação, com olhos que prometem segredos sombrios e um desejo animalesco que a coloca no centro de sua vingança. O acordo deveria ser simples, mas ela descobre que está lidando com mais do que um bad boy: ele é o caos personificado. Agora, presa em um pacto que mistura prazer, perigo e obsessão, ela precisa decidir se sobreviverá a essa conexão devastadora... ou se será consumida por ela. "No limite entre o desejo e a destruição, cada escolha pode ser fatal - ou deliciosamente inevitável."
Fornicação é pecado. Como se lê, devemos fugir da imoralidade sexual. Qualquer outro pecado que uma pessoa comete é fora do corpo, mas a pessoa sexualmente imoral peca contra o seu próprio corpo. Eles nos ensinam que esses pensamentos, essas ações, são imorais. Mas aquele lado obscuro que vive dentro de todos nós, a verdadeira natureza do homem, nos leva a buscar a necessidade que queima por dentro, exigindo ser libertada. No fundo de nossos ossos está aquela necessidade intrínseca, desesperada para escapar. Um comportamento inato, aparentemente fora de nosso controle. Aquele que grita pelos pecados que eles nos dizem que estão condenando. Aero é a garganta de onde eu grito. As partes sombrias de mim que quero esconder deste mundo são tudo o que ele vê quando me olha por baixo de outra máscara. Ele é o demônio me afogando em meus próprios desejos ocultos. Ele pode nunca parar. Não até eu sucumbir às minhas verdades, ou morrer sob o peso de seu aperto implacável. Porque, segundo ele, a vida que tenho levado é um inferno muito pior do que a morte.
Na sombria paisagem do submundo dos Estados Unidos, uma jovem herdeira de uma poderosa família da máfia é forçada a seguir três regras rigorosas para garantir sua liberdade: não se apaixonar, não se casar e evitar chamar a atenção. Quando um ataque violento coloca sua vida em perigo e sua família não pode resgatá-la, surge uma proposta inesperada de um poderoso líder rival: ele oferece proteção em troca de um casamento forçado. Enquanto luta para proteger os segredos perigosos de sua família, ela se vê cativada pelo charme sombrio de seu novo noivo. Conforme eles tentam construir uma relação em meio a segredos, sedução e perigos constantes, ela percebe que ele esconde mais do que revela. Enquanto os inimigos continuam a caçá-la, ele está determinado a destruir qualquer um que ameace o que considera seu.
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