A dois anos atrás, eles já tinham se visto, mas não se lembrava. Agora, em um momento delicado de Anahí, ele se tornou seu possessivo e único cliente.
Anahí Orlov
O problema de ser criança é que conforme crescemos e entendemos as coisas que acontecem ao redor mais ficamos decepcionados.
O Meu pai era um homem lindo, de pele branca, olhos azuis e lábios rosados, enquanto a minha mãe era uma mulher de cabelos ruivos, pele com sardas e olhos verdes, ambos eram os meus modelos, minha inspiração, que para mim, nunca existia pessoas mais bonitas. O casal perfeito. Era assim o que eu achava de Karla e Asaph Orlov, os meus pais adotivos.
Tinha cinco anos, quase seis, quando fui adotada pelo casal, e sei que acreditam que não me lembro desses detalhes, nem das coisas que aconteceram no orfanato ou do que falavam lá dentro como que os meus pais nunca voltariam ou que ninguém adotaria uma menina tagarela e chata que só sabia inventar receitas de bolos e doces idiotas. Lembro também que naquele dia não fui até o pátio como de costume, corri até a cozinha para criar uma nova receita, mesmo que as cozinheiras brigassem comigo por ser algo arriscado para uma criança pequena ficar mexendo em utensílios domésticos, mas elas sempre cediam e me ajudavam. E foi enquanto colocava o bolo pronto sobre a mesa foi quando o casal adentrou a cozinha e se encantou comigo, e foi o que me fez ser adotada, mas ao chegar a casa tive a surpresa de ver que tinhas duas bebês idênticas.
Syena e Serena tinham apenas três anos quando fui adotada.
Inicialmente sentia medo de ser devolvida, mas conforme os anos foram passando Asaph e Karla diziam que me amavam e também passei a amá-los como a minha família. Um dia surpreendi quando o senhor Asaph chegou em casa perguntando o porque que não os chamavam de pai e mãe, tinha apenas oito anos quando fui questionada e não soube responder, já que as pequenas com cinco anos já faziam, após isso passei a permitir chamá-los de pais e logo acostumei com a ideia.
A nossa vida só melhorava e os negócios de meu pai como advogado estava cada dia fluindo mais, os seus clientes aumentaram, isso significava que cada dia tudo melhorava em nossa vida.
Com nove anos e meio nos mudamos para uma casa nova, fomos para uma ótima escola, além disso, eu fazia curso de língua estrangeira, estudava espanhol, francês, turco e todos os dias empenhava em ser a melhor da turma.
Conforme o tempo foi passando, Syena e Serena foram crescendo e desenvolvendo suas habilidades. Com sete anos ambas eram idênticas por fora, mas por dentro eram totalmente diferentes.
Syena sempre foi retraída e tinha um gosto gótico para tudo. A garota parecia detestar qualquer ser humano, mas quando se tratava de qualquer animalzinho o amor era evidente em seus olhos, nunca vi alguém cuidar tanto de bichos como ela.
Serena por sua vez, amava cuidar de pessoas e estar rodeada de diferentes personalidades, era uma menina amável, que amava se cuidar e dizia ter nascido para ser uma princesa, por isso, amava se vestir bem e eu a admirava por sua delicadeza.
Porém, quando completei treze e as meninas dez anos tudo mudou.
Papai se despediu a noite de nós porque sairia na madrugada naquela noite para pegar o avião em direção à Turquia. O cliente que defenderia era um dos homens mais ricos da Ásia oriental, mas o avião em que ele estava nunca chegou lá.
Os destroços do avião foram encontrados no oceano atlântico, mas, parecia que havia começado a pegar fogo ainda no ar já que os corpos do piloto e o do meu pai foram encontrados carbonizados.
E naquela noite do ano de dois mil e dez Asaph Orlov se foi, com ele, a minha paz.
Meses após o funeral, Karla passou a ser outra pessoa, entrou em depressão, começou a viciar em drogas.
E as nossas vidas passaram a ser um inferno...
Por sermos menores ela tornou nossa tutora e tinha acesso ao dinheiro que o nosso pai havia deixado, que só poderia ser utilizado para os nossos estudos, foi o que nos garantiu o segundo grau completo em uma escola particular. Quando cheguei à idade de irmos para a faculdade, Karla já tinha dado um jeito de acessar todos os cartões de nosso pai e esvaziado algumas as contas bancárias e as estourou o dinheiro com drogas e bebidas.
E, por isso, passei a sentir a obrigação de cuidar das minhas irmãs, não por Karla, e sim por ele.
Por Asaph Orlov, que foi o melhor pai do mundo pra mim e para as minhas meninas.
Karla por sua vez não tinha mais aquele brilho no olhar, não passava de uma morta viva. A mulher não se cuidava mais, nem se importava consigo mesma, era como se tivesse morrido também. Ela não via que precisava de ajuda, era uma viciada ignorante que havia se perdido após o homem de sua vida morrer, e passou a levar vários caras em nossa casa para transar por dinheiro.
Quando fiz quatorze anos passei a ser a mulher da casa e comecei a trabalhar em uma padaria de forma ilegal, ganhava menos que os outros e se perguntassem era para dizer que era filha do dono.
O meu salário era para manter a comida, as despesas da casa, e como recebia mal não sobrava nada para mim.
