Clarisse Bitencourt tinha tudo! Era uma advogada bem sucedida, trabalhava em escritório de prestígio numa das áreas mais badaladas de São Paulo e tinha acabado de vencer uma grande causa. Porém, ela viu seu mundo, cuidadosamente moldado, ser estremecido após se deparar com a imagem de um rosto do seu passado estampado nos noticiários. Bruno Machado estava apático, mas totalmente resoluto sobre sua decisão. Ele era um homem que já tinha desfrutado de mais sorte do que o seu destino poderia fornecer, então aceitar sentença como resultado de sua escolha era nada além de justo.
O cheiro de sangue já se espalhava pelo quarto.
Bruno Machado sentiu um arrepio na espinha ao olhar o corpo caído aos seus pés. A mulher, a morta, tinha no rosto um ar quase de... Espanto. Como se não esperasse a bala que a atingira na garganta, derrubando-a entre as duas poltronas decorativas.
No entanto, o assombro era até compreensível. Raramente os tipos valentões percebem ter pressionado sua vítima além do limite antes que ela reaja à altura da provocação. E no entender de Bruno, a morta era uma pessoa inescrupulosa e manipuladora da pior espécie.
O sangue da mulher no chão havia se espalhado pelo estofado de suede bege das poltronas e deixado uma mancha enorme e escura no tapete claro.
Ela tinha um porte atlético como uma amazona, o corpo moldado em horas diárias de academia e uma altura que contribuía ainda mais para a ideia de lutadora feroz. Ao cair, derrubara uma mesinha de canto, mandando as esferas decorativos de cerâmica e o relógio pelos ares. Quanto ao relógio, não havia o que fazer, pois o vidro do mostrador digital se partira em dois. De qualquer modo, ele devolveu os objetos aos lugares e observou o relógio, querendo vê-lo mexer. O fato é que ansiava por algum sinal de normalidade, uma evidência de que fora daquele quarto a vida continuava sua rotina implacável.
Entretanto, os mostradores continuaram fixos, mas numa imagem como de um espelho rachado em vários lugares, formando um vinte e dois e, provavelmente, um dezessete de uma noite fria e escura.
Bruno preparou-se para tomar as atitudes necessárias. Em quatro anos como chefe de segurança do complexo Ibiza, pela primeira vez via-se obrigado a checar um cadáver. E o irônico era que ele mesmo o produzira.
Ajoelhado junto ao corpo, ainda segurando a maldita arma na mão, procurou sentir o pulso da vítima. Nada. Então auscultou o coração, esperando encontrar não sabia bem o quê. Um indício de vida, talvez? Ou a prova definitiva de que a mulher estava acabada de uma vez por todas? Ao levantar-se, acabou sujando a camisa e a barra da calça de sangue.
"Droga, droga, droga!", pensou irritado. Talvez devesse sentir pesar pela morte dela, mas não. Na verdade, considerava-se muitas coisas, menos hipócrita. O que lamentava era a maneira como os acontecimentos haviam se desenrolado.
- Droga! - praguejou, encarando a pistola semi automática Cal. .380, que continuava segurando. A arma estava registrada em seu nome. E isso não era bom.
Será que devia dar um jeito de livrar-se dela? Mudar de roupa? Limpar as impressões digitais espalhadas pelo quarto? Para um homem acostumado a lidar frequentemente com crimes, criminosos e polícia, estava agindo como um novato inexperiente, atordoado demais para saber o que fazer.
Precisava de tempo para pensar e se decidir por uma linha de ação. Só que não seria possível, concluiu, ao ouvir passos rápidos no corredor.
- Polícia - avisou uma voz dura, logo antes de a porta ser aberta num arranco.
Imediatamente Bruno reconheceu o recém-chegado. Matias Silva. E seu parceiro, Jonas sei lá o quê, um sujeito quieto, com um bigode despenteado, como uma vassoura velha e duas entradas marcantes que tornavam sua testa mais proeminente. Claro que os dois também reconheceram Bruno.
Silva olhou o corpo estendido no chão e assobiou baixo.
- Apenas mais um dia de trabalho tranquilo no Ibiza Palace! - exclamou, rindo da própria piada.
