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Se Você Me Quer Morta

Se Você Me Quer Morta

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Sinopse

Índice

Presa em um casamento arranjado e em uma vida infeliz, Clarice aguarda o dia em que possa destruir tudo. Seu marido Alexsandro Otto, criou especialmente para Clary um inferno que ela possa chamar de seu. Um casamento cheio de violência, desprezo e ganância é o que Alexsandro proporcionou a ela durante 5 anos, mas até da tortura ele se cansa. E como um louco ele clama pelo dia em que Clary esteja morta. Mas a morte é só o começo da vingança.

Capítulo 1 Tem muito que eu posso tirar de você

"Algumas coisas na vida acontecem e te fazem sentir imunda. Eu me sinto suja. Parece que toda minha vida até agora não teve nenhum propósito. A relação com meus pais, minha profissão e esse casamento, todos foram para outras pessoas. Quero rasgar tudo, toda essa pele nojenta que cobre meu corpo. Só assim, talvez eu consiga me penalizar o suficiente por deixar que minha vida estivesse assim."

Glub... Glub...

Clarice respirou sufocadamente quando tirou a cabeça imersa da banheira, seus brações estavam cheios de marcas de arranhões autoinfligidos, seus olhos estavam cheios de raiva, mas se acalmaram em seguida quando se lembrou onde estava.

Ela se vestiu inconscientemente da maneira como foi ensinada, aparência limpa, cabelo bem arrumado, maquiagem leve, terninho listrado preto e um salto baixo. Antes de sair ela deu uma última olhada no quarto, que como sempre pareceria um quarto de hóspedes se não fossem as roupas no armário. Nada ali tinha personalidade, eram itens comuns que pertenciam a outra pessoa, independente do fato dela morar ali há cinco anos.

No andar de baixo Clary encontrou a companhia de sempre, o nada. Na casa enorme, ela preferiu estar sozinha, não queria empregados fixos andando por aí e vendo o quão humilhante era seu dia a dia.

Quando chegou ao trabalho ela foi recebida como sempre, sorrisos e gentileza por parte dos seguranças, recepcionistas e demais empregados. No começo ela sorria de volta e conversava alegremente com todos, mas hoje ela apenas acenava discretamente em resposta, já que aprendeu a reconhecer os olhares de pena por trás das máscaras. Ela não podia culpar ninguém por isso, afinal eles estavam certos, Clary dava pena.

Chegando em seu escritório ela pegou um café na cafeteira e se sentou suspirando. Ela encarou por um tempo a placa com seu nome onde dizia "Gerente de Finanças" e em seguida ligou o computador.

De manhã tudo havia sido rápido e quando Clary voltou do almoço ela encarou os papeis em cima da mesa. Era um orçamento vindo da secretaria da presidência, o que significava que ele precisava ser aprovado pelo CEO. Clary não queria ir, mesmo assim se levantou e foi encontrar seu carrasco.

Duas batidas na porta até ouvir o resmungo que foi identificado como uma autorização para entrar.

- Bom dia.

Como sempre, Alexsandro apenas olhou rapidamente para Clary e não respondeu.

- Sua equipe formulou um pedido de reforma para sua secretaria, imagino que você já saiba disso, então por favor assine.

Ele tomou os papeis entregues por ela, folheou rapidamente e assinou.

- Obrigada.

Quando Clary estava quase saindo Alexsandro finalmente abriu a boca.

- Não voltarei para casa essa noite.

"Esse aviso só faria sentido se em algum momento ele estivesse em casa, ou tivesse uma casa."

- Não é como se alguém estivesse te esperando. – Ela virou as costas e continuou andando, quando então a vós grave fez ela parar novamente.

- Sua linda secretária pensa diferente.

- É um pouco tarde para pensar que eu me importo com quem você fode.

- Haha... – Essa risada fria fez Clary estremecer. – Você não é boa em fingir querida, nem há cinco anos e nem agora. Mas tudo tem seu lado bom não é mesmo? Esse perfil baixo e seu comportamento de cadela obediente são exatamente o que eu preciso. Pena que não é o suficiente para que eu pare de sentir nojo de você.

- Acho que você está confundindo nossas posições. A única coisa nojenta aqui é você. – "Não é bem isso que você anda dizendo a si mesma."

- Olha você saindo da linha de novo. Não me faça ter que te colocar no seu lugar, ainda tem muito que eu possa tirar de você.

- Sou obrigada a discordar.

Clarice fechou a porta atrás de si e soltou um longo suspiro. Ela estava cansada de tudo, soltou um riso nervoso enquanto pensava que estava certa. Já não existia mais nada que Alexsandro Otto possa tirar dela.

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