Estava com dezessete anos, quando conheci uma jovem.
Hannah Albuquerque.
Uma jovem brasileira de dezenove anos que veio para Chicago querendo uma vida melhor, mas a realidade bateu nos dois lados da sua cara. Ela já havia passado por muita coisa até chegar ali, mas sempre que vinha me tratava com cordialidade e respeito, foi um choque quando soube que trabalhava como prostituta, e apenas soube quando o dono da padaria a enxotou para fora de seu estabelecimento. Fiquei envergonhada por ser duro com palavras a ela, me lembro de que ele a xingou dizendo que ali não havia lugar para seu dinheiro sujo.
Um homem que passava a defendeu, mas nem pude ver quem era já que estava atendendo outra mesa, mas gostaria de agradecê-lo pessoalmente roxo nos olhos do senhor Devon pelo soco que o homem havia lhe dado.
Depois daquele dia, Hannah não esteve lá e não a vi mais.
Era sábado quando há vi entrar no estabelecimento, depois muitos meses. Hannah estava acompanhada por um homem fardado com traje de bombeiro, nem observei seu rosto já deveria ser algum de seus inúmeros clientes.
- Fique aqui, Anahí.
Diz Devon Walter trincado o maxilar.
- Assim quem sabe essa mulher nojenta saiba que aqui não há lugar para ela.
- Seja humilde senhor Devon, se não quiser que seu estabelecimento prospere aprenda a tratar melhor os seus clientes independente do que façam da vida!
Respondo Ríspida.
Sem que ele espere caminho até a mesa deles, sorrindo para Hannah.
- É bom vê-la, Hannah.
Digo sorrindo.
- Me atender pode te deixar encrencada!
Reconhece e dou de ombros.
- Desculpe pela última vez, mas isso não voltará a acontecer.
- Cookie de chocolate para mim.
Diz olhando para o cardápio.
Olho para o loiro de olhos focados no celular.
- Para ele uma fatia de torta de limão.
Anoto os pedidos ignorando o senhor Devon e quando vou pegar os pedidos o homem segura meu antebraço em um aperto forte que me faz querer gritar de dor.
- Está demitida!
Em seus olhos o ódio queimava.
- E garantirei que não arrume nenhum outro emprego descente e já que defende tanto essa garota de programa arrume um emprego com ela. Fora da minha doceria.
Grita alto chamando atenção de alguns clientes e um deles é Hannah que me olha com apreensiva.
Saio da doceria no mesmo instante com lagrimas nos olhos.
Me sento na calçada sem saber o que fazer já que era a única que trabalhava para sustentar a casa.
- Sinto muito pelo emprego.
Levanto os olhos e vejo Hannah na minha frente.
- Aqui está o meu número. Se precisar de algo me ligue.
Ela me olha com um sorriso nos lábios antes de ir embora acompanhada ao homem que nem quis fazer questão de olhar.
Olho para o seu número em meus dedos, perdida.
Aquele preconceituoso do senhor Devon garantiu que realmente não arrumasse emprego, falando mal de mim pelos comércios de Chicago, falou tanto do meu atendimento que não tive nem chances de passar por experiências e os empregadores me olhavam com malícia antes de me dispensar.
Perdi o emprego, mas quando mandei mensagem para a Hannah arrumei uma ótima amiga.
Por dois anos, Hannah esteve ao meu lado mostrando o gingado brasileiro, ensinando português, comidas típicas, (uma delas se tornou minha preferida). E claro, proibindo de tocar no assunto de seu trabalho que, segundo ela, amigo de verdade nunca coloca o outro no caminho errado, mas nos últimos meses, eu estava realmente sem opção e precisava de dinheiro, ainda mais agora que as minhas irmãs haviam acabado de entrar na faculdade.
Syena e Serena eram bolsistas em uma das melhores do estado, por serem estudiosas conseguiram ingressar cedo, aos dezesseis anos.
- Preciso manter a casa para que elas estudem... - replico, pela milésima vez. - Hannah, por favor!
- Não! - diz firme. - Daremos um jeito.
Assim foi por um ano.
Hannah descolou algumas faxinas para eu fazer que desse para comprar comida para as quatro, mas às vezes tive que escolher entre comprar comida ou evitar que a energia fosse cortada, as meninas vendo naquela situação tentaram conseguir um emprego, mas eram novas demais, e eu cobrava que precisavam focar em seus estudos.
Karla aparecia de vez em quando, e não parecia importar em viver numa pocilga fedida, sem o básico para uma vida descente, sobrou para mim à responsabilidade de cuidar e "criar" as minhas irmãs, que mesmo com pouca idade eu fazia o que podia para vê-las com o mínimo de decência.
Syena e Serena não sabiam que eu era adotada, eram pequenas demais para lembrar, nunca disse que não éramos irmãs de sangue, mas isso não importava porque o amor que sentia fazia com que fizesse de tudo por elas, e eu zelaria e cuidaria delas mesmo que para isso passasse por cima de mim mesma.
- Vamos, Hannah, atende.
Respiro fundo, encarando meu celular pela milésima vez.
Os meus dedos coçaram para ligar para Hannah nos últimos meses, e agora, finalmente tive coragem de ligar, mas ela não atende e eu desisto, sabia que a morena jamais me apoiaria nisso.
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