Em outras circunstâncias, Bruno teria respondido ao gracejo com um sorriso, pois aprendera a entender o tipo de humor ácido que alguns policiais costumam usar para se defenderem do horror diário que a rotina da profissão lhes impõe. Hoje à noite, entretanto, mal conseguira prestar atenção ao comentário.
- Estou surpreso por encontrá-lo aqui tão rápido - Silva continuou, recolocando a arma no coldre.
- Por quê? - Bruno sentia a garganta seca e as palmas das mãos cobertas de um suor gelado.
O motivo era um só: medo. Qual fora a última vez em que experimentara aquela sensação desconfortável?
- Você está ficando resfriado? - Silva insistiu, percebendo a voz rouca do outro.
- Acho que sim. - disse, rápido demais, ao que resolveu emendar - Por que ficou surpreso ao me encontrar aqui?
- O pessoal da recepção nos informou que não tinha conseguido contatá-lo. Disseram que você não estava respondendo ao rádio. Já que o consideravam incomunicável e também era a noite de folga de Mateus, fomos chamados. - Finalizou, ao mesmo tempo que se inclinava em direção ao corpo da vítima.
Jonas, o parceiro quieto e de bigode espetado como uma vassoura, que passou todo o tempo encarando-o, apontou para a arma, ainda na mão de Bruno, antes de indagar.
- Você a encontrou aqui?
- Se a encontrei aqui? - ele repetiu, sentindo-se como alguém agindo em câmara lenta, sempre um passo atrás da ação. Uma gota quente de suor começando a escorrer por sua tez fria.
- É - Silva retrucou, uma expressão irritada começando a aparecer no rosto. - A pistola na sua mão. Essa mesma sobre a qual acabou de esparramar suas impressões digitais.- Levou uma das mãos à nuca, enquanto olhava o cenário de modo geral - Puxa, você sabe que não se deve tocar em nada da cena do crime sem usar luvas!
- O assassino largou a arma aqui? - Inquiriu Jonas novamente
De repente as coisas começaram a fazer sentido. Claro que Silva e Jonas haviam concluído que ele estava ali pelo mesmo motivo pelo qual a polícia fora acionada. Alguém devia ter ouvido o tiro e avisado à recepção, que, por sua vez, não conseguira localizá-lo. Afinal, diante de tudo o que acontecera, não percebera sequer o barulho insistente do rádio preso à cintura.
Os dois policiais achavam que sua presença no quarto devia-se ao cargo que ocupava.
Naturalmente cabia ao chefe de segurança do hotel investigar o acidente. Até então, parecia não ter lhes passado pela cabeça que ele pudesse estar ligado ao homicídio. Chegaram mesmo a lhe fornecer uma explicação para o fato de suas impressões digitais estarem na arma. Fora uma atitude idiota tocar em algo na cena do crime, porém não seria a primeira vez que alguém fazia uma bobagem dessas.
"Talvez pudesse levar a farsa adiante", pensou agarrando-se a uma ponta de esperança.
Que os agentes concluíssem o óbvio. Sairia dali e deixaria toda a confusão nas mãos da polícia. E então, as investigações começariam. No mesmo instante suas esperanças esvaneceram.
Bruno respeitava a polícia de Copacabana e sabia como os agentes trabalhavam duro para resolver os casos de homicídio. Eles iriam varrer aquele quarto de hotel em busca de impressões digitais, fios de cabelos e outras evidências. Logo saberiam quem pusera os pés ali dentro e vigiariam os movimentos dos suspeitos, vinte e quatro horas por dia. A porta para a vida e o passado de Pamela não tardaria a ser aberta. Seria fácil descobrir o motivo que trouxera a vítima ao local do crime. E a partir da análise dos inimigos da mulher assassinada, chegariam ao matador.
A possibilidade de que isso viesse acontecer deixava-o apavorado. Bruno sabia que não suportaria os dias de expectativa e preocupação, temendo que a verdade revisitasse. Não, não podia permitir que algo assim acontecesse.
Havia uma única maneira de tomar o controle da situação nas mãos.
- Você quer nos dar seu depoimento agora? - Silva perguntou, num tom tranquilo e natural, enquanto seu parceiro fazia anotações - Ou prefere esperar a chegada dos rapazes do departamento de homicídios?
- Nenhum dos dois - Respondeu, decidido quanto à atitude a tomar. - Quero um advogado.
***
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