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Até A Última Pétala

Até A Última Pétala

5.0
2 Capítulo
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Sinopse

Índice

-Ora, ora, ora... - Uma voz ecoou e imediatamente a princesa Mira se virou para encarar. - Veja se não é a futura rainha de nosso reino e o seu amante mais fiel... digo, cavaleiro! - Como ousa! - Sir James esbravejou, sacou a espada e apontou para a direção da mulher. Era uma senhora idosa, trajava roupas de plebeu e os fios grisalhos escorriam pela túnica. Não parecia ser ruim, a não ser pelo tom de sua fala, além disso, ela sorria gentilmente na direção da princesa Mira. Era estranho, ela precisava concordar, então a princesa lançou um olhar de reprovação a Sir James numa ordem silenciosa para que ele abaixasse sua espada e se aproximou. - Nós podemos ajudar a senhora? - A princesa Mira indagou, sem abandonar a gentileza em seu tom de voz. - Talvez queira se banhar, ou precise de algumas moedas... - Não, Vossa Alteza. - A senhora respondeu no mesmo instante. - Não possuo qualquer interesse em seu bens, seja suas casas de banho ou até mesmo suas moedas. A princesa Mira respirou profundamente tentando manter o sorriso gentil desenhado em seus lábios, então perguntou: - O que então, minha cara senhora deseja? - Desejo que todos aqueles que são culpados, paguem pelos seus erros - A senhora confessou - Até lá, Vossa Alteza tem até a última pétala do buquê para encontrar seu amor verdadeiro.

Capítulo 1 Maldição.

- Alteza? - Sir James chamou num tom provocativo, o que fez com que a atenção de todas as donzelas fosse direcionada para si. - Receio que, talvez devêssemos retornar ao castelo, pelo motivo de que o senhor seu pai não tolera atrasos e informou que a senhorita deveria retornar antes do anoitecer... A Princesa o encarou de baixo para cima, tomou um sorriso em seus lábios fartos e balançou a cabeça positivamente antes de erguer o corpo.

Tentou ignorar os olhares maliciosos que o cavaleiro lhe direcionava – sem que houvesse qualquer receio de que fosse descoberto – e depositou a xícara delicadamente sob a mesa. - Claro, Sir James. - A Princesa Mira responde, e então, desvia o olhar para encarar as moças sob a mesa. - Peço perdão, senhoritas, mas devo me retirar agora. Havia sido uma tarde absurdamente tediosa, a princesa passou a maior parte do tempo sentada sob uma cadeira que era mais alta do que todas as outras, e além de sentir um desconforto constante, não conseguia se colocar num assunto por muito tempo... a bem da verdade era que a Princesa Mira não via a hora de livrar-se daquele peso e voltar para casa rumo aos seus aposentos. Aquela programação estava sugando toda sua energia vital, se não fosse a astúcia de Sir James, a Princesa Mira deveria aturar aqueles diálogos de baixo intelecto horas à fio. Quando deixou a sala de Lady Anne, a Princesa Mira finalmente pode respirar aliviada e agradecer seu cavaleiro pelo favor que lhe foi feito ao criar uma situação falsa afim de tirá-la daquela situação incômoda. Durante o caminho até a carruagem real, ela finalmente pode expor seus agradecimentos – quase que em sussurros para que ninguém além de Sir James pudesse escutar. - Não sei como poderia viver sem o senhor, Sir James. - A Princesa Mira comentou, e o cavaleiro podia jurar que os olhos esverdeados brilhavam. Sir James abaixou a cabeça, e embora quisesse dizer o mesmo, não respondeu ao elogio. Ajudou a Princesa a embarcar na carruagem, esperando que passasse pela estrada ainda à luz do dia para que pudessem caminhar juntos por alguns instantes. Mesmo tendo tão pouco tempo, ambos fariam com que fosse o suficiente até a próxima vez. Quando alcançaram o campo, Sir James imediatamente fez sinal para que o cocheiro parasse. Quase como se pudesse adivinhar, o homem diminuiu a velocidade até estar parado diante das poucas árvores que havia naquele lado, foi nesse momento que Sir James tomou iniciativa e desceu com o coração pulando do peito. Não podia mais aguentar aquela espera, os dias pareciam intermináveis e os segundos ao lado da princesa passavam tão rápido quanto as nuvens que cortavam os céus... - Ao menos uma coisa boa podemos tirar disso. - A Princesa Mira começou, enquanto caminhava tranquilamente sem olhar para trás. - Devo dizer que os dias passam tão lentamente e meu coração dói tanto quando te vejo e sou incapaz de tocá-la. - Sir James disse, sentindo o nó em sua garganta. - Não sei por quanto tempo serei capaz de guardar este segredo... A princesa Mira aproximou-se perigosamente do cavaleiro, quase se esquecendo que o cocheiro ainda possuía uma visão clara de ambos. Ela não se importou, afinal, era a futura rainha e em breve teria controle sobre tudo naquele reino... ao menos era o que imaginava. E então, encarou o cavaleiro: - O que o senhor está insinuando, Sir James? - A princesa Mira perguntou, tinha o cenho franzido e os olhos semicerrados. Sir James respirou fundo e fechou os olhos, céus, porque ela era tão sexy? O cavaleiro pensou, e logo em seguida fitou os lábios de Mira. Sem sombra de dúvidas, a princesa Mira não fazia ideia do que era capaz de fazer com aquele homem, Sir James sentia-se entorpecido quando seus lábios tocavam os dela e quando estava em seu interior era tão prazeroso que ele não conseguia se segurar... - Não temos muito tempo. - Sir James avisou docemente, enquanto fitava os lábios da princesa. - Desejo estar com vossa Alteza pelo tempo que conseguir, não vamos desperdiçar o pouco que temos com discussões. - Está certo. - Foi o que a princesa Mira respondeu, antes de voltar a caminhar. Quando chegaram a um ponto seguro, certos de que o cocheiro não poderia bisbilhotar, finalmente tiveram a chance de cortar a distância entre os dois corpos. Sir James pousou a mão quente sob o pescoço da princesa e a puxou para perto de si quase como se fosse possível tornarem-se um só. Sua língua dançava – juntamente com a de Mira – uma coreografia já conhecida por ambos, enquanto isso, ele acariciava a nuca da princesa e descia sua mão livre até onde pudesse explorar. A princesa Mira sentia o corpo ferver em cada parte tocada pelo cavaleiro, ela ansiava por seu toque mais e mais profundamente. Para incentivá-lo, ela passou a abrir os botões de sua camiseta ainda de olhos fechados, com a sensação de que poderia voar se ele não agarrasse suas pernas imediatamente. Quando Sir James se afastou, a princesa Mira permaneceu de olhos fechados sabendo o que estaria por vir. Ele levantou a barra do vestido minimamente, e então, Mira o viu desaparecer dentro de sua saia. A única coisa que conseguia sentir era sua língua passeando por sua intimidade, de repente, ela o sentiu inserir alguns dedos dentro de si e fazer movimentos lentos, levando-a à loucura. Não era possível, a princesa Mira pensou, enquanto arfava de prazer. - Oh, Sir James! - A princesa Mira exclamou, seu rosto estava completamente corado. - Depressa! Os movimentos se tornaram mais velozes conforme a respiração da princesa ficava mais ofegante, era exatamente isso que Sir James queria, oferecer à princesa Mira todo tipo de prazer para que somente ele fosse capaz de satisfazê-la. Quando se cansou e o ar se fez necessário, ele continuou sob a grama enquanto o peito subia e descia em puro êxtase. Passou a língua sob os lábios sentindo o gosto de sua princesa, mas rapidamente se levantou. Estava enlouquecendo, o membro dentro de sua calça latejava e ele não podia ver a hora de estar dentro dela e finalmente acabar com sua aflição. Queria acabar com aquela saudade que já não cabia dentro de seu peito, semanas haviam se passado desde a última vez que estiveram juntos... e desde então, Sir James não conseguiu estar com mais ninguém. Nenhuma outra mulher lhe trazia tanto prazer quanto a princesa Mira, todas as sensações, tudo o que ela fazia era verdadeiramente incomparável. Sir James tocou sua cintura, e então, a puxou para perto de si novamente, disposto a acabar com a distância que separava seus lábios dos dela e tomá-la como sua de uma vez por todas. Tocou seus lábios com mais paixão, desejando guardar a textura da pele fina dentro da memória, para que pudesse carregar aquela lembrança consigo e lembrar-se sempre que estivesse só. - Senti tanto a tua falta, minha princesa. - Sir James confessou, ao pé do ouvido de Mira. - Permita-me senti-la outra vez... - Sou toda sua. - A princesa Mira respondeu-lhe com uma voz manhosa. Um pequeno sorriso apareceu nos lábios do cavaleiro, então ele guiou a princesa até uma árvore que havia ali, ergueu as pernas finas utilizando seus braços fortes como apoio e finalmente adentrou o interior da jovem princesa. Sir James mordeu os lábios e esperou alguns instantes até que recebesse a confirmação de que deveria continuar. Não demorou muito tempo para que ela implorasse à ele que fosse mais fundo e como um cavaleiro obediente, atendeu às ordens da princesa. - Oh... pelos deuses! - Sir James exclamou, as palavras quase não saíram de sua boca. Ele continuou movimentando-se dentro de Mira e pressionando seu corpo contra o tronco da árvore, enquanto escutava os gemidos baixos que o deixava mais excitado a cada instante. Sir James, ao vê-la revirar os olhos e pedir por mais, sentia-se mais disposto a continuar e ele quase conseguia sentir prazer em suas expressões de dor quando se movimentava rápido demais. Era tão bom que ambos não conseguiram suportar por muito tempo, logo a princesa Mira finalmente alcançou seu ápice e alguns instantes depois, Sir James se desmanchou em seu interior, se esforçando para não fazer tanto barulho naquele processo. O peito subia e descia, ele fechou os olhos para saborear a sensação e quando os abriu outra vez, depositou um selo leve nos lábios da princesa. Quando se separaram, a princesa Mira se recompôs, abaixou o vestido e após algumas batidas leves, a roupa não possuía mais o aspecto amarrotado. Ela respirou fundo, limpou o suor da testa e arrumou os fios ruivos que estavam completamente desgrenhados. - Como se sente? - Sir James perguntou. - Revigorada, o senhor é sempre tão gentil comigo, Sir James... - A princesa Mira ironizou. - Mas estou curiosa, o que o senhor desejava dizer com aquela frase infeliz de hoje mais cedo? Sir James desviou o olhar e tentou disfarçar o nervosismo que aquele assunto lhe causava, sabia que não poderia pedir a mão da princesa, e a ameaça de um casamento estava cada vez mais próxima. - Vossa Alteza sabe que sou fiel. - O cavaleiro começou, sem saber exatamente quais palavras deveria usar. - E portanto, jamais serei capaz de lhe esconder qualquer coisa. A princesa Mira ergueu os olhos para encarar Sir James e se apressou: - Do que o senhor está falando? - Outro dia eu ouvi por um acaso que o Rei, seu pai, enviou um corvo para o príncipe da Irlanda do Norte... - Sir James começou, mas ficou surpreso por não ver um olhar de surpresa nos olhos de sua princesa. - A comitiva já deve estar à caminho para oficializar o seu noivado. A princesa Mira ergueu a sobrancelha sem conseguir acreditar na informação que havia sido entregue sem qualquer tipo de preparo, o Rei estava planejando um casamento às escondidas? Mira pensou, acreditando que aquela informação fosse um tanto quanto reveladora demais. Sir James, no ápice de seu desespero, não permitiu que a jovem princesa pudesse raciocinar e logo continuou: - Sei que Vossa Alteza não está acostumada com a vida fora do castelo, mas se não for o seu desejo... - O quê? - A princesa Mira se apressou, interrompendo o cavaleiro. - Está propondo que eu fuja com o senhor, e o pior, que abandone a coroa que é minha por direito? Sir James abaixou a cabeça e segurou o punho da espada sem saber exatamente o que deveria ser dito, era uma ideia estúpida, a princesa jamais aceitaria fugir com um cavaleiro. Abandonar todo aquele luxo, a atenção que lhe era dada... para viver uma vida simples? Não, definitivamente ele sonhou alto demais e esqueceu-se de se atentar à realidade. - Sir James. - A princesa Mira o chamou, sua voz soava mais doce agora. - O senhor teme algo? O cavaleiro ergueu os olhos brilhantes na direção de Mira, e aquela atitude fez com que a princesa compreendesse os motivos de Sir James e aquela proposta inusitada. Ele estava apaixonado, mais do que ela já esteve e temia perdê-la para o príncipe Erian para sempre. Mas que bobagem! A princesa pensou, antes de se pronunciar finalmente: - Não posso abandonar meu dever como regente, espero que o senhor possa compreender, Sir James. - Disse docemente, aproximando-se com cautela antes de continuar. - Sei que se o que o senhor diz for verdade, também serei obrigada a cumprir meu papel como esposa... mas o senhor sempre terá o meu coração, para sempre! Talvez tenha sido o bastante para o cavaleiro, ele respirou tranquilo dessa vez e afagou a princesa carinhosamente. Quando voltaram para a carruagem o cocheiro roncava pesadamente enquanto segurava as rédeas do cavalo, a princesa Mira teve vontade de sorrir, mas logo Sir James interviu e caminhou em sua direção na intenção de acordá-lo. -Ora, ora, ora... - Uma voz ecoou e imediatamente a princesa Mira se virou para encarar. - Veja se não é a futura rainha de nosso reino e o seu amante mais fiel... digo, cavaleiro! - Como ousa! - Sir James esbravejou, sacou a espada e apontou para a direção da mulher. Era uma senhora idosa, trajava roupas de plebeu e os fios grisalhos escorriam pela túnica. Não parecia ser ruim, a não ser pelo tom de sua fala, além disso, ela sorria gentilmente na direção da princesa Mira. Era estranho, ela precisava concordar, então a princesa lançou um olhar de reprovação a Sir James numa ordem silenciosa para que ele abaixasse sua espada e se aproximou. - Nós podemos ajudar a senhora? - A princesa Mira indagou, sem abandonar a gentileza em seu tom de voz. - Talvez queira se banhar, ou precise de algumas moedas... - Não, Vossa Alteza. - A senhora respondeu no mesmo instante. - Não possuo qualquer interesse em seu bens, seja suas casas de banho ou até mesmo suas moedas. A princesa Mira respirou profundamente tentando manter o sorriso gentil desenhado em seus lábios, então perguntou: - O que então, minha cara senhora deseja? - Desejo que todos aqueles que são culpados, paguem pelos seus erros - A senhora confessou - Até lá, Vossa Alteza tem até a última pétala do buquê para encontrar seu amor verdadeiro. A princesa Mira encarou os olhos de Sir James e quando voltaram-se para a senhora, ela não se encontrava lá. Parecia ter sido um sonho, e durante alguns instantes, a princesa acreditou que talvez estivesse alucinando. Para completar, os dois eram as únicas testemunhas das palavras daquela senhora. O cocheiro não se lembrava de qualquer coisa dita, e até o fato do homem estar dormindo soava estranho. Durante o caminho, a princesa Mira tentou buscar um significado para aquelas palavras, no entanto, nada parecia fazer sentido. Haviam muitos crimes ocorrendo na capital, todavia, a princesa Mira não era culpada por eles. Tudo se tornava ainda mais confuso quando buscava compreender qual era a ligação do buquê citado. - O que o senhor acha que aquela senhora possuía a intenção de dizer, Sir James? - A princesa Mira perguntou, Sir James apenas deu de ombros. - Sinto muito, se Vossa Alteza não foi capaz de compreender o que aquela velha dizia - Sir James começou, soava cansado agora - Estou certo de não faço a menor ideia, talvez seja apenas uma velha bêbada, como podemos saber? A princesa Mira se viu contente com a resposta do cavaleiro, afinal, não possuía muito entendimento sobre os plebeus e era praticamente estranha ao modo como costumavam falar. Decidiu esquecer aquele assunto por hora, depois, encontraria uma maneira de encontrar as respostas.

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